CRÍTICA I Força Bruta: Uma Boa Ação Sul-Coreana, mas nada além disso
“Força Bruta” entrega adrenalina, mas fica aquém em enredo e desenvolvimento de personagens.
A vitória de “Parasita” (2019) no Oscar 2020 foi um marco decisivo para o cinema sul-coreano, elevando suas produções a um novo patamar de reconhecimento internacional. Ao vencer a categoria de “Melhor Filme”, “Parasita” mostrou que o mercado asiático poderia transcender fronteiras e conquistar o público global, abrindo portas para que outros gêneros também ganhem espaço no mercado internacional.
Chegamos à 2024, quando estreia nos cinemas “Força Bruta”, uma aposta da Coreia do Sul, desta vez no gênero de ação, buscando atrair um público mais amplo e diversificar ainda mais a oferta cinematográfica do país.
Força Bruta I ABO Entertainment
Estrelado por Don Lee (“Os Eternos”), o longa apresenta uma trama simples que remete a clássicos como “Stallone Cobra” (1986) e “Police Story” (1985), além de lembrar bastante a filmografia do ator Steven Seagal (“A Força em Alerta”), ou até mesmo do expoente também asiático, Jackie Chan (“A Hora do Rush”). O enredo é repleto de clichês e situações já familiares, mas a enérgica atuação de Lee é o que impede o filme de cair no esquecimento.
Força Bruta I ABO Entertainment
Ambientado em 2008, durante um período de crescente violência na Coreia do Sul e no Vietnã, a história segue o policial Ma Seok-do (Lee) e o Capitão Jeon Il-man (Guy-hwa Choi), que são enviados ao Vietnã para capturar um suspeito. Durante o interrogatório, eles descobrem uma grande rede de tráfico liderada pelo vilão Hae-sang (Son Suk-ku).
Apesar da trama simples, a grande quantidade de antagonistas rasos confunde o público, dificultando identificar quem realmente importa. Tanto os heróis quanto os vilões carecem de profundidade.
Força Bruta I ABO Entertainment
Por outro lado, o protagonista compensa com seu tom cômico, mantendo o filme leve, apesar de sua invencibilidade exagerada que tira parte da tensão. Mas o ponto alto mesmo reside nas cenas de ação. A brutalidade das lutas, bem coreografadas, faz jus ao título, entregando momentos intensos e cheios de adrenalina.
Juntando tudo isso, no fim, “Força Bruta” é um filme mediano. Funciona como um entretenimento simples e direto, mas não oferece muito além disso. O enredo previsível e os personagens superficiais limitam seu impacto, fazendo com que pareça voltado para bombar nas plataformas de streaming. Ainda assim, deve agradar quem procura diversão descompromissada.
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