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  • Crítica | Doutor Estranho no Multiverso da Loucura acerta em alguns pontos mas ressalta os erros da fase 4

    Crítica | Doutor Estranho no Multiverso da Loucura acerta em alguns pontos mas ressalta os erros da fase 4

    Doutor Estranho no Multiverso da Loucura finalmente está chegando aos cinemas mas assim como muitas das produções dessa fase 4 do UCM deve dividir opiniões.

    Sinopse:Em Doutor Estranho no Multiverso da Loucura, do Marvel Studios, o MCU liberta o multiverso e explora seus limites como nunca foi feito antes. Viaje pelo desconhecido com Doutor Estranho, que, com a ajuda de novos e velhos aliados, atravessa insanas e perigosas realidades do Multiverso para confrontar um misterioso novo adversário

    Crítica | Doutor Estranho no Multiverso da Loucura acerta em alguns pontos mas ressalta os erros da fase 4
    Doutor Estranho no Multiverso da Loucura | Marvel Studios

    Um dos magos mais poderosos da Marvel está ganhando seu segundo filme solo após cinco anos de participações espaciais ao longo de lançamentos da Marvel Studios. Dessa vez ele não vem só, e traz consigo a Feiticeira Escarlate para co-protagonizar o filme. Com a saída de Scott Derrickson da direção do projeto solo do mago, o candidato da vez foi Sam Raimi, mesmo diretor da trilogia do Homem-Aranha protagonizada por Tobey Maguire. Com total liberdade criativa, Raimi consegue inserir novos conceitos para o UCM e confirmar que a casa das ideias pode sobreviver ao dar controle criativo para seus cineastas.

    Assinando a direção, o veterano do terror traz as suas características mais fortes para o projeto e é impressionante o quanto a temática casa com o que Sam Raimi tem pra entregar. Apesar de ainda trabalhar sob a famosa fórmula Marvel, o diretor consegue transformar Doutor Estranho no Multiverso da Loucura em algo seu, transbordando “Raiminismo” na tela. Com toques de terror, suspense, muitos jumpscares e violência gráfica, a sequência de Doutor Estranho se sobressai por sair da curva em diversos aspectos técnicos e criativos.

    A trilha sonora de Danny Elfman para Doutor Estranho no Multiverso da Loucura é um dos pontos centrais do filme e que também merece a atenção do espectador. O trabalho musical do filme compõe as cenas com perfeição e em certo ponto se torna a estrela. já o trabalho sonoro como um todo pode parecer estranho mas vem em uma pegada mais de filme de terror para casar com o tom mais sério e macabro que Sam Raimi decidiu para a produção.

    Crítica | Doutor Estranho no Multiverso da Loucura acerta em alguns pontos mas ressalta os erros da fase 4
    Doutor Estranho no Multiverso da Loucura | Marvel Studios

    Ainda nos pontos altos estão as atuações que servem como um catalizador para prender a atenção do público. O destaque sem sombra de dúvidas fica para Elizabeth Olsen que consegue desmembrar as camadas de sua personagem e nos apresenta uma Wanda completamente surtada e tomada pelo poder do Darkhold. Em certos pontos chega a ofuscar o protagonismo de Benedict Cumberbatch, esse, que por sinal, também não está nada mal.

    Mas partindo para os coadjuvantes, Benedict Wong e Xochitl Gomez, ultrapassam o limite do carisma com Wong ganhando ainda mais espaço para mostrar todo o seu potencial e America Chavez numa introdução que pode agregar demais na abordagem do multiverso mais para frente no UCM. O mais interessante talvez seja a volta de Rachel McAdams, que aqui não está solta como no filme anterior.

    Em relação ao elenco, as participações especiais podem frustrar um pouco com quase todas tendo sido mostradas nos materiais promocionais. Se aproveitando da onda do Multiverso, a Marvel Studios está esbanjando nostalgia para engajar suas novas produções e pelo que parece atender as ideias dos fãs como algo descartável.

    Crítica | Doutor Estranho no Multiverso da Loucura acerta em alguns pontos mas ressalta os erros da fase 4
    Doutor Estranho no Multiverso da Loucura | Marvel Studios

    Ao mesmo tempo em que o roteiro de Michael Waldron inova em aspectos que se adequam a direção de Sam Raimi e traz novidades para o UCM, ele erra em continuar seguindo uma trama reciclada que já ficou batida após 9 episódios de WandaVision. Talvez esse nem seja um erro específico do filme, mas sim de planejamento dos engravatados e “embonezados” da casa. Dar uma redenção para a personagem em seu programa de TV e agora trazê-la como vilã novamente tornou a ideia do filme menos interessante e a constante sensação de “eu já vi algo parecido há pouco tempo”. Essa ideia poderia ter ficado facilmente para um filme da própria personagem ou uma segunda temporada da série.

    Waldron foca tanto em se manter em cima da narrativa de Wanda que diversos outros personagens ficam devendo em desenvolvimento, como é o caso do próprio Doutor Estranho. Tal decisão prejudicou o andar da trama e até mesmo a abordagem mais significativa do Multiverso, com pequenas passadinhas aqui e alí, na verdade o filme se mantém em apenas dois universos. Diferente de Homem-Aranha: Sem volta para Casa, que trazia visitantes de outros universos, Multiverso da Loucura tinha a missão de transportar os personagens recorrentes do universo regular para outros mundos e mostrar mais possibilidades do que de fato mostrou.

    O desenrolar da trama, mesmo que batido, ainda vai bem mas algumas motivações, justificativas, conveniências e saídas fáceis só reforçam que esse é um erro comum de todas as produções dessa fase até agora, incluindo séries e filmes; talvez o único que tenha se saído bem tenha sido a própria WandaVision e Eternos.

    Crítica | Doutor Estranho no Multiverso da Loucura acerta em alguns pontos mas ressalta os erros da fase 4
    Doutor Estranho no Multiverso da Loucura | Marvel Studios

    Doutor Estranho no Multiverso da Loucura é bom, mas isso está longe de ser suficiente para um filme que deveria ter proporções muito maiores e consequências permanentes. O conceito de Multiverso no geral, tema dessa nova fase, é incerto e confuso. até aqui tivemos três produções que abordaram o conceito, mas as produções em sí não se conectam realmente para dar uma resposta definitiva de quem é o responsável pelo caos multiversal. Mesmo que algumas declarações dadas por Kevin Feige revelem a origem, é necessário mostrar essa conexão em tela e fazer jus a fama de bom planejador. No fim fica parecendo que querem concertar furos de roteiro com entrevistas e apresentações em painéis de festivais.

    Ainda sim, assim como Eternos, o longa de Sam Raimi é a prova de que a Marvel já pode trazer uma nova fórmula para seu universo e focar em diferentes gêneros para tonar a experiência do espectador mais diversificada e fazer valer as idas ao cinema.

    Nota: 3,5/5

    Assista ao trailer:
  • Crítica | Boneca Russa (2ª Temporada) – série mantém a qualidade inserindo viagens no tempo no caótico cotidiano de Nadia e Alan

    Passados quatro anos dos acontecimentos surreais vividos por Nadia ( Natasha Lyonne) e Alan ( Charlie Barnett) na 1ª temporada de Boneca Russa, a dupla já conseguiu fugir do constante ciclo de mortalidade que enfrentava diariamente. Mas se eles achavam que já estavam livres das artimanhas do Universo, acabaram descobrindo que era só o começo de mais uma jornada, agora com viagens no tempo via transporte público( o sonho de todos nós?), reencontro com situações vividas por seus antepassados, questões existenciais e históricas, rendendo para Boneca Russa atuações impecáveis e uma nova e sensacional trilha sonora presente também nesta 2ª temporada.

    Nadia( interpretada pela atriz e uma das criadoras da série Natasha Lyonne) segue caminhando sem rumo certo por sua vida nada comum, agora como aliada de Alan( Charlie Barnett) no segredo comum entre eles: vivenciar as distorções e ironias da linha de tempo de suas vidas da forma mais psicodélica possível. Antes presos no looping de reviver diariamente o dia em que eles morreram, agora estão há anos bem vivos e aparentemente sãos, seguindo sua rotinas como se fossem pessoas normais.

    Passados quatro anos dos acontecimentos surreais vividos por Nadia ( Natasha Lyonne) e Alan ( Charlie Barnett) na 1ª temporada de Boneca Russa, a dupla já conseguiu fugir do constante ciclo de mortalidade que enfrentava diariamente. Mas se eles achavam que já estavam livres das artimanhas do Universo,  acabaram descobrindo que era só o começo de mais uma jornada, agora com viagens no tempo via transporte público( o sonho de todos nós?), reencontro com situações vividas por seus antepassados, questões existenciais e históricas, rendendo para Boneca Russa atuações impecáveis e uma nova e sensacional trilha sonora presente também nesta 2ª temporada.
    Boneca Russa |NETFLIX

    Quando a aparente calmaria dá lugar à uma nova manobra do Universo para inserir Alan e Nadia em outro contexto igualmente perturbador mas amplamente divulgado em produções que tanto eles como nós, os telespectadores, conhecemos muito bem: a viagem no tempo. Nadia( Natasha Lyonne) se vê transportada para o passado através do metrô de Manhattan e a partir dali passa a reviver momentos marcantes da vida de sua mãe Lenora( Chloë Sevigny) enquanto Lenora estava grávida de…Nadia. Sim, se você acha que voltar no tempo no corpo de sua mãe já seria um tanto quanto surreal, imagine voltar na época em que você ainda morava no ventre dela. Se tratando de Boneca Russa, esse é só o começo.

    Após a confusão inicial, de Nadia e dos telespectadores, ela passa a tentar conseguir alguma vantagem deste bilhete único temporal e aí que a temporada começa. O que acontece a partir das escolhas de Nadia e de Alan, qualquer cinéfilo com referências suficientes em filmes sobre viagem no tempo seria capaz de antecipar. Mas nenhum deles conseguiria demonstrar com tanto empenho, o desenvolvimento de Nadia e Alan como personagens através dessa experiência incomum e profunda. Experiência essa que até se alinha melhor com o conceito de Boneca Russa, a bonequinha de várias camadas e tamanhos que se une mesmo sendo várias. As diversas camadas da boneca russa aqui diretamente representadas pela ancestralidade dos personagens, que influenciou em quem eles são.

    Passados quatro anos dos acontecimentos surreais vividos por Nadia ( Natasha Lyonne) e Alan ( Charlie Barnett) na 1ª temporada de Boneca Russa, a dupla já conseguiu fugir do constante ciclo de mortalidade que enfrentava diariamente. Mas se eles achavam que já estavam livres das artimanhas do Universo,  acabaram descobrindo que era só o começo de mais uma jornada, agora com viagens no tempo via transporte público( o sonho de todos nós?), reencontro com situações vividas por seus antepassados, questões existenciais e históricas, rendendo para Boneca Russa atuações impecáveis e uma nova e sensacional trilha sonora presente também nesta 2ª temporada.
    Boneca Russa | NETFLIX

    Geralmente uma série com temática incomum que começa muito bem não encontra facilmente um caminho de volta tão empolgante para repetir o sucesso em seus retorno em novas temporadas. Quando cogitada a possibilidade de existir uma 2ª temporada de Boneca Russa, a maioria dos telespectadores que gostaram da série se perguntaram se isso era mesmo necessário. Que caminho seguiria? O Popular: por que mexer em time que já está ganhando? Acredite que o que eles encontrarão nessa nova temporada os surpreenderá de forma tão positiva que a 2ª temporada passará a também ser protegida por todos como: o que poderá vir depois disso? Será que precisa de continuação?

    Tentar explicar o sentido de tudo o que ocorre em Boneca Russa desde sua brilhante primeira temporada, é missão complicada. Por não ter explicações fáceis e o enredo se basear em um constante “aceite e siga” a emoção está bem mais em acompanhar do que simplesmente descrever. O conteúdo absorvido pelo telespectador no envolvimento com o enredo, com os personagens, bem como com os cenários e com a trilha sonora é único. A familiaridade faz o telespectador se sentir em casa e faz Nadia, Maxime(Greta Lee), Ruthie(Annie Murphy/ Elisabeth Ashley)e o resto do elenco tornarem-se velhos amigos.

    Passados quatro anos dos acontecimentos surreais vividos por Nadia ( Natasha Lyonne) e Alan ( Charlie Barnett) na 1ª temporada de Boneca Russa, a dupla já conseguiu fugir do constante ciclo de mortalidade que enfrentava diariamente. Mas se eles achavam que já estavam livres das artimanhas do Universo,  acabaram descobrindo que era só o começo de mais uma jornada, agora com viagens no tempo via transporte público( o sonho de todos nós?), reencontro com situações vividas por seus antepassados, questões existenciais e históricas, rendendo para Boneca Russa atuações impecáveis e uma nova e sensacional trilha sonora presente também nesta 2ª temporada.
    Boneca Russa | NETFLIX

    E, por mais louca que seja a história e mesmo que às vezes tenha que aceitar e seguir sem querer explicações certeiras ou óbvias do como aquilo é possível, reencontras velhos amigos para se aventurar com eles em novas histórias sempre será um prazer. A série Boneca Russa será sempre bem vinda para próximas temporadas, desde que nunca perca esse brilho psicodélico e único de ensinar muito sem explicar quase nada.

    A 2ª temporada de Boneca Russa (e a 1ª também caso não tenha assistido) está disponível na Netflix. Boa Viagem.

    Nota: 5/5
    Assista ao trailer:
    https://www.youtube.com/watch?v=poWAIW1jmlc

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  • Crítica | A Princesa da Yakuza – lutas sangrentas, máfia japonesa e ancestralidade no bairro da Liberdade

    Baseada em uma HQ brasileira, intitulada Samurai Shirô e escrita por Danilo Beiruth, o filme A Princesa da Yakuza conta a história de Akemi( MASUMI), descendente de japoneses em sua conturbada jornada de descobertas sobre a própria ascendência. Nessa busca, encontra um homem sem memória (Jonathan Rhys Meyers)que porta uma espada katana que parece pertencer à família da jovem. A história, por vezes confusa perante os olhos dos telespectadores, determina quem Akemi é e qual será seu caminho a partir de suas descobertas. Filme regado à sangue, lutas e boas atuações, A Princesa da Yakuza abre alas para o universo cinematográfico das HQS de Beiruth em grande estilo, na esperança que as adaptações não parem por aqui.

    Com a troca de perspectiva da HQ para a adaptação, modificando ligeiramente o personagem de Shirô( interpretado por Jonathan Rhys Meyers) para Akemi (Masumi) o telespectador já pega a narrativa em movimento e tenta se agarrar à qualquer explicação que o entreguem no meio do caminho, tornando Akemi o fio condutor de toda a narrativa. É importante avisar que a primeira meia hora do filme é percorrida às escuras, o que pode acabar inspirando desistência da parte de telespectadores mais afoitos. Mas a partir do momento que Akemi assume o controle, mostrando do que é capaz, a vontade de seguir descobrindo sua história também volta, com todo o sangue, as lutas e os ambientes neon que tragam junto.

    Baseada em uma HQ brasileira, intitulada Samurai Shirô e escrita por Danilo Beiruth, o filme A Princesa da Yakuza conta a história de Akemi( MASUMI), descendente de japoneses em sua conturbada jornada de descobertas sobre a própria ascendência. Nessa busca, encontra um homem sem memória (Jonathan Rhys Meyers)que porta uma espada katana  que parece pertencer à família da jovem.  A história, por vezes confusa perante os olhos dos telespectadores, determina quem Akemi é e qual será seu caminho a partir de suas descobertas. Filme regado à sangue, lutas e boas atuações, A Princesa da Yakuza abre alas para o universo cinematográfico das HQS de Beiruth em grande estilo, na esperança que as adaptações não parem por aqui.
    A Princesa da Yakuza| NETFLIX

    Os protagonistas interpretados pelo ator Jonathan Rhys Meyers(The Tudors, MatchPoint e O Som do Coração no currículo) e pela atriz Masumi em sua primeira experiência como atriz, cativam o público por razões distintas, mas ambos sempre interligados ao mistério que os ronda. Não há nenhum envolvimento direto com as características individuais de cada um, a narrativa onde tudo acontece ao mesmo tempo não permite grande intimidade. Então quase só temos acesso às suas reações a tudo que os rodeia. O que não chega a ser ruim. Mas a longo prazo uma intimidade maior com o telespectador, que não necessariamente conheça os personagens por leitura prévia de HQ, seria importante pra carimbar a vontade do público para existir uma sequência.

    O elenco de atores japoneses coadjuvantes completa o cenário perfeito para o desenrolar da narrativa, mostrando pela atuação e pelo idioma , que poderiam encenar estarem em qualquer lugar do Brasil e fazer dali uma reprodução fiel de qualquer cantinho campestre do Japão, mesmo estando em Paranapiacaba- Santo André- São Paulo. E aqui se entende a necessidade de cada um deles ter sido escalado para A Princesa de Yakuza, dando à história um quê de realidade, ainda que baseada em obra ficcional não japonesa.

    Baseada em uma HQ brasileira, intitulada Samurai Shirô e escrita por Danilo Beiruth, o filme A Princesa da Yakuza conta a história de Akemi( MASUMI), descendente de japoneses em sua conturbada jornada de descobertas sobre a própria ascendência. Nessa busca, encontra um homem sem memória (Jonathan Rhys Meyers)que porta uma espada katana  que parece pertencer à família da jovem.  A história, por vezes confusa perante os olhos dos telespectadores, determina quem Akemi é e qual será seu caminho a partir de suas descobertas. Filme regado à sangue, lutas e boas atuações, A Princesa da Yakuza abre alas para o universo cinematográfico das HQS de Beiruth em grande estilo, na esperança que as adaptações não parem por aqui.
    A Princesa da Yakuza | NETFLIX

    Em um filme que mistura máfia japonesa, ancestralidade e ação, A Princesa da Yakuza mostra a potencialidade das HQS nacionais em gerar grandes produções cinematográficas brasileiras quando se tem o cuidado de caracterizar personagens com contextos comportamentais e linguísticos fiéis à história contada nas páginas. Ao ambientar a história em um bairro tão conhecido por tantos brasileiro mas o retratar de forma quase lúdica, como um personagem a mais, a direção de Vicente Amorim mostra a versatilidade do Brasil como cenário de grandes produções de tipos diversos, além das já exploradas pela indústria nacional.

    Só deixa a desejar na parte de não ter escalado como protagonista um atriz nipo-brasileira, o que certamente seria uma enorme honra, posto que as produções nacionais raramente privilegiam atrizes com traços e descendência oriental.

    Baseada em uma HQ brasileira, intitulada Samurai Shirô e escrita por Danilo Beiruth, o filme A Princesa da Yakuza conta a história de Akemi( MASUMI), descendente de japoneses em sua conturbada jornada de descobertas sobre a própria ascendência. Nessa busca, encontra um homem sem memória (Jonathan Rhys Meyers)que porta uma espada katana  que parece pertencer à família da jovem.  A história, por vezes confusa perante os olhos dos telespectadores, determina quem Akemi é e qual será seu caminho a partir de suas descobertas. Filme regado à sangue, lutas e boas atuações, A Princesa da Yakuza abre alas para o universo cinematográfico das HQS de Beiruth em grande estilo, na esperança que as adaptações não parem por aqui.
    A Princesa da Yakuza| NETFLIX

    E analisando pela escassa procura por atores nipo brasileiros em produções nacionais, o lamento se apresenta não só em relação à protagonista, como também em relação ao resto do elenco, com participações pequenas e pontuais de atores brasileiros(sendo estes não descendentes, em papéis de coadjuvante). O resultado ficou excelente, levando em conta os diálogos em japonês e a excelência do trabalho de cada um deles. Mas certamente o filme A Princesa da Yakuza ficaria melhor se contasse com a presença de brasileiros não só na direção, na produção e na fonte da história, mas também na frente das câmeras.

    O mais interessante de tudo é analisar que, apesar da ambientação feita no bairro da Liberdade, em São Paulo, poucas são as vezes que o telespectador ouvirá o português ser falado no filme( e na maior parte dessas vezes, será utilizando palavrões), isso tudo em meios à diálogos alternados, hora falados em inglês e hora em japonês. Isso faz com que às vezes esqueçamos que o filme é brasileiro e baseado em uma HQ nacional. Se isso ajudar na comercialização do filme através da plataforma de streaming é até perdoável. Mas senti falta do nosso idioma para ao menos personalizar o bairro da Liberdade para além da vitrine hipnótica que ele se tornou sob a direção de Vicente Amorim.

    Baseada em uma HQ brasileira, intitulada Samurai Shirô e escrita por Danilo Beiruth, o filme A Princesa da Yakuza conta a história de Akemi( MASUMI), descendente de japoneses em sua conturbada jornada de descobertas sobre a própria ascendência. Nessa busca, encontra um homem sem memória (Jonathan Rhys Meyers)que porta uma espada katana  que parece pertencer à família da jovem.  A história, por vezes confusa perante os olhos dos telespectadores, determina quem Akemi é e qual será seu caminho a partir de suas descobertas. Filme regado à sangue, lutas e boas atuações, A Princesa da Yakuza abre alas para o universo cinematográfico das HQS de Beiruth em grande estilo, na esperança que as adaptações não parem por aqui.
    A Princesa da Yakuza| NETFLIX

    A Princesa da Yakuza, novo filme da Netflix é baseado na HQ do brasileiro Danilo Beiruth intitulada “Samurai Shirô” e dirigido por Vicente Amorim( diretor de Motorrad, Corações Sujos e a Divisão).

    A Princesa da Yakuza está disponível na Netflix.

    Nota : 4/5

    Assista ao trailer:

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  • Crítica | Metal Lords – Uma maravilhosa comédia de amor ao Metal

    Metal Lords, nova comédia da Netflix apresenta um ritual de iniciação e louvor ao Metal contando a história de Kevin(Jaeden Martell) e Hunther(Adrian Greensmith), dois amigos que sofrem as rejeições do ensino médio mas estão empenhados na busca da popularidade através da música, montando uma banda de Post Death Metal Thrash. A iniciativa vem principalmente de Hunter, que deseja a todo custo influenciar seu melhor amigo no gosto musical e no empenho em se tornar um exímio baterista, servindo como guia e mentor de iniciação no mundo do gênero que tanto ama. A trilha sonora não poderia ser diferente, repleta de grandes sucessos de bandas do gênero como Metallica, Judas Priest, Black Sabbath entre outras. Uma comédia excelente para metaleiros e não metaleiros.

    Ambientada no período de colegial a comédia Metal Lords trata das inseguranças, dos amores, dos conflitos familiares e da individualidade na adolescência de forma pouco profunda mas até que bastante respeitosa e insere o gênero musical como o refúgio dos deslocados, que não tem certeza de onde podem se encaixar. Mas dramas como os que vemos no roteiro são facilmente entendidos por quem está passando ou já passou por essa época. Os sofrimentos de Hunter, as dores de Emilly e a resiliência de Kevin são mostrados de forma subentendida sem que sejam descartados. Não importa o que os levou até o Metal, importa só o que farão dali em diante.

    Metal Lords, nova comédia da Netflix apresenta um ritual de iniciação e louvor ao Metal contando a história de Kevin(Jaeden Martell) e Hunther(Adrian Greensmith), dois amigos que sofrem as rejeições do ensino médio mas estão empenhados na busca da popularidade através da música, montando uma banda de metal pós trash. A iniciativa vem principalmente de Hunter, que deseja a todo custo influenciar seu melhor amigo no gosto musical e no empenho em se tornar um exímio baterista, servindo como guia e mentor de iniciação no mundo do gênero que tanto ama. A trilha sonora  não poderia ser diferente, repleta de grandes sucessos de bandas do gênero como Metallica, Judas Priest, Black Sabbath entre outras. Uma comédia excelente para metaleiros e não metaleiros.
    Metal Lords | NETFLIX

    A escolha do elenco principal foi espetacular. Jaeden Martell, mais conhecido pelo seu papel em IT: A Coisa, trouxe para Kevin um misto de doçura e responsabilidade, contrapondo-se com o personagem do ator Adrian Greensmith em seu primeiro filme e já mostrando a que veio na pele do caótico Hunter. A atuação entre os dois atores em Metal Lords fluiu de forma tão natural que era como se estivéssemos acompanhando uma amizade da vida real como combo virtudes e defeitos completo e escancarado na nossa frente.

    E a atuação do novato Adrian foi tão significativa que ele até nos convence a, ao mesmo tempo que condenamos suas atitudes na maior parte do enredo, continuar a torcer pelo seu sucesso. O amor pelo que ele faz e a luta pelo que ele é passa a ser contagiante ao telespectador. E no final acabamos nos tornando também, amigos do inconsequente, dramático, grosso, sexista e caótico Hunter, espelho de muitos amigos que já passaram por nós ou continuam em nossas vidas, na vida real.

    Metal Lords, nova comédia da Netflix apresenta um ritual de iniciação e louvor ao Metal contando a história de Kevin(Jaeden Martell) e Hunther(Adrian Greensmith), dois amigos que sofrem as rejeições do ensino médio mas estão empenhados na busca da popularidade através da música, montando uma banda de metal pós trash. A iniciativa vem principalmente de Hunter, que deseja a todo custo influenciar seu melhor amigo no gosto musical e no empenho em se tornar um exímio baterista, servindo como guia e mentor de iniciação no mundo do gênero que tanto ama. A trilha sonora  não poderia ser diferente, repleta de grandes sucessos de bandas do gênero como Metallica, Judas Priest, Black Sabbath entre outras. Uma comédia excelente para metaleiros e não metaleiros.
    Metal Lords | NETFLIX

    Outro acerto na escolha do elenco foi a atriz Isis Hainsworth, que interpretou Emily , a Yoko Ono no meio da pretensa formação da nova banda de metal dos sonhos de Hunter. Emily é o exato equilíbrio entre Kevin e Hunther, tendo um pouco das características de cada um mas trazendo também problemas que só ela tem. E sua aparência que transita entre a beleza e a estranheza combina perfeitamente com a personagem. Mesmo que não esteja nos planos originais do roteirista e do direto, a “química de milhões” dos três atores renderia facilmente um segundo filme, como é feito de praxe pela Netflix.

    Aqui reservo um espaço especial para falar do personagem principal do roteiro de Metal Lords, que esteve presente em cada um dos momentos, em pôsteres no quanto de Hunter, nas indicações feitas a Kevin, nos vídeos mostrados, nos ensaios, na trilha sonora e no título do filme. O metal em todas as suas nuances esteve presente neste filme, que pode ser considerado uma reverência cinematográfica atemporal ao gênero musical. E ver o metal ser destrinchado, como filosofia, como atitude, com suas boas músicas e bandas e com a representatividade de parte de seus expoentes musicais em participações especialíssimas no decorrer da história foi muito bonito.

    Metal Lords, nova comédia da Netflix apresenta um ritual de iniciação e louvor ao Metal contando a história de Kevin(Jaeden Martell) e Hunther(Adrian Greensmith), dois amigos que sofrem as rejeições do ensino médio mas estão empenhados na busca da popularidade através da música, montando uma banda de metal pós trash. A iniciativa vem principalmente de Hunter, que deseja a todo custo influenciar seu melhor amigo no gosto musical e no empenho em se tornar um exímio baterista, servindo como guia e mentor de iniciação no mundo do gênero que tanto ama. A trilha sonora  não poderia ser diferente, repleta de grandes sucessos de bandas do gênero como Metallica, Judas Priest, Black Sabbath entre outras. Uma comédia excelente para metaleiros e não metaleiros.
    Metal Lords| NETFLIX

    Reservaram até um trecho da história para atacar o preconceito velado do próprio Hunter, fazendo-o rever seus conceitos no decorrer da história baseando-se também no gênero que tanto amava, mas que ele se negava a enxergar. Metal Lords descontruiu a aparência monstruosa que o Metal costuma demonstrar perante outros gêneros musicais, plantando a sementinha necessária para que novos fãs possam surgir a partir de seus próprios interesses, anotando o nome das bandas, ouvindo a trilha sonora e se reconhecendo parte daquele mundo, se quiser. Para fãs de Metal e para quem ainda não é fã do gênero, o filme é excelente!

    O roteiro de Metal Lords foi escrito por D.B. Weiss, roteirista de Game Of Thrones, bem antes da série da HBO ser lançada, mas felizmente pode ver seu roteiro ganhar vida pela Netflix, sob a direção de Peter Sollett(Nick & Norah: uma noite de amor e música) e produção de David Benioff (também responsável pelo roteiro de Game of Thrones).

    A história teve participação especial de Rob Holford( vocalista da banda Judas Priest), Tom Morello(que foi também produtor musical do filme mas é membro da banda Rage Against The Machine e já foi parte da banda Audioslave), Kirk Hammett( guitarrista da banda Metallica) e Scott Ian ( co-fundador e baterista da banda de trash metal Anthrax). A playlist oficial do filme Metal Lords está disponível no Spotify e conta com sucessos dessas e de outras bandas para a alegria de entusiastas do gênero.

    Metal Lords já está disponível na Netflix.

    Nota: 5/5
    Assista ao trailer:

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    Crítica | Granizo – Uma maravilhosa comédia dramática sobre conflito de gerações, relações familiares, fama e “cancelamento”

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  • Crítica | Granizo – Uma maravilhosa comédia dramática sobre conflito de gerações, relações familiares, fama e “cancelamento”

    O que aconteceria na vida de um famoso meteorologista quando, após 20 anos de acertos em previsões climáticas, errasse uma previsão na noite de estreia de seu novo programa de tv? Embora a resposta seja óbvia, analisando o ocorrido sob a ótica das redes sociais e da prática constante de “cancelamentos” quando pessoas queridas cometem erros, o enredo de “Granizo” e a história de Miguel Flores vai muito além de expor o outro lado dessa prática tão comum nas mídias sociais e na sociedade. O filme “Granizo” trata conflitos de gerações relações familiares, fama e suas consequência e sobre os temidos ” cancelamentos”, se mostrando uma maravilhosa surpresa entre os lançamentos recentes da Netflix.

    Miguel Flores(interpretado brilhantemente pelo ator Guillermo Francella) faz parte da velha guarda da Meteorologia. Formado nas ciências meteorológicas e respeitadíssimo pelo público fiel de Buenos Aires, Argentina, se orgulhava de ser um profissional metódico que seguia e confiava em suas próprias previsões, muitas vezes desdenhando a nova tecnologia de aplicativos de previsão de tempo e , claro, sempre valorizando sua profissão sempre que podia, em conversas com a nova geração. Seu público era fiel à ele, enchendo-o de elogios nas ruas e defendendo-o por onde estivessem.

    O que aconteceria na vida de um famoso meteorologista quando, após 20 anos de acertos em previsões climáticas, errasse uma previsão na noite de estreia de seu novo programa de tv? Embora a resposta seja óbvia, analisando o ocorrido sob a ótica das redes sociais e da prática constante de "cancelamentos" quando pessoas queridas cometem erros, o enredo de "Granizo" e a história de Miguel Flores vai muito além de expor o outro lado dessa prática tão comum nas mídias sociais e na sociedade. O filme "Granizo" trata conflitos de gerações relações familiares, fama e suas consequência e sobre os temidos " cancelamentos", se mostrando uma maravilhosa surpresa entre os lançamentos recentes da Netflix.
    Granizo | NETFLIX

    Mas a estreia de sucesso de Miguel Flores como apresentador do primeiro programa sobre meteorologia da história de Buenos Aires é ofuscada por um gravíssimo erro em sua previsão de tempo. E, tão logo acorda de sua noite de esteia, Miguel tem que lidar com uma onda considerável de cancelamentos por parte de seus admiradores, da mídia e até de seu próprio chefe. Com uma carreira de sucesso arruinada por conta de uma chuva de granizo não prevista , como Miguel poderia se reerguer?

    A partir desse ponto o telespectador acompanha todos os passos de Miguel, sofrendo junto com ele não só as consequência de um cancelamento injusto mas que trouxe , sim, consideráveis prejuízos para quem dava credibilidade à tudo que o profissional veiculava na televisão. O enredo conseguiu captar muito bem a reação do público apaixonado se sentindo traído e reagindo das piores formas. Não que precisasse, já que somos testemunhas oculares de “cancelamentos” quase que diariamente nas redes sociais e na mídia. Mas ao olharmos de perto como é estar do outro lado, uma lição começa a se formar: é realmente necessário reagir assim?

    O que aconteceria na vida de um famoso meteorologista quando, após 20 anos de acertos em previsões climáticas, errasse uma previsão na noite de estreia de seu novo programa de tv? Embora a resposta seja óbvia, analisando o ocorrido sob a ótica das redes sociais e da prática constante de "cancelamentos" quando pessoas queridas cometem erros, o enredo de "Granizo" e a história de Miguel Flores vai muito além de expor o outro lado dessa prática tão comum nas mídias sociais e na sociedade. O filme "Granizo" trata conflitos de gerações relações familiares, fama e suas consequência e sobre os temidos " cancelamentos", se mostrando uma maravilhosa surpresa entre os lançamentos recentes da Netflix.
    Granizo | NETFLIX

    O filme também trata, timidamente e com muito bom humor, a recente valorização de influenciadores digitais, que não precisaram necessariamente serem formados em determinada área ou passar anos trabalhando em profissão distintas para terem suas vagas garantidas em um programa de televisão ou na substituição de um renomado meteorologista que sofre cancelamento.

    Mas é nas relações familiares que se encontra a cereja do bolo do filme “Granizo”. Certos detalhes da vida de Miguel, revelados ainda na abertura do filme e aos poucos, na convivência com a filha Carla( interpretada pela atriz Romina Fernandez) a quem ele procura em sua fuga do ódio generalizado, abrilhantam ainda mais a narrativa e revelam como foi o caminho para ele chegar onde chegou e explicam a razão dele precisar retroceder para poder se reencontrar. A fama lhe tinha custado caro demais.

    O que aconteceria na vida de um famoso meteorologista quando, após 20 anos de acertos em previsões climáticas, errasse uma previsão na noite de estreia de seu novo programa de tv? Embora a resposta seja óbvia, analisando o ocorrido sob a ótica das redes sociais e da prática constante de "cancelamentos" quando pessoas queridas cometem erros, o enredo de "Granizo" e a história de Miguel Flores vai muito além de expor o outro lado dessa prática tão comum nas mídias sociais e na sociedade. O filme "Granizo" trata conflitos de gerações relações familiares, fama e suas consequência e sobre os temidos " cancelamentos", se mostrando uma maravilhosa surpresa entre os lançamentos recentes da Netflix.
    Granizo | NETFLIX

    É necessário avisar que o início do filme dá a ligeira sensação de dèjá vu a la Up- Altas Aventuras , momento no qual você se questiona se leu mesmo na descrição do filme que se tratava de uma comédia. E ao voltar e perceber que se trata sim de uma comédia, mas dramática, você aceita a existência daquele início e segue a narrativa esperando que a situação melhore e se surpreende positivamente logo depois. Não desistam de cara.

    Parte do mérito do sucesso do filme se deve à leveza de seu roteiro, com construção de personagens maravilhosos e diálogos certeiros em cada momento da história. É raro que tudo se encaixe com tanta maestria, mas foi exatamente o que aconteceu com “Granizo”. Desde o protagonista até os coadjuvantes, todos tiveram momentos cômicos e dramáticos em cada momento da narrativa e todos marcaram o filme de alguma forma. O humor não atrapalhou o drama e o drama não atrapalhou o humor. Parabéns ao diretor Marcos Carnevale, ao roteirista Nicolás Giacobone e ao elenco que conquista os telespectadores à primeira vista.

    Granizo está disponível na Netflix.

    Nota 4,5/5
    Assista ao trailer:
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  • Crítica | A Bolha – Comédia alfineta problemáticas da indústria cinematográfica mas é menos engraçada do que pretendia ser

    O filme A Bolha aborda, com muito humor, a situação de muitas produções cinematográficas realizadas em época de pandemia ao contar a história de um grupo de atores que foram contratados, durante o período pandêmico sem vacinas, para filmar a sequência de uma franquia de sucesso, enquanto estivessem confinados em um hotel, nomeado pelo produtor da produção como “A Bolha”. Mas o que parecia ser uma boa ideia se torna um verdadeiro caos, o que leva a equipe e os atores a se perguntar se é mesmo possível que o filme seja finalizado. A pergunta transcende o enredo do filme e chega ao telespectador que pode até se perguntar: esse filme foi finalizado?

    No material de divulgação da comédia A Bolha muitos se questionavam sobre o que seria o filme. Trechos de cenas com dinossauros e títulos evocando um provável sexto filme de uma franquia conhecida chamada Cliff Beasts eram veiculados e confundiam os telespectadores, que aguardavam um novo filme de dinossauros. Isso até confunde no início, levando-nos a questionar se essa franquia realmente existe. Mas, apesar do material promocional de trailers fictícios e de alguns posteres com o elenco, devo alertar: não existem! A franquia é fictícia, mas com inspirações bem conhecidas, já que o próximo filme da franquia real Jurassic Park demorou para ser finalizado pelas constantes paralizações nas filmagens em tempos de covid.

    O filme A Bolha aborda, com muito humor, a situação de muitas produções cinematográficas realizadas em época de pandemia ao contar a história de um grupo de atores que foram contratados, durante o período pandêmico sem vacinas, para filmar a sequência de uma franquia de sucesso, enquanto estivessem confinados em um hotel, nomeado pelo produtor da produção como "A Bolha". Mas o que parecia ser uma boa ideia se torna um verdadeiro caos, o que leva a equipe e os atores a se perguntar se é mesmo possível que o filme seja finalizado. Parece drama, mas o diretor Judd Apatow conseguiu tratar do assunto com muita leveza e humor, garantindo boas risadas.
    A Bolha | NETFLIX

    Ao utilizar o contexto pandêmico de fundo para apresentar a história, o ambiente, ou “A Bolha” como eles próprios definem passa a se tornar não apenas um ambiente de trabalho , mas uma espécie de Big Brother, acarretando problemas de convivência, conflitos de egos, condições abusivas de trabalho e constantes reclamações sobre o roteiro péssimo do novo filme. Esses assuntos sendo tratados com certos toques de ironia e humor nos faz refletir sobre a similaridade daquele ambiente com o ambiente de estúdios de gravação pelo mundo afora e essa sacada faz o filme ser considerado mais interessante do que diretamente engraçado. Embora tenha seus momentos de humor inseridos na narrativa de forma espaçada.

    O elenco é digno de blockbuster, característica comum dos últimos lançamentos da Netflix. Nomes como Pedro Pascal( The Mandalorian), Karen Gillan ( Guardiões da Galáxia/Doctor Who), Maria Balalova( Vencedora do Oscar de melhor atriz coadjuvante por Borat 2), David Duchovny( Arquivo X) são alguns dos destaques, mas conta também com participações de Daisy Ridley( Star Wars), Benedict Cumberbatch(Doctor Strange) e James McAvoy(Fragmentado). Podemos dizer que todos tem boletos a pagar, pois certamente não aceitariam fazer parte de um filme assim em circunstâncias normais. Ou talvez só quisessem se divertir. Certamente os bastidores foram divertidos para os atores, o que nem sempre resulta em um filme excelente.

    O filme A Bolha aborda, com muito humor, a situação de muitas produções cinematográficas realizadas em época de pandemia ao contar a história de um grupo de atores que foram contratados, durante o período pandêmico sem vacinas, para filmar a sequência de uma franquia de sucesso, enquanto estivessem confinados em um hotel, nomeado pelo produtor da produção como "A Bolha". Mas o que parecia ser uma boa ideia se torna um verdadeiro caos, o que leva a equipe e os atores a se perguntar se é mesmo possível que o filme seja finalizado. Parece drama, mas o diretor Judd Apatow conseguiu tratar do assunto com muita leveza e humor, garantindo boas risadas.
    A Bolha | NETFLIX

    Dente o elenco de estrelas, um dos que mais se destaca é Pedro Pascal e seu desvairado Dieter Bravo. É impressionante que o Pascal sempre consiga entender o papel quando lhe é dado, seja em uma comédia pastelão, seja em uma série spin off de Star Wars, seja como vilão de filme de super heroína. E em cada um deles ele consegue entregar tudo de si. No filme A Bolha ele mais uma vez deixa sua marca nas cenas mais absurdas possíveis. E ele sempre está ali, encarando aquilo como se fosse o papel da vida dele.

    Boas notícias para os temerosos com o futuro trabalho dele como Joel no filme live action do jogo The Last Of Us: não se preocupem, ele com certeza vai encarnar o papel como deve ser.

    O filme A Bolha aborda, com muito humor, a situação de muitas produções cinematográficas realizadas em época de pandemia ao contar a história de um grupo de atores que foram contratados, durante o período pandêmico sem vacinas, para filmar a sequência de uma franquia de sucesso, enquanto estivessem confinados em um hotel, nomeado pelo produtor da produção como "A Bolha". Mas o que parecia ser uma boa ideia se torna um verdadeiro caos, o que leva a equipe e os atores a se perguntar se é mesmo possível que o filme seja finalizado. Parece drama, mas o diretor Judd Apatow conseguiu tratar do assunto com muita leveza e humor, garantindo boas risadas.
    A Bolha | NETFLIX

    Entre os atores não tão conhecidos pelo público, o destaque é do ator Harry Trevaldwyn( Gunther), que no filme é o responsável por se certificar que todos que estivessem confinados n’ A Bolha estiverem seguros e em perfeito estado de saúde. Ele sozinho e complementando a atuação dos demais foi responsável por cenas cômicas memoráveis.

    Apesar da contextualização bem atual e das tiradas cômicas sarcásticas sobre diversos temas da indústria cultural, cinematográfica ou não, o filme é relativamente longo e poderia cortar metade de algumas cenas desnecessárias à continuidade da narrativa para que pudesse manter o telespectador interessado na história. Mas compensa os excessos fazendo piada de si mesmo e não se levando tão a sério. No final da história os personagens até comentam: um final bom às vezes compensa o meio do filme ser ruim. Sim, eles mesmos dizem isso. Admitiram o erro, mas entregaram o filme. Se a moda pegar, teremos discursos assim com muita frequência, não só em lançamentos de streamings mas em filmes de grandes estúdios.

    O filme A Bolha está disponível na Netflix.

    Nota 2/5
    Assista ao trailer:
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  • Crítica | Não Confie em Ninguém: A Caça ao rei da Criptomoeda – documentário sobre golpe envolvendo Bitcoins serve como alerta ao público

    “Não Confie em Ninguém : A Caça ao rei da Criptomoeda” é o novo documentário da Netflix que conta parte da trajetória de aparente sucesso do fundador de uma plataforma de Criptomoedas , chamado Gerry Cotten, ao mesmo tempo em que se utiliza de depoimentos de vítimas do golpe arquitetado por ele para revelar a investigação paralela em grupos de Telegram e entre profissionais da imprensa para desvendar sua suposta morte. O título já adianta parte do desfecho deste e de muitos casos envolvendo investidores afoitos em busca de lucro em um mercado de plena expansão e desconfiança como o mercado das criptomoedas. Nos telejornais como na vida real das vítimas de Gerry Cotten, o conselho é sempre o mesmo: Desconfie!

    O mercado de criptomoedas ainda é um assunto tratado com muita desconfiança pelo mercado financeiro e pelos investidores, sejam eles experientes ou amadores. E o novo documentário da Netflix ” Não Confie em Ninguém: A Caça ao rei da Criptomoeda” colabora com esta desconfiança contando aos telespectadores sobre um golpe arquitetado por um rapaz aparentemente prodígio na área das tecnologias que surpreendeu à todos com a sua solução inovadora de facilitar a movimentação de investimentos em Bitcoin, um tipo de criptomoedas.

    "Não Confie em Ninguém : A Caça ao rei da Criptomoeda" é o novo documentário da Netflix que conta parte da trajetória de aparente sucesso do fundador de uma plataforma de Criptomoedas , chamado Gerry Cotten, ao mesmo tempo em que se utiliza de depoimentos de vítimas do golpe arquitetado por ele para revelar a investigação paralela em grupos de Telegram e entre profissionais da imprensa para desvendar sua suposta morte. O título já adianta parte do desfecho deste e de muitos casos envolvendo investidores afoitos em busca de lucro em um mercado de plena expansão e desconfiança como o mercado das criptomoedas. Nos telejornais como na vida real das vítimas de Gerry Cotten, o conselho é sempre o mesmo: Desconfie!
    Não Confie em Ninguém: A Caça ao rei das Criptomoedas | NETFLIX

    O golpista em ascensão na época do boom das criptomoedas se chamava Gerry Cotten, jovem canadense recém formado em Administração que viu na nova descoberta uma chance de ganhar dinheiro. Só não deixou claro para os investidores que só ele ganharia. Com a promessa de lucro certo sem depender dos mandos e desmandos da economia e das taxas exorbitantes de bancos, as criptomoedas prometiam muito e Gerry resolveu converter alguns dólares para Bitcoin e ao perceber a alta cotação e valorização tratou de fundar uma empresa de corretagem que prometia ser um elo de soluções entre investidores e Criptomoedas. A empresa se chamou QuadrigaCX e em menos de cinco anos se tornou a maior bolsa de criptografia do Canadá.

    Mas, como esperado, em um mercado de rápida ascensão há consideráveis e repentinas chances de queda e a partir do momento em que as criptomoedas perdiam sua valorização, muitos investidores da QuadrigaCX buscaram uma forma de salvar seu dinheiro. Foi a partir daí que a credibilidade da empresa começou a diminuir pois as transações não completavam, deixando muitas pessoas furiosas com Cotten e sua empresa. Algumas dessas pessoas formam um quadro curioso e variado de interlocutores que colabora com a narrativa do documentário “Não Confie em Ninguém” ao contarem o maior golpe que já sofreram neste recente mercado de criptomoedas. A narrativa conta também com auxílio dos jornalistas que trabalharam nas reportagens sobre Gerry Cotten e a empresa Quadriga CX.

    "Não Confie em Ninguém : A Caça ao rei da Criptomoeda" é o novo documentário da Netflix que conta parte da trajetória de aparente sucesso do fundador de uma plataforma de Criptomoedas , chamado Gerry Cotten, ao mesmo tempo em que se utiliza de depoimentos de vítimas do golpe arquitetado por ele para revelar a investigação paralela em grupos de Telegram e entre profissionais da imprensa para desvendar sua suposta morte. O título já adianta parte do desfecho deste e de muitos casos envolvendo investidores afoitos em busca de lucro em um mercado de plena expansão e desconfiança como o mercado das criptomoedas. Nos telejornais como na vida real das vítimas de Gerry Cotten, o conselho é sempre o mesmo: Desconfie!
    Não Confie em Ninguém: A Caça ao rei das Criptomoedas | NETFLIX

    A investigação que é apresentada ao telespectador a partir deste primeiro erro percebido pelos investidores da empresa de Gerry é o que faz o documentário ser divertido de assistir. Não há qualquer oficialidade nas constatações de cada uma das vítimas do golpe da Quadriga CX, então qualquer nova informação é uma pista, qualquer nova descoberta é uma linha de raciocínio diferente em busca de resposta. De certa forma é até divertido traçar este caminho sob o olhar de cada um deles, levando em consideração o que sofreram de prejuízos financeiros ao acreditar em Garry Cotten.

    "Não Confie em Ninguém : A Caça ao rei da Criptomoeda" é o novo documentário da Netflix que conta parte da trajetória de aparente sucesso do fundador de uma plataforma de Criptomoedas , chamado Gerry Cotten, ao mesmo tempo em que se utiliza de depoimentos de vítimas do golpe arquitetado por ele para revelar a investigação paralela em grupos de Telegram e entre profissionais da imprensa para desvendar sua suposta morte. O título já adianta parte do desfecho deste e de muitos casos envolvendo investidores afoitos em busca de lucro em um mercado de plena expansão e desconfiança como o mercado das criptomoedas. Nos telejornais como na vida real das vítimas de Gerry Cotten, o conselho é sempre o mesmo: Desconfie!
    Não Confie em Ninguém: A Caça ao rei das Criptomoedas | NETFLIX

    E o meio que se comunicavam, através da plataforma Telegram, tão discutida nos últimos dias por ser considerada uma plataforma que até a última exigência da justiça, não respeitava leis dos países em que funciona é até um modo diferente de analisar o uso dessa plataforma em mobilizações em curso, seja para qual motivação for.

    No início percebemos o sentimento mútuo de solidariedade entre os integrantes do grupo de vítimas do golpe e laços de colaboração para tentar encontrar formas de desvendar mistérios, de condenar culpados. Mas a partir de um certo momento, chega o comportamento dos integrantes chega a se tornar bastante prejudicial por falta de limites. É mais um alerta de “Não Confie em Ninguém”: nem sempre o que você acredita ser verdade, é a verdade.

    "Não Confie em Ninguém : A Caça ao rei da Criptomoeda" é o novo documentário da Netflix que conta parte da trajetória de aparente sucesso do fundador de uma plataforma de Criptomoedas , chamado Gerry Cotten, ao mesmo tempo em que se utiliza de depoimentos de vítimas do golpe arquitetado por ele para revelar a investigação paralela em grupos de Telegram e entre profissionais da imprensa para desvendar sua suposta morte. O título já adianta parte do desfecho deste e de muitos casos envolvendo investidores afoitos em busca de lucro em um mercado de plena expansão e desconfiança como o mercado das criptomoedas. Nos telejornais como na vida real das vítimas de Gerry Cotten, o conselho é sempre o mesmo: Desconfie!
    Não Confie em Ninguém: A Caça ao rei das Criptomoedas | NETFLIX

    De uma forma geral o documentário ” Não Confie em Ninguém: A Caça ao rei da Criptomoeda” é importante não só como um relato sobre um golpe que já aconteceu no Canadá e teve um desfecho nada esperado por suas vítimas, mas também como um alerta para as pessoas não confiarem em qualquer proposta lucrativa que encontrarem por aí. No Canadá como no Brasil, os casos de golpes financeiros não só são frequentes como diários. Uma produção assim, ainda que fale de um mercado específico, ajuda a conscientizar sobre o nível de desconfianças que devemos ter ao tratar de dinheiro. Utilidade Pública das melhores. Ponto para a Netflix.

    “Não Confie em Ninguém: A Caça ao rei da Criptomoeda” está disponível na Netflix.

    Nota: 5/5
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    Critica | Morbius – Definitivamente um dos filmes já feito

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  • Crítica | Animais Fantásticos: Os Segredos de Dumbledore

    Crítica | Animais Fantásticos: Os Segredos de Dumbledore

    Terceiro filme da franquia Animais Fantásticos apresenta novas histórias, um universo ainda mais expandido e novos animais incrivelmente fofos

    A franquia Animais Fantásticos é detestada por poucos e amada por muitos, mas não é segredo que ela consegue se consolidar apenas por trazer uma nostalgia ao público, principalmente em momentos em que a trilha sonora lembra Harry Potter  e Hogwarts aparece. Em seu terceiro filme Animais Fantásticos : Os Segredos de Dumbledore, vemos um mundo bruxo novo, e entramos cada vez mais no cotidiano deles que, antigamente, havíamos conhecido somente na escola.

    Animais Fantásticos: Os Segredos de Dumbledore acompanha o professor Alvo Dumbledore (Jude Law) contra o poderoso mago das trevas Gellert Grindelwald (Mads Mikkelsen), que está se movimentando para assumir o controle do mundo mágico. Incapaz de detê-lo sozinho, ele pede para que Newt Scamander (Eddie Redmayne) lidere uma intrépida equipe de bruxos e um corajoso padeiro trouxa em uma missão perigosa. Na nova aventura, eles encontram velhos e novos animais e entram em conflito com a crescente legião de seguidores de Grindelwald.

    Animais Fantásticos: Os Segredos de Dumbledore
    Animais Fantásticos: Os Segredos de Dumbledore | Divulgação

    Com um tom um pouco mais maduro do que os filmes anteriores, Os Segredos de Dumbledore finalmente aborda, de forma simples mas profunda, o amor entre Dumbledore e Grindelwald. De resto, a trama que se alonga mais do que o suficiente, não consegue encontrar um outro ponto que seja tão interessante quando explorar a relação dos dois grandes bruxos. Os segredos mesmo de Dumbledore ficaram em segundo plano.

    Porém, apesar da história parecer fraca num primeiro momento, principalmente pelo roteiro nada hollywoodiano de JK Rowling, o filme não se torna ruim. Os momentos em que entramos no mundo mágico e descobrimos mais sobre o cotidiano das pessoas que estão fora de Hogwarts são um verdadeiro prato cheio para quem acompanha o universo de Harry Potter.

    Além do mais, as partes nostálgicas do filme onde o castelo de Hogwarts aparece, e a trilha sonora da o tom de que estamos vendo algo relacionado ao Harry Potter, são realmente sensacionais, de arrepiar.

    Animais Fantásticos: Os Segredos de Dumbledore
    Animais Fantásticos: Os Segredos de Dumbledore | Divulgação

    Um filme da franquia de Animais Fantásticos não poderia deixar de ter: animais realmente fantásticos! Os animais, como sempre, deram um show a parte. São criaturas extremamente carismáticas, muito bem feitas e que preenchem -muito bem- com o seu tempo de tela.

    Um outro ponto que eu considero bom em Os Segredos de Dumbledore é a forma como, mesmo tendo protagonistas, o filme procura dar um tempo de tela necessário para cada personagem se desenvolver e apresentar, de forma clara, a sua história. Isso acontece quando conhecemos mais a fundo a família Dumbledore.

    No mais, Animais Fantásticos: Os Segredos de Dumbledore continua sendo um filme de encher os olhos, não se esperava menos de algo vindo do universo de HP. Mas, em relação ao roteiro, a história poderia ter sido bem mais desenvolvida, sem tantos momentos de piadas fora de hora e cenas longas, mas não deixa de ser um bom filme.

    Animais Fantásticos: Os Segredos de Dumbledore estreia dia 14 de abril nos cinemas brasileiros.

    Nota: 3,5/5

    Assista ao trailer:

  • Critica | Morbius – Definitivamente um dos filmes já feito

    Critica | Morbius – Definitivamente um dos filmes já feito

    O novo longa do Aranhaverso da Sony Pictures, Morbius, estrelado por Jared Leto, o filme que acabou sendo adiado diversas vezes, finalmente chega aos cinemas na próxima quinta (31/03).

    Na trama do filme, o ator vencedor do Oscar, Jared Leto vive o Dr. Michael Morbius, um bioquímico que se transforma em vampiro durante um experimento em que tentava curar uma doença sanguínea. O longa é a nova aposta da Sony para seu universo cinematográfico de vilões do Homem-Aranha.

    Critica - Morbius | Definitivamente um filme já feito
    Foto: Morbius | Sony Pitcures

    A Sony vem tentado embarcar esse universo há um bom tempo, tudo começou lá em 2014, quando O Espetacular Homem-Aranha 2: A Ameaça de Electro estreava. Desde o lançamento, era clara a tentativa de emplacar um filme em que o Amigão da Vizinhança iria enfrentar o tão falado Sexteto Sinistro, infelizmente com o cancelamento da continuação, e o acordo com a Marvel esse projeto foi cancelado. Ou pelo menos engavetado.

    Dessa forma, tivemos o lançamento e sucesso de bilheteria do primeiro Venom, mesmo que a critica ainda tenha sido bem contraditória a isso, o filme do simbionte garantiu logo sua sequencia, Tempo de Carnificina. Que também rendeu uma ótima bilheteria.

    Sendo assim, era a hora de continuar a empreitada de trazer mais vilões para esse universo, e assim criar uma ligação para junta-los em algum momento do futuro. Ou pelo menos, era o que parecia.

    Morbius tem um grande problema, na verdade tem vários, mas o principal é: o filme não sabe qual história ele quer contar. O longa mira em algumas direções, é uma história de origem, um filme de ação e em alguns momentos tenta ser um terror. O problema é que ele não consegue acertar em nenhum desses pontos.

    Critica - Morbius | Definitivamente um filme já feito
    Foto: Morbius | Sony Pictures

    Dito isso, o longa peca muito em seu ritmo, prolongando demais a origem do vampiro em um Jared Leto que se leva muito a sério. O ator que é um dos meus preferidos da atualidade, tenta dar camadas ao seu personagem, mas o roteiro não ajuda. Levando o personagem a lugar nenhum.

    Outra coisa que é muito perceptível é como o filme aparenta ser produto de umas duas décadas passadas, como se fosse um filme do final dos anos 90 e inicio de 2000. Mesclando uma trama desinteressante, com uma edição confusa e um CGI ruim o filme acaba se tornando sem sentido. Você se pega pensando, aonde eles querem chegar diversas vezes.

    Sem falar no desperdício de atores, Adria Arjona interpreta a Dra. Martine, parceira de Michael e interesse amoroso. Jared Harris interpreta Emil Nikos e Tyrese Gibson dando vida ao Agente Simon Stroud. Os três personagens tem algo em comum, eles são desnecessários no enredo. Todos os três aparentam ter algo a ser mostrado no filme, porém, são deixados de lado, um deles com a promessa de ser importante para uma possível sequencia.

    Mas por incrível que parece a melhor coisa do filme é Matt Smith, no momento em que introduzem seu personagem na trama o filme fica bem mais divertido de assistir. Isso porque o ator se entregou a galhofa, você se diverte assistindo ele se divertir no papel. Definitivamente, ele é o melhor atrativo do longa.

    Morbius realmente aparenta ser um filme lançado fora de sua época, infelizmente o longa acaba se tornando desinteressante. Sinto que Michael é aquele personagem que em um filme de equipe, em cinco minutos que explicassem a história dele o publico já entenderia e compraria a ideia, não era realmente necessário um filme origem do personagem.

    Claramente a intenção da Sony, é conectar esses filmes para os vermos juntos em próximos longas, contudo após as duas cenas pós créditos, fica difícil de entender qual caminho eles querem levar.

    NOTA: 2/5

  • Crítica | Bridgerton – Segunda temporada chega à Netflix com algumas polêmicas

    Estreia da aguardada segunda temporada de Bridgerton encanta muitos, porém gera polêmica e discussões entre os fãs

    Começou mais uma temporada de bailes e noivados! Na última sexta-feira (25) estreou a tão aguardada segunda temporada do sucesso “Bridgerton”. Para quem não sabe, a série é baseada em uma coletânea de livros que contam a história da família Bridgerton, formada por Violet e seus oito filhos. Eles são uma família aristocrata inglesa e, a cada história, acompanhamos os bailes, as debutantes e os noivados que surgem ao longo da temporada.

    Nesta temporada, é a vez de Anthony Bridgerton, o Visconde e primogênito da família, escolher sua noiva, enquanto sua irmã Eloise debuta. Acontece que Eloise despreza esse mundo, não quer debutar nem arrumar um noivo, então se esquiva de todas as formas que pode. Mas ela ainda se surpreenderia muito (em vários sentidos) enquanto tenta desvendar quem é a famosa Lady Whistledown.

    Anthony é um homem fechado, que pode parecer (e às vezes é) arrogante e machista. Mas a história explica: ele estava com o pai quando este faleceu inesperadamente, e ele acompanhou todo o luto por qual sua mãe passou. Por esse motivo, prometeu nunca se casar por amor. Dessa forma, acompanhamos a mudança do personagem, que aprendeu valiosas lições sobre amor e família.

    CRÍTICA | Bridgerton - Segunda temporada chega à Netflix com algumas polêmicas
    Bridgerton | Netflix

    Na atual temporada de bailes há uma família que é a novidade do momento: as Sharma. Composta pela matriarca e pelas irmãs, Kate e Edwina, elas ficam sob a proteção da já conhecida Lady Danbury enquanto tentam fazer com que Edwina consiga um bom noivado. Acontece que esta não será tarefa fácil, já que o pretendente de Edwina deve atender às exigências de Kate.

    Enquanto os bailes acontecem, todos aguardam que a rainha finalmente escolha “o diamante”, a moça que será destaque e, consequentemente, objeto dos melhores cortejos. A rainha tem grande destaque nesta temporada também. Vemos um lado mais humano, além de suas tentativas de demonstrar poder ao tentar acabar de uma vez por todas com a Lady Whistledown.

    Na segunda temporada de Bridgerton, a família Featherington também ganha grande destaque. Após vermos ainda muita futilidade vindo da maioria das mulheres da família, a matriarca acaba por surpreender e mostra o que é ser mãe, ao tentar de várias formas sustentar a família após o falecimento de seu marido (fim da primeira temporada).

    CRÍTICA | Bridgerton - Segunda temporada chega à Netflix com algumas polêmicas
    Bridgerton | Netflix

    Kate e Anthony se estranharam desde que se conheceram. No entanto, quando Edwina passa a despertar o interesse dos jovens, ele decide que esta será sua noiva. Kate não suporta a ideia, pois faz questão que a irmã se case por amor e sabe que Anthony não poderá dar à menina o futuro que ela merece.

    Em uma época de casamentos por conveniência, será um casamento por amor algo impossível? Será que Kate é exigente demais ou ela estava certa no fim das contas?

    CRÍTICA | Bridgerton - Segunda temporada chega à Netflix com algumas polêmicas
    Bridgerton | Netflix

    Nesse ponto pode conter pequenos spoilers junto com a crítica! 

    Bom, se você não leu os livros, provavelmente vai ter uma ideia errada da Kate, o que é lamentável, pois é uma ótima personagem que não foi muito bem trabalhada na série. No livro não rola aquilo de uma irmã “roubando” o marido da outra, a Edwina nunca foi apaixonada pelo Anthony e eles jamais chegam a noivar. Mas como colocaram na série pareceu uma traição… Estragaram a relação entre as irmãs.

    Fora que a famosa cena da abelha que acontece nos livros era alvo das maiores expectativas dos fãs, principalmente pelo o que se desenrola dela. E simplesmente nada acontece na série! Realmente era um marco nesta história.

    Quanto à Lady Whistledown/Penélope, acho que podemos esperar uma boa reviravolta para a próxima temporada!

    CRÍTICA | Bridgerton - Segunda temporada chega à Netflix com algumas polêmicas
    Bridgerton | Netflix

    Por fim, o casal (Kathony) tem muita química e isso fica evidente desde o início. Mas o jeito como fizeram eles se aproximarem na série chegou a ser desconfortável às vezes. Em suma, é uma boa continuação para a primeira temporada, mas não é uma adaptação tão boa assim para os fãs da história.

    Ah! A fotografia e as músicas continuam impecáveis, assim como na temporada passada. Desta vez, podemos ver músicas de Mandonna, Rihanna, Alanis Morissette, P!nk, Miley Cyrus, dentre outras bem famosas!

    Nota: 3,5/5

    Assista ao trailer:

    https://www.youtube.com/watch?v=SEBUt-BjGf8&ab_channel=NetflixBrasil

    E você, gosta de Bridgerton? Já leu os livros ou é fã só da série? Gostou da temporada atual? Até breve 😉

    Veja também: Crítica| O Projeto Adam- Novo filme da Netflix emociona e brinca com referências

  • Crítica | Infiltrado – Um filme de ação previsível mas eficaz

    Já disponível na Amazon Prime Vídeo, Infiltrado traz Jason Statham fazendo novamente o mesmo papel que costuma fazer sempre: O cara nervoso que bate em todos e no final triunfa; Porém dessa vez de uma maneira muito bem feita, graças ao roteiro e ao trabalho excepcional do diretor Guy Ritchie.

    Filmes com Jason Statham costumam ter uma premissa básica: Um cara britânico e elegante de poucas palavras, que apanha bastante em dois terços do filme e no final surra todo mundo, mata os bandidos, faz algumas piadinhas e sai com a mocinha.
    Eu não falo isso como se fosse uma coisa ruim, é algo que ele faz muito bem inclusive. É um clássico caso de atores que quase sempre fazem o mesmo papel, tem praticamente a mesma premissa e etc.

    Porém dessa vez, o diretor Guy Ritchie, diretor de filmes muito bem consagrados como Sherlock Holmes 1 e 2, consegue fazer algo diferente com uma premissa muito previsível: Traz uma trama envolvente e com certos momentos que realmente ficamos na ponta da cadeira, mesmo sendo em mais um filme de ação\assalto que teria tudo para ser apenas mais um exemplo genérico dessas obras.
    O diretor consegue pegar uma história com um roteiro relativamente simples e fazer algo muito bem feito, com sub-tramas interessantes, alguns mistérios no ar, personagens carismáticos e usando o recurso dos ”FLASH-FORWARDS” de uma maneira primordial.

    O Infiltrado
    Infiltrado | Imagem Filmes

    O filme tem seus problemas, como alguns personagens caricatos demais e com a história em si sendo um pouco previsível, porém os acertos compensam esses pequenos deslizes.
    A direção mantém a história com um bom ritmo, começando de uma maneira mais leve contando com calma todos os detalhes e apresentando os personagens de uma maneira orgânica, com muita calma e aos poucos vai indo mais a fundo para mostrar o verdadeiro motivo de todo o plot.

    O elenco se sai bem: Josh Hartnett, Holt McCallany, Jeffrey Donovan e Eddie Marsan entregam bons personagens, porém o personagem de Scott Eastwood, é realmente bem forçado e caricato, fazendo com que fique um abismo entre ele e o restante do elenco.
    Jason Statham está fazendo o que faz de melhor: Ser Jason Statham em um filme de ação, com ótimas cenas de combate e tiroteio.
    O restante do elenco mantém um trabalho razoável, sem muitos destaques ou pontos negativos que destoem do filme como um todo.

    Infiltrado
    Infiltrado | Imagem Filmes

    O roteiro do filme faz a diferença ao contar uma história que a princípio é básica, mas mostrando os vários pontos de vista dos personagens: Do protagonista, da empresa, dos vilões e mais alguns. A motivação do protagonista também é justa e compreensível, porém temos que nos deixar levar pela fada das coincidências em alguns momentos, nada que atrapalhe a experiência.

    O motivo dos ”vilões” do filme também é bem compreensível, não são pessoas más que fazem coisas ruins apenas pelo prazer disso, pelo contrário: Eles possuem famílias e motivos realmente interessantes que fazem com que a gente compre a ideia do porque fazem aquilo, e é nesse ponto que eu volto a bater na tecla Scott Eastwood, que faz um personagem extremamente caricato e que destoa demais do restante de seu grupo, mas enfim, alguém tem que ser o vilão em um filme de ação do Jason Statham.

    Finalizando, é um filme de ação e assalto previsível com personagens caricatos, porém vale a pena dar uma olhada pois a história é extremamente bem conduzida e muito bem contada, fazendo com que o público consiga ficar preso na história e querer saber o desfecho final, mesmo já tendo uma ideia do que vai acontecer.
    É um ótimo exemplo de que as vezes não é a história em si, mas o JEITO que ela é contada que faz toda a diferença.

    NOTA 3,5/5

    Assista ao trailer:

    Infiltrado | Amazon Prime Vídeo

  • Crítica | Alemão 2 traz a realidade de uma guerra interna que não tem fim

    Crítica | Alemão 2 traz a realidade de uma guerra interna que não tem fim

    Retratando a marginalização e violência nas comunidades do Rio de Janeiro, Alemão 2 estampa a guerra que acontece debaixo dos nossos narizes onde, a grande parte das vítimas, são moradores que só querem um dia de paz 

    Que uma guerra acontece há anos dentro de um dos maiores morros do Rio de Janeiro, isso já não é novidade para ninguém. Quantas vezes assistimos aos jornais toda a ocupação feita pela polícia, operações e trocas de tiro com traficantes? Será que realmente entendemos o que se passa lá dentro? Alemão 2, segundo filme sobre o morro feito por José Eduardo Belmonte mostra a realidade assistida de dentro, os principais causadores e, infelizmente, as principais vítimas.

    A trama acompanha os policiais em uma operação no Complexo do Alemão, com o objetivo de prender o dono do morro, Soldado (Digão Ribeiro), que anos atrás conseguiu escapar de uma operação liderada por Machado (Vladimir Brichta). Com a novata Freitas (Leandra Leal) e o cabeça quente Ciro (Gabriel Leone), Machado terá que lidar com os imprevistos e com um inimigo oculto para conseguir fazer com que as buscas pelo chefe do crime seja o mais limpo possível.

    Alemão 2
    Alemão 2 | Divulgação

    O roteiro do segundo filme, diferente do primeiro, trouxe diversos momentos de reflexão sobre as verdadeiras vítimas dessas operações, os principais responsáveis pelo derramamento de sangue, as burocracias e políticas que não investem o suficiente para defender a população e, em grande momento do longa, apresenta o lado psicológico -extremamente afetado e problemático- dos policiais, onde muitos não estão preparados para enfrentar e lidar com a rotina e pressão oferecidas pelo cargo.

    Apesar de não ter sido gravado de dentro do morro, como foi no primeiro, Alemão 2 conseguiu trazer para a tela a sensação de estarmos dentro da comunidade, além de mostrar a dificuldade dos polícias em operar lá dentro, por conta das vielas e lugares de difícil acesso. Isso também dificulta na hora de prestar algum socorro. Mais um item a ser refletido após a reprodução.

    Alemão 2
    Alemão 2 | Divulgação

    Alemão 2 dá gatilho para a exploração de diversos assuntos, que podem ser desenvolvidos em outras produções. O envolvimento policial com o tráfico e a questão mais aprofundada do “o que leva a pessoa a entrar na vida do crime” são ótimos pontos a serem tocados nos próximos filmes de José Eduardo Belmonte.

    Por fim, Alemão 2 é um tapa na cara vindo diretamente da realidade que, por muitas vezes parecer distante da nossa, uma hora acaba nos afetando de alguma maneira. Produções que contam a história da triste realidade que muitos brasileiros vivem são muito bem vindas, mesmo que sejam feitas como forma de protesto político ou documentário. Alemão 2 é um ótimo filme, com bons atores e a ação necessária.

    Alemão 2 estreia dia 31 de março nos cinemas.

    Nota: 5/5

    Assista ao trailer:

  • Crítica | Amor, Sublime Amor – remake de Spielberg valoriza representatividade e apresenta musical de 1957 para novas gerações

    Ao escolher “reimaginar” o musical Amor, Sublime Amor( West Side Story), Steven Spielberg trouxe para si e para sua equipe a responsabilidade de honrar uma história contada na Broadway em 1957 e nas telonas em 1961, história essa livremente adaptada de um clássico Shakesperiano: Romeu e Julieta. E o diretor fez o que melhor sabe fazer, encantando a todos com o seu cuidado com o material original, sua preocupação em escolher atores e cantores nascidos em Porto Rico para que a representatividade de personagens porto-riquenhos não se mostrasse caricata e claro: deu ao musical o toque Spielberg, o toque de midas que encanta o público que ele deseja atingir.

    Parte do elenco e até o próprio diretor comentam sobre essa “reimaginação” do diretor sobre o material que já existia sobre a história de Amor, Sublime Amor. Ele poderia simplesmente seguir o script e fazer da mesma forma que há anos atrás, só inserindo seu jeito de pensar a história. Mas Spielberg fez mudanças fundamentais para a melhora do filme e até alterou a locação de certos trechos memoráveis do filme anterior, fazendo com que as cenas se tornassem mais reais, mais ricas em conteúdo e imersão.

    Ao escolher "reimaginar" o musical Amor, Sublime Amor( West Side Story), Steven Spielberg trouxe para si e para sua equipe a responsabilidade de honrar uma história contada na Broadway em 1957 e nas telonas em 1961, história essa livremente adaptada de um clássico Shakesperiano: Romeu e Julieta.  E o diretor fez o que melhor sabe fazer, encantando a todos com o seu cuidado com o material original, sua preocupação em escolher atores e cantores nascidos em Porto Rico para que a representatividade de personagens porto-riquenhos não se mostrasse caricata e claro: deu ao musical o toque Spielberg, o toque de midas que encanta o público que ele deseja atingir.
    Amor, Sublime Amor |20th Century Studios

    Em alguns momentos parece até que, com o reconhecimento por sua carreira consolidada como grande diretor detentor de muitos prêmios e com filmes inesquecíveis no currículo, Spielberg conseguira fechar parte de Nova York e fazê-la voltar no tempo para que os atores e os figurinos estivessem inseridos da forma mais natural possível no contexto da história. Esse cuidado é percebido em cenas como a que Anita sai cantando as vantagens de estar onde está, na conhecida canção America, que no filme de 1961 é cantada no terraço de um prédio e no filme de Spielberg é cantada e dançada por uma multidão, nas ruas de uma Nova York em seus tempos antigos em meados do ano de 1950.

    Outras mudanças neste novo Amor, Sublime Amor estão nos detalhes. As falas em espanhol não são legendadas, fazendo com que o telespectador sinta o que é viver em um contexto bilíngue. Claro que são falas curtas e de fácil entendimento se formos nos basear na ligeira semelhança entre algumas palavras em português e em espanhol.

    Ao escolher "reimaginar" o musical Amor, Sublime Amor( West Side Story), Steven Spielberg trouxe para si e para sua equipe a responsabilidade de honrar uma história contada na Broadway em 1957 e nas telonas em 1961, história essa livremente adaptada de um clássico Shakesperiano: Romeu e Julieta.  E o diretor fez o que melhor sabe fazer, encantando a todos com o seu cuidado com o material original, sua preocupação em escolher atores e cantores nascidos em Porto Rico para que a representatividade de personagens porto-riquenhos não se mostrasse caricata e claro: deu ao musical o toque Spielberg, o toque de midas que encanta o público que ele deseja atingir.
    Amor, Sublime Amor |20th Century Studios

    A escolha do elenco principal foi maravilhosa, assim como a escolha dos coadjuvantes. Com destaques como a escolha de Ariana DeBose como a memorável personagem Anita, papel que já lhe rendeu alguns importantes prêmios como Globo de Ouro, o BAFTA, o Critics’ Choice o SAG e o prêmio do Sindicato dos Atores. DeBose está concorrendo ao prêmio de Melhor Atriz Coadjuvante por sua Anita em Amor, Sublime Amor e tem chances altíssimas de levar a premiação.

    Tão memorável quanto Ariana é a atriz Rita Moreno, a que primeiro interpretou a personagem Anita na versão de 1961 de Amor, Sublime Amor. Rita venceu o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante por sua Anita e o diretor Steven Spielberg quis também homenageá-la criando um personagem para ela nesta nova versão do filme que lhe trouxe tantas alegrias. Agora, a atriz interpreta Valentina, viúva de Doc, um personagem que apareceu na primeira versão do filme. Apesar das poucas cenas em que é inserida, Rita Moreno encantou mais uma vez provando que continua sendo uma maravilhosa atriz. A emoção de participar desta releitura é até perceptível, mesmo que ela atue bem e consiga mascarar inserindo a emoção na sua participação na história.

    Ao escolher "reimaginar" o musical Amor, Sublime Amor( West Side Story), Steven Spielberg trouxe para si e para sua equipe a responsabilidade de honrar uma história contada na Broadway em 1957 e nas telonas em 1961, história essa livremente adaptada de um clássico Shakesperiano: Romeu e Julieta.  E o diretor fez o que melhor sabe fazer, encantando a todos com o seu cuidado com o material original, sua preocupação em escolher atores e cantores nascidos em Porto Rico para que a representatividade de personagens porto-riquenhos não se mostrasse caricata e claro: deu ao musical o toque Spielberg, o toque de midas que encanta o público que ele deseja atingir.
    Amor, Sublime Amor |20th Century Studios

    Outros acertos técnicos do elenco estão, claro, nos protagonistas. Não tanto a ponto de terem suas atuações reconhecidas em premiações mas pelo fato de serem promissores sucessos em musicais, já que é só o primeiro que participam. Rachel Zegler interpreta uma Maria insossa, mas com forte potência vocal e com a graça necessária para dar ao número “I Feel Pretty” uma releitura pomposa. Ansel Elgort , com seu Tony, provou que sabe cantar e dançar( ainda que de forma meio desengonçada) o que pode lhe render futuros papéis em musicais.

    O talento completo do combo atuação, dança e canto em “Amor, Sublime Amor” ficou com o grupo de atores que fizeram parte do grupo dos desordeiros nomeados como Jets. A cena deles na delegacia entoando em coro a música “Gee, Officer Krupke” faz o telespectador até esquecer que eles devem ser recriminados ao invés de admirados. O integrante dos Shaks, Bernardo ( interpretado pelo ator David Alvarez) também merece todos os elogios. A química entre ele a a atriz Ariana DeBose trouxe cenas maravilhosas entre Anita e Bernardo.

    Ao escolher "reimaginar" o musical Amor, Sublime Amor( West Side Story), Steven Spielberg trouxe para si e para sua equipe a responsabilidade de honrar uma história contada na Broadway em 1957 e nas telonas em 1961, história essa livremente adaptada de um clássico Shakesperiano: Romeu e Julieta.  E o diretor fez o que melhor sabe fazer, encantando a todos com o seu cuidado com o material original, sua preocupação em escolher atores e cantores nascidos em Porto Rico para que a representatividade de personagens porto-riquenhos não se mostrasse caricata e claro: deu ao musical o toque Spielberg, o toque de midas que encanta o público que ele deseja atingir.
    Amor, Sublime Amor |20th Century Studios

    “Amor, Sublime Amor” é uma história atemporal que trata de paixões e amores avassaladores ao mesmo tempo em que retrata o péssimo e condenável hábito dos seres humanos em reagir ao que lhes é diferente com ações e comportamentos preconceituosos e hostis. Temas tão atuais que, se for feito um futuro remake nos próximos 60 anos, ainda estaremos tratando das mesmas situações e dos mesmo tipos de conflito. A luz que Spielberg tenta mostrar, além da clara homenagem aos que construíram esse enredo ainda em formato de musical da Broadway, é bem óbvia: o amor tem a força de superar todo tipo de hostilidade, ódio e diferenças.

    O filme foi indicado ao Oscar 2022 pelas categorias de Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Direção de Arte, Melhor Figurino, Melhor Fotografia, Melhor Mixagem de Som e Melhor Atriz Coadjuvante.

    Amor Sublime Amor já está disponível na plataforma de streaming Disney Plus, que conta também um pouco dos bastidores do remake de Spielberg no especial “Something’s coming: West Side Story 2020“, também disponível na plataforma.

    Nota: 4,5/5
    Assista ao trailer:
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    Crítica | Doze é Demais (2022) – Remake inova nas problemáticas de enredo, mas veio cedo demais

  • Crítica | Doze é Demais (2022) – Remake inova nas problemáticas de enredo, mas veio cedo demais

    Remake de um filme muito conhecido do público, o novo Doze é Demais, lançamento da plataforma Disney Plus até tenta inovar inserindo problemáticas de preconceito racial, novas configurações de família e novas formas de lidar com a educação de crianças e jovens, juntos em uma mesma casa. Mas, apesar do carisma inegável do novo elenco, o remake não tem o mesmo brilho e a mesma graça dos filmes antecessores e acaba se mostrando desnecessário.

    A responsabilidade de fazer um remake de um filme tão querido pelo público era enorme. Apesar dos dois filmes da franquia Doze é Demais terem sido lançados há mais de 15 anos, o filme é tão conhecido e aclamado que até hoje gera vídeos em trends de antes e depois em aplicativos, com parte do elenco brincando de relembrar seus famosos papéis como integrantes da divertida família Baker.

    Remake de um filme muito conhecido do público, o novo Doze é Demais,  lançamento da plataforma Disney Plus até tenta inovar  inserindo problemáticas de preconceito racial, novas configurações de família e novas formas de lidar com a educação de crianças e jovens, juntos em uma mesma casa. Mas, apesar do carisma inegável do novo elenco, o remake não tem o mesmo brilho e a mesma graça dos filmes antecessores e acaba se mostrando desnecessário.
    Doze é Demais ( 2022) | Disney Plus

    Como atualizar um filme considerado como preferido na lista de tanta gente sem gerar comparações? Sem desmerecer o esforço do elenco atual? A nova direção e o novo elenco até tentaram, mas em comparação com as produções antigas, o enredo e o desenvolvimento dos personagens ficou um pouco inferior e as problemáticas inseridas não são tão bem trabalhadas e tudo acaba se resolvendo de forma muito fácil, quase que desmerecendo a importância do assunto em si.

    O ambiente familiar fica mais dinâmico pois nesta nova história a família Baker é uma somatória de filhos só do pai Paul Baker(Zack Braff), filhos só da mãe Zoey Baker(Gabrielle Union), filhos do casal, primo paterno, e ex esposa Kate ( Erika Christensen) e ex marido Dom Clayton (Timon Kyle Durrett) do casal principal. E apesar dessa somatória ser bastante construtiva, eles não conseguem definir muito bem o papel de cada um e são raras as cenas memoráveis e engraçadas entre os integrantes da família, marcas registradas da família Baker que fizeram tanto sucesso nos filmes de Doze é Demais (2003) e Doze é demais 2 (2005).

    Remake de um filme muito conhecido do público, o novo Doze é Demais,  lançamento da plataforma Disney Plus até tenta inovar  inserindo problemáticas de preconceito racial, novas configurações de família e novas formas de lidar com a educação de crianças e jovens, juntos em uma mesma casa. Mas, apesar do carisma inegável do novo elenco, o remake não tem o mesmo brilho e a mesma graça dos filmes antecessores e acaba se mostrando desnecessário.
    Doze é Demais (2022) | Disney Plus

    Os atores que fazem os filhos dão um show de carisma e simpatia, mas até eles tem poucas chances de desenvolverem seus personagens. E chega a ser até injusto sempre ficar comparando os ” Doze é Demais” de antigamente com o remake, mas é difícil analisar individualmente porque certas situações se repetem: conflitos sobre quem tem que cuidar da casa enquanto o outro precisa cuidar do sustento da família, a questão do enriquecimento que promove uma maior comodidade para a família mas também traz apreensão entre os filhos e agora também a mãe por não se “encaixarem”. Situações parecidas, soluções parecidas, finais parecidos. Para que um remake, então?

    O que a maioria das pessoas não sabe é que o livro ” Cheaper by the dozen” escrito pelos irmãos Ernestine Gilbreth e Frank B. Gilbreth Jr. e lançado no ano de 1948 já teve bem mais do que as três adaptações cinematográficas da Disney. Há uma adaptação em filme com o nome original do livro e nome brasileiro traduzido como O Papai Batuta, que foi lançado no ano de 1950. E há até adaptações da continuação do livro de Ernestine e Frank, com o nome original de Belles on Their Toes, título traduzido como A família do gênio, filme lançado em 1952. Ou seja: até os mais conhecidos filmes “Doze é Demais” são remakes de uma história já contada há mais de 70 anos.

    Remake de um filme muito conhecido do público, o novo Doze é Demais,  lançamento da plataforma Disney Plus até tenta inovar  inserindo problemáticas de preconceito racial, novas configurações de família e novas formas de lidar com a educação de crianças e jovens, juntos em uma mesma casa. Mas, apesar do carisma inegável do novo elenco, o remake não tem o mesmo brilho e a mesma graça dos filmes antecessores e acaba se mostrando desnecessário.
    Doze é Demais (2022) | Disney Plus

    Então qual foi o problema do mais recente remake de uma história tão reproduzida pelo cinema? O fato de ter sido feito cedo demais a ponto de não esquecermos completamente dos antigos filmes e a tendência em repetir a história sem se preocupar em cativar de forma única, posto que passou muito superficialmente pelos lugares e narrativas onde deveria ter investido. Esse erros, se não existissem, dariam um motivo para a nova história da família Baker ser valorizada como única e distinta da família que já conhecíamos.

    Mas sejamos justos, se o público mais novo conhecer a história por esta nova família sem a referência dos filmes antigos, conseguirá se encantar. Talvez o que vicie o novo filme seja essa película de proteção que costumamos criar ao redor de nossos filmes preferidos a ponto de se tornarem intocáveis a qualquer reformulação ou remake. Isso só os novos telespectadores poderão dizer.

    O remake de Doze é Demais já está disponível na plataforma de streaming Disney Plus.

    Nota: 2/5

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  • Crítica | 3 Toneladas: Assalto ao Banco Central – documentário da Netflix detalha como foi o furto mais audacioso do Brasil

    O documentário 3 Toneladas- Assalto ao Banco Central é mais um lançamento da Netflix do gênero ” true crime” baseado em um crime real que movimentou os noticiários e a polícia brasileira no ano de 2005 e nos meses seguintes ao acontecimento. Através de um túnel, ladrões invadiram o cofre do Banco Central do Brasil localizado em Fortaleza, no Ceará, e roubaram mais de 160 milhões de reais. Com depoimentos inéditos, inclusive de alguns integrantes do grupo de ladrões, esta série documental detalha como foi o assalto histórico , bem como os passos da polícia a desvendá-lo e mostra as consequências reais de um furto cinematográfico.

    A plataforma de streaming Netflix já conta com variados títulos próprios de produções baseadas em crimes reais, a grande maioria em forma de documentários. Esse gênero instiga variadas discussões e atrai muitos telespectadores, alguns que já são fãs do gênero e outros por se mostrarem interessados por alguns crimes em específico.

    O furto ao Banco Central de Fortaleza, mostrado no Documentário 3 Toneladas pode ser considerado um acontecimento digno de atenção e da repercussão tanto na época, como agora quando o documentário está disponível aos telespectadores por duas razões: os moldes do crime se assemelham bastante ao enredo de uma famosa série da Netflix chamada La Casa de Papel e o fato dessa semelhança inspirar certos sentimentos conflituosos de admiração e censura.

    O documentário 3 Toneladas- Assalto ao Banco Central é mais um lançamento da Netflix do gênero " true crime" baseado em um crime real que movimentou os noticiários e a polícia brasileira no ano de 2005 e nos meses seguintes ao acontecimento. Através de um túnel, ladrões invadiram o cofre do Banco Central do Brasil localizado em Fortaleza, no Ceará, e roubaram mais de 160 milhões de reais. Com depoimentos inéditos, inclusive de alguns integrantes do grupo de ladrões, esta série documental detalha como foi o assalto histórico , bem como os passos da polícia a desvendá-lo e mostra as consequências reais de um furto cinematográfico.
    3 Toneladas- Assalto ao Banco Central | NETFLIX

    E a semelhança é tanta que desde a estreia de La Casa de Papel, em 2017, as pessoas já comentavam em tom brincalhão que a inspiração tinha sido o Assalto ao Banco Central de Fortaleza, ocorrido em 2005. O interessante da plataforma de streaming ser a responsável pela série L a Casa de Papel e por voltar a comentar sobre o crime real do Assalto, relatado em “3 Toneladas” é a facilidade de acesso às duas produções e a inevitável comparação de comportamentos entre uma situação hipotética fictícia e um caso real e todos os seus personagens e desdobramentos.

    Após conhecer as duas histórias e analisar as motivações dos personagens principais desse enredo real, bem como acompanhar o trabalho incansável da polícia, percebemos que a a arte nem sempre imita a vida. E que o Brasil definitivamente não é para amadores.

    O documentário cumpre seu papel ao seguir cada passo dos responsáveis pelo furto e de detalhar a participação de cada um a cada captura após meses de muita investigação e caçada. Um dos integrantes do bando até aceitou prestar depoimento para que seu relato constasse nos registros do documentário, preservando a sua identidade na hora da fala ao mesmo tempo em que a produção revela a identidade de todos os envolvidos no decorrer do documentário. E é interessante analisar as falas deste integrante para contrapor e até complementar com o relato minucioso dos responsável pela investigação e pelas prisões, que também acrescentam seus relatos à narrativa documentada.

    O documentário 3 Toneladas- Assalto ao Banco Central é mais um lançamento da Netflix do gênero " true crime" baseado em um crime real que movimentou os noticiários e a polícia brasileira no ano de 2005 e nos meses seguintes ao acontecimento. Através de um túnel, ladrões invadiram o cofre do Banco Central do Brasil localizado em Fortaleza, no Ceará, e roubaram mais de 160 milhões de reais. Com depoimentos inéditos, inclusive de alguns integrantes do grupo de ladrões, esta série documental detalha como foi o assalto histórico , bem como os passos da polícia a desvendá-lo e mostra as consequências reais de um furto cinematográfico.
    3 Toneladas- Assalto ao Banco Central| NETFLIX

    E o cuidado com a narrativa foi tanto que a produção do documentário 3 Toneladas ainda se preocupou com a veracidade cenográfica para filmar simulações enquanto a história é contada. O túnel foi reconstruído em parte para poder mostrar a verdadeira dimensão de como eram as intalações e a passagem do túnel original, respeitando até as métricas originais. Nesta parte de recompor parte da atmosfera do túnel a produção também se preocupou com a cenografia, pondo nos lugares certos objetos que os policiais relataram ter encontrado enquanto percorreram o claustrofóbico caminho do cofre do Banco Central de Fortaleza até o esconderijo dos assaltantes. Tudo muito bem pensado para auxiliar na narrativa e na imersão do telespectador ao evento ali narrado.

    Em alguns momentos, ao assistir o documentário, o telespectador pode se encontrar elogiando e até admirando a esperteza inicial do plano. Uma das pessoas chamadas a compor o quadro de profissionais a contar a história até menciona o quanto isso é extravagante. Mas estamos acostumados a assistir situações assim em séries com narrativas dispostas a nos conectar com o responsável e de certa forma entender a necessidade dele em cometer aquilo. No Documentário 3 Toneladas, por mais que tenham vezes em que a esperteza dos responsáveis é digna de admiração, assistir a história ser contada por quem ajudou a desvendá-la e participou da prisão dos envolvidos nos faz voltar à realidade. Não há glamourização do crime, há consequências.

    O documentário 3 Toneladas- Assalto ao Banco Central é mais um lançamento da Netflix do gênero " true crime" baseado em um crime real que movimentou os noticiários e a polícia brasileira no ano de 2005 e nos meses seguintes ao acontecimento. Através de um túnel, ladrões invadiram o cofre do Banco Central do Brasil localizado em Fortaleza, no Ceará, e roubaram mais de 160 milhões de reais. Com depoimentos inéditos, inclusive de alguns integrantes do grupo de ladrões, esta série documental detalha como foi o assalto histórico , bem como os passos da polícia a desvendá-lo e mostra as consequências reais de um furto cinematográfico.
    3 Toneladas- Assalto ao Banco Central| NETFLIX

    O documentário “3 Toneladas- Assalto ao Banco Central” se divide em três episódios e não se resume em apenas detalhar o que aconteceu no Assalto ao Banco Central de Fortaleza, como também detalha os passos dos assaltantes antes e depois do crime, as operações policiais e as consequências jurídicas que cada envolvido sofreu, dando ao telespectador não só um documentário interessantíssimo sobre um crime nacional mas um retrato do crime organizado, um recorte de como ocorrem as operações policiais brasileiras e uma certa noção de Direito Penal.

    Vale a pena assistir. O Documentário 3 Toneladas- Assalto ao Banco Central já está disponível da Netflix.

    Nota 5/5

    Assista ao trailer:
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  • Turma da Mônica: Lições – Um presente para a velha e a nova geração

    Turma da Mônica: Lições já está disponível no Amazon Prime Vídeo, e é uma prova de que quando uma produção é feita com carinho, consegue emocionar pais e filhos da mesma forma. Assim como o primeiro filme, é uma excelente opção para assistir, curtir, rir e se emocionar.

    Tive uma infância foi muito feliz e uma das coisas que guardo com carinho era a minha mania por gibis, coisa que puxei de meu pai. Tínhamos todo um ritual durante as refeições, era almoço e janta na mesa, e ao lado uma pilha de gibis que meu velho colecionava desde o seu tempo de guri. Era Tio Patinhas, Zé Carioca, Donald e etc, mas o que eu realmente gostava eram as histórias da Turma da Mônica, histórias de fácil entendimento, muito bem escritas, coloridas, e afinal eram histórias brasileiras, o que acabava fazendo a gente se identificar muito com o que estávamos lendo na época. Turma da Mônica foi o meu primeiro contato com histórias em quadrinhos e realmente é algo que tenho muito carinho e guardo na memória até hoje.

    Minha filha assim como eu também AMA Turma da Mônica, assistimos juntos os desenhos, e também o primeiro filme: Turma da Mônica Lições, e adoramos, estava tudo lá, quase que tirado direto dos quadrinhos para a tela, os personagens, as piadas, as histórias, tudo. Então quando soubemos que um próximo filme viria, ficamos muito contentes, afinal o primeiro filme é muito bacana, e mesmo sendo focado nas crianças, existem muitas surpresas e referências para que nós, os pais das crianças consigam captar no ar.

    Turma da Mõnica: Lições mais uma vez cumpre o que promete; É um filme feito por pessoas que entendem de fato os personagens, com um elenco que gosta e sabe o peso que estão carregando, a história flui de uma maneira muito natural e que ao mesmo não foge ao que conhecemos dos quadrinhos. Além disso, o filme passa uma bela mensagem para as crianças que estão crescendo e vendo as coisas ao seu redor mudarem, como os sentimentos, seus amigos, seus pais enfim, é uma história de amadurecimento e como as crianças reagem as mudanças que a vida traz.

    Turma da Mônica Lições
    Turma da Mônica | Amazon Prime Vídeo

    O elenco principal do filme, é extremamente bem trabalhado: Mônica, Magali, Cebolinha e Cascão são personagens que são tratados com um roteiro primoroso e muito bem escrito, além disso as crianças entregam bem DEMAIS nas atuações. No primeiro filme, ”Laços” eu já havia achado que as crianças foram escolhidas a dedo para os papéis, e na continuação elas reafirmam o profissionalismo e a competência, e novamente entregam um trabalho magistral.

    Outro destaque é o elenco adulto que dessa vez ganha um pouco mais de tempo de tela no filme, em especial aos pais da Mônica e do Cebolinha, que ganham ares de Capulettos e Montecchios da obra ” Romeu e Julieta ”, paralelo esse, que é feito durante o filme e é usado mais tarde durante o ato final. Os atores entregam bem os papéis, além da caracterização estar muito boa e parecendo demais como os quadrinhos, ao mesmo tempo também ficam muito verossímeis.

    A produção não teve medo de enfiar personagens secundários antigos e novos no filmes, apenas para o agrado dos fãs de longa data. Se isso fosse feito de maneira gratuita ou mal feita, seria algo completamente sem graça, porém como havia dito antes, esse filme é feito por pessoas que tem carinho pelo projeto. As participações são ótimas, os atores também estão muito bem e parece que nada é feito sem planejamento, tudo é colocado de uma maneira que agrada tanto a criançada, quanto os adultos que estão juntos e lembrando de sua infância.

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    Turma da Mônica: Lições | Amazon Prime Vídeo

    Hoje em dia vivemos em um mundo aonde todo mês temos pelo menos 1 grande lançamento de filme ou série baseado em Hq’s, desde as maiorais Marvel e DC, até as menores. Porém, é visível que muitos desses trabalhos são feitos por executivos que só querem ver o retorno financeiro, e por muitas vezes o projeto é feito sem amor, sem aquele carinho que os fãs tanto gostariam, apenas um caça níqueis para os cofres dos grandes estúdios.

    Esse nem de longe é o caso de Turma da Mônica: Lições; O filme comandado por Daniel Rezende é feito com carinho, a trilha sonora é incrível, o elenco é ótimo, as participações são boas, os pais das crianças, e tem também até o próprio Maurício de Sousa, criador da Hq fazendo uma ponta á lá Stan Lee. O roteiro é uma linda mensagem de amadurecimento ao mesmo tempo que nos lembra que pra isso não devemos abandonar as nossas raízes. Uma história muito bem contada, amarrada e bem feita, que consegue fazer algo difícil: Superar o primeiro filme, que já havia sido feito com extrema competência e carinho.

    Turma da Mônica: Lições, conta com o elenco de: Giulia Benite, Laura Rauseo, Kevin Vecchiatto, Gabriel Moreira, Emilly Nayara, Vinícius Higo, Lucas Infante, Mônica Iozzi, Paulinho Vilhena, Giovani Donato, Laís Villela, Fafá Rennó, Malu Madder, Isabelle Drummond, Eliana Fonseca entre outros.

    Turma da Mônica: Lições já está disponível na Amazon Prime Vídeo.

    Assista ao trailer:
    Turma da Mônica: Lições

  • Crítica | Os Caras Malvados – DreamWorks acerta mais uma vez com animação subestimada

    Crítica | Os Caras Malvados – DreamWorks acerta mais uma vez com animação subestimada

    A Dreamworks segue fazendo um ótimo trabalho com suas animações e dessa vez traz Os Caras Malvados, uma animação que poucos ouviram falar mas que merece destaque por sua originalidade em diversos aspectos.

    Sinopse: Na nova comédia de ação da DreamWorks Animation, baseada na série de livros best-sellers do New York Times, uma tripulação criminosa de animais fora-da-lei está prestes a tentar seu golpe mais desafiador: tornar-se cidadãos-modelo.

    Nunca houve cinco amigos tão infames quanto Os Caras Malvados – o arrojado batedor de carteiras Sr. Lobo (com a voz do vencedor do Oscar® Sam Rockwell, de Três Anúncios Para Um Crime, na versão original), o arrombador de cofres Sr. Cobra (com a voz de Marc Maron, de GLOW, na versão original), o mestre do disfarce, Sr. Tubarão (com a voz de Craig Robinson, da franquia Hot Tub Time Machine, na versão original), o “”músculo”” baixinho, Sr. Piranha (com a voz de Anthony Ramos, de Em Um Bairro de Nova York, na versão original) e a hacker especialista com língua afiada Srta. Tarântula

    Crítica | Os Caras Malvados - DreamWorks acerta mais uma vez com animação subestimada
    Os Caras Malvados | DreaWorks Animation – Universal Pictures

    Assim como muitos dos lançamentos da DreamWorks, Os Caras Malvados segue numa linha de marketing mais contida apostando no boca a boca que sempre dá certo e de fato aqui também tem tudo pra dar. Pouco se vê do filme por ai, com exceção de alguns comerciais na TV e material promocional virtual. Mas isso tudo seria para abafar uma bomba? A resposta é: Claro que não, muito pelo contrário!

    A nova animação do estúdio das franquias ‘Shrek‘, ‘Madagascar‘ e ‘Como Treinar Seu Dragão‘ acerta em cheio em um lançamento que vai agradar tanto o público infantil quando os papais e mamães que acompanharem seus filhos nas sessões. Os Caras Malvados vem com uma trama inocente e sutil, que aborda questões essenciais para o desenvolvimento humano, uma delas, o estereótipo e como ele pode moldar a vida de alguém, mas ao mesmo tempo uma acidez com os mesmos assuntos atraindo o espectador adulto para o filme, tornando a experiência muito além de só estar ali para a companhia de seu pequeno.

    À primeira vista, a animação parece incoerente em inserir animais selvagens interagindo com humanos de forma natural, mesmo que isso seja normal em filmes desse tipo, mas ao passar do tempo podemos notar que isso é mais que proposital e faz parte da grande moral do filme. “Nem tudo é o que parece!”

    Crítica | Os Caras Malvados - DreamWorks acerta mais uma vez com animação subestimada
    Os Caras Malvados | DreaWorks Animation – Universal Pictures

    Os Caras Malvados é bem original em seus traços e estilo de animação, coisa que é muito comum na DreamWorks, diferente de suas concorrentes. A equipe criativa do filme apostou em um visual mais cartunesco e deixa o longa como se fosse um gibi em forma de filme, algo que se assemelha muito ao ‘Homem-Aranha no Aranhaverso‘ da Sony Pictures. Isso torna o filme mais atrativo e leve para os olhos cansados de quem sempre costuma ver mais do mesmo.

    Coisa que poucos sabem, é que o estúdio apostou em uma nova tecnologia da Lenovo para ajudar na criação do filme e isso fica nítido. A DremWorks substituiu seu antigo servidor que já tinha 22 anos de uso e isso rendeu um trabalho visual excepcional. A forma como a câmera se movimenta e os ângulos que aplicam parece muito com o que se costuma fazer em filmes live action.

    Assim como na versão original, a versão nacional da animação tem um elenco estelar de vozes. O trabalho de Romulo Estrela, Agatha Moreira, Babu Santana, Sérgio Guizé, Luis Lobianco e Nivy Estephan é um show a parte de interpretação, provando mais uma vez o incrível trabalho da dublagem brasileira. Assim como apostaram no estilo de animação mais original a Universal apostou na originalidade também das vozes, optando por sair dos padrões de vozes graves, fugindo do estereótipo.

    Crítica | Os Caras Malvados - DreamWorks acerta mais uma vez com animação subestimada
    Elenco de Os Caras Malvados | Reprodução: DreaWorks Animation – Universal Pictures

    Os Caras Malvados é um mix de tudo que pode dar certo para um filme que vai atrair todas as faixas etárias. Tem piadas com peido, sátiras de filmes de assalto, originalidade, quebra da quarta parede e muito bom humor. O filme da DreamWorks é daqueles que te prende e quando acaba você acha que ele tem bem menos do que sua duração real. Um filme que merece destaque e um bom desempenho para garantir uma sequência que com certeza é mais que merecida.

    Nota: 4/5

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  • Crítica | Red: Crescer é uma Fera – Pixar surpreende e encanta com história sobre amadurecimento

    Red: Crescer é uma Fera, nova animação da Pixar em parceria com os Estúdios Disney, conhecemos Mei Lin uma menina de 13 anos que, de uma hora para outra começa a se transformar em um panda vermelho fofo e grande, quando suas emoções se descontrolam, tornando sua adolescência mais complicada do que já estava. A sinopse simples e imaginativa não revela de forma imediata as problemáticas que a história de Mei Lin nos oferecerá. Mas Pixar é Pixar e, como todos sabemos, sempre arranja a melhor forma de nos surpreender e conquistar.

    A história de Mei Lin em “Red- Crescer é uma Fera” se confunde com a história de todas as meninas de sua faixa etária. Aos 13 anos a adolescência já é uma realidade e os jovens tentam se desvencilhar a todo custo da imagem que seus pais tentaram impor a eles durante os anos de infância, para poder adquirir personalidades com as quais mais se identifiquem. Mei Lin segue o mesmo desejo, mas as expectativas em cima de seu futuro são mais exigentes por ser responsável em cuidar do templo de sua família e por ter uma mãe extremamente controladora.

    "Red- Crescer é uma Fera", nova animação da Pixar em parceria com os Estúdios Disney, conhecemos Mei Lin uma menina de 13 anos que, de uma hora para outra começa a se transformar em um panda vermelho fofo e grande, quando suas emoções se descontrolam, tornando sua adolescência mais complicada do que já estava. A sinopse simples e imaginativa não revela de forma imediata as problemáticas que a história de Mei Lin nos oferecerá. Mas Pixar é Pixar e, como todos sabemos, sempre arranja a melhor forma de nos surpreender e conquistar.
    RED- CRESCER É UMA FERA| Disney/Pixar

    A situação piora quando, após mais um episódio de exagerada super proteção por parte de Ming, mãe de Mei Lin, a adolescente começa a se transformar em um panda gigante vermelho. Depois do desespero inicial os pais de Mei Lin tentam acalmar o temperamento e as emoções da adolescente para que ela não revele sua fera interior diante dos olhos da população.

    A transformação de Mei Lin cabe em toda e qualquer alusão que possa ser feita com o período da puberdade, mas o filme não se restringe à esse recorte específico como se só os mais jovens tivessem seus pandas vermelhos indomáveis cravados dentro de si. E é isso que o faz tão genial e acaba fazendo com que o telespectador se veja naquela ou em outras situações sem necessariamente ter 13 anos de idade.

    "Red- Crescer é uma Fera", nova animação da Pixar em parceria com os Estúdios Disney, conhecemos Mei Lin uma menina de 13 anos que, de uma hora para outra começa a se transformar em um panda vermelho fofo e grande, quando suas emoções se descontrolam, tornando sua adolescência mais complicada do que já estava. A sinopse simples e imaginativa não revela de forma imediata as problemáticas que a história de Mei Lin nos oferecerá. Mas Pixar é Pixar e, como todos sabemos, sempre arranja a melhor forma de nos surpreender e conquistar.
    RED- CRESCER É UMA FERA| Disney/Pixar

    O medo do julgamento, a luta em busca da aceitação da família, dos amigo e da sociedade; a liberdade de procurar abandonar expectativas alheias para seguir o próprio caminho encontram-se na vontade humana em qualquer idade. E é isso que a Pixar tem de mais valoroso, além do belo trabalho de suas animações. A qualidade de enredo Pixar capaz de encantar crianças, adolescentes e adultos que com certeza entenderão de um modo único, a cada época da vida, está muito presente aqui. E ao mesmo tempo que isso só reafirma a qualidade das duas empresas, A temática aceitação vem em um momento delicado, diante das últimas manchetes envolvendo o nome Disney.

    É contrastante perceber o impacto que uma narrativa assim representa após o problemático apoio da Disney à um projeto de lei chamado “Don’t Say Gay” que tem como objetivo proibir que professores reconheçam a existência de pessoas LGBTQ+. Após a divulgação deste apoio, funcionários da Pixar se pronunciaram em carta, acusando a Disney de interferir e sempre censurar personagens LGBTQ+ em filmes.

    Agora que temos a certeza que a censura de fato existe, pelo menos quando depender da aprovação do CEO da Walt Disney Company, Bob Chapek, qualquer narrativa PIXAR revelará ser mais profunda do que aparenta ser. E sabemos que em termos de Pixar, é sempre mais profundo do que possa parecer. As temáticas de amadurecimento, aceitação, redes de apoio e incentivo da pessoa se aceitar como ela é são totalmente opostas ao posicionamento da grande empresa, liderada por Chapek. O que mostra que o esforço da Pixar em se contrapor contra este discurso criminoso se mostra não só na carta mas também nas entrelinhas de todas as suas produções.

    "Red- Crescer é uma Fera", nova animação da Pixar em parceria com os Estúdios Disney, conhecemos Mei Lin uma menina de 13 anos que, de uma hora para outra começa a se transformar em um panda vermelho fofo e grande, quando suas emoções se descontrolam, tornando sua adolescência mais complicada do que já estava. A sinopse simples e imaginativa não revela de forma imediata as problemáticas que a história de Mei Lin nos oferecerá. Mas Pixar é Pixar e, como todos sabemos, sempre arranja a melhor forma de nos surpreender e conquistar.
    RED- CRESCER É UMA FERA| Disney/Pixar

    Todos os personagens da animação “Red- Crescer é uma Fera” são encantadores. A família de Mei Lin, o vizinho que participa dos rituais da família, as melhores amigas da escola e até o vigia que persegue a mãe de Mei Lin em suas intromissões no ambiente escolar. É impossível não se encantar com cada um deles.

    Outro ponto positivo foi o retrato fiel das família orientais que, mesmo quando estão fora de seus países de origem, costumam honrar suas tradições de forma bem atuante e isso não foi deixado de lado no enredo de “Red: Crescer é uma Fera”. Vemos a família de Mei Lin cuidando com muito respeito e dedicação do templo ancestral de sua linhagem, bem como cumprindo todos os seus rituais.

    "Red- Crescer é uma Fera", nova animação da Pixar em parceria com os Estúdios Disney, conhecemos Mei Lin uma menina de 13 anos que, de uma hora para outra começa a se transformar em um panda vermelho fofo e grande, quando suas emoções se descontrolam, tornando sua adolescência mais complicada do que já estava. A sinopse simples e imaginativa não revela de forma imediata as problemáticas que a história de Mei Lin nos oferecerá. Mas Pixar é Pixar e, como todos sabemos, sempre arranja a melhor forma de nos surpreender e conquistar.
    RED- CRESCER É UMA FERA| Disney/Pixar

    Esse cuidado com os detalhes se deve em parte pela animação ter como diretora a profissional chinesa Domee Shi, responsável por dirigir e desenhar storyboards e grande vencedora do Oscar na categoria de Melhor Curta de Animação pelo fofíssimo Bao. Esse cuidado em retratar famílias tradicionais é muito bem vindo nos países homenageados.

    “Red- Crescer é uma Fera” é um espetáculo em forma de animação, se tornando mais um acerto da Pixar em parceria com a empresa Walt Disney Studios. Acerto que vem em hora certa propícia, até como uma forma indireta de aliviar os últimos acontecimentos, sem fazer com que o público esqueça da atitude preconceituosa da empresa Disney. Ainda que o investimento maior seja da Disney, a criatividade e o empenho provém de profissionais que não concordam com o posicionamento do CEO e , portanto, não merecem boicote.

    Nota: 5/5
    Assista ao trailer:

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  • Crítica| O Projeto Adam- Novo filme da Netflix emociona e brinca com referências

    No filme ” O Projeto Adam” é contada a história de Adam Reed( Ryan Reynolds) que decide mudar o caos do futuro em que vive, no ano de 2050, retornando para o passado. Mas acaba errando o ano em que devia voltar e acidentalmente retorna para o ano de 2022 esbarrando no seu eu de apenas 12 anos de idade. Novo lançamento da Netflix, O Projeto Adam é um filme que mistura elementos de ficção científica, com referências (e atores) de filmes de super herói e comédia romântica e completa sua mistura com um enredo familiar que emociona e cativa o telespectador. A escolha do elenco foi fundamental para que tudo se encaixasse, como se o público já conhecesse os personagens há anos. É quase como um filme planejado para se tornar um clássico da “Sessão da Tarde”. Nesse caso, um clássico exclusivo da Netflix.

    Com elenco estrelado contando com nomes como Zoe Saldana(Guardiões da Galáxia), Mark Ruffalo(Vingadores Ultimato), Jennifer Garner( De repente 30) e o próprio Ryan Reynolds( Deadpool/Free Guy) o filme brinca com a simpatia que os telespectadores já possuem por esses atores e se utiliza de características de personagens de outros trabalhos de cada ator do elenco para construir uma familiaridade imediata. O telespectador se encanta não só pela história contada mas por reconhecer a base dessa familiaridade e fica nesse jogo divertido de auto referência implícita, sacada esperta da produção do filme.

    No filme " O Projeto Adam" é contada a história de Adam Reed( Ryan Reynolds) que decide mudar o caos do futuro em que vive, no ano de 2050, retornando para o passado. Mas acaba errando o ano em que devia voltar e acidentalmente retorna para o ano de 2022 esbarrando no seu eu de apenas 12 anos de idade. Novo lançamento da Netflix, O Projeto Adam é um filme que mistura elementos de ficção científica, com referências (e atores) de filmes de super herói e comédia romântica e completa sua mistura com um enredo familiar que emociona e cativa o telespectador. A escolha do elenco foi fundamental para que tudo se encaixasse, como se o público já conhecesse os personagens há anos. É quase como um filme planejado para se tornar um clássico da "Sessão da Tarde". Nesse caso, um clássico exclusivo da Netflix.
    O Projeto Adam| NETFLIX

    Desde que Ryan assumiu o papel de Deadpool, é como se todos os outros filmes que ele fizesse parte fossem uma extensão do divertido personagem da Marvel. E como o personagem se confunde com a personalidade do ator, consequentemente em todo filme que atua, Ryan está sendo ele mesmo. Em o Projeto Adam, Reynolds continua seguindo à risca o papel de ser ele mesmo, imprimindo em Adam Reeds um lado emocional e dramático além da veia cômica.

    No filme " O Projeto Adam" é contada a história de Adam Reed( Ryan Reynolds) que decide mudar o caos do futuro em que vive, no ano de 2050, retornando para o passado. Mas acaba errando o ano em que devia voltar e acidentalmente retorna para o ano de 2022 esbarrando no seu eu de apenas 12 anos de idade. Novo lançamento da Netflix, O Projeto Adam é um filme que mistura elementos de ficção científica, com referências (e atores) de filmes de super herói e comédia romântica e completa sua mistura com um enredo familiar que emociona e cativa o telespectador. A escolha do elenco foi fundamental para que tudo se encaixasse, como se o público já conhecesse os personagens há anos. É quase como um filme planejado para se tornar um clássico da "Sessão da Tarde". Nesse caso, um clássico exclusivo da Netflix.
    O Projeto Adam| NETFLIX

    Na nova parceria entre o diretor Shaun Levy (Free Guy- Assumindo o Controle) e Ryan Reynolds( Deadpool) encontramos tudo o que um filme capaz de divertir a família, precisa. É quase um combo digno de melhores filmes da Sessão da Tarde. Tem viagem no tempo, ação, comédia, drama, naves, efeitos e trilha sonora no tempo certo.

    Podemos até dizer que os assuntos abordados e a forma como a história foi conduzida não tenham nada de inovador pois o diretor se inspirou em muitos filmes e brinca com cada uma dessas inspirações. Mas em filmes como esse, os lugares e características comuns servem como uma zona de conforto repleta de nostalgia.

    No filme " O Projeto Adam" é contada a história de Adam Reed( Ryan Reynolds) que decide mudar o caos do futuro em que vive, no ano de 2050, retornando para o passado. Mas acaba errando o ano em que devia voltar e acidentalmente retorna para o ano de 2022 esbarrando no seu eu de apenas 12 anos de idade. Novo lançamento da Netflix, O Projeto Adam é um filme que mistura elementos de ficção científica, com referências (e atores) de filmes de super herói e comédia romântica e completa sua mistura com um enredo familiar que emociona e cativa o telespectador. A escolha do elenco foi fundamental para que tudo se encaixasse, como se o público já conhecesse os personagens há anos. É quase como um filme planejado para se tornar um clássico da "Sessão da Tarde". Nesse caso, um clássico exclusivo da Netflix.
    O Projeto Adam | NETFLIX

    A versão criança de Adam, interpretada pelo jovem Walter Scobell é um garotinho sabichão mas ao mesmo tempo problemático em lidar com os problemas que o atingem. E o encontro dele com sua versão mais velha, interpretada por Ryan Reynolds, nos faz lembrar do filme Duas Vidas(2000) em que Bruce Willis também se encontra com uma versão jovem de si mesmo. Esses encontros que muitos de nós já sonhamos algumas vez em ter, são sempre memoráveis de assistir. E a simpatia do jovem ator complementou a atuação de Ryan de uma forma muito harmônica.

    O Projeto Adam é um filme que foi feito para encantar e conseguiu cumprir o seu papel de forma bem genuína, pegando todos pelo coração através de sua história, das atuações de seu elenco e principalmente pela nostalgia que só uma mistura de ficção científica, filmes de super heróis, comédia romântica e inúmeras referências poderia fazer de forma completa. Não precisou ser inovador ou impecável para ser um bom filme.

    No filme " O Projeto Adam" é contada a história de Adam Reed( Ryan Reynolds) que decide mudar o caos do futuro em que vive, no ano de 2050, retornando para o passado. Mas acaba errando o ano em que devia voltar e acidentalmente retorna para o ano de 2022 esbarrando no seu eu de apenas 12 anos de idade. Novo lançamento da Netflix, O Projeto Adam é um filme que mistura elementos de ficção científica, com referências (e atores) de filmes de super herói e comédia romântica e completa sua mistura com um enredo familiar que emociona e cativa o telespectador. A escolha do elenco foi fundamental para que tudo se encaixasse, como se o público já conhecesse os personagens há anos. É quase como um filme planejado para se tornar um clássico da "Sessão da Tarde". Nesse caso, um clássico exclusivo da Netflix.
    O Projeto Adam | NETFLIX

    Para pessoas como o diretor Shaun Levy e o ator Ryan Reynolds, bem como para cada um dos membros do elenco, fazer parte da memória afetiva dos telespectadores como personagens inesquecíveis a ponto de poder brincar de auto referência anos depois, tem um valor especial que premiações não possuem. Cinema também é isso.

    O Projeto Adam já está disponível para assinantes da Netflix.

    Nota 5/5
    Assista ao trailer:

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  • Crítica | Pam e Tommy – série acerta em mobilizar acolhimento, mas expõe Pamela novamente, sem permissão

    Pam e Tommy, série disponível no Star Plus, encerra a história real da primeira sex tape divulgada sem permissão, em uma época em que a rede mundial de computadores ainda estava em seus primeiros passos. E apesar de mostrar em seus oito capítulos quem realmente sofreu com toda a repercussão negativa desse compartilhamento criminoso, ao expor novamente todo o trauma pelos julgamentos sofridos na época, não permitiu que a vítima principal, a atriz Pamela Anderson tenha sua história contada com sua permissão. Pamela Anderson já anunciou em suas redes sociais que contará sua verdadeira história em documentário a ser lançado pela Netflix.

    Tudo o que foi discutido nas primeiras impressões sobre a série Pam e Tommy foi confirmado e não tinha como ser diferente. Em toda e qualquer situação vexatória de divulgação de cenas íntimas, como vingança, de forma criminosa ou com intuitos midiáticos a parte que mais sofre por ser mais condenada, ridicularizada e julgada de forma errada é a mulher. E o caso de Pamela, considerado o primeiro a ter grande repercussão por envolver famosos e acontecer no início da internet serve até como recorte exemplificativo do que mudou e do que não mudou em termos comportamentais, tecnológicos e jurídicos sobre o assunto.

    Pam e Tommy, série disponível no Star Plus, encerra a história real da primeira sex tape divulgada sem permissão,  em uma época em que a rede mundial de computadores ainda estava em seus primeiros passos.  E apesar de mostrar em seus oito capítulos quem realmente sofreu com toda a repercussão negativa desse compartilhamento criminoso, ao expor novamente todo o trauma pelos julgamentos sofridos na época, não permitiu que a vítima principal, a atriz Pamela Anderson tenha sua história contada com sua permissão.  Pamela Anderson já anunciou em suas redes sociais que contará sua verdadeira história em documentário a ser lançado pela Netflix.
    Pam e Tommy| Hulu; StarPlus

    Todas as cenas íntimas que teve que encenar junto ao ator Sebastian Stan, podem ser consideradas um tanto quanto desnecessárias se o objetivo era oferecer redenção tardia ao que ocorreu com Pamela. Pamela e Tommy Lee eram um casal de atitudes e demonstrações de amor e paixão extremas e intensas, como qualquer arquivo de jornais e revistas norte americanos pode relembrar com uma simples busca na internet. Mas, como já comentado, a atriz não autorizou o uso de sua história para as filmagens desta série.

    Se, apesar de tratarem a exposição de sua história com o respeito que ela sempre mereceu, reforçarem o estereótipo que muitos podem usar como argumento para falar que a atriz estava de acordo com toda a situação, a série poderia perder sua razão de existir. Felizmente as cenas em questão foram utilizadas somente para explicar, mesmo que de forma explícita, o que acontecia entre o casal e a partir da exibição de novos episódios o foco se transforma em: e agora, como podemos lidar com tudo isso?

    Pam e Tommy, série disponível no Star Plus, encerra a história real da primeira sex tape divulgada sem permissão,  em uma época em que a rede mundial de computadores ainda estava em seus primeiros passos.  E apesar de mostrar em seus oito capítulos quem realmente sofreu com toda a repercussão negativa desse compartilhamento criminoso, ao expor novamente todo o trauma pelos julgamentos sofridos na época, não permitiu que a vítima principal, a atriz Pamela Anderson tenha sua história contada com sua permissão.  Pamela Anderson já anunciou em suas redes sociais que contará sua verdadeira história em documentário a ser lançado pela Netflix.
    Pam e Tommy| HULU ; Star Plus

    E não se pode negar, Lily James brilhou em seu papel como Pamela. A caracterização da atriz para viver o papel funcionou perfeitamente e por vezes esquecemos que é a Lily que está ali, não a própria Pamela Anderson. E a atuação foi impecável em todos os momentos. As cenas em que teve que mostrar o desconforto que Pamela sentia a cada insinuação desrespeitosa que recebia de advogados, apresentadores de televisão e mídia nos faz questionar até que ponto o tratamento que mulheres vítimas de violações sexuais ou morais evoluiu ou regrediu com o passar dos anos.

    Nos momentos em que Lily expôs a tristeza que debilitava Pamela a cada negativa de novos trabalhos em filmes ou negativas de publicações em revistas femininas e a dor que não conseguimos nem mensurar ao ser violada em sua privacidade e ainda ter que fingir estar bem quando mostravam a ela trechos da fita, questionando-a sobre seu passado em uma clara tentativa de “culpabilização” da vítima. É inevitável, acabamos por finalmente acolher Pamela depois de tudo o que ela sofreu. A série foi brilhante em apontar o dedo na cara de todos os responsáveis por espalhar ou repercutir de forma direta ou indireta a fita roubada que causou tantos transtornos na vida de uma atriz em ascensão.

    Pam e Tommy, série disponível no Star Plus, encerra a história real da primeira sex tape divulgada sem permissão,  em uma época em que a rede mundial de computadores ainda estava em seus primeiros passos.  E apesar de mostrar em seus oito capítulos quem realmente sofreu com toda a repercussão negativa desse compartilhamento criminoso, ao expor novamente todo o trauma pelos julgamentos sofridos na época, não permitiu que a vítima principal, a atriz Pamela Anderson tenha sua história contada com sua permissão.  Pamela Anderson já anunciou em suas redes sociais que contará sua verdadeira história em documentário a ser lançado pela Netflix.
    Pam & Tommy | HULU , Star Plus

    Os outros envolvidos no escândalo são igualmente bem representados. Sebastian Stan já é querido do público por conta de seus trabalhos anteriores em filmes de super herói e empresta essa simpatia na sua representação de Tommy Lee. E essa simpatia é bem necessária em certas partes da narrativa, pois por diversas vezes o comportamento agressivo de Tommy em relação às frustações que ocorriam ao seu redor durante a grande repercussão da fita vazada, vem à tona. E é preciso muito jogo de cintura pra contornar o aspecto negativo de cada um desses momentos e ainda assim se mostrar interessante para a audiência. E Sebastian consegue com muita maestria.

    O marceneiro Rand Gauthier, grande responsável pelo furto e posterior divulgação da fita na indústria de filmes pornô e na internet, é interpretado por Seth Rogen. E Seth consegue interpretá-lo sem trazer à ele a carga dramática de vítima ou de merecedor de empatia do público. Rand é caracterizado como um ser humano em busca de seu alinhamento com o Karma que, diante de uma situação de conflito, não prevê a consequência de seus atos e tenta uma forma de prejudicar Tommy Lee com tudo o que tiver ao seu alcance, se beneficiando com isso.

    Pam e Tommy, série disponível no Star Plus, encerra a história real da primeira sex tape divulgada sem permissão,  em uma época em que a rede mundial de computadores ainda estava em seus primeiros passos.  E apesar de mostrar em seus oito capítulos quem realmente sofreu com toda a repercussão negativa desse compartilhamento criminoso, ao expor novamente todo o trauma pelos julgamentos sofridos na época, não permitiu que a vítima principal, a atriz Pamela Anderson tenha sua história contada com sua permissão.  Pamela Anderson já anunciou em suas redes sociais que contará sua verdadeira história em documentário a ser lançado pela Netflix.
    Pam e Tommy | HULU, Star Plus

    O comportamento de Rand( Seth Rogen) não conquista o público que estiver assistindo Pam e Tommy, e é exatamente esse o objetivo. É como um grande letreiro de aviso: Nunca trate mal as pessoas que trabalham para você/ Tome cuidado para não prejudicar pessoas que nada tenham a ver com sua frustração.

    Outras figuras muito conhecidas do público são apresentadas nos episódios finais de Pam e Tommy, Jay Leno em sua patética entrevista com Pamela no programa The Tonight Show e o empresário Hugh Hefner, fundador da revista playboy que foi um dos entusiastas da carreira fotográfica e midiática da jovem Pamela Anderson. Dois momentos emblemáticos que mereceram atenção na série e mostram, através de comportamentos contrastantes, a forma como tratavam Pamela e seu direito de mostrar seu corpo da forma que preferisse sem que isso desse o direito da mídia a tratar como alguém indigna de respeito. Como fizeram por anos.

    Pam e Tommy, série disponível no Star Plus, encerra a história real da primeira sex tape divulgada sem permissão,  em uma época em que a rede mundial de computadores ainda estava em seus primeiros passos.  E apesar de mostrar em seus oito capítulos quem realmente sofreu com toda a repercussão negativa desse compartilhamento criminoso, ao expor novamente todo o trauma pelos julgamentos sofridos na época, não permitiu que a vítima principal, a atriz Pamela Anderson tenha sua história contada com sua permissão.  Pamela Anderson já anunciou em suas redes sociais que contará sua verdadeira história em documentário a ser lançado pela Netflix.
    Pam e Tommy | HULU, Star Plus

    Apesar de todos os méritos da série Pam e Tommy, Pamela sequer foi consultada ou deu aval para que esta série pudesse existir. Mesmo que a imagem da atriz tenta sido tratada com respeito, inspirando acolhimento e respeito a verdadeira vítima da história, lançar algo sobre um episódio traumático da vida de alguém sem sua permissão não é nada respeitoso. Sem contar na ironia deste evento traumático ter se originado de uma divulgação também não autorizada de algo bastante pessoal como um vídeo caseiro de sexo entre marido e mulher.

    Pamela Anderson divulgou em suas redes sociais que sua verdadeira história será contada em um documentário, já em produção pela plataforma de streaming Netflix. Nas palavras escritas pela própria atriz : “Minha vida. Mil imperfeições. Um milhão de percepções equivocadas. Cruel, selvagem e perdida. Nenhuma expectativa. Eu só posso te surpreender. Não sou uma vítima, mas sim uma sobrevivente. E viva para te contar a história real”.

    Pam e Tommy, série disponível no Star Plus, encerra a história real da primeira sex tape divulgada sem permissão,  em uma época em que a rede mundial de computadores ainda estava em seus primeiros passos.  E apesar de mostrar em seus oito capítulos quem realmente sofreu com toda a repercussão negativa desse compartilhamento criminoso, ao expor novamente todo o trauma pelos julgamentos sofridos na época, não permitiu que a vítima principal, a atriz Pamela Anderson tenha sua história contada com sua permissão.  Pamela Anderson já anunciou em suas redes sociais que contará sua verdadeira história em documentário a ser lançado pela Netflix.
    Pam e Tommy| HULU, Star Plus

    Agora, com o poder de narrar e com ganho financeiro consentido sobre isso, Pamela estará livre pra nos contar sua história. E o telespectador pode escolher se quer saber primeiro pela série Pam e Tommy através da interpretação de atores como Lily James, Sebastian Stan, Seth Rogen e grande elenco ou se prefere esperar para ouvir diretamente de Pamela Anderson.

    Pam e Tommy é uma excelente série que só peca por cometer o mesmo erro que Rand Gauthier, mas se redime em termos por dar a Pamela a deixa para que ela possa escrever publicamente sua própria versão.

    A temporada completa de Pam e Tommy já está disponível no Star +.

    Nota: 5/5
    Assista ao trailer:

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  • Crítica | Crush à Altura 2 – sequência decepciona mas ensina lição sobre autossabotagem

    Crush à altura 2 é o novo capítulo da história de Jodi, antes vítima de bullying por ser a mais alta da escola, agora realizando seu sonho de ser escolhida como protagonista do musical da escola. E a pressão que a protagonista sente em assumir esta nova responsabilidade , mais uma vez se colocando diante de muitos holofotes, traz mudanças não só no seu relacionamento amoroso como em sua forma pessoal de lidar com estes novos desafios. O filme, desnecessário em termos narrativos por não se aprofundar em nenhum narrativa que não seja a da protagonista, pelo menos deixa uma valiosa lição: Cuide de sua saúde mental.

    O primeiro filme “Crush à Altura” nos apresentou a história de Jodi Kreyman( Ava Michelle) e sua interessante jornada pela auto aceitação em uma escola que a desrespeitava e sua característica mais visível: a altura. E mesmo que você não lembre a história contada no primeiro filme, Jodi e seu antes melhor amigo e agora namorado Jack Dunkleman(Griffin Gluck) fazem questão de resumir a história na primeira cena do filme, para que a história siga sendo contada sem que o telespectador esqueça quem é quem. Mas é necessário dizer: essa sequência em nenhum momento convence o telespectador de que deveria existir. Por mais apegadas que as pessoas sejam à história original.

    Crush à altura 2  é o novo capítulo da história de Jodi, antes vítima de bullying por ser a mais alta da escola,  agora realizando seu sonho de ser escolhida como protagonista do musical da escola. E a pressão  que a protagonista sente em assumir esta nova responsabilidade , mais uma vez se colocando  diante de muitos holofotes, traz mudanças não só no seu relacionamento amoroso como em sua forma pessoal de lidar com estes novos desafios. O filme, desnecessário em termos narrativos por não se aprofundar  em nenhum narrativa que não seja a da protagonista, pelo menos deixa uma valiosa lição: Cuide de sua saúde mental.
    Crush à Altura 2/Netflix

    Claro que, pra quem ama assistir comédia românticas, não há toda aquela exigência de que o filme seja realmente necessário. Às vezes a pessoa só quer sentar, assistir a um filme bonitinho e sair com o coração quentinho. E, mais clichê do que o formato narrativo das comuns trilogias de comédia romântica, não há. A protagonista conquista/ é conquistada por seu grande amor, no primeiro filme. No filme seguinte a vida segue e tudo está bem até um Don Juan desconhecido aparecer e testar se o amor do casal formado no primeiro filme é real ou apenas passageiro como uma paixão juvenil.

    Lembrou de muitos filmes em uma curta e rasa sinopse exemplificativa? É complicado criticar este filme por isso, é uma fórmula que acerta e funciona na maioria das vezes. Mas até nisso ” Crush à altura 2″ errou. Talvez por tentar proteger demais o personagem de Jack (Griffin Gluck) de um potencial rival ou por focar tanto na protagonista Judi a ponto de só inserir narrativas coadjuvantes aos pedaços pra adornar um foco que parecia ser o único digno de importância. E acredite, não é.

    Crush à altura 2  é o novo capítulo da história de Jodi, antes vítima de bullying por ser a mais alta da escola,  agora realizando seu sonho de ser escolhida como protagonista do musical da escola. E a pressão  que a protagonista sente em assumir esta nova responsabilidade , mais uma vez se colocando  diante de muitos holofotes, traz mudanças não só no seu relacionamento amoroso como em sua forma pessoal de lidar com estes novos desafios. O filme, desnecessário em termos narrativos por não se aprofundar  em nenhum narrativa que não seja a da protagonista, pelo menos deixa uma valiosa lição: Cuide de sua saúde mental.
    Crush à Altura| Netflix

    Tommy Torres (Jan Luis Castellanos), o “Don Juan” de ” Crush à altura 2” apresenta sua história em poucas cenas e por mais que se relacione com o sentimento de representatividade já defendido pela protagonista no primeiro filme e converse com a proposta de superar medos e traumas, ele é colocado ali apenas pra enfeitar e é completamente descartado. E ele não é o único a sofrer com essa invisibilidade diante as problemáticas da protagonista.

    O roteiro não desenvolve os personagens coadjuvantes já conhecidos pelo público do primeiro filme, apresentado resoluções fáceis a situações que, se trabalhadas com mais atenção, renderiam pontos memoráveis para a narrativa. A luta de Fareeda (Anjelika Washington) para ter seu talento como estilista reconhecido só aparece em algumas cenas também, só pra dizer que estiveram ali, desconsiderando totalmente a importância e a representatividade da personagem para a trama. O antagonismo entre Kimmy( Clara Wilsey) e Judi é freado e ninguém entende realmente o porquê, já que a personagem age de forma diversa da apresentada no primeiro filme, de repente, sem nenhum contexto que justifique.

    Crush à altura 2  é o novo capítulo da história de Jodi, antes vítima de bullying por ser a mais alta da escola,  agora realizando seu sonho de ser escolhida como protagonista do musical da escola. E a pressão  que a protagonista sente em assumir esta nova responsabilidade , mais uma vez se colocando  diante de muitos holofotes, traz mudanças não só no seu relacionamento amoroso como em sua forma pessoal de lidar com estes novos desafios. O filme, desnecessário em termos narrativos por não se aprofundar  em nenhum narrativa que não seja a da protagonista, pelo menos deixa uma valiosa lição: Cuide de sua saúde mental.
    Crush à Altura 2| Netflix

    Mas o que parecia ser um roteiro completamente perdido, encontra um rumo diferente ao mostrar a reação psicológica de Judi em confronto com tudo o que está acontecendo de novo em sua vida. Lembrando a todos nós que nossas inseguranças podem nos aprisionar de uma forma bem poderosa.

    O filme Crush à Altura 2 acertou em mostrar que até as pessoas com as família mais estruturadas, com pais amorosos, em uma situação agradável e com muito talento e capacidade podem sofrer com a auto sabotagem. Essa postura em desmerecer os próprios esforços e conquistas, se achar inferior aos outros, ter medo de falhar, ter crises de ansiedade é um sofrimento comum a todas as faixas etárias e é uma discussão importante. Assistir um tema tão delicado ser abordado em uma comédia romântica, incentiva a discussão e a procura por ajuda. O filme só pecou em mostrar só a família como ajuda para a melhora, quando cuidados profissionais também são fundamentais.

    Lacoste Mens Sweater of Luke Eisner as Stig Mohlin in Tall Girl 2 Movie 1
    Crush à Altura 2| Netflix

    O filme Crush à altura 2 não é a melhor sequência de comédia romântica da Netflix mas tem seus méritos por abordar, mesmo que artificialmente, algo que está no dia a dia de muitos jovens e adultos. Pode assistir mas sem muitas expectativas. Como mencionado no início do texto: às vezes só queremos assistir uma comédia romântica sem precisar pensar em muita coisa e poder terminar o filme com o coração quentinho. Talvez funcione pra você.

    Crush à Altura 2 está disponível na Netflix.

    Nota : 3/5

    Assista ao trailer:
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  • Crítica | Space Force (2ª temporada) – Série até tenta, mas não decola

    A 2° temporada de Space Force acaba de chegar na Netflix, entretanto, nem mesmo o carisma de Steve Carell e John Malkovich são suficientes para deixar a série atrativa para o grande público.

    A nova temporada de Space Force chegou esse mês no catálogo da Netflix após um relativo sucesso em sua primeira temporada, porém realmente se mostrou inferior a primeira em termos de qualidade narrativa. Entre altos e baixos, é uma boa opção para quem gosta de assistir algo descompromissado e relaxar um pouco quando está em casa, navegando no streaming.

    Quando a primeira temporada da série estreou em 2020, confesso que me chamou bastante a atenção, afinal é uma série que nasceu de uma piada sobre o governo americano na época (O ex presidente dos EUA, Donald Trump) e tinha no elenco nomes de peso como Steve Carell (protagonista e produtor), John Malkovich e Lisa Kudrow; Quem gostava da série THE OFFICE também foi atraída, afinal a série tinha Carell como protagonista e até hoje é lembrada como uma das melhores séries de humor da atualidade.

    critica space force season 2
    Space Force | Netflix

    A série surpreendeu, fez um sucesso razoável, foi TOP 10 do streaming por algum tempo então era óbvio que a Netflix desse carta branca para uma SEGUNDA temporada, inclusive com um gancho para que a série tivesse continuidade.
    Só que dessa vez, a série de fato não empolgou, trazendo uma história bem genérica, resolvendo o problema do GANCHO deixado lá atrás, na primeira temporada logo de cara no PRIMEIRO episódio, e isso se torna algo muito decepcionante para quem ficou esperando por quase 2 anos um desfecho mais trabalhado e interessante.

    A produção teve algumas adições de personagens novos como o excelente Tim Meadows e o sempre carismático Terry Crews, o que foi algo extremamente bem vindo. Porém, outras coisas acabam tornando a série arrastada, um exemplo disso é todo o romance dos personagens de Tawny Newsome e Jimmy O. Yang, que realmente não convence e acabou tirando tempo de tela de outros personagens, inclusive jogando alguns completamente pra escanteio; É o caso de Lisa Kudrow que quase nem aparece nessa temporada, e quando aparece é completamente deixada de lado para que a história siga com várias sub-tramas que no final não levam a lugar algum.

    Agora, falando das coisas boas na série, temos que destacar obviamente o trio Steve Carell, John Malkovich e Don Lake, que roubam a cena em todos os momentos que aparecem. Destaque também para Ben Schwartz, Diana Silvers e Tawny Newsome, que são ótimos profissionais e realmente se esforçam para que a série tenha um bom desenvolvimento, mesmo que por muitas vezes com um roteiro fraco em mãos.

    Quantos episodios ha na 2a temporada de Space Force
    Space Force | Netflix

    Uma coisa é inegável:A série é um bom conteúdo para quem está procurando por uma comédia leve e com bons nomes; Afinal são episódios curtos (algo entre 20 e 25 minutos cada, no máximo) e que se tornam fáceis de maratonar. Outro ponto bastante positivo são os poucos episódios por temporada, o que acaba somando em termos de história e evitando aquela ”barriga” na série, se estendendo demais sem necessidade.

    No fim das contas, Space Force é uma produção que cumpre seu papel em ser um conteúdo de comédia para o streaming, porém sem o brilho da primeira temporada; Com um elenco estrelado e uma história bem descompromissada, é algo bacana para se assistir sem pensar muito e apenas curtir dando algumas risadas.

    O elenco da produção tem nomes como: Steve Carell, John Malkovich, Lisa Kudrow, Ben Schwartz, Diana Silvers, Tawny Newsome, Jimmy O. Yang, Tim Meadows, Terry Crews, Don Lake entre outros.

    A série já está disponível na NETFLIX desde o dia 21/02.

    NOTA 2/5

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  • Crítica | Naquele Fim de Semana – thriller intrigante com história excelente

    O novo filme da Netflix “Naquele Fim de Semana” apresenta ao telespectador personagens complexos, perguntas a serem respondidas, cenário deslumbrante e uma história que tira o fôlego do telespectador. Baseado no livro de mesmo nome, escrito pela autora e roteirista Sarah Alderson, o filme conta a história do pior fim de semana da vida de Beth (Leighton Meester). A protagonista embarca em uma viagem para a Croácia para passar o fim de semana com sua amiga Kate (Christina Wolfe), deixando o marido e a filha em casa.. Kate desaparece após uma noitada e Beth, determinada a descobrir o que aconteceu, se vê rodeada em uma rede de mentiras que precisa ser desfeita para a verdade vir à tona.

    A cena inicial já é colocada ali pra prevenir o telespectador que por acaso pense que é mais um filme de viagens com amigas, com Leighton Meester no elenco, mostrando paisagens maravilhosas para relaxar a mente viajante e o coração de quem assiste. Não, não se trata de um Montecarlo (comédia romântica de viagem entre amigas, com Leighton Meester no elenco). Aqui teremos morte , mentiras e desdobramentos previsíveis mas ainda assim perturbadores. O ritmo do filme é bem constante, então sua mente não respira para absorver cada segundo, é tudo sentido na hora e assim acabamos nos desesperando tal qual a protagonista.

    O novo filme da Netflix "Naquele Fim de Semana" apresenta ao telespectador personagens complexos, perguntas a serem respondidas, cenário deslumbrante e uma história que tira o fôlego do telespectador. Baseado no livro de mesmo nome, escrito pela autora e roteirista Sarah Alderson, o filme conta a história do pior fim de semana da vida de Beth(Leighton Meester). A protagonista embarca em uma viagem para a Croácia para passar o fim de semana com sua amiga Kate(Christina Wolfe), deixando o marido e a filha em casa.. Kate desaparece após uma noitada e Beth, determinada a descobrir o que aconteceu, se vê rodeada em uma rede de mentiras que precisa ser desfeita para a verdade vir à tona.
    Naquele Fim de Semana| Netflix

    O filme “Naquele Fim de Semana” nos prende à personagem Beth (Leighton Meester)e a tudo o que ela está sentindo e vivendo do primeiro minuto ao último, causando no telespectador ansiedade, temor e até uma certa tendência em tentar interferir na história alertando Beth a não agir desta forma, a olhar naquela direção, a correr. É emocionante como a trama instiga a empatia em cada um de nós de, literalmente, tentar salvar a protagonista de tudo o que se apresenta em seu caminho. Mesmo que o telespectador(a) esteja assistindo só, vai ser inevitável reagir em voz alta a uma série de reviravoltas, em uma tentativa desesperada de tentar interagir para mudar aquela situações agoniantes ou tensas.

    A empatia, desde o início, com a protagonista se deve a habilidade que a atriz principal Leighton Meester tem de cativar o público que já a conhecia como Blair Wardolf em Gossip Girl(disponível na HBO Max) ou até em filmes de comédia romântica com temática de viagens entre amigas mas que não comportam em si tanto drama e reviravoltas, como no caso do já mencionado filme Montecarlo( Disponível na Netflix). Em Naquele Fim de Semana conseguimos sentir exatamente o que a personagem de Meester está sentindo, não só pela imersão na trama como pela atuação excelente da atriz, em cada momento. É muito bom perceber a evolução de Leighton na atuação.

    O novo filme da Netflix "Naquele Fim de Semana" apresenta ao telespectador personagens complexos, perguntas a serem respondidas, cenário deslumbrante e uma história que tira o fôlego do telespectador. Baseado no livro de mesmo nome, escrito pela autora e roteirista Sarah Alderson, o filme conta a história do pior fim de semana da vida de Beth(Leighton Meester). A protagonista embarca em uma viagem para a Croácia para passar o fim de semana com sua amiga Kate(Christina Wolfe), deixando o marido e a filha em casa.. Kate desaparece após uma noitada e Beth, determinada a descobrir o que aconteceu, se vê rodeada em uma rede de mentiras que precisa ser desfeita para a verdade vir à tona.
    Naquele Fim de Semana| Netflix

    Mas não pense que Beth, interpretada por Leighton Meester, é a única personagem que cativa. Cada um dos personagens apresentados, seja para o bem ou para o mal, provocam uma série de questionamentos e desconfianças no telespectador, o que acaba gerando um certo receio de confiar em alguém e acabar se decepcionando.

    O contexto da história também leva muitos a questionar se aquela viagem dos sonhos, no estilo “mochilão”, com amigas, seria realmente uma boa ideia. Em tramas como a apresentada em “Naquele Fim de Semana” somos convidados a lembrar ( se os telejornais já não são o suficiente para refletir sobre isso) o quão perigoso é ser mulher e tentar se proteger sozinha em certas situações possíveis neste mundo.

    O novo filme da Netflix "Naquele Fim de Semana" apresenta ao telespectador personagens complexos, perguntas a serem respondidas, cenário deslumbrante e uma história que tira o fôlego do telespectador. Baseado no livro de mesmo nome, escrito pela autora e roteirista Sarah Alderson, o filme conta a história do pior fim de semana da vida de Beth(Leighton Meester). A protagonista embarca em uma viagem para a Croácia para passar o fim de semana com sua amiga Kate(Christina Wolfe), deixando o marido e a filha em casa.. Kate desaparece após uma noitada e Beth, determinada a descobrir o que aconteceu, se vê rodeada em uma rede de mentiras que precisa ser desfeita para a verdade vir à tona.
    Naquele Fim de Semana| Netflix

    O roteiro, impecável, não poderia ser de outra pessoa senão a própria autora da história. Sarah Alderson, que trabalha como roteirista da série S.W.A.T, não teve muitos problemas em roteirizar sua própria obra, deixando aquele gostinho de estar acompanhando os acontecimentos através do folhear de cada capítulo de livro. Quem não a conhecia, certamente ficará interessado em adquirir esse e outros títulos da autora.

    O filme Naquele Fim de Semana foi dirigido por Kim Farrant e já está disponível na Netflix. Filme excelente que vale a sua atenção!

    Nota 5/5

    Assista ao trailer:
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  • Crítica | Não Me Mate – filme da Netflix mistura romance e suspense e se perde no enredo

    Ao ler a sinopse do novo filme da Netflix “Não me mate”, muitas perguntas permeiam a mente do telespectador. Após morrer de overdose, ao lado do namorado, Mirta(Alice Pagani) ressuscita sozinha e descobre que faz parte de um mundo violento e desconhecido. Ressuscita? Como assim? Podem questionar os curiosos telespectadores que passam pelo título em suas buscas pelo que assistir na Netflix. Essas e tantas outras perguntas, que podem aparecer no decorrer da narrativa, não são completamente respondidas durante o filme. E essa nem é a pior parte.

    Que vivemos em um mundo violento e desconhecido isso não é nenhuma novidade. E no contexto da narrativa do filme, apesar do diretor acrescentar elementos fictícios e cenas trash, combinando-as com a apresentação de um relacionamento abusivo em vida e além dela, o mundo violento e desconhecido não é completamente apresentado ao telespectador.

    Ao ler a sinopse do novo filme da Netflix "Não me mate", muitas perguntas permeiam a mente do telespectador. Após morrer de overdose, ao lado do namorado, Mirta(Alice Pagani) ressuscita sozinha e descobre que faz parte de um mundo violento e desconhecido. Ressuscita? Como assim? Podem questionar os curiosos telespectadores que passam pelo título em suas buscas pelo que assistir na Netflix. Essas e tantas outras perguntas, que podem aparecer no decorrer da narrativa, não são completamente respondidas durante o filme. E essa nem é a pior parte.
    Não me Mate | Netflix

    Sem entrar em detalhes sobre os desdobramentos do enredo, é quase impossível apontar exatamente onde o filme de Terror, Romance, Coming of a Age errou. No início é impossível desvincular a imagem de Mirta(Alice Pagani)e Robin(Rocco Fasano) do casal Edward e Bella, da Saga Crepúsculo. As semelhanças estão no comportamento dos protagonistas, em algumas situações e até em certos detalhes da história. Mas, longe do clima romântico da saga de Meyer que fez o maior sucesso no início dos anos 2000, a história de Mirta e Robin é deprimente, abusiva e problemática demais.

    A história é repleta de brechas sem explicação suficiente, a relação familiar de Mirta é mostrada de forma tão displicente que até se questiona a necessidade de estarem ali, a organização secreta apresentada posteriormente não convence em suas intenções. Para completar, o filme apresenta algumas atuações caricatas demais a ponto de não convencer e muito menos cativar. E isso pode ter sido feito de propósito, porque Robin não é visto pelos telespectadores através da perspectiva de Mirta, o que nos permite perceber melhor as intenções dele além da cegueira apaixonada da protagonista.

    Ao ler a sinopse do novo filme da Netflix "Não me mate", muitas perguntas permeiam a mente do telespectador. Após morrer de overdose, ao lado do namorado, Mirta(Alice Pagani) ressuscita sozinha e descobre que faz parte de um mundo violento e desconhecido. Ressuscita? Como assim? Podem questionar os curiosos telespectadores que passam pelo título em suas buscas pelo que assistir na Netflix. Essas e tantas outras perguntas, que podem aparecer no decorrer da narrativa, não são completamente respondidas durante o filme. E essa nem é a pior parte.
    Não me Mate | Netflix

    Mas nem todo esforço é em vão no filme “Não Me Mate”. É inegável que, apesar de todos os erros do filme, a atriz Alice Pagani consegue tirar leite de pedra e interpreta sua protagonista Mirta com tanta verdade e de forma tão cuidadosa e genuína que consegue prender o telespectador a ponto de instigá-lo a querer saber o que ela fará com sua “vida” a partir de tudo o que lhe acontece. A atuação dela e de dois coadjuvantes, interpretados pelos atores Silvia Calderoni(Sara) e Giacomo Ferrara(Ago) são o alívio em meio ao caos que é esse filme. Não conseguem salvar o filme por completo, mas ao menos tentam.

    Não me mate é um filme que não vale o seu tempo, nem a sua atenção. Mas pelo esforço dos três atores já citados, vale duas estrelas. Se isso é o suficiente para você assistir, vá em frente! Mas garanto que há outras opções mais interessantes no catálogo de streaming da Netflix.

    Ao ler a sinopse do novo filme da Netflix "Não me mate", muitas perguntas permeiam a mente do telespectador. Após morrer de overdose, ao lado do namorado, Mirta(Alice Pagani) ressuscita sozinha e descobre que faz parte de um mundo violento e desconhecido. Ressuscita? Como assim? Podem questionar os curiosos telespectadores que passam pelo título em suas buscas pelo que assistir na Netflix. Essas e tantas outras perguntas, que podem aparecer no decorrer da narrativa, não são completamente respondidas durante o filme. E essa nem é a pior parte.
    Não me Mate| Netflix

    Ps. Pelo final do filme acredito que a plataforma de streaming e o diretor tentem fazer continuações. Deixaram um futuro livre e perguntas demais a serem respondidas, o que deixa uma possível brecha para sequências. Se isso for feito de forma a explicar melhor o que aconteceu diante de nossos olhos nesta frustrante tentativa de começo, podem atrair curiosos ou distraídos. mas, considerando que poucos resistirão até o fim deste primeiro filme, terão que se superar na próxima vez.

    Dirigido por Andrea de Sica( Baby) e baseado em um livro best seller chamado “Non Mi Uccidere”, escrito pela falecida autora italiana Chiara Palazzolo(1961-2012), o filme Não me Mate está disponível na Netflix.

    Nota: 2/5

    Assista ao trailer:
    A vergonha do filme é tanta que o trailer não é encontrado nem no canal da Netflix nem no canal da Warner Bros.

    Ps. A tentativa de fazer do filme um novo tipo de “Crepúsculo” se confirma com o clipe de uma música tema pop, cantada pela Chadia Rodriguez, rapper italiana. O clipe possui até trechos do filme. A música e o clipe são melhores que o filme:

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