Crítica | Crônicas de Natal: Parte 2
Sequência direta do longa de Clay Kaytis, “Crônicas de Natal: Parte 2” serve uma nova porção do espírito natalino que conquistou o coração do grande público em 2018. Dirigido por Chris Columbus, o conto fantasioso da Netflix traz Kurt Russel e Goldie Hawn em uma nova aventura encantadora e emocionante, ainda que distante da original.
Em “Crônicas de Natal: Parte 2“, dois anos se passaram desde que Kate (Darby Camp) e Teddy Pierce (Judah Lewis) ajudaram o Papai Noel a salvar a noite de Natal pela primeira vez. Agora mais velhos, eles deixam a sua casa em Massachussets e viajam para Cancun a fim de celebrar o feriado com a sua mãe e o seu novo namorado.
No entanto, no auge de sua adolescência, Kate reluta em aceitar o relacionamento dos dois e decide fugir de volta para casa. Quando a jovem escapa, o misterioso Belsnickel (Julian Dennison) a engana para usá-la como forma de invadir o Polo Norte. Dessa forma, adentrando os domínios de Noel, ele rouba a Estrela do Natal e ameaça destruir o futuro da festividade, de modo que Kate e seu meio-irmão são forçados a embarcar em mais uma aventura com o Papai Noel (Kurt Russell) e salvar o Natal.
“Crônicas de Natal: Parte 2“, lançado pela Netflix no dia 25 de novembro de 2020, aprofunda a mitologia natalina apresentada no longa original. Apostando em uma narrativa recheada de clichês do gênero, a produção carrega o espectador por uma trama agradável e surpreendente envolvendo a Vila do Papai Noel, a magia élfica e todo o processo da noite de Natal. Por conseguinte, além da construção detalhada ao entorno do espírito festivo, o longa ainda conta com adições pontuais no elenco, apresentando novos personagens carismáticos e bem desenvolvidos que contribuem para a atmosfera alegre de festas e cativam a atenção do público.
Protagonizado novamente por Kurt Russel, “The Christmas Chronicles 2” dispõe de Goldie Hawn no papel de Mamãe Noel. Confortável no personagem, Hawn é uma surpresa encantadora. No entanto, assim como o vilão Belsnickel – que insiste em ser inofensivo -, ela tem o seu potencial desperdiçado. Afogada em um arco monótono, a sua performance é resumida a biscoitos assados e lições de moral. Nesse sentido, longe do cenário ideal, seus melhores momentos ocorrem quando em comunhão com o Papai Noel. Casados na vida real, Kurt e Hawn têm uma química notável e carregam nas costas todo o charme do filme.
“Crônicas de Natal: Parte 2“, finalmente, se distancia de seu antecessor e embarca na tentativa de entregar um universo natalino mais amplo e complexo. Entretenimento familiar, o lançamento da Netflix tem bons momentos e consegue divertir e emocionar o espectador. Contudo, apesar de seus acertos, o longa de Chris Columbus não agrada tanto quanto o original. Perdendo o brilho à medida que avança, o filme opta mais por um espetáculo colorido do que pelo toque inspirado que tornou a primeira parte tão especial.
Crônicas de Natal 2 está disponível na Netflix.
Nota: 3/5
Assista ao trailer:
Veja também: Crítica | Crônicas de Natal: Parte 1
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