Crítica | Space Jam: Um Novo Legado
Os Looney Tunes estão de volta aos cinemas, agora com LeBron James, em Space Jam: Um Novo Legado, que promete levar os fãs dos personagens lunáticos da Warner Bros. para uma viagem de nostalgia, não só pelo universo Looney, mas também por todo universo da Warner Media.
Sinopse: Bem-vindos ao Jam! Em Space Jam: Um Novo Legado, o campeão da NBA e ícone mundial LeBron James embarca em uma aventura épica, que combina animação e live action, ao lado do atemporal Pernalonga. Dirigida por Malcolm D. Lee e contando com uma equipe inovadora de cineastas que inclui Ryan Coogler e Maverick Carter, esta jornada transformadora é uma mistura maluca de dois mundos que revela a que ponto alguns pais são capazes de chegar para se aproximar de seus filhos. Quando LeBron e seu filho Dom são aprisionados em um espaço digital por uma I.A. trapaceira, LeBron precisa trazê-los de volta para casa em segurança levando o Pernalonga, a Lola Bunny e uma equipe indisciplinada de Looney Tunes a uma vitória contra os campeões digitais da I.A. na quadra: um elenco de peso formado por astros e estrelas da NBA e WNBA como você nunca viu. Será Tunes contra Goons no desafio mais arriscado da vida de LeBron, que redefinirá o laço entre ele e seu filho, e reforçará a importância de ser você mesmo. Prontos para arrasar, os Tunes desafiam as convenções, turbinam seus talentos únicos e surpreendem até o “Rei” James jogando à sua própria maneira.
Space Jam: Um Novo legado traz consigo uma trama familiar muito diferente do que vimos no primeiro filme estrelado pelo astro da NBA, Michael Jordan. Enquanto no primeiro filme Jordan apenas quer voltar para sua realidade, nesse novo filme temos uma história fictícia montada para LeBron e “sua família”. Na trama, o ‘Rei’ tem dois filhos, os quais gostaria que seguissem seus passos no basquete profissional. Enquanto um dos filhos segue a risca os ensinamentos do pai, o outro, chamado Dominic (apelidado de Dom), sonha em ser programador de jogos de video game e não tem interesse em seguir os passos do patriarca. Em uma visita à sede da Warner Bros., Dom é jogado para dentro do Serviverso pelo Al-G-ritmo, vilão interpretado por dom Cheadle, para fisgar o famoso jogador de basquete em uma armadilha. Para salvar seu filho e a sí mesmo, LeBron tem que juntar uma equipe lendária para o jogo do século contra o famigerado vilão, mas nem tudo sai como ele esperava, quando a sua equipe vai se formando apenas com os personagens mais lunáticos da Warner.
Apesar da inserção dessa trama com raízes familiares fortes – que faria até Domic Toretto ter uma crise de choro – Space Jam: Um Novo Legado não traz nada de tão diferente de “O Jogo do Século”. O roteiro de ‘Um Novo Legado’ trata o filme como um remake do longa de 96 através de pequenas referências, o que torna compreensível, trazer tantas coisas semelhantes. A grande diferença está na inclusão de todo universo da Warner Media que se interliga ao filme de uma forma que parece um grande merchandising de suas principais marcas.
Um dos principais erros da Warner Bros. com Space Jam: Um Novo Legado está no marketing, que entregou muito mais do que deveria. Praticamente todas as surpresas que o filme teria do ‘Serveverso’ do estúdio estão nos trailers e teasers divulgados para a sua promoção, tendo apenas uma aqui e outra acolá. O que salva é a forma como todos os mundos são introduzidos dentro da trama.
O grande ponto positivo está na interação de LeBron com os Looney Tunes, onde o astro consegue abraçar todo o universo fantástico e atuar de uma forma satisfatória com os personagens feitos de CGI. Nas cenas de tons cômicos, o protagonista consegue ótimos momentos e até tirar algumas risadas, mas em contrapartida, LeBron não consegue se dar tão bem em cenas que levam para o lado mais dramático, como por exemplo cenas onde ele tem que expressar tristeza ou decepção. Apesar disso, é compreensível, dado que o mesmo é um astro do basquete e não um ator, e essa é justamente a proposta do filme, assim como foi a do filme protagonizado por Jordan – Isso até chegou a virar piada dentro do filme!. Por outro lado temos temos Dom Cheadle que eleva o moral do filme, trazendo um vilão caricato, mas com uma atuação que convence o papel para o público.
A volta dos Looney Tunes aos cinemas traz um grande sentimento de nostalgia, mesmo com altos de baixos de polêmicas envolvendo alguns personagens como Pepe Le Gambá, Ligeirinho e Lola Bunny. Em ‘Um Novo Legado’, vemos que apesar da renovação dos personagens, a essência deles ainda está lá, e continuam sendo os mesmos lunáticos de sempre.
Space Jam: Um Novo Legado não surpreende tanto assim, mas esbanja nostalgia. O roteiro, que apesar de não ser uma obra prima e trazer uma trama batida e previsível, não se leva a sério, exatamente da forma como deveria ser. O mais importante é que o longa consegue transmitir sua mensagem para o público de uma forma simples e fácil de ser entendida.
Deixe um comentário
Você precisa fazer o login para publicar um comentário.