Com um elenco estrelado, O Beco do Pesadelo, novo longa dirigido por Guillermo Del Toro entrega ótimas atuações, porém falha com o ritmo, se tornando cansativo.
Quando o carismático, mas misterioso, Stanton Carlisle (Bradley Cooper) se torna querido para a vidente Zeena (Toni Collette) e o seu marido mentalista Pete num circo de variedades, ele ganha um bilhete dourado para o sucesso. Dessa forma, usa o conhecimento adquirido com eles para ludibriar a elite rica da sociedade de Nova Iorque dos anos 1940. Com a ajuda de Molly (Rooney Mara), Stanton planeia enganar um magnata perigoso com a ajuda de uma psiquiatra misteriosa que pode vir a ser sua melhor adversária.
Durante sua carreira Del Toro se mostrou mais do que capaz de dirigir filmes mesclando terror e fantasia, afinal, essa é a marca do diretor. Com duas horas e meia de duração, O Beco do Pesadelo é esteticamente lindo, e entrega a atmosfera noir da narrativa do livro de William Lindsay Gresham, porém a assinatura tão amada do diretor fica um pouco de lado.
Sendo assim, quem espera encontrar um longa voltado ao suspense e ao horror, com o mesmo encantamento de seus longas anteriores, ficará um tanto decepcionado. Focando em um enredo mais dramático, o longa cria uma fábula sobre as consequências de atitudes que são tomadas na tentativa da ascensão, e a queda de quem escolhe seguir caminhos turvos para chegar onde deseja.
Talvez, o filme poderia ter funcionado muito melhor se fosse uma minissérie, em alguns momentos há algumas quebras de narrativa que cairiam muito bem em uma história para TV. Para falar a verdade me lembrou bastante da temporada de American Horror Story: Freak Show.
Com um história imersiva, e com atuações dignas de premiações, O Beco do Pesadelo funciona muito por conta de seu elenco. Porém peca em sua narrativa arrastada, o que torna o longa cansativo em diversos momentos. Contudo, quem procura um bom suspense para assistir, pode ser uma ótima pedida.
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