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Crítica | Murderville (Temporada 1) – Uma série com uma boa ideia, porém fraca no humor

Murderville, nova atração da Netflix, é uma ideia inovadora que mistura série policial, improvisos e um programa de esquetes de humor; Celebridades fazem participações sem roteiro e nada planejado, e tem que levar adiante o restante do show na base do improviso.

É difícil pra mim falar mal de algo que tenha Will Arnett, principalmente como protagonista; o cara é um monstro, um excelente comediante que sabe lidar muito bem com humor físico e também tem uma voz diferenciada, que o coloca em destaque quando o assunto é dublagem. Lego Batman é um exemplo disso, sendo um excelente filme e na minha opinião, 50% do sucesso do filme é a dublagem de Will Arnett como Batman; Sem falar em outros trabalhos do ator como Arrested Development, Bojack Horseman, Will e Grace, enfim…

Porém em Murderville, percebemos que nem o talento do protagonista basta para salvar essa série do esquecimento. São várias celebridades que aparecem na série, e nomes de peso como: Sharon Stone, Conan O’Brien, Kumail Nanjiani, Ken Jeong e outros; uns se saem bem, outros nem tanto…

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Annie Murphy e Will Arnett | Murderville – Netflix

O humor de improviso que a série usa é uma faca de dois gumes: Assim como pode ser algo engraçado e completamente espontâneo, também pode ser algo constrangedor e estranho quando não acontece da maneira ”certa”.

Outro detalhe é que o improviso é algo que não atinge o grande público, e sim um nicho mais específico. Nem todos gostam desse tipo de humor, que puxa até pra um ”Stand Up Comedy”, quando uma pessoa fica falando sobre assuntos aleatórios e fazendo graça com piadas descontraídas.

Eu gosto de stand up, não assisto com frequência, mas para passar o tempo de uma maneira mais leve; Infelizmente confesso que Murderville com seus 6 episódios raramente me tiraram algum riso, pois o formato em que é feito o programa é algo meio estranho, e por várias vezes eu ficava na dúvida se realmente era improviso, ou uma esquete roteirizada.

O que segura as pontas é a atuação primorosa de Will Arnett, que consegue levar adiante o programa de uma maneira fácil e que afasta o constrangimento inicial em vários momentos. As celebridades horas se saem bem, horas se saem mal, e isso é a proposta do programa, entretanto acaba ficando para Will Arnett e Hannefah Wood, sua parceira na série, levar adiante o programa.

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Lilan Bowden, Will Arnett e Marshawn Lynch | Murderville – Netflix

A série também acaba usando muitas referências americanas, afinal é uma série americana; Porém isso complica para o pessoal que elabora as legendas e as dublagens, pois eles tem que se virar para alterar e fazer a ”Localização” para os idiomas locais, adaptando e trocando as referências para que o público de outros países que estão assistindo possam entender melhor as piadas e as referências.

É uma série que realmente é feita para um público muito específico, pois além de usar o humor de improviso, também usa demasiadamente referências e piadas dos EUA. Sinceramente acho difícil que seja um grande sucesso comercial por lá e muito menos no restante do mundo. A série tem tudo para ser apenas mais um conteúdo para encher o catálogo do streaming.

Porém se podemos tirar algo de bom da série são as atuações na média de Lilan Bowden, Hannefah Wood e claro, Will Arnett: Ele consegue tirar leite de pedra com seu humor característico, auxiliar seus convidados celebridades e ainda conduz a série de uma maneira justa com um personagem engraçado e carismático como Terry Seattle.

Murderville já está disponível no catálogo da Netflix.

NOTA 2/5

Assista ao trailer:
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