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CRÍTICA | Rebel Moon – Parte 1: A Menina do Fogo é o filme “mais Snyder” para o bem e para o mal

A primeira parte de Rebel Moon é Zack Snyder em sua mais pura essência com um épico repicado, com crise de identidade e sem sentimento.

Um elenco super estrelado é um chamariz para audiência, mas será que tanto talento junto consegue segurar um filme? A resposta é não, e a culpa disso é de Zack Snyder que, apesar de fazer uma direção inspirada, peca no roteiro e na montagem.

O famoso (ou famigerado para muitos) diretor executa o trabalho de sua vida como diretor e escritor de Rebel Moon, porém é a sua megalomania que prejudica o desenvolvimento de sua obra. O problema não está nas diversas cenas em câmeras lentas, na fotografia escura ou no CGI, mas sim na mania de fazer longas produções que claramente não serão aceitas por nenhum estúdio.

A primeira parte de Rebel Moon corre contra o tempo para apresentar os personagens que vão compor o esquadrão rebelde tornando a conexão do público com os personagens algo inexiste. Ao fim, pouco importa quem vive e quem morre, os plots não geram impacto, justamente pela falta de tempo de tela e desenvolvimento das motivações. Alguns personagens que geravam grandes expectativas são jogados para escanteio e servem apenas para poses imponentes e fazer carão.

É tudo tão rápido, que o filme acaba deixando de desenvolver a construção de mundo, que aqui se faz tão importante quando desenvolver os personagens. A trama geopolítica do filme não desenvolve e diminui o impacto dos antagonistas.

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Rebel Moon – Parte 1: A Menina do Fogo | Netflix

O que salva em Rebel Moon são as cenas de ação bem filmadas – mérito ao Snyder – o trabalho de coreografia das cenas de luta, o CGI (que falha poucas vezes) e o charme de Sofia Boutella, que carrega o filme nas costas. A apresentação do trailer da parte 2 também é algo que serviu como um complemento, para vislumbre do expectador de que tudo que faltou no primeiro pode ser inserido no futuro.

Rebel Moon – Parte 1: A Menina do Fogo acaba se tornando um filme que quer ser mais épico do que realmente é, com personagens sem carisma. O longa sofre de uma grave crise de identidade: quer ser Star Wars, 300, Liga da Justiça, mas não executa nada tão bem quanto suas referências. É inegavel que existe um potencial, mas a falta de habilidade de Snyder em trabalhar com uma duração curta prejudica sua obra, deixando a sensação que Rebel Moon funcionaria melhor como série.

Nota: 1,5 de 5

Rebel Moon – Parte 1: A Menina do Fogo está disponível na Netflix

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