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Crítica | Halloween Kills: O Terror Continua

Halloween Kills: O Terror Continua expande seus horizontes mas acaba pecando em coisas bobas, dando os sinais de cansaço da franquia e a necessidade da sua finalização urgente.

Sinopse: Minutos depois de Laurie Strode (Curtis), sua filha Karen (Judy Greer) e sua neta Allyson (Andi Matichak) deixarem o monstro mascarado Michael Myers enjaulado e queimando no porão de Laurie, Laurie é levada às pressas para o hospital com ferimentos graves, acreditando que ela finalmente matou seu torturador ao longo da vida.

Mas quando Michael consegue se livrar da armadilha de Laurie, seu ritual de banho de sangue recomeça. Enquanto Laurie luta contra sua dor e se prepara para se defender dele, ela inspira todos em Haddonfield a se levantarem contra seu monstro imparável.

As mulheres Strode se juntam a um grupo de outras sobreviventes da primeira violência de Michael, que decidem fazer justiça com as próprias mãos, formando uma multidão de vigilantes que começa a caçar Michael de uma vez por todas.

O mal morre hoje

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Halloween Kills: O Terror Continua | Universal Pictures

Em 2018 tivemos o retorno de uma das maiores franquias do terror, se não a maior. Para comemorar os 40 anos do clássico Halloween: A Noite do Terror, a universal Pictures trouxe de volta os personagens criados por John Carpenter para os tempos atuais, dando uma nova ambientação para a história de Laurie e seu nêmesis, Michael Myers. O longa arrecadou um total de US$ 250 milhões em bilheteria mundial e se tornou um grande sucesso de critica e público. Logos após a boa recepção, foi confirmado que o longa abriria uma trama que seria seguida de mais dois filmes, sendo assim uma nova trilogia; Halloween Kills: O Terror Continua é o segundo e penúltimo filme.

Halloween Kills tenta ao máximo explorar seus personagens, de uma forma nunca vista antes na franquia e consegue atingir tal objetivo, mas com grandes ressalvas. A trama que gira em torno de toda a cidade em busca do implacável assassino mascarado após uma sequência de assassinatos cometido por ele no longa anterior. O que chama mais chama atenção é que a trama mostra ainda mais o poder que o vilão tem, dando bem mais imponência ao clássico personagem.

Os minutos iniciais do longa nos leva de volta a Haddonfield de 78, trazendo uma sensação de nostalgia ao mesmo tempo que atiça o espectador a montar alguns quebra-cabeças logo nos primeiros minutos. Não muito satisfeitos com o retorno à cidade nos primórdios da franquia, os roteiristas ainda trazem uma leva de personagens não muito relevantes na época, mas que aqui tem seu espaço de destaque e um bom desenvolvimento.

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Halloween Kills: O Terror Continua | Universal Pictures

Ao trazer esses velhos personagens, Halloween Kills abre margem para explorar mais os outros cidadãos de Haddonfield que também foram afetados pela onda de terror causada por Michael Myers, para muito além de Laurie e sua família. Porém a ressalva que fica, apesar da boa exploração dos personagens, é o modo como tais personagens foram usados, levando para um momento mais longo que o necessário, deixando claro que o corte do filme poderia ser bem menor do que o oficial. Mas apesar dos males, ainda consegue-se tirar algo de bom disso, exatamente por conta dessa abertura e os novos caminhos que o longa abriu.

Apesar de expandir a trama para toda a cidade, o longa ainda se mantém muito firme em Laurie e toda a sua perturbação pela volta de seu velho inimigo, assim como sua família que vai pela mesma onda da matriarca. Jamie Lee Curtis retorna ainda mais insana e perfeita no seu papel pelo qual sempre demonstrou apreço, mas quem realmente rouba a cena é Judy Greer, que traz uma atuação primorosa, ao explorar todas as camadas de sua personagem aproveitando muito bem a relevância da mesma nesse segundo filme.

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Halloween Kills: O Terror Continua | Universal Pictures

Apesar de muitos e muitos momentos clichês, a falta de atenção aos detalhes, como ambientação e linha temporal, e coerência narrativa, Halloween Kills se consagra pela ação constante, violência gráfica bem produzidas e uma trilha sonora poderosa, se tornando uma ótima pedida aos fãs do gênero de terror slasher. O longa expande ainda mais seus horizontes e finalmente toma a coragem para explorar mais o lado sanguinário de Michael Myers ao entrar fundo nas intenções do vilão.

Mas mesmo com todo elogio feito, essa sequência já demonstra o cansaço da franquia, que poderia ter sido encerrada no longa de 2018, o qual poderia ter sido apenas um revival comemorativo. No fim das contas, Halloween Kills: O Terror Continua deixa um gosto agridoce e quase nenhuma expectativa para o terceiro longa (e espero que último), muito diferente de seu antecessor.

Nota: 2,5/5

Assista ao trailer:

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