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Crítica | Cinderella

A comédia musical estrelada por Camila Cabello estreou no Prime Video trazendo uma nova releitura da história da Cinderella.

Acredito que todo mundo deve ter, pelo menos uma vez na vida, assistido alguma história ou até mesmo a animação clássica da Cinderella. São muitas as produções que se inspiram na jovem órfã que fica refém da madrasta, para que no fim, com a ajuda da fada madrinha, tenha o seu final feliz. A nova releitura da história ficou por conta de uma produção do Amazon Prime Video, que apostou um musical cheio de estrelas da Broadway e musicas super atuais.

A história começa já apresentando Ella (Camila Cabello), uma órfã que vive com sua madrasta (Indina Menzel) e suas duas filhas Anastasia (Maddie Baillio) e Drizzella (Charlotte Spencer). Apesar de até aqui tudo parecer como no clássico, a diferença fica por conta da própria Cinderella não se posicionar como vítima de toda a situação que vive, por estar focada em algo maior: Se tornar uma estilista.

O longa já começa com uma super cena musical que, diga-se de passagem, foi muito bem elaborada, dando até para esquecer do que realmente se tratava a história. Logo em seguida a realeza é apresentada, como sempre, o príncipe Robert (Nicholas Galiztzine)  está sendo colocado contra a parede para encontrar uma noiva e juntar as forças entre dois reinos, mas o jovem está mis preocupado em curtir sua liberdade e juventude com os seus colegas.

Cinderella / Prime Video
Cinderella / Prime Video

Em meio a vários acontecimentos, a história segue sendo a mesma com um baile sendo preparado para apresentar as moças do reino para o príncipe, mas dessa vez a ideia de chamar até mesmo as plebeias partiu do mesmo, que viu Ella confrontar o Rei Rowan (Pierse Brosnan) de uma maneira totalmente desajeitada.

Com mais cenas musicais, o interesse real de Ella sobre o baile é colocado em jogo, quando a protagonista decide fazer uma divulgação dos seus trabalhos como estilista para a alta sociedade. Planos que foram arruinados pela madrasta, ou não. Contos de fadas precisam de nada mais, nada menos, do que uma fada madrinha pra te tirar desses momentos de total desespero, mas dessa vez a fada é ainda mais divertida e com senso de moda, sendo interpretada pelo ator Billy Porter.

Apesar dos clichês estarem super presentes, e da gente ouvir sim o barulho do tabu querendo ser quebrado a todo momento, até que o filme não é de todo ruim. A produção apostou no carisma e popularidade da cantora Camila Cabelo para criar uma Cinderella totalmente moderna, mesmo que a história fosse passada em tempos antigos.

Cinderella / Prime Video
Cinderella / Prime Video

Por se tratar de um musical, eu esperei que durante o longa fossem apresentadas diversas musicas originais, mas o que recebemos é uma grande adaptação de várias músicas famosas, como Somebody To Love do Queen e Perfect do Ed Sheeran.

Não posso deixar de mencionar que essa nova releitura de Cinderella me lembrou muito a produção Uma Garota Encantada (2004), um filme estrelado pela Anne Hathaway, que apostou na ideia de modernizar os contos de fadas e colocar canções atuais para prender o público.

Mesmo não sendo uma super produção e um super roteiro, Cinderella não deixa a desejar no quesito história, mesmo pecando algumas vezes no roteiro e desenvolvimento, tentando forçar alguns momentos cômicos. O filme pecou somente em não saber aproveitar bem as estrelas que compõem o elenco, e que já são mais do que carimbadas em diversas produções da Broadway.

Por fim, Cinderella não se consagra em nada além de um bom filme para assistir com a família no sábado à tarde, mas é divertido, valendo a pena dar uma chance.

Cinderella já está disponível no Prime Video.

Nota : 2,5/5

Assista ao trailer:

Créditos ao autor:

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