Crítica | Fuller House – Series Finale
Preparem os lencinhos, os queridinhos dos anos 80 vão nos dar um adeus definitivo, a despedida da família Tenner-Fuller já chegou na Netflix. Fuller House contém altas doses de nostalgia e momentos muito emocionantes, com participações pra lá de especiais
As décadas de 80 e 90 marcaram toda uma geração, as roupas, músicas e danças trazem sempre um ar nostálgico para quem aproveitou essa época tão excêntrica. E não seria diferente com a televisão, as sitcons são conhecidas até hoje, muitas delas estão disponíveis online, então sempre dá pra matar aquela saudade. Três é Demais é uma delas, teve um papel importante na vida de várias pessoas, e poder relembrar os momentos – e até viver novos- é uma experiência mágica, Fuller House chegou como um spin-off, e se tornou um presente para os amantes de uma boa comédia familiar.
Em Três é Demais tudo começou em 1987 quando Danny Tenner (Bob Saget) perdeu a sua esposa, recém viúvo e com as filhas Michelle ( Mary Kate e Ashley Olsen), DJ (Candece Cameron) e Stephanie (Jodie Sweetin) para cuidar, ele se vê totalmente sozinho e sem apoio. Sabendo disso, seu melhor amigo Joey (Dave Coulier) e se cunhado Jesse (John Stamos) decidem ajuda-lo, se mudando para a casa dele ajudando nas tarefas de casa e até se tornando 1/3 pais.
O que poderia acontecer com três solteirões inexperientes cuidando de três crianças? Absolutamente tudo! A sitcom era simples, acompanhava o dia a dia da família Tenner, mostrando as confusões que eles se metiam, abordando diversos assuntos como drogas, anorexia e até mesmo o luto, além de mostrar o desenvolvimento pessoal de cada personagem. Eram coisas como essas que juntavam ainda mais as famílias na frente da TV para ver Três é Demais.
Com as crianças crescidas e com cada um tomando o rumo de suas vidas, a série se despediu do público em 1995 depois de oito temporadas, emocionante como sempre, não desapontou os fãs que sempre tiveram um carinho enorme tanto pelo elenco, quanto pela história da família Tenner. Mas esse não foi um adeus.
Em 2016 a Netflix lançou o spin-off, Fuller House nasceu para apresentar as crianças agora como adultas, partindo da história da DJ, ficando viúva cedo assim como o seu pai, ela tem que lidar com a responsabilidade de cuidar dos seus três filhos Jackson (Michael Campion), Max (Elias Harger) e Tommy Jr ( Fox e Dashiell Messitt) totalmente sozinha. Após saber da situação da irmã, Stephanie e a melhor amiga da DJ, Kimmy Gibbler ( Andrea Barber), decidem seguir os passos de Jesse e Joey, se oferecendo para cuidar das crianças e morar com a DJ. E assim a história recomeça, seguindo praticamente o mesmo roteiro, mas de uma forma completamente atual.
Foram cinco temporadas mostrando o amadurecimento da relação entre as três, várias confusões envolvendo elas e suas famílias, além de trazer antigos amores de volta. Em vários momentos somos lembrados de bordões e situações que fizeram sucesso na antiga série, velhas tradições também são apresentadas e o cenário continua o mesmo daquele dos anos 90, além disso, o tema musical do programa continua sendo “Everywhere You Look”, agora interpretada pela Carly Rae Jepsen, dando a estranha ilusão de que não ficamos órfãos por 21 anos.
O spin-off serviu também para reunir quase todo o elenco, tendo participações da Tia Rebecca ( Lori Loughlin) e tornando o queridinho ex namorado na DJ, Steve (Scott Weingner) uma figura presente. Como eu disse, quase todo o elenco antigo apareceu, a exceção aconteceu quando as irmãs Olsen decidiram não participar, dando lugar para Kimmy Gibbler ser uma das personagens principais. Além das carinhas que já conhecemos, novos talentos se juntaram, e assim foi formada a família da Kimmy, com sua filha Ramona ( Soni Bringas), seu ex marido Fernando (Juan Pablo Di Pace) e seu irmão mais novo Jimmy ( Adam Hagenbuch), que acaba se relacionando com a Stephanie.
Esse é o típico spin-off desnecessário que se tornou necessário, é aquela velha história do “ não sabia que queria tanto, até assistir”, é um fan servisse que apesar das duras críticas, fez sucesso com a fã aqui.
Sobre a 5ª temporada e o final da série.
A primeira parte da 5ª temporada saiu no ano passado, deixando em aberto como seria o casamento de DJ, Stephanie e Kimmy. A chegada da última parte trouxe uma das maiores doses nostálgicas de toda a série, e também as situações mais emocionantes. Assim como Três é Demais, Fuller House nos entregou um final digno para uma série familiar.
Com participações mais que especiais, o elenco se despediu concluindo a vida de cada um da maneira que deveria ser, adultas, apaixonadas e com seus filhos crescidos decidindo o rumo que cada um irá tomar. Não é nada fora do comum, nem um final digno de Oscar, mas serve para lembrarmos que estávamos acompanhando o dia a dia deles como se fossem nossos vizinhos, e que uma hora tudo acaba.
Cheia de nostalgia e com um grande elenco, Fuller House continua sendo uma série pra assistir em família, com referencias maravilhosas e momentos extremamente emocionantes. Foi a conclusão de uma história que todos nós conhecemos e “fizemos parte”.
A 5ª temporada já está disponível na Netflix.
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