Autor: Mateus Belfort

  • Dark Souls | Morrer faz parte da jornada

    Dark Souls | Morrer faz parte da jornada

    É meio louco pensar que um jogo como Dark Souls fez sucesso, ainda mais vindo de uma época em que os jogos estavam ficando um pouco mais fáceis e a narrativa estava começando a entrar nos jogos. Além disso, o ano de 2011 foi um ano em que tivemos muitos jogos de IPs grandes, como Batman: Arkham City, Dead Space 2, Gears of War 3, entre outros. Aqui, vou falar sobre por que acho que Dark Souls fez sucesso e como ele mudou minha vida e minha forma de ver jogos e arte.

    Lembro de ter um Xbox 360 destravado e ter ganhado dinheiro junto com um irmão, quando vimos um anúncio de um cara vendendo vários jogos por um preço baixo, pegamos todos e lá estava Dark Souls 1 e 2. Eu não conhecia nada do jogo e comecei a jogar, e meu Deus, quem desistiu, eu entendo porque. Como escolher classes na primeira vez? Eu não sabia inglês na época e o que era um “Gift”?. Saí escolhendo e fui para o Undead Asylum, lembro de perguntar para meu irmão o que eu faço, mas ele não disse nada. Depois de muito sofrimento, matei o Asylum Demon e pensei: “que coisa estranha, eu não sei o que fazer”. Logo fui para a maravilhosa e perfeita Firelink Shrine, foi paixão à primeira vista, mas a frustração veio porque eu não sabia o que fazer. No entanto, um homem me salvou, o lendário Felipe Ramos.

    image
    Dark Souls.

    Apesar de não saber o que fazer, vi os vídeos do lendário Felipe Ramos, que mostra como começar bem no jogo, o que é incrível até hoje. E assim, comecei a desbravar esse mundo morto e estranho. O bizarro é que o jogo tem um charme único na forma como te coloca nele. Mesmo sem saber nada, a curiosidade vem e você acaba morrendo muitas vezes. Você acaba aceitando entrar em um covenant logo no começo, mas fica claro que o mundo em que se passa a história já morreu ou está prestes a morrer, com caveiras andando por aí. O NPC de Firelink Shrine fala de uma forma devastadora sobre dever e tocar sinos, o que faz você questionar o porquê de estar jogando aquilo, mas não vou me aprofundar na lore nesse artigo.

    “bater e rolar” – você aprende isso rapidamente e percebe que é mais difícil do que parece. Isso faz com que você saia da sua zona de conforto. Quando você encontra o Wyvern no Burg, você só pensa como eu vou vencer isso apenas com a lâmina de Astora, mas você tenta mesmo assim, porque já está hipnotizado pelo jogo e pela ideia de andar e morrer. O medo de perder almas já está com você, e você só sabe que tem que bater em dois sinos.

    image 1
    Dark Souls.

    Mas além disso, o mapa desse jogo faz você querer explorá-lo, e tudo é tão conectado e bem feito que você não consegue sair. Acho que esse foi o maior motivo, e é óbvio que o jogo é excelente, mas a ideia de desafiar você e fazer você sentir medo é brilhante, porque você não está acostumado com isso em um RPG. Acho genial mesmo! A trilha sonora, os inimigos, o silêncio ao encontrar um Black Knight – tudo neste jogo é pensado para fazer você ficar mais curioso e aprender sobre ele. No final, é isso mesmo – se você aprende sobre o jogo, ele se transforma em algo que te hipnotiza ainda mais.

    Esse jogo é bem importante para mim, até porque no momento em que ele me hipnotizou, eu estava em uma fase difícil da adolescência. Toda a mensagem de que vai ser difícil, mas você vai aprender algo novo e tentar novamente até dar certo, e que não pode desistir, porque essa é a única maneira de perder no jogo e virar um Hollow, vagando sem alma, enquanto o mundo espera outro Chosen One, é maravilhosa. Fora os personagens, como Solaire, que é um ser maravilhoso que te faz sorrir e busca o próprio sol em meio àquele mundo. Temos também as batalhas contra chefes, que são completamente maravilhosas, como Queelag, que é linda, especialmente quando você descobre a lore por trás dela, e Sif, que tem a melhor história do jogo, na minha opinião. Essas, juntando lore e combate, são as melhores do jogo. No fim, eu escreveria um milhão de parágrafos e ainda faltaria para dizer o quão importante esse jogo é, tanto para a indústria quanto para mim. Eu digo para meus amigos que Dark Souls 1 é o jogo mais importante da década passada, e vou defender isso sempre.

    após esse artigo sobre Dark Souls leia também:

  • Vagabond | invencível é apenas uma palavra

    Vagabond | invencível é apenas uma palavra

    Se eu tivesse que listar as obras que mudaram minha vida, com toda certeza Vagabond estaria no top 3. Isso se deve ao fato de que desde minha infância consumo mangás, animes e tokusatsu, e a temática que sempre gostei mais foi a de samurais. Afinal, é algo extremamente chamativo: espadas e cabelos grandes, além de histórias extremamente boas. Lobo Solitário, por exemplo, inspirou o gênio Frank Miller a escrever Ronin. Mas a obra que considero a melhor de todas, não só de samurais, mas sim de mangás, é Vagabond.

    Vagabond é inspirado na vida de Miyamoto Musashi, considerado o maior samurai e um grande filósofo, escritor de uma obra maravilhosa. É sério, é uma daquelas coisas que mudam o jeito de ver o mundo, o maravilhoso livro dos 5 anéis. O que torna esse mangá ainda mais maravilhoso é o autor, Takehiko Inoue, que também escreveu Slum Dunk, que é divertidíssimo. Sério, eu poderia falar dias sobre o porquê de cada volume desse mangá ser bom, mas por agora, vamos falar: O que è o invencível?

    image 1
    Vagabond – Capítulo 79

    Depois do encontro com Inshun e da despedida dele no volume 5, Musashi sai em busca de um novo dojo com o objetivo de buscar a invencibilidade. Mesmo após controlar toda a sua fúria e descobrir que ele não é tão forte quanto achava, ele ainda tem essa ideia de ser invencível, mas até quando?

    A caminho de outro dojo, Musashi encontra Jotaro, que anteriormente havia pedido para ser seu discípulo, mas foi negado por Musashi, que acreditava que Jotaro só o atrapalharia. No entanto, agora que Musashi está mais maduro, ele percebe que pode ter mais pessoas ao seu lado sem desviar do caminho da espada.

    Ao chegar ao dojo, há uma passagem maravilhosa em que Jotaro acha que vão rir dele por querer desafiar o lendário espadachim Yagyu, mas Musashi calmamente responde: “Os céus não vão rir”. Meu Deus, que passagem maravilhosa! Ver Musashi amadurecendo e se conectando com a natureza é algo incrível e me fez amar ainda mais essa obra quando li pela primeira vez.

    image 2
    Vagabond – Capitulo 79.

    Passando algumas páginas, percebemos que o grande mestre Yagyu está velho demais e já está pronto para passar seu bastão para seu neto, Hyogonosuke, que é tão habilidoso quanto Yagyu. Enquanto isso, Musashi está hospedado em um lugar, esperando a oportunidade de desafiar Yagyu, mas ele nem imagina as condições em que o mestre se encontra.

    Musashi acaba recebendo uma flor de Otsu, e o que intriga Musashi é quem cortou aquela flor. Mesmo indo para a floresta cortar algumas, ele não consegue, porque seu corte está destruindo as flores. Aquela flor parecia viva, mesmo sem estar na terra. Vemos que a lâmina de Musashi ainda tem sede de sangue e ele ainda tem sua fúria. O valor da vida e da morte está entrando cada vez mais na cabeça de Musashi.

    E ele percebendo que sua lâmina mata a flor, mostra que ele está começando a entender o valor confuso que tem pela vida. Ele entende que ela tem valor, mas aquele ideal de ser invencível o confunde sobre o quão valorosa a vida é. Olha a evolução do personagem alguns volumes atrás, ele só queria saber de morte e violência, e agora está entendendo tudo. Sério, eu amo esse mangá.

    image 3
    Vagabond – Capítulo 82.

    Passando algumas páginas, Musashi entra no castelo, enviando uma carta com a flor perguntando quem a havia cortado. Os netos do Yagyo o deixam entrar apenas para saber que tipo de homem ele é. Ele fica animado com a ideia, pois essa seria a oportunidade perfeita para chegar até Yagyo, mesmo que para isso tenha que derrotar todo o castelo. Enquanto ele pensa nisso, ele não para de tremer, usando dois cobertores em um dia quente. Ele entende o quão grandioso é o que ele quer fazer.

    No dia seguinte, ele chega ao castelo e fica surpreso porque os netos do Yagyo não queriam lutar de maneira alguma. Mesmo provocando-os, Musashi não consegue fazê-los lutar, o que o deixa confuso, já que ele não conseguiu ferir a honra daqueles samurais, enquanto todos os outros que ele encontrou foram mais fáceis de provocar.

    Após Jotaro criar uma confusão, começa a luta de Musashi contra quatro mestres. Isso é sentido, já que aqueles quatro não eram simples soldados, e os quatro mestres também sentem, já que Musashi consegue desviar de todos os golpes, pois agora ele vê através deles. É nesse combate que vemos o que mais tarde se tornaria o lendário Niten Ichi Ryu, o estilo de duas espadas.

    image 4
    Vagabond – Capítulo 91.

    E os outros samurais acham que aquilo é um desespero de Musashi, mas o que não esperavam é que Musashi iria usar a espada de madeira como distração, jogando-a na cabeça de um dos samurais. Assim, ele aproveita a oportunidade para correr para uma ponte, onde ninguém poderia cercá-lo. A força de Musashi é posta à prova quando ele quebra a espada de um dos mestres enquanto desvia de todos os seus ataques. Musashi usa tudo o que tem ao seu redor para ajudá-lo, seja pedras, a ponte ou o rio. Musashi não estava sozinho. Sua expressão era calma e focada, algo incompreensível para seus oponentes.

    Mas as coisas saem do controle e Musashi cai no rio. Acaba fugindo e está tudo bem. Ele derrotou aqueles inimigos e sabe disso. Além disso, o foco dele é o Yagyo. Após Otsu o esconder, ele encontra Yagyo e o confronto que ele nunca poderá vencer começa. O mestre estava doente e dormindo, mas isso é o que Musashi pensava. No entanto, ele estava enganado.

    image 5
    Vagabond – Capítulo 96.

    Enquanto estava prestes a matar Yagyo, Musashi acaba tendo lembranças de seu pai, o homem invencível que fez essa paranoia entrar em sua cabeça. Ele lembra de todas as vezes que tentou matar seu pai e de todos os momentos ruins que passou com ele. Quando ele ia atacar Yagyo, uma cópia de si mesmo o detém, lembrando-o de seu passado violento. E quando ele olha nos olhos do mestre, ele vê uma ilusão de paisagem e ouve seu pai dizendo que ele é o filho do invencível, e que deveria se tornar igual a ele.

    Mas o que era o pai de Musashi? Ele era um medroso que tinha medo de tudo e todos, porque se alguém o vencesse, ele não teria mais o título de invencível. Ele até tinha medo de seu próprio filho. Musashi questiona Yagyo sobre o que é ser invencível, e o mestre responde: ‘Invencível é apenas uma palavra.’ Naquele momento, Musashi vê pela primeira vez alguém que tinha uma lâmina no céu e na terra, e de todos os seus oponentes, nenhum era um mestre como aquele tinha sido.

    Derrotado, Musashi foge dali, questionando várias vezes o que o mestre disse. A palavra “invencível” estava nublada em sua mente, ela não fazia mais sentido. E quando ele tenta focar sua mente novamente, ele olha para a ponte e vê Otsu esperando por ele. Agora, Musashi sabe que tem coisas mais importantes em sua vida, mas ele se nega a tê-las por medo de morrer e acabar arruinando a vida de Otsu, que o ama demais. Agora, ele reconhece isso e a deixa para trás por esses medos. O capítulo termina com ele partindo para entender o próximo passo de sua jornada.

    image 6
    Vagabond – Capitulo 102.

    Sério, ver o Musashi duvidando de sua invencibilidade e quebrando por completo é maravilhoso de acompanhar, e saber que ele só melhora ao longo da história faz dessa obra incrível de todas as maneiras possíveis. Sério, leiam Vagabond, vocês não vão se decepcionar.

    pós esse artigo de Vagabond leia também:

  • Whiplash | A obsessão e a perfeição

    Whiplash | A obsessão e a perfeição

    Na primeira cena de Whiplash, vemos Andrew, interpretado por Miles Teller, totalmente imerso em sua bateria. O interessante deste filme é que ele mostra os bastidores de um mundo que poucas pessoas conhecem, e também é uma história sobre um artista que busca a grandeza e está disposto a passar por muito sofrimento e sacrifício. Mas como o filme conta essa história?

    Toda história tem um momento decisivo, o momento em que o protagonista não consegue mais ficar parado e embarca em sua jornada. Em Whiplash, isso acontece logo no começo do filme, durante um encontro casual com Fletcher, interpretado brilhantemente pelo maravilhoso J.K. Simmons. Em um breve momento de atenção de Fletcher, Andrew decide que quer entrar na Studio Band

    Como espectadores, só nos importamos com o objetivo do protagonista quando compreendemos seus medos. O roteiro de Whiplash usa a vida de Andrew em casa para mostrar isso. Por exemplo, o pai de Andrew é um professor de ensino médio bem-sucedido, mas um escritor malsucedido. Para Andrew, seu pai significa a mediocridade que ele tanto teme e acaba desprezando..

    image
    Miles Teller como Andrew em whiplash.

    Mas a vida de Andrew não pode ser fácil assim, e é aí que entra o mentor, que tem o poder absoluto e ocupa o topo da posição naquele mundo. E o mais importante, ele dá um desafio ao nosso protagonista. Aí nos perguntamos: será que Andrew vai conseguir se esforçar para tocar mais rápido e mais precisamente, e se comprometer a ser melhor?

    Movido pelo desejo e pelo medo, nosso protagonista Andrew pratica ainda mais. Quando Fletcher faz audições logo no começo do filme e Andrew é escolhido para a Studio Band, ele se sente poderoso por entrar na banda e logo chama a garota do cinema para sair. Isso nos mostra que ele está mudando e indo na direção certa. Mas o que ele mal sabia era que essa era a parte fácil.

    Partindo para o segundo ato do filme, é onde nosso Andrew encontra obstáculo atrás de obstáculo. Ele é forçado a mudar como nunca, pois está sendo limitado pelo seu antigo eu. Ele começa a mudança, mas logo vemos que ele vai longe demais. Vemos também que o caminho para a grandeza é um de autodestruição. O fator-chave que o filme usa é a ameaça de substituição. Para que Andrew não fique de corpo mole, Fletcher chama Ryan, que era um ex-colega de turma de Andrew, para a banda. De repente, o lugar recém-garantido do nosso protagonista é ameaçado.

    O declínio de Andrew começa desde o primeiro dia em que Fletcher deixa bem claro suas expectativas ao ser violento e abusivo. Sobrecarregado pela pressão e pelo tormento, ele começa a destruição do seu antigo eu. Ele termina com sua namorada da pior maneira possível e é extremamente grosseiro com sua família. Enquanto tenta chegar em sua apresentação, ele encontra o auge de sua autodestruição em um acidente. O acidente de Andrew o força a parar com seu comportamento autodestrutivo. Sabendo que um ex-estudante que cometeu suicídio foi atormentado por Fletcher, ele para e pensa, acabando com a autodestruição no final do ato 2 de Whiplash.

    image 1
    J.K Simmons como Fletcher em Whiplash

    O clímax de Whiplash acontece durante uma grande apresentação. Nosso protagonista está em um momento difícil, forçado a parar de tocar bateria. Ele teve tempo para pensar em tudo o que passou. No entanto, apesar de tudo isso, Andrew ainda não está pronto para o grande show. Ele ainda carrega um pouco do seu antigo eu consigo. Quando Fletcher revela que armou a apresentação para nosso protagonista falhar porque ele sabia que foi Andrew quem o entregou para a escola e o fez perder o emprego, a tensão chega ao ápice.

    Fazendo com que nosso protagonista falhasse em seu primeiro grande momento e confrontado com essa falha, Andrew tomou a escolha mais importante de sua jornada. Nosso herói virou-se e caminhou de volta ao palco. Antes que Fletcher percebesse, Andrew iniciou um double-time latino. Agora, ele não tocava mais para Fletcher, mas para si mesmo. Nesse momento, nosso herói destruiu seu antigo eu. A expressão de Fletcher revelou que ele nunca tinha visto alguém tocar assim, e ele se tornou um aliado do nosso herói. Nesse instante, Andrew olhou para a multidão e para a plateia, e seu pai assistiu espantado. Finalmente, chegou o momento em que nosso herói alcançou a perfeição.

    Pôs esse artigo sobre Whiplash leia também:
  • La La Land | O amor é importante, mas as vezes não

    La La Land | O amor é importante, mas as vezes não

    Hoje a gente vai falar de La La Land do Damien Chazelle, que fez o premiado Wiplash que vai ter artigo sobre aqui também, mas dessa vez acompanhamos Sebastian um pianista frustrado atuado pelo Ryan Gosling e a Mia uma aspirante a atriz interpretada pela maravilhosa Emma Stone.

    Aqui vemos uma história de amor, felicidade e carreiras artísticas com um tom bem dramático que é perfeito, e sendo sincero La La Land é o tipo de filme que o cinema precisa ter, um filme com uma nostalgia dos anos 40 ao estilo cantando na chuva, e fazia muito tempo que não tínhamos um musical tão bom quanto esse, que apesar das homenagens ao cinema dos anos 40 e 50 consegue se manter muito atual.

    image
    Ryan Gosling e Emma Stone em La La Land.

    Mas um musical? Sejamos sinceros: o público hoje em dia tem um certo preconceito com esse gênero, talvez seja porque de um tempo para cá o cinema vem se entupido de filmes com uma carga dramática e buscando histórias mais realistas, que não tem essa leveza que os musicais trazem. Óbvio que dramas em musicais existem, mas a quebra do mundo onde todos só começam a cantar e dançar deve parecer estranha mesmo. 

    E as sequencias musicais em La La Land são completamente diferentes de outros filmes, onde as cenas de musicais são todas filmadas em plano sequência e você fica querendo ver alguém errar lá no fundo da cena, mas é claro também que nem todas são em planos sequências; deve ter algum corte ou truque de câmera e as coreografias são maravilhosas, dignas do título de obra de arte.

    image 1
    Ryan Gosling e Emma Stone em La La Land.

    Uma das cenas de La La Land com mais emoção consegue ao mesmo tempo ser cafona e homenagear o clássico; é estranho mais acontece. Toda a cena do observatório – meu Deus – desde o começo onde só tem a silhueta sendo vista e saem voando pela sala, onde, sendo sincero, eu chorei. É uma daquelas cenas que vai ser diferente para cada pessoa, assim como quando o Sebastian explica para a Mia o porquê de o jazz ser tão importante, ele diz “o jazz e sempre diferente ele adora ir naquele bar porque é sempre uma versão diferente da música que você ouviu na noite anterior.”

    Hollywood construiu algo muito forte no cinema onde dois personagens tem que ficar juntos seja lá qual o motivo. A gente acredita que eles têm que ficar, e o que mais acontece são esses dois personagens deixares as diferenças e o sonho para viver aquilo, mas La La Land mostra um pouco mais da realidade da vida. O cinema hollywoodiano nos mostra que para viver feliz precisamos de alguém para ser feliz, sendo que apenas chegar ao nosso sonho possa ser o suficiente, e La La Land vai por esse lado sem deixar o drama do amor dos 2 personagens. 

    image 2

    La la land fala sobre a felicidade vindo da conquista dos seus sonhos, e como a felicidade pode ser explorada e falada de vários jeitos possíveis. Na filosofia a felicidade foi discutida por muitos anos; Sócrates falava que “a felicidade não era só a satisfação dos desejos e as necessidades do corpo, mas tinha a ver com a alma”, mas em a conquista da felicidade, o filosofo e matemático Bertrand Russel diz “o homem que adquire facilmente as coisas pelas quais sente um prazer moderado, conclui que a realização do desejo não da felicidade.

    Esquece-se de que privar-se de algumas coisas é a parte indispensável da felicidade.” e isso serve tanto para o Sebastian sobre ele deixar uma coisa de lado para se tornar feliz ou a Mia que deixou sim uma coisa de lado e ficou feliz, dizer que o nosso querido Sebastian não está feliz é errado, porque ele deixar a Mia mostra que chegou onde ele quis chegar; ele tem o clube de jazz que ele sempre sonhou e a falta da Mia o mostra que é feliz.

    após esse artigo de la la land leia também:

  • Amantes Eternos | o amor e o tédio para sempre.

    Amantes Eternos | o amor e o tédio para sempre.

    Amantes Eternos nos faz pensar que quando falamos de filmes de vampiros sempre acabamos no mesmo nicho do terror, o vampiro como criatura sedutora, esperta, alguns são cheios de sabedoria outros tem uma certa impulsividade, porém o que a maioria mostra e que ser vampiro é legal e muito desses filmes são clichês, mas outros acertam como Entrevista com vampiro, A hora do espanto, Nosferatu, O que fazemos nas sombras mas nenhum deles e tão autoral e diferente quanto Amante eternos, e não importa o quanto você tente nunca será tão maneiro quanto Adam e Eve.

    Em Amantes Eternos conhecemos Adam um músico vampiro que está em ascensão e tem um relacionamento apaixonante e complicado com sua namorada Eve, que mora do outro lado do mundo porque em algum momentos os dois se separaram, e o que move o filme é o tédio do Adam com o mundo moderno e com os humanos que ele chama de zombie, tanto que o começo do filme e ele pedindo para seu amigo Ian ir atrás de uma bala para ele se matar, e quando Eve decide vir visitar seu namorado e sua irmã Ava aparece digamos que as coisas se complica nessa vida tediosa dos vampiros.

    Amantes Eternos
    Tom Hiddleston como Adam e Tilda Swinton como Eve em Amantes Eternos.

    Esse filme é dirigido pelo maravilhoso e perfeito Jim Jarmusch que é um diretor extremamente autoral e que costuma fazer filmes nesse estilo, um bom exemplo é Os mortos não morrem que é uma paródia de filmes de zumbi e onde os personagens estão entediado em um apocalipse, então isso está nele e Amantes eternos e para mim a sua melhor obra, onde ele casa o tédio com o amor e com a musica é serio o quanto esse filme e estiloso não está escrito, as roupas da Eve e do Adam a primeira vez que assisti queria me vestir igual eles e colocar óculos escuros a noite, esse e um daqueles filmes que é uma baita experiência para ver porque em algum momento tu vai se conectar com os personagens, não quero falar muito sobre a história para evitar spoilers.

    E quando digo que Amante eternos é o melhor filme de vampiro é verdade, porque o jeito que eles são retratados aqui é de uma forma quase não vista e mostra que da imortalidade vem o tédio e a criação, como acontece com o Adam, a fotografia desse filme é lindíssima o Jim é um mestre disso e a química entre Tom Hiddleston e Tilda Swinton é de outro mundo sendo provavelmente o melhor casal da ficção junto com Edward e Bella, e quero que vocês assistam o filme e descubram essa obra maravilhosa, está disponível no Prime Vídeo.

    Amantes Eternos.

    Pós esse artigo sobre Amantes Eternos leia também:

  • Gabriel Belmont e como um péssimo roteiro estraga um ótimo personagem

    Gabriel Belmont e como um péssimo roteiro estraga um ótimo personagem

    Gabriel Belmont é o melhor protagonista da franquia Castlevania, tem a melhor história, mas o final e de ficar revoltado.

    Castlevania é uma franquia muito famosa no mundo dos games ainda mais para quem joga a bastante tempo, os seus jogos de vai e volta batizado de metroidvania que são magníficos como Symphony of the Night que é provavelmente o ápice dessa franquia, onde temos o todo o poderoso Alucard numa história que é maravilhosa, e indo para o Playstation 2 temos o lembrado Curse of Darknes que não envelheceu tão bem mas eu gosto bastante, e indo para o Playstation 3 temos os polêmicos Lords of Shadow, que o primeiro é um ótimo jogo e tem a melhor história de toda a saga Castlevania, e já o segundo bom é uma bagunça e temos um drácula sem moral alguma, o que me deixou transtornado de raiva ainda mais depois do final de Mirror of Fate, mas chegaremos lá.

    Em Castlevania Lords os Shadow conhecemos o nobre e poderoso Gabriel Belmont, um cavaleiro do século XI que foi uma criança foi encontrada na porta de um dos conventos da Irmandade da Luz não se sabe quem eram seus pais originais, e logo a Irmandade percebeu que Gabriel tinha talento para lutar contra as forças do mal, mas além disso ele encontrou o amor na sua amiga de infância Marie que em manhã idílica, com a bênção da sua família e da Irmandade, eles casaram-se. E em algum momento Gabriel Belmont foi mandado numa missão e a sua esposa teve um filho chamado Trevor, que ela escondeu de Gabriel e deixou para a irmandade criar, algum tempo depois Marie morre e começa o jogo e a grande jornada de Gabriel Belmont para falar com a sua esposa e livrar o nosso mundo das garras do mal.

    image 12
    Gabriel Belmont em Lords of Shadow

    E sério começando a falar bem o menu desse jogo já começa maravilhoso e você pode criticar qualquer coisa aqui, mas esse jogo tem amor e tem um respeito enorme pela franquia, quando tu começa qualquer capítulo tem a narração do Patrick Stewart que já deixa com uma cara de aventura ao estilo Tolkien, sério se eu pudesse pensar em qualquer resumo para lords of Shadow seria aventura a sensação que esse jogo traz e muito boa e um frescor para a franquia, e o estilo de combate hack ‘n’ slash foi uma ótima adição a franquia se vamos mudar que mude tudo certo. E a direção de arte desse jogo é algo único sério tudo nesse jogo e lindo os ângulos de câmera faz parecer pintura, acho que isso e dedo do Hideo Kojima, e os chefes desses jogos são bons demais a batalha contra o Cornell e maravilhosa parece algo de DMC. 

    Falando um pouco mal porque longe desse jogo ser perfeito as batalhas ao modo Shadow Of The Colossus não sou muito fã, apesar de eu não odiar eu não gosto porque elas não são bem-feitas e parecem o que realmente é, só para mudar a jogabilidade e são só 3 então dá para passar de boas e também eles consertaram isso com a medusa lá no lords 2, e outra coisa esse jogo e longo meu deus como demora para zerar tem coisas ali que era para ser bem mais rápidas, e com toda a certeza os chupas cabras são as piores coisas meu deus do céu a equipe que pensou nisso só poderia estar maluca, não é possível se você odeia o Lords of Shadow 1 por causa dos chupas cabras eu entendo você. Mas sério joguem o primeiro e um título muito bom e uma boa história para recomeçar essa franquia, e se você não gostou na época tente dá uma nova chance, e é quase certeza que tu vai gostar o que já não posso falar de Lords of Shadow 2 o que fizeram com você pobre Drácula.

    image 13
    Gabriel Belmont.

    Depois de um final surpreendente onde nosso querido Gabriel Belmont vira o Conde Drácula e se isola no seu castelo, começamos depois dos eventos de Mirro of Fate onde temos o Drácula no seu trono bebendo um sangue de boas, quando começam a atacar seu castelo e todo esse começo maravilhoso onde no final do prólogo tem o Gabriel Belmont falando latim e mostrando para a irmandade que ele é a coisa mais poderosa viva e de cair o queixo, o problema e o que vem depois.

    A história desse jogo após o prólogo não faz nenhum sentido e o melhor resumo que eu vi foi do Master Alucard que é Drácula desperta na atualidade, um vírus transforma as pessoas em demônios, Trevor guia o Gabriel Belmont em sua aventura, tem castelo imaginário e a passagem, e um lobo, está todo mundo vivo no castelo imaginário, castelo não quer que o Gabriel Belmont deixe de ser Drácula, Drácula tem descendentes e Drácula luta contra Satanás e tudo isso parecem coisas aleatórias acontecendo e o final desse jogo é uma ofensa meu deus do céu, esse é outro que se você odeia pelo final eu entendo você e o que fizeram com o Drácula, o cara não toma uma decisão e pau-mandado do Zobek e do Trevor, serio o que fizeram com o Drácula é um crime, e o final me faz pensar que é pegadinha esse jogo.

    image 14
    Gabriel Belmont como Drácula em Lords of Shadow 2.

    Mas ainda sim, apesar de tudo isso é um jogo que vale pela ambientação e pelo gameplay sério o que esse jogo e divertido é brincadeira, e incrivelmente é um jogo lindo até hoje tudo que eles puderam melhorar de mecânicas do primeiro Lords of Shadow eles melhoraram, os 2 estão bem baratos na Steam se puderem comprar e discorda aqui eu agradeceria, essa foi uma ótima tentativa de reviver a franquia apesar do final decepcionante eu inda me empolgo para o que esse mundo tem a mostrar, uma pena a Konami odiar a gente e não fazer mais jogos.

    Leia também.

  • Homem de ferro 3 é melhor do que você pensa

    Homem de ferro 3 é melhor do que você pensa

    Homem de ferro 3 nos faz perguntar quem é o Homem de Ferro; o playboy que cria armas ou o que se sacrifica para salvar o mundo?

    Quando falamos de cinema de super-heróis temos algumas temos alguns assuntos que sempre geram debates como: Batman vs Superman é um filme genial ou é uma bosta? Por que Andrew Garfield é o melhor Homem-Aranha dos 3? Ultimato é realmente bom ou só foi hype? Temos tantos exemplos que dariam tantos artigos, mas falando da editora vermelha tem um específico que as pessoas só aprenderam a não gostar que é Homem de Ferro 3; temos pessoas que odeiam esse filme, outras que esquecem que ele existe e tem eu que vou provar para você que ele não é tão ruim assim.

    image 11
    Robert Downey Jr em homem de ferro 3.

    Longe de achar esse filme perfeito, até porque temos o Guy Pierce que tem aquele velho clichê do nerd feio antes de se tornar vilão e quando tem a mudança da vida fica gostoso, o que, convenhamos, o cinema precisa superar, ainda mais em época que ser nerd e atraente e está na moda. Além também das caras do Guy e no mínimo cena para rir e de se perguntar o que aconteceu com ele. 

    O nosso filme vem em 2013 e ele e o primeiro filme solo após aquele ápice da nerdice que foi Vingadores, que levou ao cinema o sonho de todo fã de quadrinho. Além disso, nesse filme, também muda o diretor; sai Jon Favreau e entra Shane Black que fez coisas maravilhosas como Máquina Mortífera, mas também fez o estranho O Predador de 2018 e eu acho que parte dessa crítica da galera que não entendeu o filme é por culpa do vingadores de 2012 que foi um evento e ninguém estava preparado para voltar a ter histórias solos sobre personagens e ficava aquela pergunta cadê o Capitão? Ou cadê o Thor? Porque ele não pede ajuda para eles. 

    E o que faz esse filme ser bom e por que depois daquele megaevento com Loki em Nova York, o filme tem a coragem de ser um filme pequeno um filme sobre Tony Stark e onde o Tony começa a mudar e acaba tendo o melhor arco de personagem que vai ter seu ápice lá em Guerra Civil, e Homem de Ferro 3 volta a ser sobre o legado do pai do Tony e sobre ele lutar contra os fantasmas do passado, com as armas e tudo que ele fazia antes e tendo a responsabilidade pelas suas criações e pelo papel que ele vai desempenhar nos filmes futuros; por isso esse filme é tão importante para a jornada dele e se perguntar quem é o Homem de Ferro: “O playboy que cria armas ou o que se sacrifica para salvar o mundo?”

    image 7
    Armadura Mark XLII.

    Acho que também naquela época o pessoal esperava que os heróis fossem perfeitos e não sentissem medo, e justamente o contrário disso, que o Homem de Ferro 3 faz, já que o Tony tem pesadelos ele mal consegue dormir tendo estresse pós-traumático por causa da batalha de Nova York, quebrando a ideia que foi passado dele nos filmes anteriores onde ele era o cara que fazia piada, parecia não ter medo, e não ligava para nada. Tirar o Tony de todo esse meio e colocar ele em uma situação onde ele não tem ninguém e está impotente é importante para construir o herói que veríamos depois. Assistam o filme no Disney Plus e vejam a cena do ataque que mostra toda a inteligência e mostra também que o Tony não pode simplesmente se chamar de herói e achar que não vai acontecer nada. 

    O filme mostra também como o Tony é inteligente, é o gênio que ele sempre fala que é porque assim que o ataque na casa dele acaba, a armadura se desfaz e acaba a bateria e ele percebe que ele está sozinho; não tem o Jarvis, nem armadura, e os roteiristas usam a inteligência dele para sair daquele lugar pegando parte do reator do braço dele ele indo na loja e comprando bombinhas e coisas para dar choque assim que ele consegue invadir a base do Aldrich. E se antes ele lutava ao lado de deuses e super humanos em Nova York agora ele e só um homem comum sem armadura, por isso a ideia de criar várias para ele sempre se sentir seguro.

    image 10
    Ben Kingsley como Mandarim em homem de ferro 3.

    E vamos falar de uma das melhores coisa de Homem de Ferro 3 que é o MANDARIN vivido pelo maravilhoso Ben Kingsley! Essa que é provavelmente a maior polêmica do filme, que se fosse real todos amaríamos juntos já que ficou lindo maravilhoso. A presença do personagem aborda temas extremamente pesados: a cena dele atirando na cabeça de um congressista em televisão nacional, não sei se a Marvel faria algo do tipo hoje, e todo o plot de ser fake é muito legal, porque todo mundo esperava aquele cara com 10 anéis de poder e todo místico mas o filme não é sobre isso, é um filme pé no chão. E pensa que temos um americano que é o Aldrich criando um vilão midiático onde ele faz a ameaça e também dá a cura, esse e o tipo de vilão que o Tony precisa, até porque não podemos esquecer que o Tony era fabricante de armas e todos querem os contratos das empresas Stark com governos.

    Finalizando esse artigo enorme, assistam Homem de Ferro 3 para ver o que eu falei aqui e se não concordarem pode responder que vou ter coisas para falar. 

    Leia também

  • Repeteco em você mudaria tudo se pudesse?

    Repeteco em você mudaria tudo se pudesse?

    Repeteco não é só um restaurante mas uma lição para Katie e para todos nós que temos um objetivo ou que fizemos escolhas que não nos orgulhamos.

    Bom para começar me chamo Mateus, tenho 23 anos e nem sempre estou feliz com as decisões que eu tomei e as vezes fico pensando em querer voltar lá atrás para pensar, repensar e tentar fazer as coisas da maneira correta e acho que todos passamos por isso e isso me faz pensar e se eu mudasse aquela coisa, será que ficaria tudo bem ou só iria piorar, será que mudaria quem eu sou hoje ou a situação iria chegar de qualquer forma mas sendo sincero eu mudaria apenas para ver como se fosse um filme, do mesmo diretor, com os mesmos personagens e com histórias parecidas apenas para sentir.

    E é por isso que hoje eu vou escrever sobre o que você mudaria na sua vida e além disso tudo vou indicar uma obra que vai mudar a vida de vocês que é Repeteco, do Bryan Lee O’Malley esse escritor do maravilhoso e divertido Scott Pilgrim, e diferente de Scott Pilgrim Repeteco não e divertido ele é bem mais humano e te faz pensar no que você mudaria na sua vida de pudesse, e você pode achar que é um clichê esse tipo de história, sim é, mas se bem utilizado como foi aqui isso pode mudar o seu jeito de pensar. 

    image 4
    começo do Repeteco.

    Nossa protagonista se chama Katie que é dona do repeteco e aos 29 anos ela sentia a vida escorrer pelos dedos e andava falando sozinha mais que o normal, e que também é uma chef de cozinha extremamente talentosa que sonha em abrir um grande restaurante, mas em algum momento da HQ ela acha alguns cogumelos dentro da seu armário que a fazem voltar para o passado ou apagar alguns detalhes do seu dia podendo conserta o passado e viver a vida que ela sempre quis, voltando com amores e esquecendo alguns deles também afinal quem não faria isso, tentando conserta do jeito mas errado possível mas acertando porque no final e errando que se aprende.

    Mas além disso a HQ fala sobre amor e não só um amor para alguém mas também sobre o amor próprio, o amor por um sonho e objetivo seu, e por mais difícil que seja você quer fazer, assim como a Katie ama o repeteco mas ela quer abrir o restaurante dos sonhos e as vezes e isso temos o amor de alguém estamos em um local de carinho mas tu só não se sente completo, seja por abandonar algo que você ama fazer porque não tem tempo ou só não dá mais, se você pudesse voltaria só para fazer algo que ama por mais um dia?. Albert Camus disse uma vez “não ser amado e falta de sorte, mas não amar e a própria infelicidade.” 

    image 5

    E a HQ traz essa discussão, sobre o que você ama no momento e o que tu quer atingir, será que tu ama algum objetivo? será que tu almeja alguma coisa? 

    E as vezes nós sentimos assim tu pode pensar que todo o teu potencial está sendo desperdiçado, fazendo algo que você não gosta porque você tem que fazer seja para ganhar dinheiro ou porque não tem outra opção, assim como a Katie que ela tem o sonho de abrir um mega restaurante, mas ela está presa no repeteco que não é o restaurante que ela sempre sonhou mas e o que ela tem, mas as vezes é isso ne temos que aceitar o que temos para ter algo, porque não ter nada parece mais perturbador do que ter algo que você não gosta. E repeteco vai te incomodar em alguns momentos porque você naquela situação não faria o mesmo, e é isso que faz esse quadrinho tão maravilhoso porque a gente sempre quer que as outras pessoas tenham as escolhas que nós queríamos, mas as vezes nem mesmo a gente sabe o que quer, finalizando todo esse ensaio leiam a HQ o Bryan e maravilhoso e o traço dele e diferente e único eu garanto que vocês não vão se arrepender. 

    Leia também:

  • Kratos e a tentativa de quebrar um ciclo

    Kratos e a tentativa de quebrar um ciclo

    Santa Monica nos mostra que nem mesmo um Deus como Kratos escapa de arrependimentos e escolhas ruins.

    Se antes de 2018 pensássemos em God of War e em Kratos pensaríamos em um Hack in Slash de primeira, com muitos combos, trilha sonora que faz você querer quebrar tudo que está perto de você, chefes gigantes e uma história de vingança e isso e apaixonante foi isso que fez essa saga famosa.

    E quando vamos para o God of War 2018 vemos uma pessoa que não está mais em seu auge e se arrepende profundamente do que fez, e que ainda está passando por mudanças nele mesmo tendo que superar um luto e também tentando se aproximar de um filho que não entende as coisas. 

    Christopher Judge in God of War (2018)
    Kratos em God of War 2018.

     E mais esse jogo traz o peso de matar todo um panteão grego que se você joga o God of War 3, você percebe que o ser menos humano ali e Kratos já que os deuses foram contaminados pelo mal da caixa de pandora, e toda a consequência disso faz Kratos ser um pai amargo que quer se aproximar, mas não sabe como. 

    E por isso esse e o jogo mais importante para entendermos que Kratos não é aquele homem que matava tudo que ele não gostava e que agora devemos tentar ser melhores, e ao final de tudo percebemos que valeu a pena toda e essa mudança porque Atreus e a esperança como pandora foi para Kratos, e pôs todos esses jogos ele entra no panteão junto com Ellie e Jin Sakai como os melhores personagens da dona Sony

    Leia também

  • O cinema de terror em 2022 e como ele se renova

    O cinema de terror em 2022 e como ele se renova

    O cinema de terror esse ano foi uma grande montanha russa, já que tivemos filmes que são um enlatado do terror e outros que são característicos de uma certa produtora.

    E isso que faz esse gênero tão maravilhoso, já que os filmes durante os anos 2000 foi tido como piada tendo alguns bons filmes esquecidos, mas gerou todo um preconceito onde filmes de terror era sobre sexo e assassinos com motivações estranhas, o que não é ruim já que o slasher nos anos 80 foi sobre isso e temos filmes que estão no imaginário de todos que gostam de filmes em geral, porém uma década cheio de remakes que parecem feitos por uma I.A faz a gente pensar se o terror estivesse no fim, porém um homem veio salvar o gênero e depois condená-lo.

    Oque falar de James Wan esse homem que com sobrenatural que as pessoas esquecem começou essa onda de terror de fantasmas e demônios, e logo depois ele vem com invocação do mal que é provavelmente o filme de terror mais importante da década passada que o terror volta a fazer bilheteria e o jump scare cai no amor de todo mundo, e isso cria um novo modelo de terror onde tem o invoca-verso que tem filmes que são medíocres e cheio de falhas, mas bom o público em geral gosta e isso e o importante para um gênero que sobrevivia de filmes B e continuações absurdas.

    Lin Shaye in Sobrenatural (2010)
    Lin Shaye em Sobrenatural.

    E logo depois temos uma produtora que fazia alguns filmes desconhecidos, mas com a A bruxa que para o bem ou para o mal colocou a A24 nos holofotes, e logo depois vem com hereditário que é um baita filmão e fez as pessoas conhecerem esses pós terror que é mais conceitão que para a crítica são filmes excelentes, mas a bilheteria não parece gostar tanto, e o terror ressurge de novo com 2 movimentos um de fazer o jump scare e outro com um pouco mais conceito, e temos a
    blumhouse que faz parte dos 2 e isso faz o gênero ser vivo.

    Dando toda essa volta para falar que o ano de 2022 foi tão estranho quanto a história do gênero, onde tivemos ressurgimentos de sagas como hellhaiser e a segunda temporada de Chuck que são sagas que a gente não pensava que voltaria, e uma como um pôs terror e outra como comedia, e fora os filmes de diretores pequenos como The Barbarian, Speak no Evil e Sorria que foram surpresas muito boas.

    Mas também tivemos ressurgimentos que são no mínimo questionáveis como Olhos famintos 4, O Massacre da Serra Elétrica da questionável Netflix e também final de uma trilogia que convenhamos deveria ser só um filme o estranho Halloween Ends, e isso deixa o gênero divertido onde faz a gente pensar o terror tem muitas histórias para contar, e esperar e ver daqui a alguns anos voltaremos aquela época de remakes e continuações questionáveis ou estaremos entranho em uma época de terror onde ele vai concorrer ao Oscar.

    Leia também: