Crítica | Trolls – World Tour
Sequência da animação de 2016 da DreamWorks, “Trolls: World Tour” oferece uma segunda rodada de cantos contagiosos e muita energia em uma aventura colorida sobre o universo e o poder da música.
Na continuação da história das criaturas mais felizes do mundo, Anna Kendrick e Justin Timberlake retornam à franquia para dar novamente vida aos seus personagens em uma trama que expande o universo Troll previamente estabelecido. Nesse novo episódio, muito além do que conhecem, Poppy (Kendrick) e Branch (Timberlake) descobrem que são apenas uma de outras várias tribos de Trolls espalhadas pelo continente. Dedicadas cada uma a um tipo específico de música (Pop, Rock, Funk, Country Clássica e Techno), o mundo perfeito dos monstrinhos coloridos vira de ponta cabeça quando a rainha do Hard Rock, Queen Barb (Rachel Bloom), embarca em uma missão para eliminar todos os gêneros musicais existentes e converter todos os seres unicamente ao Rock.
“Trolls: World Tour” aprofunda consideravelmente a história das criaturas dançantes e imerge o espectador na mitologia do mundo mágico. Servindo como gatilho para o desenrolar da trama, tomamos conhecimento de que, em tempos longínquos, todos os povos e todos os gêneros musicais, que hoje vivem em completo isolamento e sem contato uns com os outros, viviam em harmonia em uma mesma grande comunidade. Guiados pela existência de seis cordas mágicas que, a princípio, continham a fonte de toda a música conhecida, os Trolls acabam por se separar e seguir caminhos opostos, cada qual com sua Corda mística.
Isso, contudo, até Queen Barb decidir roubar todas elas e subjugar todos os seres de sua espécie.
O filme é definitivamente doce e ainda mais colorido e feliz do que o seu antecessor, se isso é possível, e carrega uma importante mensagem acerca da inclusão, da diversidade e do respeito – tanto em termos musicais quanto culturais. Se ele não chega ao nível do seu antecessor (como é o caso da maioria das sequências), ainda consegue fazer públicos de todas as idades sorrirem, principalmente por todo o seu visual e por todos os seus covers viciantes e suas músicas originais que são brilhantemente interpretadas pelos nomes de peso que compõem o elenco.
Previamente programado para a estreia nos cinemas, o contexto do lançamento do filme foi afetado graças à pandemia do novo Coronavírus. A quarentena e o fechamento das salas de cinema levaram os acionistas da Universal a repensarem a forma de apresentar seus filmes e, assim, acabaram por priorizar o lançamento digital da sequência de “Trolls”. Disponibilizado via streaming e VOD (Video On Demand), a animação já é considerado um sucesso, batendo diversos recordes e superando, em mais de dez vezes, as vendas de “Jurassic World: Reino Ameaçado”, por exemplo.
Entregando uma aventura familiar bonita e cheia de significado em tempos em que a união e a força são mais do que necessários, a animação protagonizada por Anna Kendrick e Justin Timberlake tem brilho e energia mais do que suficientes para nos colocar um sorriso no rosto e nos fazer dançar. Feliz em excesso e pecando, por vezes, na hiperatividade da obra, que apresenta tantos povos felizes e distintos em tão pouco tempo (enquanto tenta desenvolver uma trama por detrás de todo o glitter e de toda a purpurina), “Trolls: World Tour” é o que se espera de uma animação sobre seres musicais e não deixa nada a desejar para os fãs das criaturas.
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