CRÍTICA | The Flash – Repleto de referências e divertido, o filme não é perfeito, mas entrega uma ótima experiência ao espectador.
Chega aos cinemas nesta quinta (15) o mais novo filme do velocista escarlate, trazendo o conturbado Ezra Miller no papel de Flash e representa uma ode a toda a história que conhecemos do herói e seus universos até agora.
A maior e melhor história do Flash nos quadrinhos sempre foi e sempre será Ponto de Ignição, adaptada diversas vezes para outras mídias, tanto animação, quanto para a tv, a história é mais uma vez adaptada, agora para as telonas, trazendo o plano de fundo do herói já apresentado em Batman vs Superman e Liga da Justiça, The Flash chega aos cinemas para se tornar a obra definitiva de Ponto de Ignição, a mais grandiosa e ousada de todas.
Ezra Miller viveu tempos conturbados durante e após a gravação do longa, abuso, assédio, agressão, o ator viveu dias difíceis quanto ao não cancelamento do filme, mesmo após todas as acusações, ele afirmou que está buscando reabilitação na forma de um tratamento para “questões complexas de saúde mental”. Em outubro do ano passado o ator voltou para regravar algumas cenas do longa e agora finalmente temos sua versão final.
O filme acompanha a história de Barry Allen, nosso querido herói Flash que apesar de velocista luta para não se atrasar para o trabalho todos os dias, logo depois de voltar de Gotham onde ajudou Bruce Wayne (Ben Affleck), os dois conversam na porta do apartamento de Barry e o mesmo, introduz a ideia de voltar no tempo e de alguma forma evitar a morte de sua mãe (Maribel Verdú, O Labirinto do Fauno), o morcego logo o alerta para não tentar fazer isso, pois qualquer fio de cabelo que ele mude de lugar o universo pode entrar em colapso.
Flash não dá ouvidos a Bruce e na mesma noite volta no tempo para tentar fazer com que sua mãe viva no futuro onde ele está, a partir daí entramos em um looping de coisas dando errado uma atrás da outra e a aventura do herói escarlate começa a degringolar bagunçando a linha temporal como um todo.
A princípio o filme é muito divertido e Ezra está muito bem no papel de flash, tanto na sua versão mais jovem, quanto na versão mais velha, todo o elenco de apoio também entregam uma boa atuação e o roteiro “simples” funciona até certo ponto e se perde do meio pro final, mas quando se mexe com viagem no tempo e multiverso, a confusão sempre estará presente.
Michael Keaton retorna ao seu icônico papel de Batman, completamente louco das idéias após anos combatendo o crime, ele finalmente não tem mais crimes a combater em Gotham e preso dentro da mansão Wayne ele foi ficando cada vez mais solitário e maluco. É quando os dois Barrys chegam, para resgatar o herói adormecido dentro de Keaton e assim poderem unir forças para derrotar o vilão recém chegado na terra, Zod, o vilão de Homem de Aço (2013).
Para combater alguém tão poderoso quanto Zod, eles procuram incessantemente por Kal-el, o Superman daquele universo, mas acabam achando no lugar sua prima, Kara Zor El, que está presa em uma prisão de segurança máxima na Rússia, em uma cela escura eles a resgatam e correm para a luz solar para que Kara consiga enfim usufruir de sua força máxima e assim os 4 heróis partem para dar fim ao plano de terraplanagem de Zod.
Dirigido por Andy Muschietti (It: A Coisa), The Flash apresenta bons planos e uma direção concisa, assim como vimos em It, mas até o filme do palhaço apresenta efeitos visuais melhores do que vemos no longa, para mim a impressão é de que faltou tempo para finalizar tudo, em alguns momentos ele é bom, mas oscila grotescamente durante todo o filme. A Fotografia de Henry Braham (Guardiões da Galáxia 2, Malévola) por outro lado traz um ar muito dinâmico para o filme, condizendo com a história do velocista.
A trilha composta por Benjamim Wallfisch empolga e referencia outras trilhas como a de Danny Elfman para o Batman, mas com um tom muito mais atual que combinou muito com o filme. O roteiro é assinado triplamente, por Christina Hodson (Aves de Rapina) John Francis Daley e Jonathan Goldstein (Homem-Aranha De Volta ao Lar e Dungeons & Dragons), com toda a viagem por multiversos o roteiro se perdeu em alguns momentos mas entrega um final no mínimo coerente.
Pós cabine de The Flash a falação foi grande, havia uma dualidade entre como o filme estragou tudo que veio anteriormente e como o filme é cômico e empolgante, minha visão é de que finalmente temos um filme solto das amarras da DC, assim como foi O Esquadrão Suicida, que ousa em apresentar histórias inovadoras no meio de vários universos e entrega uma boa experiência ao espectador que vai sair do cinema ao menos entretido. No fim The Flash não é a melhor obra da DC até então, mas está bem longe de ser a pior também, um filme cômico, cativante e tocante, pois quem não chorar na cena que o Flash está arrumando a linha do tempo não tem coração!!
Faça igual o herói escarlate e vai correndo pro cinema, definitivamente The Flash vale muito o ingresso!
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