Nesta quarta-feira, 12 de Julho, a DC Studios confirmou a participação de mais 5 super-heróis no novo filme do Superman: Legacy. Além da confirmação dos super-heróis, também teve a confirmação da maioria dos atores em seus respectivos papeis de cada um dos confirmados no filme de James Gunn.
Aqui estão os confirmados para o próximo filme do Superman:
A partir desta quinta-feira, 13 de Julho, o sindicato dos atores nos EUA(SAG-AFTRA) oficializou a greve em Hollywood. Por conta da oficialização da greve, que se une a greve de roteiristas começada em maio, algumas produções já confirmaram sua paralisação temporária por conta do momento.
Deadpool 3 | Marvel Studios
Na lista de filmes e séries, estão na lista:
-Deadpool 3;
-The White Lotus/3° temporada;
-Spin-Off de Aliens;
-Gladiador 2;
-Mortal Kombat 2;
-Os Anéis do Poder/2° temporada.
Anéis do Poder | Amazon Prime Video
Ainda serão confirmadas mais produções enquanto a greve ocorre em Hollywood.
Depois da notícia sobre a Greve em Hollywood, leiam também:
Não é de hoje que Hollywood tem passado por protestos contra sua forma de tratar parte das equipes da área cinematográfica. Faz 60 anos, no governo de Ronald Reagan, que aconteceu tal paralisação que afetou toda a indústria, e Hollywood está a ponto de repetir esse episódio, em uma época recheada de lançamentos que serão paralisados, ou cancelados, por conta da greve de roteiristas e atores.
A greve dos roteiristas começou no dia 2 de maio deste ano(2023), e não demorou para acarretar uma série de paralisações de séries, como: Cobra Kai(Netflix), A Casa do Dragão(MAX), O Senhor dos Anéis- Os Anéis do Poder(Amazon Prime Video), Stranger Things(Netflix), Andor(Disney+), The Last Of Us(MAX), The Mandalorian(Disney+), The Penguin(MAX) , entre muitas outras.
Um grande número de atores começaram a fazer parte dos protestos feitos por roteiristas por melhores condições de trabalhos entre outros fatores, e foi o chamariz para a categoria de artes cênicas começarem a exigir os mesmos das grandes produtoras, abordando mais pontos a acrescentar até mesmos aos roteiristas em greve à 11 semanas.
Stranger Things | Netflix
Os Roteiristas estavam em uma negociação com grandes produtoras para aumento de salário. Porém, pelo acordo não ter sido bem sucedido, logo começou a greve dos roteiristas em Hollywood em maio. Os atores tentaram entrar em um acordo parecido com as grandes produtoras, acrescentando pontos como: Pagamentos “residuais” e o regulamento de imagem envolvendo a inteligência artificial.
Nesta quinta-feira(13 de Julho), o sindicato de atores de Hollywood(SAG-AFTRA) comentou sobre como não foi possível chegar em um acordo com os estúdios para evitarem a greve:
“Depois de mais de quatro semanas de negociações, a ‘Alliance of Motion Picture and Television Producers’ (AMPTP, Aliança de Produtores de Cinema e Televisão)… continua relutante em oferecer um acordo justo em pontos cruciais que são essenciais para os membros do SAG-AFTRA” afirmou o sindicato em comunicado. | G1 Globo
A Casa do Dragão | Max
Mas a pergunta que não quer calar: Como essas greves vão afetar o público consumidor? Oque é esse momento para a história do audiovisual? Além desses momentos acontecerem em paralelo a uma das maiores estreias dos últimos anos, Barbie e Oppenheimer, vivemos a época com maior consumo de séries em plataformas streaming. Produções que serão as principais afetadas pelas greves, além de filmes de Super-Herói como DeadPool 2, que teve produção paralisada a partir de hoje(13 de Julho).
É provável que muitas das produções citadas acima, além de outras que vão resultar em paralisação por conta das greves, vão passar por mudanças significativas de lançamento, além de remexer a estrutura de direitos trabalhistas em Hollywood, que vem sido alvo de criticas por muitos anos, tendo sua última greve de roteiristas em 2007, ano em que o Globo de Ouro não aconteceu por conta do ocorrido citado a pouco.
A greve de atores e roteiristas nunca esteve em um momento tão propício para se acontecer, com a evolução das redes sociais e sua agilidade em mandar informações para todos os interessados e aos consumidores de seus trabalhos, como em um momento em que as produções dos Estados Unidos tem tido um aumento gradativo e em diversas produtoras. Chegou o momento em que os grandes estúdios vão ter que, realmente, aceitar um acordo com ambas as classes em greve. Acordo que agora passará por uma pressão que é a dos espectadores ansiosos pelos shows paralisados e pela economia desses grandes estúdios que precisam continuar em movimento.
Depois do artigo sobre as greves em Hollywood, leia também:
O Festival de Cinema de Vassouras encerra hoje, 24 de junho (2023) com sua noite de premiação. A noite vai contar com inúmeros artistas e no mesmo espaço onde foram exibidos os filmes ao longo do Festival. Filmes de produções independentes, até documentários biográficos, artísticos, filmes experimentais e filmes focados no turismo em cima do Vale do Café.
O Centro de Convenções se mostrou organizado, tendo muitos espaços para a imprensa, além de fazer algo importantíssimo que outros festivais deveriam aprender a fazer. Todos os dias do Festival, a sala de exibição estava cheia de turmas escolares das mais diversas escolas públicas da região, querendo enfatizar o contato das crianças, algumas pela primeira vez, com uma tela de cinema.
Os Talkshows tiveram um grande número de convidados, a maioria da área audiovisual, abordando o tema sobre a democratização do cinema, a nova geração de cineastas, e fazendo questão de expandir o debate sobre aumento de produções audiovisuais depois do último governo, que atrapalhou a execução de um grande número de projetos audiovisuais. Além de o Festival de Cinema de Vassouras entregar um fácil acesso, ao público e à imprensa, dos convidados e dos responsáveis por obras cinematográficas. Conseguindo criar uma atmosfera humanizada e familiar para aqueles que estão frequentando um Festival de cinema pela primeira vez, seja na cobertura ou como espectador.
Festival de Cinema de Vassouras | Adriano Jabbour
Mesmo sabendo de que essa é apenas a Segunda Edição do Festival de Cinema de Vassouras, é necessário apontar um ponto problemático, que não seria tanto chamativo se não fosse pela principal proposta: O Festival apresentou problemas na exibição dos filmes em competição em inúmeras sessões. Seja da forma mais absurda com descanso de tela aparecendo durante a exibição do Capitão Astúcia, à não ter o filme Tromba Trem no seu primeiro dia de exibição até ter um dos filmes mais fortes da premiação, Horizontes, com problema de arquivo, ocasionando o fim da sessão antes da conclusão do filme.
Quem vos escreve esse artigo, não só é crítico de cinema, como cineasta. Ser um cineasta e ver alguma de suas obras não ser bem executada em um Festival que demonstra ser de grande porte, e preparado em muitos quesitos para futuras edições, deixa uma dor no peito e um sentimento de tristeza pessoal para os fazedores de tais obras, como para os espectadores que são da área audiovisual, ou não.
Mesmo que o Festival consiga entregar todo o resto de sua proposta de forma madura e até mesmo surpreendente por ser apenas a sua segunda edição, é necessário os reparos para que esses erros não aconteçam. Até pelo fato de que estamos falando de um Festival de Cinema, o último problema que deveria acontecer é a exibição das obras que estão dentro e fora de competição. Principalmente em querer trazer uma experiência cinematográfica para qualquer espectador que quisesse ir ao Festival. Enfatizo aqui a importância do Festival ter um acesso GRATUITO para assistir os filmes, o que é importantíssimo para ser um Festival diverso de moradores da cidade de Vassouras e os de fora dela.
Festival de Cinema de Vassouras | Adriano Jabbour
O Festival de Cinema de Vassouras carrega uma grande potência para a região, aumentando o turismo e mostrando filmes específicos da própria região. Dando importância a obras de todos os lugares do Brasil, e a própria cidade. Mesmo com seus problemas técnicos, o Festival se provou em segunda edição, como pode se tornar algo grandioso nas próximas que vão acontecer nos próximos anos.
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Cavi Borges é um diretor e produtor conhecido no meio audiovisual, principalmente por seus inúmeros trabalhos independentes, por sua distribuidora e produtora “Cavídeo” e pelo seus projetos na rede de cinema Estação Net. Cavi Borges estava na coletiva de imprensa do Festival de Cinema de Vassouras e, além de responder algumas perguntas, ele comentou sobre a sua história desde seu começo como lutador de judô, até atualmente. Além de que, um dos seus filmes foi exibido no festival, chamado “Não Sei Quantas Almas eu Tenho” dirigido por ele e pela Patrícia Niedermeier, que também é a protagonista da obra.
Eu pude fazer uma pergunta para o Cavi Borges, sobre a relação dele com a rede de cinemas Estação Net, e como funciona a conversação da nova programação que tem acontecido na rede na qual ele faz em conjunto com a geração mais nova de cinéfilos da Zona Sul da cidade do Rio de Janeiro.
Adriano Jabbour: Eu queria saber como é para você estar fazendo a nova programação do Estação Net em conjunto com cinéfilos e cineastas da nova geração?
Festival de Cinema de Vassouras | Adriano Jabbour
Cavi Borges: Eu já fui um dos filhos do Estação, agora vemos os “netos” do Estação, e acho que é algo necessário renovar o olhar, do mesmo jeito que o próprio cinema vai mudando. Acho que eu chamar um garoto de 20 anos para me ajudar a montar a programação de cinema é algo revolucionário, por ser algo que ninguém faz. Quando a dona da rede Estação Net me colocou para fazer a programação, e depois a Joann e o Gabriel Carvalho, ela falou da necessidade de uma renovação para a rede.
Borges fala da importância da nova geração por também trazer novos filmes que nem ele mesmo conhecia para sessões da meia noite no Estação Net, que acontecem nas Sextas e nos Sábados.
Cavi Borges: Muitos dos filmes que são trazidos pela Joann e pelo Gabriel, são obras que eu nunca ouvi falar. Para eles o clássico é o “Psicopata Americano”, para mim o clássico é Fellini, é Glauber Rocha. Mais um motivo de ser algo de tamanha importância, pois a rede Estação Net recebia um público mais idoso. Agora, por conta dessa nova curadoria, vemos jovens entre 14 à 20 anos fazendo parte daquele espaço, meio que um nascimento de uma nova geração cinéfila.
Festival de Cinema de Vassouras | Adriano Jabbour
Cavi Borges confirmou estar fazendo um filme sobre essa nova geração de cinéfilos que vem aumentando com as mudanças da rede de cinema Estação Net, com o nome de “A Novíssima Geração Estação”. Borges também acentuou ao longo de outras perguntas o quão é importante a sua relação do esporte com o cinema, e de como o seu começo como produtor e diretor foi de grande dificuldade por conta do baixo apoio financeiro que o mesmo conseguia. Usando como exemplo, a sua primeira produção mais reconhecida, chamada “O Balconista”, que tinha a participação do ator Matheus Solano.
Uma grande surpresa aconteceu em meio a coletiva de imprensa quando o responsável pelo festival, Bruno Saglia, chamou de surpresa Cavi Borges para a próxima edição do Festival de Cinema de Vassouras, e anunciou que ano que vem, também acontecerá no Festival uma amostra de filmes produzidos e dirigidos pelo Cavi Borges. Logo depois de tamanha surpresa para a imprensa e para o próprio Cavi Borges, foi encerrada a coletiva de imprensa.
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Festival de Cinema de Vassouras tem promovido nos seus dias pós abertura um grande número de palestras ligadas ao audiovisual e a linguagem crítica ao mesmo. Os responsáveis pelo Festival nessa edição acertaram em cheio com as seguintes escolhas: Cavi Borges e Roberto Sadovski. Enquanto Borges fazia questão de enfatizar sobre sua história como cineasta e sobre as dificuldades dentro do meio audiovisual, Sadovski fazia questão em se aprofundar em um debate sobre a importância do filme para o espectador e a importância da crítica sobre o meio audiovisual.
Tive a oportunidade de fazer uma pergunta para Sadovski no TalkShow do Festival de Cinema de Vassouras, e ele fez questão de falar sobre o dever de ser crítico e de criticar os novos críticos que estão aparecendo nas redes e mídias sociais.
Adriano Jabbour:Sadovski, oque o senhor acha, como crítico, sobre a nova geração de críticos cinematográficos que estão em numero crescente nas mídias e redes sociais? Você tem algo a dizer sobre essa nova geração ou algo importante para dizer a essa nova leva de profissionais?
Festival de Vassouras de CInema | Adriano Jabbour
Roberto Sadovski: Hoje em dia todo mundo tem espaço, todo mundo tem voz. Porém, nem todo mundo sabe do que está falando. Então considero que as mídias e as redes sociais democratizaram bastante a produção de vários discursos, para o bem e para o mal. Acho que tem muita gente nova que tem dificuldade em saber o que é o cinema, e não estou falando apenas no sentido técnico. Canso de ouvir “…ah, mas a fotografia é ótima…” mas quando pergunto o que é uma fotografia ótima a pessoa parece que fica com uma “tela azul” no rosto na hora de responder.
Sadovsiki enfatiza sobre a importância da democratização do acesso ao conhecimento para a nova leva de críticos que buscam escrever como um objetivo profissional.
Roberto Sadovski: Existe um espaço muito maior para adquirir conhecimento, bagagem, para saber o que você vai escrever. Eu tive a sorte de ter conseguido andar em “ombros de gigantes”, nos quais debatíamos e conversávamos sobre cinema. Gigantes que me levaram a conclusão de que toda crítica é como se fosse uma tese, na qual você pega uma obra e você desenvolve uma visão e uma interpretação sobre tal, sendo ela positiva ou negativa, e que você tem que defender qualquer que for uma dessas posições.
Festival de Cinema de Vassouras | Adriano Jabbour
Sadovski carregou elogios sobre outros críticos, antigos e contemporâneos, e sobre o novo filme do Homem Aranha: Através do Aranhaverso, falando que é “um espetáculo audiovisual de encher os olhos. Ao citar o último filme do Homem Aranha, Sadovski fala de forma humorada como outro colega de crítica teve uma visão completamente oposta sobre a obra, mas que conseguiu comprovar seus pontos um por um e com argumentos, tornando a diferença de posições críticas, em ambos sentidos, plausíveis pelos argumentos.
Roberto Sadovski: Não é achismo, não é “…eu acho…”, porquê se fosse assim, seria algo muito fácil. E isso que falo serve para basicamente tudo, por exemplo: eu odeio futebol, não sei nada de futebol. Como eu sentaria em uma mesa redonda para falar sobre tal assunto. Eu até gosto de falar sobre política, especificamente com que vive no Brasil, mas quando começa a se aprofundar em certos pontos, tenho que admitir que não sei como falar sobre e devo estudar. Até porque, são coisas muito importantes. Você tem que entender o que você está falando, você tem que estudar sobre oque está falando, você tem que ler sobre isso.
Roberto então volta a nascente da pergunta sobre oque seria considerável falar para a nova leva de críticos que vem aparecendo aos poucos pelas redes sociais e em outros formatos.
Festival de Cinema de Vassouras | Adriano Jabbour
Roberto Sadovski: “Oque eu devo fazer para ser um bom crítico de cinema?” Para começar: leia muito e veja muito filme. “Mas oque eu leio?”, tudo cara. Leia livros sobre cinema, ficção, fotografia, leia biografias, leia ensaios, sabe? Leia roteiros, leia oque puder para colocar na sua cabeça. Porque, quando você for escrever, vai aparecer uma referência para você na hora da execução do texto. O importante é que estudem. Infelizmente, boa parte dessa turma nova de críticos que vem aparecendo, não faz isso.
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O Festival de Cinema de Vassouras deste ano (2023) abriu com homenagem à lenda da atuação do cinema brasileiro Antônio Pitanga. Ator que fez parte de filmes que foram para Cannes, e foram reexibidos no Festival de Cinema de Vassouras, como “Casa de Antiguidades” (2020), até mesmo dos clássicos filmes que fizeram parte do movimento Cinema Novo (Barravento, A Idade da Terra, Os Fuzis, etc), fez questão de expor a importância da luta contra o racismo dentro da área audiovisual e contou a coletiva de imprensa sobre a importância de conversar com a nova geração, algo que foi expandido ao longo do debate junto ao júri do Festival que fizeram questão de reafirmar o discurso de Pitanga.
A proposta do Festival, de acordo com o júri e os responsáveis pelo evento (Bruno Saglia e Jane Saglia) foi de dar maior espaço a produções de menores orçamentos e a produções vindas exclusivamente do Vale do Café, oque é notado pelos filmes selecionados para o Festival neste ano. Além dos filmes protagonizados pelo ator Antônio Pitanga, muitos curtas metragens, curtas documentários, curtas e longas de animação entraram na grade de exibição.
Mesmo a proposta do Festival de Cinema de Vassouras ser algo ativista sobre tópicos como a luta antirracista e o respeito a diversidade, o tapete vermelho, em seu dia de abertura, começou polêmico pela contradição de discursos propostos por realizadores que faziam parte de alguns filmes que foram exibidos logo no dia seguinte. Explicitamente, o ator Carlos Vereza fez questão de enfatizar um discurso, em entrevista a Rede Tv, transfóbico. Além de persistir em falar sobre “crianças trans não existem” e que é “inaceitável” levar crianças para uma passeata LGBT+, seus 2 curtas-metragens “FrankFurt” e “Dinho da Morte” foram exibidos um dia após a homenagem de Antônio Pitanga.
Festival de Cinema de Vassouras | Adriano Jabbour
Seus curtas, além de terem uma produção e uma direção que são pendulares em serem categorizadas como vergonha alheia ou amadoras (oque é bastante disputado entre o quesito técnico e o de condução narrativa), o filme faz questão de ser um discurso multifacetado em várias vias reacionárias e antiprogressistas, seja com a utilização do discurso direto transfóbico com o personagem que o mesmo atua, e com utilização de vídeos manipulados contra as mulheres e contra a comunidade LGBT+.
O autor presente precisa comunicar que é formado como Cineasta, além de ser um ativista progressista em muitas pautas sociais, principalmente as citadas nesse artigo. Necessito perguntar ao leitor, para tal debate ser levado aos seguintes festivais de cinema que pretendem acontecer em território brasileiro: Como um Festival de Cinema, que abre o evento com falas sobre progresso e luta por respeito igualitário, seja sexual e racial, e dá espaço para discursos tão baixos, antidemocráticos e contrários a tudo aquilo que podemos chamar de Arte?
Oque autores como Gracilicano Ramos e o diretor cinematográfico de “Memórias do Cárcere”, Nelson Pereira dos Santos, pensariam sobre oque foi a exibição de tais curtas que desrespeitam toda sua obra? Oque Antônio Pitanga deve sentir ao estar no mesmo espaço de outro ator que diz que seu discursos e aquilo pelo que ele luta é uma mentira sobre uma “nova ordem mundial”?
Festival de Cinema de Vassouras | Adriano Jabbour
Proponho esse debate a realizadores de filmes, de arte em seu contexto geral. É necessário entrar em um consenso, seja da imprensa e do meio artístico, sobre oque é plausível e respeitável aparecer em uma tela de cinema. Faço questão de acentuar que não abordo aqui uma censura, mas um mínimo de respeito àqueles que produzem obras para questionar e para fazer questão de colocar os outros e a nós mesmos a pensar sobre o momento que vivemos agora como nação brasileira. Um país comprovadamente racista e o que MAIS MATA pessoas LGBT+ necessita da provocação audiovisual. Provocação à sociedade e a política que a mesma permite acontecer.
Festival de Cinema de Vassouras começa carregado com discurso progressista e na luta de respeito e igualdade a todos, mas acaba perdendo o cuidado em permitir obras como as de responsabilidade da figura pública Carlos Vereza, que se mostra contra tudo aquilo que o evento está propondo.
Depois do artigo sobre a abertura do Festival de Cinema de Vassouras, leia também:
É necessário falarmos e abordarmos, sempre que possível, falas e obras sobre a comunidade LGBT. Sejam em séries e filmes, a representatividade desse tema tem crescido de forma belíssima, principalmente nas famosas plataformas streaming, que estão fazendo questão de abordar o tema de todas as formas possíveis.
Porém, sempre é bom acentuar ao leitor que obras com desenvolvimento narrativo a ver com o objetivo proposto deste texto, existem há décadas, e essa lista vai abordar 10 filmes de diferentes países que abordam as tramas no meio da comunidade LGBT. A lista não segue nenhuma ordem específica, pois todos os filmes aqui indicados são de alta qualidade. Muitos, considerados clássicos para o nicho cinematográfico:
1°- O Funeral das Rosas(1969);
O filme japonês O Funeral das Rosas é uma readaptação do clássico Édipo Rei, mostrando a realidade das Drag Queens no Japão na década de 60. A direção é de Toshio Matsumoto, responsável por outras obras do cinema clássico, como Os Demônios, de 1971. Mesmo o filme sendo um marco da cultura cinematográfica falando sobre o drama e a loucura no meio do mundo das Drags, a obra não se encontra em nenhum streaming ou plataforma online.
Dirigido pelo famoso diretor mexicano, Arturo Ripstein, a narrativa conta a estória de um homossexual, que trabalha como artista nas noites em um cabaré que está a ponto de ser comprado por um político corrupto em uma pequena cidade do México. Manuela passa parte da obra, fugindo de Pancho, que tentou agredi-la alguns meses antes de sair da cidade. O filme foi indicado ao Oscar como Melhor Filme Internacional em 1979.
O Lugar Sem Limites | MUBI
3°-Pink Flamingos(1972);
Pink Flamingos é um filme dirigido por John Waters, e conta a estória de uma mulher transexual e obesa, que faz parte de uma família completamente desajustada e, por conta de um tabloide americano, é considerada a “Pessoa Mais Repugnante do Mundo”. É uma obra bastante reconhecida no meio undergorund de cinema, além de ser uma obra que mostra numerosas sequências chocantes. O filme até o hoje é um dos maiores marcos do cinema independente e muito reconhecido pela comunidade LGBT até os dias atuais.
Pink Flamingos | Saliva Films
4°- Madame Satã(2002);
Na cidade do Rio de Janeiro, nos anos 30, Francisco dos Santos é um homossexual negro, que se apresenta todas as noites como Madame Satã. No meio disso, ele pratica atos como roubos, brigas, além de ser ex-presidiário. O filme conta com a atuação icônica do ator Lázaro Ramos e a direção de um dos maiores diretores brasileiros da atualidade, Karim Aïnouz. Além do filme ser um marco do cinema brasileiro, a obra é direta e realista aos olhos do espectador. É possível alugar o filme online por variadas plataformas.
Madame Satã | Miramax
5°- Felizes Juntos(1997);
Felizes Juntos pode ser considerado um clássico cult para os amantes do cinema, principalmente por ser uma das obras mais conhecidas do diretor chinês Wong Kar-Wai. O filme conta a estória do casal gay Lai e Ho, que visam ir até a Argentina em busca de uma vida melhor, mas a trama mostra as dificuldades que vão acarretando ao longo do tempo entre o casal. É possível encontrar esse filme nas plataformas Amazon Prime Video e Netflix.
Felizes Juntos | MUBI
6°- A Má Educação(1999);
Claro que o diretor Pedro Almodóvar não podia faltar nessa lista. Dois amigos que passaram a época da infância em um colégio católico se encontram de novo. Enrique Goded é cineasta e recebe o roteiro desse amigo que aborda a infância de ambos e faz o cineasta se questionar sobre a repressão sexual que sofreu por tanto tempo. A obra é composta por muito drama e reviravolta entre os dois personagens e consegue fisgar o espectador facilmente. Esse filme, entre os outros do mesmo cineasta, você encontra na Netflix e na Amazon Prime Video.
A Má Educação | Netflix
7°-Cidade dos Sonhos(2001)
A obra é dirigida pelo famoso diretor David Lynch, e começa com a chegada de uma atriz reconhecida que se depara com uma sobrevivente de um acidente de carro, que não se lembra de nada do que aconteceu. A trama envolta das duas mulheres é uma mistura de misticismo sobre Hollywood com linguagem experimental, fazendo a obra ser quase uma experiência psicodélica. O filme se encontra na MUBI e na Amazon Prime Video.
Cidade dos Sonhos | Universal Pictures
8°-Moonlight: Sob A Luz do Luar(2017);
Além do filme ser produzido e distribuído pela famosa produtora A24, e por ter ganho como melhor filme do ano de 2017 no Oscar, o filme trabalha homossexualidade nas várias fazes da vida de um homem negro na periferia de uma cidade dos EUA. Vivendo com uma mãe viciada, Black tenta sobreviver, sem acabar no mundo do tráfico de drogas e descobrindo o amor de forma surpreendente. Você pode assistir esse filme na Amazon Prime Video, Netflix e em outras plataformas.
Moonlight: Sob a Luz do Luar | A24
9°-Me Chame Pelo Seu Nome(2017);
Além da estreia do filme ter sido no mesmo ano de Moonlight: Sob A Luz do Luar, e de ter concorrido no mesmo ano ao Oscar por outras estatuetas, o filme botou o ator Timothée Chalamet pela primeira vez de forma grandiosa aos olhos do público. Além de uma direção madura e meticulosa de Luca Guadagnino, a obra consegue ser arrebatadora para o espectador pelo entrosamento dos 2 personagens protagonistas. O filme pode ser visto na Amazon Prime Video, Paramount + e Youtube.
Me Chame Pelo Seu Nome | Paramount +
10°- Retrato de Uma Jovem em Chamas.
Retrato de uma Jovem em Chamas pode ser considerado um dos melhores filmes do ano de 2019, e um dos melhores filmes da última década. Não só pela direção da talentosíssima Céline Sciamma, mas pelo trabalho de atuação das atrizes protagonistas: Adèle Haenel e Noémie Merlant.
Além do filme ter sido um símbolo de resistência por ter sido ignorado pela premiação do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, e por ter concorrido na premiação César que ocorre na França. Porém, a atriz Adèle Haenel saiu em forma de protesto pela vitória de Melhor Direção para o diretor Roman Polanski. Polanski é foragido dos EUA por crime de estupro acontecido anos atrás. Além de ser uma obra de extrema potência, e cercada de polêmicas por conta das premiações, Retrato de uma Jovem em Chamas é um filme considerado obrigatório sobre a última década da história do cinema.
Retrato de uma Jovem em Chamas | Pyramide Films
Depois dos 10 filmes necessários para o mês do Orgulho LGBT, leia também:
Nessas duas primeiras semanas do mês de Maio, o CinePuc-Rio e a rede de cinemas Estação Net, estão reexibindo algumas das obras do documentarista Eduardo Coutinho. O diretor foi responsável por numerosas obras consideradas clássicas dentro do cenário audiovisual brasileiro, sendo uma delas referência para um dos cineastas mais reconhecidos internacionalmente no momento atual, Kleber Mendonça Filho. Sim, o autor presente está falando de “Cabra Marcado para Morrer”.
Mas como Coutinho conseguiu fazer tais obras tão impactantes, envolventes e assustadoras ao mesmo tempo? Qual o segredo? Como esse cineasta conseguia, não só conectar tanto o indivíduo ao seu ambiente, como filmar aquilo que passa despercebido no dia-a-dia pelo povo brasileiro? Eduardo Coutinho conseguia mostrar o Brasil, da forma que só um brasileiro entende tal sentimento. Isso existe, e persiste, em quase toda sua cinegrafia.
“Edifício Master”: filme onde Coutinho decide filmar e entrevistar alguns moradores de um edifício em Copacabana, mostra como cada apartamento carrega uma história, e como essas histórias se conectam a um bairro que esconde suas entrelinhas com a imagem turística. Sendo idosos isolados, prostitutas, até mesmo artistas desconhecidos convivem em um mesmo espaço, que a cidade “maravilhosa” faz de tudo para isolar. Enquanto Coutinho, enfatiza em mostrar, as multifaces do que significa a cidade do Rio de Janeiro.
Cabra Marcado Para Morrer | Globo Play
Claro que o grito de Coutinho não fica apenas em um filme. O diretor enfatiza o grito de existência de uma população abandonada do Rio de Janeiro em mais filmes, como: “Santa Marta: Duas Semanas no Morro” e “Santo Forte”, filmes em que o diretor cria uma conexão forte dos indivíduos, com o espaço em que eles se encontram.
Mesmo Coutinho sabendo de sua habilidade impecável de mostrar realidades e vidas na qual a mídia brasileira, e outros, tentam colocar embaixo do tapete, o diretor não fica relaxado ao se aventurar em um outro estilo de cinema documental. Fazendo um filme em que Coutinho captura, durante algumas horas, oque se passa no cotidiano da TV aberta brasileira. Fazendo uma de suas obras mais assustadoras, “Um dia na Vida”.
Com “Um dia na Vida”, Coutinho mostra a gangrena que se prolifera tão facilmente de forma explicita sobre a sociedade brasileira, seja o espetáculo da violência, o machismo explicito e propagandas sobre estética, que se repetem de hora em hora. O grotesco indireto que existe em “Brazil” de Terry Gilliam, é explícito na obra de Coutinho.
Edifício Master | VideoFilmes
Eduardo Coutinho não fincou sua potência em apenas filmar aquilo que estava a sua frente, mas em sua atitude de pesquisa, de saber quem eram aquelas pessoas que compunham o cenário. Nessa atitude filosófica, o diretor fazia questão de ouvir com paciência, calma e respeito, cada um de seus personagens. É possível ver como o diretor faz isso, utilizando até mesmo da metalinguagem, como foi feito em “Jogo de Cena”.
Não os utilizando como uma vitrine de sofrimento e vendendo para o exterior, mas em capturar suas risadas, choros e até mesmo a vontade de cantar em certas cenas, tornando todos aqueles presentes em humanos. Eduardo Coutinho, conseguia fisgar a humanidade dentro de muitos cenários apocalípticos, escondidos pelos cenários de históricos de cada momento no Brasil.
O autor do texto não faz questão de resumir a importância de Coutinho na cultura cinematográfica brasileira em um texto, até porque essa ação é impossível. Mas faz questão de enfatizar: Eduardo Coutinho se mostra presente a todo momento, principalmente na imaginação de seu espectador. Se Coutinho estivesse vivo, que mundo esquecido, por nós brasileiros, ele faria questão de mostrar?
Depois do artigo sobre Eduardo Coutinho, leia também:
Para os amantes de trilogias cinematográficas, é necessário abordar algumas que vão além do blockbuster e mainstream. Trilogias que foram dirigidas e roteirizadas por grandes nomes da história cinematográfica, sendo os nomes dos diretores em pauta nesse texto: Roberto Rossellini, Lars Von Trier e Michael Haneke. Claro que existe uma grande diferença de tempo em que a trilogia da Guerra foi lançada, em comparação com as de Lars e Haneke. Porém, essa mudança cronológica não só não atrapalha tais comparações a seguir, mas as complementa em variáveis facetas sobre pontos históricos e sociais da humanidade, resultando o momento presente que esse texto se encontra.
Quando Rossellini cria tal trilogia, que marca o movimento neo-realismo italiano, o diretor faz questão de demonstrar variadas camadas sobre as consequências da segunda guerra mundial entre os países Itália e Alemanha (Alemanha, ano zero e Roma cidade Aberta) e os detalhes sobre o pós conflito, em diferentes visões. Proposta que o diretor executa no último filme da trilogia, Paisà.
Na trilogia da Guerra, Rossellini não foge da crueldade e do pessimismo dentro do cenário presente e pós da Segunda Guerra Mundial ao povo europeu. Mostrando cenários de extrema pobreza, violência, fome, entre outros. Necessário acentuar que Rossellini não prática a direção para abordar tais pontos de forma sensacionalista, mas realística. Realismo que conversa com o cenário de uma cidade, realmente, destruída por consequência do conflito.
Alemanha, Ano Zero | Deutsche Film-Aktiengesellschaft
Mas oque a proposta de Rossellini pode ter a ver com as trilogias dirigidas por Lars Von Trier e Michael Haneke? Principalmente, pela forma completamente diferente que os três diretores dirigem seus próprios filmes. Lars decide fazer uma trilogia envolvendo questões divergentes, sendo foco na segunda guerra mundial(Europa), até um filme com estilo noir(A Element of Crime) e metalinguagem cinematográfica(Epidemic). Lars sempre fez questão de enfatizar o caos dentro de qual for o cenário proposto, e ele faz questão de injetar caos nos protagonistas de sua trilogia, fazendo com que: a narrativa não se torna o primordial em sua obra, mas a psicologia e a mentalidade perturbada em que seus personagem se afundam ao longo desse cenário sujo, grotesco e imoral.
A ideia de discutir a hipocrisia puritana do ser humano, no ambiente que o próprio habita, é uma assinatura natural do trabalho do diretor, até mesmo fora sua trilogia. Mas, diferente de Rossellini, Lars quer mostrar a figura humana caótica em 3 tempos diferentes: seja em Europa(Segunda Guerra Mundial), Epidemic (Anos 90) e A Element of Crime(Distopia de um espaço incerto), que mostram o reflexo mais próximo de um pessimismo sobre o ser humano quanto ao próximo e ao ambiente que tais indivíduos habitam.
Em ambas as trilogias, existe um diálogo sobre a figura horrenda sobre a capacidade do ser humano de afetar tudo aquilo que há a sua volta, seja um próximo, ou mesmo no quesito territorial. E é nesse ponto que acontece a diferenciação de ambas trilogias com a do diretor Michael Haneke. Pois Haneke não quer falar do terror, e do caos que envolve o mundo inteiro em conjunto com o sujeito, mas o terror intrínseco e nas entrelinhas de um único indivíduo. Indivíduo que vive em um ambiente frio e pouco caótico como os propostos pelas outras trilogias citadas. Aqui, o humano vive o caos dentro de si e o executa de forma silenciosa.
Europa | Nordisk Film
Na trilogia da Frieza, as obras mostram de forma delicada a vida de seus protagonistas, seja no dia a dia com a família(O Sétimo Continente), seja na relação do indivíduo com suas fitas cacetes e câmeras(O Vídeo de Benny), ou em momentos que resultam em algo aterrorizante, pelo simples acaso(71 Fragmentos de uma Cronologia do Acaso). Pegamos um cenário bastante diferenciado do que foi a produção de Rossellini, saindo de um pós-guerra e com outra técnica em capturar tais cenários, coloco o leitor para a Dinamarca quieta, sem crises por conflito, saúde ou pobreza, mas um quieta e fria.
Diferente de um cenário proposto pelas trilogias anteriores, de um terror sempre pairando sobre o protagonista e os outros personagens, temos o incômodo e o medo de não saber quando e como esse terror vai aparecer para os olhos do espectador. Oque acontece de forma sutil e aos poucos, colocando o espectador em uma tensão de um caos confinado nesse espaço tão minúsculo, que podem ser dois jovens vivendo suas vidas normais, ou uma família monossilábica entre si mesma, mas vivendo um vida simplesmente normal.
É necessário pontuar o filme O Sétimo Continente, que mostra o simples ato de acabar com aquele inferno no qual os personagens vivem diariamente, e que não encontram sentido em sua presença naquele espaço. Algo que se difere das trilogias de Rossellini e Lars, onde o personagem está completamente voltado em conseguir resolver oque tem que resolver e sobreviver. O cenário de Haneke é o medo e a repulsa de um presente vázio e sem sentido para os presentes em suas respectivas estórias. Não a toa, o som e o ambiente se expressam muito mais que os próprios personagens em suas narrativas.
O Sétimo Continente | Wega Film
As trilogias pautadas para o texto presente, executam a função de mostrar ao espectador como o caos criado pelo próprio ser humano nunca deixou de existir, mas evoluiu até o sentido microscópico. De cenários apocalípticos demonstrados pelas guerras, até a repetição desse caos em diferentes tempos, até o terror e o horror que habita em silêncio dentro de residências de famílias e quartos de estudantes que nunca mostraram nada de suspeito sobre todo o horror que o ser humano sempre está, e estará, disposto em fazer. Seja ele mínimo, o caos humano ainda existe, mas de forma sorrateira e pronto para se mostrar, quando menos se espera.
O filme Super Mario Bros mostra como é simples botar em pratica a tentativa de fazer uma adaptação de um jogo para as telas de cinema fazendo, simplesmente, o dever de casa. Super Mario Bros não tenta se reinventar, nemcriar algo novo de dentro da sua proposta. ´É uma viagem nostálgica e divertida para todos os públicos. Algo que tem sido difícil nos últimos anos quandose trata de audiovisual.
Se encontram várias adaptações de muitos jogos para um público mais maduro e esquecem que esse entretenimento é existente no público infantil. Pontos nos quais distanciam o público infantil de ver o personagem como Sonic como um personagem de jogo. As crianças olham o personagem como um personagem aventureiro e divertido, mas apenas isso. Não se remetem ao seu legado nos jogos em seu presente, e muito menos na sua jornada quanto jogável.
Illumination consegue, em conjunto com a Universal Pictures, contar a história de Mario e Luigi como deve ser: a jornada do jogo e com o melhor que a Nintendo tem para oferecer sobre aquele mundo, que foi tão presente na infância dos adultos, e cativando os mais novos a saberem que mundo fantástico é esse que eles podem estar perdendo.
Super Mario Bros | Universal Pictures
Ao longo dos anos tivemos adaptações tenebrosas como as de Resident Evil, em todos os sentidos possíveis, outras satisfatórias como Uncharted, e outras espetaculares, como The Last Of Us. Mas, a indústria cinematográfica tem deixado de lado as crianças na hora de adaptar certos jogos para as telas de cinema. Sonic foi uma tentativa, mesclando com o mundo existente, para conectar o espectador, mas que esquece a essência por trás do jogo e o mundo em que ele acontece.
Super Mario Bros consegue criar um universo de texturas, gostos e conexão a todos os personagens apresentados, homenageando o game com as trilhas originais dos jogos clássicos. Além de adicionar elementos positivos para cada um dos personagens, como a Princesa Peach que é responsável pelas as cenas com mais ação do filme, nunca se mostrando indefesa como o estereótipo das princesas da Disney de alguns anos atrás. E como o amor entre irmãos é elaborado de forma delicada e visível na obra.
Mas a obra em si carrega uma importância de poder dar início à um novo seguimento de produções que favoreça muito além do público adolescente dos jogos, mas ao público geral. Algo potente pela figura do Mario como um símbolo da história tecnológica do entretenimento. Principalmente como apresentação pelas futuras gerações, que podem criar interesse pelo personagem além da história simples de um encanador aventureiro, com sotaque italiano.
Super Mario Bros | Universal Pictures
Para os amantes das primeiras versões de Mario Bros, de 1985, até aqueles que jogam Mario Kart e as suas últimas versões, a obra agarra o espectador e faz questão de abraça-lo. Algo belo de se perceber que os responsáveis pela produção não esquecem em nenhum segundo a importância daqueles que viveram os tempos dos irmãos encanadores imensamente pixelados, como o ambiente em que eles batiam nos tijolos.
Super Mario Bros é o sentimento de uma criança que está no shopping com sua mãe e acaba de entrar em uma loja de doces, a criança encontra um adulto que também está encantado com aquelas cores e com o cheiro dos doces que o colocam em um transe até de volta para um tempo sem preocupações. A única preocupação que existe naquele mesmo espaço, é a contagem de minutos até voltar para casa e ligar seu Nintendo 64, Ds, ou qualquer modelo que seja, e simplesmente viajar nesse arco-íris de personagens carismáticos e fantásticos. Super Mario Bros estreia dia 5 de Abril (2023) nos cinemas.
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