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Crítica | Frozen 2

Frozen 2 inova mais uma vez no conceito da não existência de um vilão e um par romântico para uma das protagonistas como um dos elementos principais da trama.

Pode-se dizer que é uma história de amizade, coragem, companheirismo e amor. Não tão aguardado quanto o primeiro filme, mas a sequência mostra as irmãs em lados opostos (não como inimigas), mas cada qual buscando pela sua própria luta.

Voltamos primeiro ao passado delas, a sinopse já deixa claro que não é uma viagem ao futuro, a uma trama nova, mas sim, uma viagem ao passado e ao conhecimento dos poderes de Elsa e dos seus ancestrais: “De volta à infância de Elsa e Anna, as duas garotas descobrem uma história do pai, quando ainda era príncipe de Arendelle. Ele conta às meninas a história de uma visita à floresta dos elementos, onde um acontecimento inesperado teria provocado a separação dos habitantes da cidade com os quatro elementos fundamentais: ar, fogo, terra e água. Esta revelação ajuda Elsa a compreender a origem de seus poderes.”

Crítica | Frozen 2
Frozen 2 | Walt Disney Pictures

E é isso mesmo. Desde os primeiros minutos, com a primeira canção “All Is Found” a rainha Iduna (Evan Rachel Wood) mostra que Anna e Elsa (Kristen Bell e Idina Menzel) teriam um caminho a trilhar. Já adultas e vivendo bem em Arendelle, Elsa ouve um chamado e temos a performance da música mais famosa da sequência “Into the Unknown” – pela Idina Menzel e a cantora Aurora – a música não é uma “Let It Go”, o grande sucesso do primeiro filme, mas entrega o que promete o título da canção. Elsa não sabia que estava perdida. Que precisava encontrar algo. Ela tinha um chamado. Um chamado para o desconhecido.

É aí que começa a jornada das duas irmãs. Ambas tinham feito uma promessa de fazerem tudo juntas e é isso que elas decidem fazer: irem em busca de suas origens juntas, ao lado delas, vão Kristoff (Jonathan Groff) – completamente apaixonado por Anna – o boneco de neve Olaf (Josh Gad) em sua fase de amadurecimento mas sem perder o humor e a rena Sven, partem em busca de descobrirem o mistério que as cerca.

Temos uma neblina, uma floresta em que os habitantes não vêem o céu há anos e a introdução de novos personagens: as pessoas da tribo Northuldra, entre elas, Yelena, a líder e protetora da tribo, Ryder, um dos habitantes que tenta ajudar Kristoff em uma missão quase impossível, Honeymaren, uma das habitantes que será amiga de Anna e uma salamandra pra lá de especial. Além da tribo dos Northuldra, ficaram na floresta o tenente Mattias e boa parte dos seus soldados, todos de Arendelle.

Crítica | Frozen 2
Frozen 2 | Walt Disney Pictures

Todos esses personagens são importantes para a história, mas sem desviar o foco de Anna e Elsa.
Os números musicais são importantes, como “When I Am Older” em que Olaf fala sobre o amadurecimento e o medo de crescer e Kristoff “Lost In The Woods” sobre o seu amor por Anna, mas não são o foco principal da história, custa-se dizer que foram necessários para mostrar a linha que se seguiria para os coadjuvantes.

Já avançando na história, quando as duas irmãs e Olaf estão num impasse em que Elsa entendeu o seu real propósito e onde teria que ir, Anna decide que seu dever é ir com a irmã por causa da promessa que fizeram, mas Elsa vê que ela tem que fazer aquilo sozinha e que o momento de Anna chegaria e não seria com ela. É quando as duas se separam e Elsa segue sozinha para o seu destino que envolve encontrar o quinto elemento.

Enfrentando ondas gigantes, cavalos marinhos e memórias do passado, Elsa entendeu que tudo estava relacionado aos seus poderes e como ela os usaria a partir de então. Por outro lado, Anna entendeu que sua missão era seguir sozinha sem a irmã para enfrentar seus próprios medos e é o que ela faz, sem Olaf, porque ele está interligado com Elsa e depois de a irmã sofrer um grave acidente com seus poderes, Anna segue sozinha e performa “The Next Right Thing”, uma canção sobre si mesma e enfrentar tudo o que vier.

Crítica | Frozen 2
Frozen 2 | Walt Disney Pictures

Separadas e quase no fim do filme, mesmo longe, as irmãs Elsa e Anna estão ligadas e precisam usar o elo que as une para libertar o povo da escuridão da floresta encantada e entenderem o seu passado. Quando finalmente elas entendem o que aconteceu e o porquê, o povo de Arendelle e até elas próprias podem viver em paz, porque o que estava escondido lhes foi mostrado.

Não tão empolgante quanto o primeiro, mas com uma boa história e bom desenvolvimento, Frozen 2 é um prato cheio sobre confiança e dar o primeiro passo para sua auto-descoberta.

Nota: 3,5/5

Assista ao trailer:

Créditos ao autor:

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