10 documentários brasileiros para assistir na quarentena
Os documentários brasileiros revelam verdadeiras descobertas culturais, políticas e emocionais através de uma forma particular de observação, passando por artistas e personagens anônimos, a produção cinematográfica nessa área já produziu e continua criando obras incríveis.
Se você está no tédio durante a quarentena, continue lendo e confira as indicações abaixo.
1- Garrincha: A alegria do povo
Esse documentário é perfeito para os fãs de futebol que estão atrás de algo relacionado ao esporte, já que desde a chegada do coronavírus não temos mais o prazer do futebol. O documentário segue a vida e carreira de um dos maiores jogadores brasileiros de todos os tempos e para muitos, simplesmente “o maior”. No ano de produção, Garrincha estava no auge e seus dribles desconcertantes nas Copas do Mundo de 1958 e 1962, e Botafogo FC foram levados às telas.
2- Jogo de Cena
Documentário do mestre Eduardo Coutinho. Atendendo a um anúncio de jornal, 83 mulheres contaram sua história de vida em um estúdio. 23 delas foram selecionadas, em junho de 2006, sendo filmadas no Teatro Glauce Rocha. Em setembro do mesmo ano várias atrizes interpretaram, a seu modo, as histórias contadas por estas mulheres. A partir de um momento do documentário já não sabemos mais quem é atriz e quem não é, a realidade é confundida com a atuação causando uma grande curiosidade.
3- Edifício Master
Durante sete dias, uma equipe de cinema filmou o cotidiano dos moradores do Edifício Master, situado em Copacabana, a um quarteirão da praia. O prédio tem 12 andares e 23 apartamentos por andar. Ao todo são 276 apartamentos conjugados, onde moram cerca de 500 pessoas. Eduardo Coutinho e sua equipe entrevistaram 37 moradores e conseguiram extrair histórias íntimas e reveladoras de suas vidas. O prédio junto com cada morador traz histórias diferentes, que revelam dramas, solidões, desejos e vaidades. Um documentário sobre pessoas como você e eu.
4- Cabra Marcado Para Morrer
Em 1962, o líder da liga camponesa de Sapé (PB), João Pedro Teixeira, é assassinado por ordem de latifundiários. Um filme sobre sua vida começa a ser rodado em 1964, com a direção de Eduardo Coutinho as filmagens são interrompidas pelo Golpe Militar de 1964. Dezessete anos depois, em 1981, Eduardo Coutinho retoma o projeto e procura Elizabeth Teixeira e outros participantes do filme interrompido.
5- As Canções
Diante das câmeras dirigidas por Eduardo Coutinho, 18 personagens expõem suas experiências por meio de lembranças ligadas a verdadeiros clássicos da música brasileira.
O documentário traz grandes lembranças através da música, quando você escuta o entrevistado falando sobre sua lembrança pessoal logo você lembra de alguém, ou algo, tudo ligado com a música. Esse documentário desperta a lembrança.
6- Últimas Conversas
No longa que o diretor Eduardo Coutinho não teve tempo de montar, ele conversa com jovens cariocas estudantes do ensino médio da rede pública sobre suas vidas, sentimentos e expectativas para o futuro.
Em vários momentos é possível notar o quão incomodado estava o diretor, pela forma como respondia às frases feitas proferidas pelos seus jovens entrevistados, às vezes deixando-os desnorteados. Sempre sem grosseria, como era de seu feitio. Coutinho tinha o dom da conversa e, através dela, fazia com que as pessoas se expusessem. Especificamente nesse longa o diretor estava com seus opostos, os jovens. Mas como sempre em um simples tema o diretor conseguia arrancar algo a mais, conseguia ter a pessoa na palma da mão e tirar o máximo dela de uma forma bem sutil.
7- Tarja Branca – A Revolução que Faltava
A partir dos depoimentos de adultos de gerações, origens e profissões diferentes, o documentário discorre sobre a pluralidade do ato de brincar. Por meio de reflexões, o filme mostra as diferentes formas de como a brincadeira, ação tão primordial à natureza humana, pode estar interligada com o comportamento do homem contemporâneo e seu “espírito lúdico”.
O documentário traz um tema perfeito para ser explorado nessa quarentena: Como o homem pode se relacionar com a criança que mora dentro dele.
8- Elena
É contada a história de Elena que viaja para Nova York com o mesmo sonho da mãe: ser atriz de cinema. Deixa para trás uma infância passada na clandestinidade dos anos de ditadura militar. Deixa Petra, a irmã de sete anos. Duas décadas mais tarde, Petra também se torna atriz e embarca para Nova York em busca de Elena. Tem apenas pistas. Filmes caseiros, recortes de jornal, um diário. A todo momento Petra espera encontrar Elena caminhando pelas ruas, percorrendo seus caminhos. E acaba descobrindo Elena em um lugar inesperado. Aos poucos, os traços das duas irmãs se confundem, já não se sabe quem é uma, quem é a outra. A busca emocionante de Petra Costa. Uma história bem contada através de uma tristeza.
9-Crítico
Setenta críticos e cineastas discutem o cinema a partir do conflito que existe entre o artista e o observador, o criador e o crítico. Entre 1998 e 2007, Kleber Mendonça Filho registrou depoimentos sobre esta relação no Brasil, Estados Unidos e Europa.
O documentário conta com nomes como: Eduardo Coutinho, Walter Salles, Gus Van Sant, Fernando Meirelles, João Moreira Salles, Richard Linklater, Cláudio Assis,Costa Gavras e Nelson Pereira dos Santos. A ideia principal para o documentário surgiu a partir do questionamento pessoal de Kleber, enquanto crítico profissional, de como se posicionar na indústria cultural sendo também um cineasta.
10- ABC da Greve
O filme cobre os acontecimentos na região do ABC paulista, acompanhando a trajetória do movimento de 150 mil metalúrgicos em luta por melhores salários e condições de vida. Sem obter êxito em suas reivindicações, decidem-se pela greve, afrontando o governo militar. Este responde com uma intervenção no sindicato da categoria. Mobilizando numeroso contingente policial, o governo inicia uma grande operação de repressão. Sem espaço para realizar suas assembléias, os trabalhadores são acolhidos pela igreja. Passados 45 dias, patrões e empregados chegam a um acordo. Mas o movimento sindical nunca mais foi o mesmo.
Dirigido por Leon Hirzman esse documentário é considerado por muitos o maior documentário brasileiro, recomendo para todos.
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