Exorcismo Sagrado refere diversos clássicos do terror, mas peca em encontrar seu próprio caminho.
Uma das novas apostas do terrorExorcismo Sagrado, é dirigido por Alejandro Hidalgo (A Casa do Fim dos Tempos) que assina o roteiro junto de Santiago Fernández Calvete (Sangue Vurdalak).
O Exorcismo Sagrado acima de tudo é um filme que referencia outros filmes, principalmente ao O Exorcista (1973), seja sua cena de abertura, ou a forma em que as possessões ocorrem. A história do filme é bem interessante, e te prende logo no inicio.
No longa, Peter Williams (Will Beinbrink) é um padre americano que trabalha no México, no ano de 2003, ele acabou sendo possuído por um demônio que tentava expulsar e acaba cometendo o mais terrível sacrilégio. Após dezoito anos do ocorrido, ele carrega um segredo sombrio que o consome até que tenha a oportunidade de enfrentar seu próprio demônio pela última vez.
O filme é um grande apanhado de todos os clichês de filmes de terror/horror dos últimos anos, o problema é que mesmo com uma trama interessante, o longa não consegue utilizar desse meio para trazer algo inovador. Sendo assim, o filme peca em ser mais do mesmo em sua entrega. O expectador consegue adivinhar quando vai acontecer todos os jump scares, mesmo com a tentativa de quebra de expectativa que o filme trás.
A maquiagem também é algo que atrapalha muito a experiência, principalmente nas cenas em que envolviam diálogos dos possuídos, dessa forma, beirando ao cômico.
Mesmo que o protagonista consiga carregar o filme, seus coadjuvantes acabam ficando avulsos dentro da história e servindo apenas de escada para o desenvolvimento do tal. Contudo, preciso dizer que foi interessante ver o Joseph Marcell (Um Maluco no Pedaço) em um papel completamente diferente do que estamos acostumados.
Por fim, Exorcismo Sagrado é um filme genérico de terror, que refere a outros longas clássicos, mas peca na inovação na hora de contar sua história. Seu roteiro é interessante, porém a execução e a direção falham ao entregar a história. O gancho final prenuncia uma tentativa de franquia e deixa um misto de sentimentos, porém a pergunta que mais ficou na minha mente foi: será que precisamos de uma continuação mesmo?
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