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CRÍTICA | Xógum – A Gloriosa Saga do Japão é muito mais do que apenas uma “nova” Game of Thrones oriental.

Xógum – A Gloriosa Saga do Japão é o mais rico exemplo de uma série que não prometeu nada e entregou tudo.

“Xógum: A Gloriosa Saga do Japão” é uma obra que transcende o tempo, imergindo o espectador em uma narrativa rica e fiel ao contexto do Japão antigo. A frase emblemática contida na série “Vivemos e morremos. Não controlamos nada além disso.” ressoa profundamente, nos mostrando a essência da existência humana em meio às reviravoltas da trama.

Este remake da minissérie original de 1980 é uma obra-prima que se equipara às maiores produções televisivas, como Game of Thrones, em termos de qualidade e impacto. A cada episódio, somos agraciados com uma montanha-russa de eventos emocionantes e intrigantes, mantendo-nos grudados na frente da TV e ansiosos pelos próximos capítulos da trama.

Xógum não decepciona quando se trata de reviravoltas; pelo contrário, é seu ponto forte. Traições e assassinatos são elementos intrínsecos à trama, tecendo uma teia complexa de intriga e suspense que cativa e surpreende até o mais astuto dos espectadores.

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“Xógum: A Gloriosa Saga do Japão” segue a jornada épica do marinheiro britânico Jack Blackthrone (interpretado por Cosmo Jarvis). Após sobreviver a um naufrágio nas costas japonesas, ele se vê imerso em um turbilhão de intrigas políticas e conflitos armados durante os primórdios de uma guerra civil no Japão.

Navegando em território desconhecido, Jack é manipulado como peça-chave pelo astuto líder japonês, Lord Toranaga (interpretado por Hiroyuki Sanada), em sua busca pelo poder supremo como o Shogun. Ambientada em um Japão dividido por crenças religiosas e agendas políticas, a série mergulha no fascinante universo dos samurais e das gueixas, enquanto explora os complexos desdobramentos das grandes navegações e a influência das nações estrangeiras na ilha.

Em meio às conspirações e conflitos, a série não perde de vista a humanidade de seus personagens. Cada ato é impulsionado por motivações profundamente enraizadas, explorando temas universais como amor, lealdade e ambição. Os protagonistas são multifacetados e complexos, tornando-se figuras com as quais podemos nos identificar e compreender, mesmo em um contexto histórico tão distante. E é isso nos faz gostar da trama, apesar de alguns momentos não serem tão desenvolvidos quanto deveria.

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Como nem tudo são flores na trama, em meu ponto de vista, Jack Blackthrone (Cosmo Jarvis) é um desses fatores que deixam a desejar, pois em diversos momentos se mostra um personagem totalmente perdido durante a série, mesmo sendo um dos personagens principais. Até mesmo a atuação por parte do ator não me agrada na maior parte das cenas em que ele se mostra presente.

Ao contrário de atuações duvidosas como a de Cosmo Jarvis, temos um destaque extremamente importante, como a atuação impecável da atriz Anna Sawai que interpreta a personagem Toda Mariko na série. Anna se mantém impecável a cada episódio da trama e dificilmente não vencerá algum prêmio pela atuação apresentada em Xógum.

Apesar de cometer alguns erros específicos por conta de atuação e desenvolvimento de personagens, Xógum é mais do que uma simples série de televisão; é uma jornada emocionante e edificante através da história e da condição humana, deixando uma marca indelével no coração e na mente de quem a assiste.

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