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Critica | Morbius – Definitivamente um dos filmes já feito

O novo longa do Aranhaverso da Sony Pictures, Morbius, estrelado por Jared Leto, o filme que acabou sendo adiado diversas vezes, finalmente chega aos cinemas na próxima quinta (31/03).

Na trama do filme, o ator vencedor do Oscar, Jared Leto vive o Dr. Michael Morbius, um bioquímico que se transforma em vampiro durante um experimento em que tentava curar uma doença sanguínea. O longa é a nova aposta da Sony para seu universo cinematográfico de vilões do Homem-Aranha.

Critica - Morbius | Definitivamente um filme já feito
Foto: Morbius | Sony Pitcures

A Sony vem tentado embarcar esse universo há um bom tempo, tudo começou lá em 2014, quando O Espetacular Homem-Aranha 2: A Ameaça de Electro estreava. Desde o lançamento, era clara a tentativa de emplacar um filme em que o Amigão da Vizinhança iria enfrentar o tão falado Sexteto Sinistro, infelizmente com o cancelamento da continuação, e o acordo com a Marvel esse projeto foi cancelado. Ou pelo menos engavetado.

Dessa forma, tivemos o lançamento e sucesso de bilheteria do primeiro Venom, mesmo que a critica ainda tenha sido bem contraditória a isso, o filme do simbionte garantiu logo sua sequencia, Tempo de Carnificina. Que também rendeu uma ótima bilheteria.

Sendo assim, era a hora de continuar a empreitada de trazer mais vilões para esse universo, e assim criar uma ligação para junta-los em algum momento do futuro. Ou pelo menos, era o que parecia.

Morbius tem um grande problema, na verdade tem vários, mas o principal é: o filme não sabe qual história ele quer contar. O longa mira em algumas direções, é uma história de origem, um filme de ação e em alguns momentos tenta ser um terror. O problema é que ele não consegue acertar em nenhum desses pontos.

Critica - Morbius | Definitivamente um filme já feito
Foto: Morbius | Sony Pictures

Dito isso, o longa peca muito em seu ritmo, prolongando demais a origem do vampiro em um Jared Leto que se leva muito a sério. O ator que é um dos meus preferidos da atualidade, tenta dar camadas ao seu personagem, mas o roteiro não ajuda. Levando o personagem a lugar nenhum.

Outra coisa que é muito perceptível é como o filme aparenta ser produto de umas duas décadas passadas, como se fosse um filme do final dos anos 90 e inicio de 2000. Mesclando uma trama desinteressante, com uma edição confusa e um CGI ruim o filme acaba se tornando sem sentido. Você se pega pensando, aonde eles querem chegar diversas vezes.

Sem falar no desperdício de atores, Adria Arjona interpreta a Dra. Martine, parceira de Michael e interesse amoroso. Jared Harris interpreta Emil Nikos e Tyrese Gibson dando vida ao Agente Simon Stroud. Os três personagens tem algo em comum, eles são desnecessários no enredo. Todos os três aparentam ter algo a ser mostrado no filme, porém, são deixados de lado, um deles com a promessa de ser importante para uma possível sequencia.

Mas por incrível que parece a melhor coisa do filme é Matt Smith, no momento em que introduzem seu personagem na trama o filme fica bem mais divertido de assistir. Isso porque o ator se entregou a galhofa, você se diverte assistindo ele se divertir no papel. Definitivamente, ele é o melhor atrativo do longa.

Morbius realmente aparenta ser um filme lançado fora de sua época, infelizmente o longa acaba se tornando desinteressante. Sinto que Michael é aquele personagem que em um filme de equipe, em cinco minutos que explicassem a história dele o publico já entenderia e compraria a ideia, não era realmente necessário um filme origem do personagem.

Claramente a intenção da Sony, é conectar esses filmes para os vermos juntos em próximos longas, contudo após as duas cenas pós créditos, fica difícil de entender qual caminho eles querem levar.

NOTA: 2/5

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