E para o desespero geral da nação cinéfila, o Ministério da Economia se mostrou a favor da extinção do benefício que propões a meia-entrada nos cinemas. Como se já não bastasse os preços exorbitantes dos ingressos, o fechamento forçado dos cinemas e ausência de novos lançamentos cinematográficos devido a pandemia, agora os fãs da sétima arte terão que seguir em aflição com essa nova pauta.
Uma pesquisa de monitoramento realizada em mais de 3 mil salas de cinema pelo Sistema Controle de Bilheteria (SBC), desde 2017, aponta que há uma baixa na procura por ingressos de meia-entrada. Porém, uma análise da ANCINE estimou que 80% dos ingressos vendidos em 2019 foram comercializado pelo preço de meia-entrada. De acordo com as estimativas, mais de 96,6 milhões de brasileiros são assistidos pela lei que prevê o benefício para consumo de cultura.
Em Dezembro de 2013, a lei de meia-entrada foi aprovada e em 2015 regulamentada. O benefício aplica-se a estudantes, idosos, jovens de baixa renda e deficientes. Pelo menos 40% dos ingressos em espetáculos artísticos, culturais e esportivos devem ser destinados para venda de meia-entrada.
O Ministério também alega que há malefícios na comercialização de ingressos por meia-entrada, alegando que “Como consequência, os grupos que dela fazem uso (da meia entrada) são iludidos, pois praticamente não usufruem de benefício algum”, ou seja, os preços dos ingressos estão atualmente elevados devido ao benefício.
O Brasil é o único país do mundo que garante por meio de lei o benefício de meia-entrada. Vale mencionar que algumas redes de cinema disponibilizam esse benefício por conta própria, como a UCI Cinemas que garante meia-entrada aos sócios Unique e a Cinemark para os sócios do Cinemark Mania.
A discussão sobre a obrigatoriedade da meia-entrada está aberta ao público até 13 de agosto, quando o Ministério da Economia decidirá se os cinemas poderão abrir mão do benefício.
Fonte: G1
Deixe um comentário
Você precisa fazer o login para publicar um comentário.