Crítica | Thor: Amor e Trovão – O humor Taika em mais um filme isolado na fase 4 do UCM
Thor: Amor e Trovão é mais um filme do Deus do Trovão comandado por Taika Waititi que segue a fórmula de sucesso de “Ragnarok”, com um humor pastelão mas que não agrega muito ao coletivo de um universo cinematográfico.
Sinopse: “Thor: Amor e Trovão”, da Marvel Studios, encontra o Deus do Trovão numa jornada diferente de tudo o que já enfrentou – a procura pela paz interior. Mas a reforma de Thor é interrompida por um assassino galáctico conhecido como Gorr, o Carniceiro dos Deuses, que procura a extinção dos deuses. Para combater a ameaça, Thor pede a ajuda da Rei Valkiria, de Korg e da ex-namorada Jane Foster, que – para surpresa de Thor – empunha inexplicavelmente o seu martelo mágico, Mjolnir, e se intitula a Poderosa Thor. Juntos, eles embarcam numa angustiante aventura cósmica para descobrir o mistério da vingança do Carniceiro dos Deuses e detê-lo antes que seja tarde demais.
A Marvel Studios segue construindo seu universo cinematográfico no cinema e na TV com a atual fase quatro, trazendo na próxima quinta-feira (7) Thor: Amor e Trovão aos cinemas, mais um capítulo da história do Deus do Trovão. As produções atuais dessa nova fase tem sido divisores de opiniões devido a sua continuidade desacelerada após os eventos de Vingadores: Ultimato, quase como era no início do UCM.
Não há problema em desacelerar para construir novas tramas para personagens antigos e introdução de novos personagens e suas novas histórias. O problema da atual fase está na falta de conexões e de consequências, que deixam a forte impressão de que a Marvel Studios não está sabendo o que fazer com a continuidade de seu universo cinematográfico, lançando um ‘filer’ atrás do outro. Thor: Amor e Trovão se encaixa muito nisso por ser mais um filme isolado que não se preocupa em informar ao público seu lugar e a sua importância dentro dessa nova saga.
Seguindo como um filme isolado, ‘Amor e Trovão’ consegue continuar expandindo a história de Thor e seus amigos em uma aventura bem humorada que consegue continuar desenvolvendo não só o Deus do Trovão, mas também personagens que o cercam como Valkiria, Korg e Jane Foster em seu retorno deslumbrante e (finalmente) digno.
O retorno de Natalie Portman ao papel de Jane Foster é um dos principais destaques do longa. Taika Waititi conseguiu dar a devida importância que a personagem tem para Thor, muito além de só um interesse amoroso. A adaptação da Poderosa Thor para o live action é exaltada em uma participação badass, apesar de pouco sentimental. Apesar disso, Jane e Thor têm mais química do que nunca, fazendo o espectador torcer por um final feliz para o casal, dadas as condições da personagem de Portman. Korg, interpretado pelo próprio Taika, e Valkiria também tem seus momentos de evolução.
Ainda em parte do elenco, temos a participação de Christian Bale que traz um vilão com motivação forte o suficiente para justificar seus atos ao longo do filme e presença marcante. A trama simplista prejudica um pouco do que personagem poderia ter sido, muito além do que foi apresentado e uma ameaça mais perigosa do que realmente é.
A trilha sonora é marcante, com grande parte dela, sendo composta por Guns N’ Roses, dá mais dinamismo às cenas de ação e se complementa muito bem com o visual impecável que Thor: Amor e Trovão tem. Taika mais uma vez aposta no colorido para tranformar seu filme em uma experiência visual. Claramente temos um filme feito para salas especiais, que deve causar um impacto muito mais imersivo, principalmente em salas IMAX, para o qual o filme foi primariamente projetado.
O roteiro é simples e sem muita preocupação em dar voltas e voltas para o seu plot principal, o que acaba prejudicando a evolução do vilão do filme, que é quase como uma participação especial. As piadas funcionam bem, uma delas que segue periodicamente e ainda sim tiram boas gargalhadas em todas as vezes, mas o excesso tira o peso do drama e o sentimentalismo, que são pouco inspirados para tocar o espectador.
No fim, Thor: Amor e Trovão é pura diversão, com piadas que funcionam e desenvolvimento satisfatório de seus personagens, mas continua com o erro da fase quatro em não trazer consequências que vão pesar futuramente e a falta de conexão para mostrar ao espectador um vislumbre do futuro e fazer com que o espectador continue interessado em acompanhar uma nova saga pelos próximos dez anos.
Deixe um comentário
Você precisa fazer o login para publicar um comentário.