Crítica | Cruella
Emma Stone se destaca dando vida a cruel e deslumbrante Cruella em novo remake live-action da Disney.
Todos nós concordamos que quem maltrata os animais merece o título de pior pessoa da face da Terra, não é mesmo?! E é por isso que Cruella é uma das piores vilãs da Disney. Sua perseguição aos dálmatas já deu o que falar tanto nas animações, como no live action dos anos 90, mas toda essa raiva nunca foi de fato explorada nos filmes, e é disso que o novo live action da Disney “Cruella” se trata.
Estella (Emma Stone) é uma menina fora do comum. Além de nascer com o cabelo dividido entre o preto e o branco, e a sua paixão e talento para a moda, a garota ainda tem um gênio um tanto quanto complicado. Gostando de se meter em confusões na escola, ela é convidada a se retirar da instituição, forçando a sua mudança e de sua mãe para Londres.
Em busca de uma ajuda financeira, a mãe da pequena rebelde decide passar em um lugar no meio do caminho, o que resulta em sua morte e acaba deixando Estella órfã e sozinha na cidade grande. Em seu primeiro dia, a órfã conhece dois ladrãozinhos que a segue pelo resto de sua vida, e que além de participarem de todos os roubos, também são parceiros quando o assunto é moda, shows pirotécnicos e vingança.
Diferente de diversas produções que focam num passado trágico do vilão, Cruella busca mostrar que a maldade e crueldade podem sim vir de berço, e não necessariamente ser a causa de algo maior.
A história acerta -e muito- nesse aspecto, e mesmo assim consegue trazer a empatia necessária para a personagem, tendo alguns momentos em que tá tudo bem passar um pano pras atitudes dela.
Dando check na construção da personagem, fica difícil não partir pro tópico mais importante: a moda! Desde o começo fica claro o talento de Estella para a moda, seja ela escandalosa, chique ou cotidiana. O figurino da vilã é o principal assunto do filme, mas não deixando pra trás os vestidos fantásticos usados pela personagem da Emma Thompson, a Baronesa. Os vestidos deixam qualquer um de queixo caído, mesmo os que não são tão ligados ao universo das passarelas.
O quesito moda toma cerca de 60% do tempo da produção, tendo até comparações com produção como O Diabo Veste Prada, até porque não tem como não pensar no filme quando crueldade e moda estão ligados. Com shows incríveis, aparições em eventos e criatividade, a moda faz muito bem o seu papel nesse filme.
O que dizer quando uma produção escolhe tão bem o seu elenco,que fica praticamente incapaz de encontrar um erro? Bom, caricatos ou não, não tem como discordar sobre a ótima escolha do elenco de Cruella, logo de cara somos apresentados a incrível Tipper Seifert-Cleveland, que interpreta a Estella na infância. Logo vem a Emma Stone, impecável como sempre, deixando o sotaque do Arizona de lado e adotando o inglês britânico como se fosse de berço, excelente! Emma Thompson, Joel Fry (Gaspar) e Paul Walter Hauser (Horácio) também dão um show de atuação e carisma, e não se deixam ofuscar mesmo estando ao lado de Stone.
Não podemos falar sobre o elenco sem citar o elenco canino, que fofos! Dois cachorrinhos foram escolhidos para dar vida aos fiéis escudeiros dos vilões, a interação com os atores renderam alguns momentos de fofura.
A trilha sonora também é um ponto indispensável do longa, simplesmente impecável. Com um tom mais maduro nas músicas, a escolha da trilha foi certeira e trouxe o poder que a personagem carrega nas costas.
Dirigido por Craig Gillespie ( “Eu, Tonya”) , Cruella se consagra como o tiro certeiro da Disney, um dos melhores live actions (ou nesse caso, remake) já feito, mesmo contendo alguns exageros e furos no roteiro. Graças a essência da história, produção e elenco, o filme não consegue passar despercebido, superando todas as expectativas.
Cruella estreia dia 27 de Maio nos cinemas e no dia 28 de maio no Disney+.
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