Crítica | Tom e Jerry: O Filme
Em tempos de incerteza sobre novos lançamentos no cinema, a Warner aposta em um novo formato de estreias lançando seus filmes normalmente no mercado internacional, em países que ainda não dispõem do streaming HBO MAX. Tom e Jerry: O Filme é o segundo filme a seguir esse novo modelo estratégico de distribuição e garante muita risada com um toque de nostalgia.
Uma das rivalidades mais amadas da história é reacendida quando Jerry se muda para o melhor hotel de Nova York na véspera do “casamento do século”, forçando a desesperada organizadora do evento a contratar Tom para se livrar do rato em Tom e Jerry: O Filme, do diretor Tim Story. A batalha de gato e rato que se segue ameaça destruir a carreira dela, o casamento e até o próprio hotel. Mas logo surge um problema ainda maior: um funcionário diabolicamente ambicioso conspira contra os três.
Seguindo a mesma linha de alguns dos grandes clássicos dos anos noventa que misturam uma animação mais caricata com live action, como ‘Space Jam’ e ‘Uma Cilada Para Roger Rabbit’, Tom e Jerry: O Filme dá uma renovada nessa mistura exótica abrindo espaço para mais adaptações desse tipo e principalmente para a vindoura sequência do filme clássico dos Looney Tunes, ‘Space Jam: Um Novo Legado’.
Mesmo já vindo de uma linhagem de filmes de sucesso do mesmo tipo, como os citados acima, o longa protagonizado pelo rato e o gato mais famosos do mundo ainda segue descrente pelo grande público, talvez por parecer algo brega e batido. O que é um grande engano, porque o brega também pode ser bom quando bem aplicado! Essa nova adaptação de Tom e Jerry tem tudo para agradar aqueles que cresceram assistindo a animação clássica na infância e na adolescência, personagens e momentos icônicos, além de uma grande sensação de nostalgia e a lembrança de quando acordávamos ainda sonolentos às 7h da manhã, íamos para o sofá com a coberta pendurada sobre os ombros e sintonizávamos a TV no SBT para assistir Bom dia e CIA.
O mais interessante é vermos de uma forma mais clara a relação de amor e ódio instinto que Tom e Jerry tem. A trama da personagem de Chloë Grace Moretz (“Vizinhos 2”) casa muito bem com a dos queridos mascotes e que se complementa melhor ainda com a trama dos personagens de Michael Peña (“Homem-Formiga”) e Rob Delaney (“Deadpool 2“). A direção de Tim Story é mais que satisfatória e a trilha sonora um espetáculo. Um dos grandes temores do filme era saber se a interação humana com os animais recriados em CGi seria boa – e posso dizer com satisfação que sim; a ponto de chegar na metade do filme eu já estar convencido de que tudo aqui ali era real.
Apesar de ser incrivelmente nostálgico e bem adaptado, Tom e Jerry: O Filme ainda tem uns probleminhas com o roteiro, que aborda algumas situações de forma mais brega do que necessário, mas que é facilmente relevado quando levado em conta que tudo que está ali na tela não deve ser levado a sério.
Tom e Jerry: O Filme é uma experiência que traz alegria e aquece o coração daqueles que se permitirem e aos que entendem a proposta da produção. É o tipo de filme bem Sessão da Tarde, pra toda família, que transcende o corpo adulto e toca a alma de criança que ainda habita em nós.
NOTA: 4/5
Assista o trailer e uma cena do filme
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