Roteirizado por Jorge Furtado, Virginia e Adelaide conta a história de duas importantes psicanalistas brasileiras, pouco conhecidas pelo grande público.
Provavelmente um dos curtas nacionais de maior sucesso é “Ilha das Flores”, dirigido por Jorge Furtado e com reconhecimento mundial, a produção se tornou um marco, sendo estudado e mostrado em diversas, escolas, faculdades, como um exemplo de curta metragem.
Virginia e Adelaide relembra esta estética apresentada no curta, ao retratar a história da primeira psicanalista brasileira e sua professora, interpretadas por Gabriela Correa e Sophie Charlotte.
O filme se inicia como uma ficção, vira um documentário ao retratar imagens de época e reais das personagens que as inspiraram: Virginia Bicudo e Adelaide Koch, e na medida que o filme avança, a estética muda diversas vezes, passando também por vídeo arte e experimental em determinados momentos.
Gabriela Correa e Sophie Charlotte em cena de “Virginia e Adelaide”- Divulgação Festival do Rio
Virginia e Adelaide se torna algo único por conta do carisma de suas protagonistas e por dois carros chefes: o roteiro e a montagem. Jorge Furtado dirige o filme junto com Yasmin Thayná, esta dupla traz vida a um filme que poderia ser chato caso não trabalhassem tanto com a estética cinematográfica.
O filme levou à gritos de “Viva o Cinema Brasileiro” em seu começo, choros de parte da audiência e aplausos merecidos ao final, não somente por ter executado um interessante filme nacional, mas, por dar voz à duas mulheres que a maioria esmagadora da população brasileira não conhece, apesar de serem tão importantes para a psicanálise como um todo.
Na medida que acompanhamos o crescimento desta amizade de Virginia e Adelaide, o filme se torna cansativo em seu terceiro ato, apesar de ainda apresentar discussões que discute tanto o tempo gravado do Brasil anos 40, aonde se passa o filme, quanto o Brasil atual, que continua racista e preconceituoso da mesma forma.
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