Pedro Almodóvar diz estar sem tesão durante quarentena

O sexo sempre esteve presente nos filmes de Pedro Almodóvar. O diretor conhecido por filmes que exploram de forma muito leve o tema, como Ata-Me, Má Educação e Carne Trêmula, curiosamente, tem enfrentado um problema na quarentena provocada pelo novo coronavírus pouco visto em suas obras: a falta de desejo sexual.

Embora haja relatos de excitação da era da quarentena há semanas, há pessoas que discordam sobre o quão excitante é esse tempo de isolamento social. Alguns têm qualificado que, embora as mulheres tenham tesão, os homens não. Enquanto isso, outros argumentam que desta vez é objetivamente desagradável, incluindo o cineasta espanhol Pedro Almodóvar, que recentemente entrou no discurso excitante de coronavírus no qual ele lamentava a perda de seu desejo sexual por problemas de coronavírus.

“Minha libido me abandonou desde o início do isolamento”, escreveu Almodóvar. “Suponho que tristeza e preocupação tenham deslocado as fantasias eróticas.”

O diretor continuou acrescentando que, preocupado com a excitação de seu próximo, ele procurou vários amigos, homens e mulheres, “para verificar o estado de seu apetite sexual”. Com exceção de um amigo desesperado que aparentemente estava planejando se relacionar com as pessoas que conheceu on-line nos banheiros dos supermercados. O amigável check-in de Almodóvar parecia revelar que muitos de seus amigos também sofriam de um desejo sexual reduzido.

“Em geral, a pandemia e seu isolamento resultante reduziram as necessidades eróticas da maioria das pessoas que liguei”, disse o cineasta.

Almodóvar está passando a quarentena na capital espanhola, Madrid, onde mais de 7 mil pessoas já morreram por causa do novo coronavírus. A situação em que o país se encontra e o mundo o fizeram despertar a sua criatividade e imaginar um roteiro – no qual uma prostituta resolve passar o isolamento social com um cliente. “Isso não significa que o cliente teria seus desejos carnais satisfeitos, mas sim que estaria numa situação muito semelhante a de um casamento”, comentou. “24 horas por dia para ficar junto, conversar, compartilhar, conversar sobre a infância, ficar fisicamente e psicologicamente nu, descobrir um ao outro. É uma situação muito rica”, imaginou o diretor.