Dia do Cinema Nacional | 5 Filmes de terror que se passam no Brasil
Quando a expressão “Filmes de Terror” é usada, costuma-se olhar para fora do ambiente nacional, ou seja, são as produções estrangeiras que estão marcadas na mente do público. Pode acreditar, em algum canto das redes sociais, há um amante de Cinema cobrando “qualidade”, inclusive se a pauta da discussão for filme nacional. Muitas vezes, a audiência acaba deixando passar despercebido títulos que se aventuram em outros gêneros, como o Terror e o Suspense. Apesar da grande maioria de longas brasileiros transitarem entre a comédia e o drama, há cineastas no nosso território que criaram boas histórias de arrepiar.
Se tem um gênero cinematográfico que possui diversas ramificações, esse gênero é o terror. Do sobrenatural ao slasher, as tramas que flertam com o susto, reproduzindo uma atmosfera sufocante, ganharam o mundo, através de filmes de terror aclamados ao longo da trajetória do Cinema mundial. No Brasil, poucos nomes da indústria nacional decidiram explorar enredos de puro terror, contando histórias que debatem diversas questões sociais, seja com o uso do suspense, do monstro ou do fantasma.
Para celebrar esse 19 de junho — Dia do Cinema Nacional — o Cinerama separou uma lista que aplaude o cinema de terror brasileiro. Confira 5 filmes de terror que se passam no Brasil:
Animal Cordial
Não é de hoje que filmes de terror são usados como palco para discutir temáticas do cotidiano. Utilizando cores, enquadramentos e situações desconfortáveis, a cineasta Gabriela Amaral Almeida compõe uma história que representa o terror nacional urbano. O longa Animal Cordial está disponível no catálogo da Netlfix.
Inácio é o dono de um restaurante de classe média, por ele gerenciado com mão de ferro. Tal postura gera atritos com os funcionários, em especial com o cozinheiro Djair. Quando o estabelecimento é assaltado por Magno e Nuno, Inácio e a garçonete Sara precisam encontrar meios para controlar a situação e lidar com os clientes que ainda estão na casa: o solitário Amadeu e o casal endinheirado Bruno e Verônica.
O Rastro
Lançado em 2017, O Rastro conta a história de João, um médico escolhido para coordenar a remoção de pacientes de um antigo hospital prestes a ser desativado. Na noite da transferência, uma menina de dez anos desaparece sem deixar vestígios. Quanto mais João se aproxima da verdade, mais ele mergulha em um universo obscuro, que nunca deveria ser revelado.
As Fábulas Negras
Essa antologia de filmes de terror reúne contos assombrosos, compilando tramas que estão no imaginário brasileiro. Ao melhor estilo de “contação de histórias”, As Fábulas Negras marca o último projeto do icônico Zé do Caixão (José Mojica Marins), em parceria com os diretores Joel Caetano, Rodrigo Aragão e Petter Baiestorf. O longa é uma grande reverência ao folclore brasileiro.
Uma aventura macabra produzida por quatro dos principais nomes do cinema de horror do Brasil. Em meio a uma mata, quatro garotos começam a contar histórias repletas de suspense e terror, supostamente verídicas, povoadas com personagens do imaginário popular, como lobisomem, bruxa, fantasma, monstro e Saci.
As Boas Maneiras
Atualmente no ar com sua personagem Manuela, na novela A Vida da Gente, a atriz Marjorie Estiano é uma artista que estende seu talento além da teledramaturgia, colecionando excelentes papéis no cinema nacional. Ao lado da atriz Isabél Zuaa, Marjorie protagoniza esse filme de monstro contado sob a perspectiva feminina, em um roteiro que une a atmosfera das fantasias sombrias, sem jamais perder esse ar abrasileirado. Esse é um dos filmes de terror que reflete debates sociais, sem esquecer seu propósito: assustar em diferentes níveis.
Na trama, Ana contrata Clara, uma solitária enfermeira moradora da periferia de São Paulo, para ser babá de seu filho ainda não nascido. Conforme a gravidez vai avançando, Ana começa a apresentar comportamentos cada vez mais estranhos e sinistros hábitos noturnos que afetam diretamente Clara.
Morto Não Fala
Trilhando caminhos na estrada de filmes de terror, o Brasil (representado pelo cineasta Dennison Ramalho) assinou presença no subgênero Gore graças ao longa Morto Não Fala. Desafiando nossa força em resistir às cenas mais desconfortáveis, através do horror visual, essa história mexe com as emoções e proporciona um passe singular para o medo.
Stênio é plantonista noturno no necrotério de uma grande e violenta cidade. Em suas madrugadas de trabalho, ele nunca está só, pois possui um dom paranormal de comunicação com os mortos. Quando as confidências que ouve do além, contudo, revelam segredos de sua própria vida, Stênio desencadeia uma maldição que traz perigo e morte para perto de si e de sua família.
Olhar para dentro da nossa cultura é um dos exercícios mais fascinantes que existem. Poucas pessoas passeiam pelo solo dos filmes de terror nacional. Aqueles que estão longe dessa experiência, estão perdendo histórias que possuem um grande poder de identificação, já os que estão familiarizados, podem desfrutar uma safra fílmica do terror representada com maestria pelos cineastas brasileiros.
Dessa lista, quais filmes de terror nacional você conhece? Qual outro longa-metragem você adicionaria?
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