CRÍTICA | Looney Tunes – O Dia Que a Terra Explodiu é diversão para crianças e principalmente para adultos

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Looney Tunes; O Dia Que a Terra Explodiu é o primeiro filme totalmente animado em 2D com lançamento nos cinemas

Desde a primeira cena, o filme remete aquela lembrança boa de assistir um desenho animado dos Looney Tunes no sábado animado sendo transmitido pelo SBT. A animação inteira nos transporta para o ínicio dos anos 2000.

Claro, o filme ser inteiramente 2D é a causa principal para essa nostalgia. A dublagem do filme é outro fator importantissimo para tal, sendo a voz dos protagonistas a mesma das animações, Márcio Simões (Patolino) e Manolo rey (Gaguinho). O filme nos faz emergir naquele mundo colorido e animado.

O Dia Que a Terra Explodiu nos mostra os dois protagonistas, sendo adotados pelo fazendeiro Jim. Vemos eles crescendo(com os créditos iniciais do filme, que serve para nos situar o porquê de sua casa ser tão importante) e adultos, que é onde nossa história começa.

No filme, Gaguinho e Patolino tentam encontrar emprego para pagar o seguro da casa deles após um meteoro destruir o telhado. Na procura por emprego, eles acabam trabalhando na fábrica de chicletes Goodie Gum e lá descobrem um plano alienigena que pretende transformar em zumbi todos que mascarem o chiclete.

Patolino e Gaguinho são o contraponto um do outro, o primeiro é ingênuo, desastrado e bobo, já o segundo é atento, inteligente e o mais consciente. Por isso se completam tão bem. Indo mais além, Patolino é o Público infantil. Gaguinho, o público aduito.

O longa é um prato cheio para os adultos, como já falado, justamente pela nostalgia, mas funciona muito bem para as crianças, com piadas que os mais jovens podem se identificar, como, por exemplo, na procura por emprego, o Patolino se torna um digital influencer e vira TikToker. Ainda nessa cena, eles mencionam auxílio emergencial e mergulham no universo Looney Tunes, enquanto são demitidos das profissões, o que serve de reminiscência para os adultos.

Em certo momento somos aprensentados a Petunia, uma porquinha cientista que arruma o emprego para eles na fábrica de chicletes. Petunia se torna interesse romantico de Gaguinho, o que em algumas vezes o coloca em conflito, pois ele quer ficar com ela, mas precisa salvar/ajudar Patolino. Em certo momento, Gaguinho mente para Patolino para poder ficar a sós com Petunia.

No final, Gaguinho fala com o Patolino sobre esses momentos e frustrações, o que serve perfeitamente para as crianças que assistem ao filme, pois mostra a elas que, se você não gosta de algo ou alguma coisa te incomoda, você pode falar sobre e está tudo bem. O longa, sutilmente incentiva o diálogo e ajuda a mostrar para crianças que elas podem estabelecer limites.

É inacreditavel pensar que desde 1930, quando começou as produções desses personagens, esse é primeiro filme totalmente 2D dos Looney Tunes com um lançamento nos cinemas. Todos os anteriores foram híbridos com humanos ou feitos diretamente para televisão quando eram somente animação.

Por pouco ele ia sendo descartado pela Warner Bros. por questões financeiras, mas como os diretores conseguiram fazer tudo com um baixo orçamento, a Warner vendeu os direitos de distribuição nos Estados Unidos para a Ketchup Entertainment, a primeira vez que eles mesmo não fazem a distribuição de um filme dos Looney Tunes. No Brasil, a distribuição ficou por conta da Paris Filmes.

Esse é um ótimo filme de porta de entrada para crianças que não conhece os Looney Tunes e um excelente para os que já conhecem e principalmente estão na casa dos 20/30 anos. O longa é engraçado, atual, rápido, criativo(com um belo plot no final) e lindo visualmente. Looney Tunes: O Dia Que a Terra Explodiu chega aos cinemas dia 24 de Abril.

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