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Crítica | Venom: Tempo de Carnificina – Uma comédia romântica!

Venom: Tempo de Carnificina transita entre erros e acertos trazendo um novo olhar para a relação entre Eddie Brock e Venom, apostando mais na galhofa, no absurdo e na comédia escrachada.

Sinopse: Em Venom: Tempo de Carnificina, Tom Hardy retorna às telonas como o protetor letal Venom, um dos maiores e mais complexos personagens do universo Marvel. Dirigido por Andy Serkis, o filme também traz no elenco Michelle Williams, Naomie Harris e Woody Harrelson no papel do vilão Cletus Kassady / Carnificina.

Crítica | Venom: Tempo de Carnificina - Uma comédia romântica raiz
Venom: Tempo de Carnificina | Sony Pictures

Mais um blockbuster estreando, e de forma surpreendente. Venom: Tempo de Carnificina vem arrecadando uma bolada nas bilheterias norte americana e batendo recordes de arrecadação durante a pandemia. O longa conseguiu superar o filme da Marvel Studios, Viúva Negra, e até mesmo o primeiro longa mesmo em período frágil de lançamento. Mas será que a arrecadação e o sucesso de público garantem que o filme é de fato bom?

Na sequência temos mais aprofundamento na relação de Venom e Eddie Brock. O longa segue um roteiro que traz uma narrativa bem parecida com uma comédia romântica que desenvolve o bromance entre o homem e o simbionte. Essa escolha de narrativa nos transporta para um filme quase que único no gênero, e de certa forma bem corajoso. Mas toda a coragem em fazer o diferente acaba prejudicando em certos momentos.

Os vilões do longa são os mais prejudicados com a escolha de narrativa. Sem dizer muito para não entregar spoilers, Carnificina e Shriek não tem muito a oferecer por conta do curto tempo de duração que Venom: Tempo de Carnificina tem, culpa do roteiro que traz o básico do básico sem nenhuma elaboração. Cletus Kasady e Frances Barrison parecem seguir em uma subtrama que não encaixa muito bem com a trama central de Venom e Brock, sem contar que suas motivações são rasas e as mais clichês possíveis. Pra completar parece que a sequência traz um show de abertura de parênteses que deixam o espectador confuso sobre algumas coisas a respeito da história contada e o desfecho de algumas personagens.

Crítica | Venom: Tempo de Carnificina - Uma comédia romântica raiz
Venom: Tempo de Carnificina | Sony Pictures

Em contrapartida o principal foi feito e muito bem. A relação entre Venom e Brock, apesar de ser contada em uma narrativa de extremo tom cômico, foi aborda de maneira que nos faz entender como tudo se encaminha desde o início, onde vemos que ambos tem que lidar com as consequências dos eventos do filme anterior até a sua “conclusão” ao final do longa.

Tom Hardy mais uma vez conseguiu trazer uma boa atuação, se mostrando um ator muito versátil em comparação com os papéis que costuma interpretar. Em ‘Tempo de Carnificina’ Hardy demonstra todo o seu apreço pelo papel e entrega o melhor de si, e muito mais ainda por ter feito parte da criação da história para essa sequência. Outro grande destaque é, sem sombra de dúvidas, Michelle Williams que se beneficia de um desenvolvimento bem melhor aqui que no primeiro filme, aproveitando cada momento de destaque.

Crítica | Venom: Tempo de Carnificina - Uma comédia romântica raiz
Venom: Tempo de Carnificina | Sony Pictures

Apesar dos pesares Venom: Tempo de Carnificina vai direto ao ponto sem muito lenga-lenga. A falta de elaboração do roteiro pesa bastante, mas no fim das contas se mostra mais eficiente do que daria se houvesse mais que o necessário aplicado de maneira errada. O fato da sequência se manter da mesma forma que começou também é um grande acerto, mantendo a sua identidade sem precisar se reinventar para contar sua história. O longa diverte e traz boas risadas mesmo com os erros.

Vale mencionar (sem entregar nada) que o longa tem uma cena pós-créditos que traz um grande acontecimento que promete expandir ainda mais o universo cinematográfico criado pela Sony.

Nota: 3/5

Assista ao trailer:

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