La La Land | O amor é importante, mas as vezes não
Hoje a gente vai falar de La La Land do Damien Chazelle, que fez o premiado Wiplash que vai ter artigo sobre aqui também, mas dessa vez acompanhamos Sebastian um pianista frustrado atuado pelo Ryan Gosling e a Mia uma aspirante a atriz interpretada pela maravilhosa Emma Stone.
Aqui vemos uma história de amor, felicidade e carreiras artísticas com um tom bem dramático que é perfeito, e sendo sincero La La Land é o tipo de filme que o cinema precisa ter, um filme com uma nostalgia dos anos 40 ao estilo cantando na chuva, e fazia muito tempo que não tínhamos um musical tão bom quanto esse, que apesar das homenagens ao cinema dos anos 40 e 50 consegue se manter muito atual.
Mas um musical? Sejamos sinceros: o público hoje em dia tem um certo preconceito com esse gênero, talvez seja porque de um tempo para cá o cinema vem se entupido de filmes com uma carga dramática e buscando histórias mais realistas, que não tem essa leveza que os musicais trazem. Óbvio que dramas em musicais existem, mas a quebra do mundo onde todos só começam a cantar e dançar deve parecer estranha mesmo.
E as sequencias musicais em La La Land são completamente diferentes de outros filmes, onde as cenas de musicais são todas filmadas em plano sequência e você fica querendo ver alguém errar lá no fundo da cena, mas é claro também que nem todas são em planos sequências; deve ter algum corte ou truque de câmera e as coreografias são maravilhosas, dignas do título de obra de arte.
Uma das cenas de La La Land com mais emoção consegue ao mesmo tempo ser cafona e homenagear o clássico; é estranho mais acontece. Toda a cena do observatório – meu Deus – desde o começo onde só tem a silhueta sendo vista e saem voando pela sala, onde, sendo sincero, eu chorei. É uma daquelas cenas que vai ser diferente para cada pessoa, assim como quando o Sebastian explica para a Mia o porquê de o jazz ser tão importante, ele diz “o jazz e sempre diferente ele adora ir naquele bar porque é sempre uma versão diferente da música que você ouviu na noite anterior.”
Hollywood construiu algo muito forte no cinema onde dois personagens tem que ficar juntos seja lá qual o motivo. A gente acredita que eles têm que ficar, e o que mais acontece são esses dois personagens deixares as diferenças e o sonho para viver aquilo, mas La La Land mostra um pouco mais da realidade da vida. O cinema hollywoodiano nos mostra que para viver feliz precisamos de alguém para ser feliz, sendo que apenas chegar ao nosso sonho possa ser o suficiente, e La La Land vai por esse lado sem deixar o drama do amor dos 2 personagens.
La la land fala sobre a felicidade vindo da conquista dos seus sonhos, e como a felicidade pode ser explorada e falada de vários jeitos possíveis. Na filosofia a felicidade foi discutida por muitos anos; Sócrates falava que “a felicidade não era só a satisfação dos desejos e as necessidades do corpo, mas tinha a ver com a alma”, mas em a conquista da felicidade, o filosofo e matemático Bertrand Russel diz “o homem que adquire facilmente as coisas pelas quais sente um prazer moderado, conclui que a realização do desejo não da felicidade.
Esquece-se de que privar-se de algumas coisas é a parte indispensável da felicidade.” e isso serve tanto para o Sebastian sobre ele deixar uma coisa de lado para se tornar feliz ou a Mia que deixou sim uma coisa de lado e ficou feliz, dizer que o nosso querido Sebastian não está feliz é errado, porque ele deixar a Mia mostra que chegou onde ele quis chegar; ele tem o clube de jazz que ele sempre sonhou e a falta da Mia o mostra que é feliz.
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