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Crítica | 3% – 1ª Temporada

Primeira série brasileira original da Netflix trás mundo distópico e um processo onde só 3% conseguem passar

3% se passa em um mundo um mundo onde a pobreza é a realidade de todos do Continente, existe apenas uma maneira de se conseguir uma vida melhor: O Processo. Criado pelo Casal Fundador, o Processo é um evento de extrema importância na vida dos jovens que, ao completarem 20 anos, recebem a oportunidade de conseguir mudar de vida indo para o Maralto, um lugar onde a desigualdade, doenças e tudo que é considerado ruim não existem, mas apenas 3% passam para o outro lado.

Chefiado por Ezequiel ( João Miguel), o Processo conta com uma série de etapas que vai desde entrevistas até provas de inteligência, comportamento e liderança, tudo isso para selecionar as pessoas certas e merecedoras de uma vida melhor. A história começa no ano 104 do processo, onde Michele ( Bianca Comparato),Fernando (Michel Gomes), Joana (Veneza Oliveira), Rafael (Rodolfo Valente) e Marco (Rafael Lozano) estão entre os milhares de jovens que se prepararam para essa oportunidade única em suas vidas, e que marcarão a história do Processo para sempre.

3%
3% | Netflix

A medida que o tempo passa, o tom das provas vai mudando, fazendo muitos questionarem se a forma como o Processo acontece é justa, e se é o melhor caminho para mudar de vida. No Continente, não são todos que apoiam a existência do Processo, e a Causa é um desses grupos que busca a igualdade por meio da destruição do Processo. Com um grupo grande de jovens embarcando no Processo do ano 104. A notícia de que existe alguém da Causa infiltrado entre eles é o que realmente dá o pontapé inicial em toda a trama.

Situações de desigualdade são muito comuns na vida real, e isso não é novidade para ninguém. Mas uma série como 3% serve para nos mostrar o rumo que essa desigualdade pode tomar, em uma realidade não tão distante assim, levando a medidas extremamente desnecessárias, como é o Processo.

Dirigida por César Charlize, a premissa parecia ser uma coisa nova, mas a ideia vem sendo desenvolvida desde 2010. A princípio, a série seria lançada para streaming no Youtube, divido em 3 partes e foi rodado com recursos obtidos através do edital do FICTV/Mais Cultura. A produção é da Maria Bonita Filmes, direção de Daina Giannecchini, Dani Libardi e Jotagá Crema, e teve a sua estreia no Youtube em 2011, apesar da produção ter sido boa, a série não vingou por lá, e a historia acabou sendo deixada de lado, voltando á tona em 2016 quando estreou na Netflix.

3%
3% | Netflix

Apesar de não ser uma ideia totalmente inovadora, 3% ainda consegue o seu papel no topo se destacando tanto pelo ótimo roteiro e excelente produção, quanto nas atuações que são muito boas (com destaque para João Miguel, Vaneza Oliveira, Bianca Comparato e Michel Gomes). Com rostos conhecidos em todos os lados do elenco, não demora muito para criarmos um carinho por alguns personagens, e uma relação de amor e ódio por outros.

Com todo o sucesso da produção, não demorou muito para que a Netflix confirmasse outras temporadas. 3% está  embarcando na sua fase final na 4ª temporada que estreia em Agosto, prometendo um roteiro limpo e sem muita enrolação.

As três temporadas de 3% já estão disponíveis na Netflix.

Nota: 4/5

Assista ao trailer:

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