CRÍTICA | 3° Temporada de Demon Slayer é a que tem mais ação até o momento
Demon Slayer se provou capaz de emocionar e impressionar o espectador com uma arte magnífica, criação dramática e densa de personagens, além de um conjunto geral maduro e envolvente para o público pré-adolescente ao adulto. Em sua última temporada, Demon Slayer mostrou a tamanha vontade de impressionar o espectador com muitos episódios carregados de ação, e com lutas feitas com traços aguçados, além de um trabalho de efeitos especiais eficaz, mesmo as vezes sendo exagerado. Exagero que acaba invadindo a simplicidade bela da animação, mas que não afeta tão negativamente a experiência do espectador com a obra presente.
A direção da animação continua sendo a do mesmo diretor das duas últimas, Haruo Sotozaki. Haruo tem uma incrível capacidade que é de surpreender muitos aqueles que acompanham outros animes, ou até mesmo séries streaming / televisivas: consegue fazer uma temporada, de uma única linha narrativa, diferente uma da outra. Assim como a primeira temporada é uma imensa e dramática introdução dos três companheiros (Tanjiro, Inosuke e Zenitsu), e a segunda carrega uma dramaticidade mais madura por conta de questões como perda e frustração, a terceira consegue ir para um caminho completamente diferente.
Um dos pontos que faz a temporada ser muito diferente das outras, é que ela não tem o foco narrativo em Tanjiro, mas em seu amadurecimento ao lutar com outros dois Hashimas que enfrentam conflitos completamente diferentes de Tanjiro. Sendo eles: Mitsuri e Muichiro. Além da temporada ter um discurso indireto muito importante em que as personagens femininas presentes nessa temporada são as mais fortes de todos personagens apresentados, como a Mitsuri.
Nezuko mesmo não aparecendo muito em essa temporada, ela faz parte do plot principal, e gancho, para a quarta temporada. Então sua ausência tem uma justificativa plausível, além de dar espaço narrativo de desenvolvimento para os novos personagens. É importante dizer para alguns espectadores que irão assistir esperando a mesma dramaticidade das duas últimas temporadas que a mesma carga dramática acontece apenas no último episódio. A temporada fez questão no desenvolvimento de conflito físico e introspectivos de personagens novos e nos irmãos protagonista, e não em lutas que carreguem ansiedade de perda de mais algum personagem que cause a mesma comoção ocorrida com a morte do hashima KyoJuro.
Mesmo a temporada sendo carregada com muito humor nas relações entre Tanjiro e os outros personagens secundários, o espectador vai observar a narrativa com muito mais seriedade por conta da ausência do personagem mais chorão e barulhento de todos, Zenitsu. A sua ausência pode ter sido um utensílio para fazer os criadores do anime a reverem a abordagem do personagem que, mesmo sendo um utensílio de humor, atrapalha muitas vezes o prazer do espectador em querer sentir a narrativa sem um garoto gritando e chorando a todo tempo.
A abertura e fechamento da série tiveram músicas muito mais animadas e carismáticas em comparação com a temporada anterior, o que é um casamento certo com uma animação que é carregada de humor e ação. Muitos espectadores podem não achar que a abertura é do mesmo nível que a primeira, que marcou muitos de seus fãs, mas consegue satisfazer e trazer um ar de ação mais denso que é o proposto pela última temporada.
Mesmo a temporada tendo alguns exageros com seus efeitos especiais, e com um excesso desnecessário no quesito sexual da personagem Mitsuri, a temporada consegue ser um deleite aos fãs que buscam ação desenfreada e uma satisfação artística que todos amam em Demon Slayer. A quarta temporada está em produção, e esperamos ver qual novidade vai ser entregue para os espectadores sedentos para saber o futuro dos irmãos protagonistas.
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