Tag: Django LIvre

  • 10 filmes marcantes lançados na década de 2010

    10 filmes marcantes lançados na década de 2010

    A década de 2010 se encerra no dia 31 de dezembro de 2020 e nos últimos 10 anos foram realizados grandes filmes que marcaram a história recente do cinema. Pensando nisso, elaboramos uma lista com alguns dos filmes mais marcantes nesse período, por diferentes razões: bilheteria, qualidade, notas da crítica e inovação. E para você leitor, quais as produções mais marcantes desta década?

    Confira:
    A Pele que Habito (2011)
    10 filmes marcantes lançados na década de 2010

    Dirigido por Pedro Almodóvar, A Pele que Habito gira em torno da história do cirurgião plástico Roberto Ledgard (Antonio Banderas) e de sua filha Norma (Blanca Suárez), a qual sofre de problemas psicológicos após a morte da mãe. Estimulada por seu psicólogo, a garota tenta retornar a normalidade saindo para socializar, porém, acaba sendo estuprada depois de uma festa de casamento; Roberto então decide se vingar do responsável o transformando em um de seus experimentos. O filme que trabalha com um tema já delicado, pode causar choque e horror em certos espectadores por conta das cenas explícitas e cruéis.

    Django Livre (2012)
    10 filmes marcantes lançados na década de 2010

    Uma das obras-primas de Quentin Tarantino e com um elenco de peso, Django Livre conta a história do escravo Django (Jamie Foxx), que é comprado pelo caçador de recompensas alemão Dr. King Schultz (Christoph Waltz), uma vez que Django é o único que sabe como encontrar os irmãos Brittle, uma dupla de assassinos. O alemão promete liberar Django quando terminarem a missão, mas após a resolução do caso os dois decidem continuar trabalhando juntos, sem Django deixar de se empenhar em seu maior objetivo: encontrar sua esposa (Kerry Washington) que foi vendida como escrava há muitos anos e a libertar. O filme que venceu o Oscar de Melhor Roteiro Original conta ainda com a atuação de Leonardo DiCaprio, Samuel L. Jackson e Kerry Washington.

    Os Vingadores (2012)
    10 filmes marcantes lançados na década de 2010

    Um dos filmes responsáveis pela abertura das portas para o universo dos filmes da Marvel e de super-heróis no geral, Os Vingadores (2012) e seus sucessores integram as listas de maiores bilheterias mundiais de todos os tempos. No filme, Loki (Tom Hiddleston) é enviado para à Terra por uma raça alienígena que pretende dominar os humanos, o irmão de Thor rouba o cubo cósmico que está sendo protegido pela S.H.I.E.L.D e passa a controlar Clint Barton/Gavião Arqueiro (Jeremy Renner) e o Dr. Erik Selvig (Stellan Skarsgard), os forçando a trabalharem para ele. Nick Fury (Samuel L. Jackson) então convoca um grupo de super-humanos composto por Thor (Chris Hemsworth), Steve Rogers/Capitão América (Chris Evans), Natasha Romanoff/Viúva Negra (Scarlett Johansson), Bruce Banner/Hulk (Mark Ruffalo) e Tony Stark/Homem de Ferro (Robert Downey Jr.), para combater os inimigos e manter o equilíbrio mundial.

    Clube de Compras Dallas (2013)
    10 filmes marcantes lançados na década de 2010

    Ambientado na década de 80 no Texas, EUA, Clube de Compras Dallas conta a história do eletricista Ron Woodroof (Matthew McConaughey), que é diagnosticado com AIDS e passa a lutar com a indústria farmacêutica americana. Buscando por tratamentos alternativos em um período obscuro para os portadores da doença, Ron decide começar a contrabandear medicamentos ilegais oriundos do México. O filme foi vencedor de três categorias do Oscar e teve aprovação majoritária da crítica especializada, que destacou especialmente a excelente atuação de Matthew McConaughey, que emagreceu cerca de 21 quilos para interpretar o protagonista.

    O Grande Hotel Budapeste (2014)
    10 filmes marcantes lançados na década de 2010

    Dirigido por Wes Anderson e com uma estética de ponta, característica do currículo do diretor, o Grande Hotel Budapeste é ambientado nos anos 30 e segue a trama de um gerente de hotel e um funcionário que fazem amizade e se envolvem em grandes acontecimentos no local, como o roubo de um importante quadro renascentista e a briga por herança de uma família. Com nota 8,1 no IMDb, a produção liderou a lista de bilheteria dos filmes independentes de 2014, além de ter faturado quatro estatuetas do Oscar.

    Mad Max: Estrada da Fúria (2015)
    10 filmes marcantes lançados na década de 2010

    Em um mundo distópico e apocalíptico, Max Rockatansky (Tom Hardy), um guerreiro independente, é capturado pelo tirano Immortan Joe e seus aliados em meio a uma guerra iniciada pela Imperatriz Furiosa (Charlize Theron) para salvar um grupo de garotas. Em busca de sua própria salvação, Max decide ajudar o grupo e se vê frente a uma decisão complexa: continuar vivendo sozinho ou se aliar ao grupo? O filme é o quarto da franquia Mad Max, sendo que o último havia sido lançado em 1985. Foi revelado que mais de 4/5 do filme utilizou recursos reais para a construção do universo, como maquiagens, dublês, sem precisar recorrer aos efeitos gráficos; uma das exceções é a utilização da computação gráfica para aumentar a qualidade do braço protético utilizado pela Imperatriz Furiosa.

    La La Land: Cantando Estações (2016)
    10 filmes marcantes lançados na década de 2010

    Representante do gênero musical da lista e sucesso com a crítica especializada e o público, La La Land: Cantando Estações segue a história do pianista Sebastian e a atriz Mia, que se apaixonam perdidamente e buscam ter um relacionamento enquanto lutam para ter sucesso na grandiosa cidade de Los Angeles. Estrelado por Ryan Gosling e Emma Stone, a produção foi vencedora de todas as sete categorias do Globo de Ouro de 2017.

    Corra! (2017)
    10 filmes marcantes lançados na década de 2010

    A trama de Corra! gira em torno de Chris (Daniel Kaluuya), um jovem negro que viaja para o interior com Rose (Alisson Williams), sua namorada caucasiana, para conhecer a família da garota. Durante o tempo em que está hospedado na residência, Chris começa a descobrir detalhes macabros da família e da vizinhança. Será tarde demais para conseguir fugir? Em entrevista, Jordan Peele, diretor do filme, contou que a história é baseada em show de stand up de Eddie Murphy, em que o comediante narra a experiência que teve ao conhecer a família de uma namorada caucasiana. Aquém da entrevista do diretor, o filme é uma importante obra que contém uma crítica direta ao racismo e a segregação racial nos EUA.

    Roma (2018)
    10 filmes marcantes lançados na década de 2010

    Ambientada em 1970, a história do longa-metragem mexicano Roma foca em um família de classe média residente na Cidade do México, México. Paralelamente, acompanhamos a história da empregada doméstica e babá da família, Cléo (Yalitza Aparicio), que vive uma realidade distinta dos patrões. Durante um ano em que o filme é retratado, diversos acontecimentos mudam a rotina da família e suas próprias vidas. Dirigido por Alfonso Cuáron e baseado em suas vivências, Roma é o primeiro filme vinculado à Netflix indicado ao Oscar.

    Parasita (2019)
    10 filmes marcantes lançados na década de 2010

    Único representante asiático da lista, Parasita se tornou um grande sucesso mundial após sua estreia, lançando luz ao cinema sul-coreano. O filme mostra as condições insalubres que vive a família Ki-taek, a qual todos os membros estão desempregados; quando Ki-woo (Choi Woo-shik), o filho mais velho, é indicado para dar aulas de inglês para uma garota rica, a família inteira começa a se desdobrar para conseguir uma vaga de trabalho com a luxuosa família. Deslumbrados com a ascensão social e os luxos, a família passa a cometer erros que podem comprometer suas vidas. Com direção de Bong Joon-ho, Parasita ganhou quatro estatuetas do Oscar e obteve nota 8,6 no IMDb, uma das maiores do site.

    Leia mais: 10 filmes com histórias que se passam no Ano Novo

  • Tarantino e a beleza em contar histórias

    Tarantino e a beleza em contar histórias

    Tarantino é quase um adjetivo, uma palavra que roda a boca de todos e ainda assim, permanece mística. Algo sagrado, justamente por seus pecados. Um contador de histórias nato. O cinema é apenas mais uma das formas encontrada por nós para contarmos essas histórias. No final, não passa disso. Histórias de amor, contos de terror, sequências de ação ou grandes épicos que misturam tudo isso.

    Elas podem ser muito bonitas, indo de cenários com a aridez do velho oeste até a crueldade da França ocupada pela Alemanha Nazista. O cruel pode e deve, ser muito bonito. Injustiças e personagens duvidosos dominam este universo tão próximo do nosso, gerando diversos momentos memoráveis de tensão e incomodando os que já esperam certos clichês de roteiro.

    Tarantino
    Cena do filme “Bastardos Inglórios” / Universal Pictures

    É nisto que Quentin Tarantino brilha: embelezar a crueldade que circunda todos nós. Por mais dura que uma situação possa ser, ela, ainda, guarda uma boa história. Recentemente, por meio da retratação histórica e de modificações na vida de personagens reais, o cineasta vem criando universos dentro de realidades e até subvertendo o olhar do espectador.

    Seu cinema vem sendo cada vez mais algo muito bonito de assistir. Evoluindo em sua sensibilidade e chegando ao ponto alto de sua carreira: “Era Uma Vez Em… Hollywood“. A melancolia do que já passou. Dois mundos em embate. Dois cinemas lutando entre si para dominar os espectadores. Um olhar sensível sobre a própria arte de se contar histórias. Por que contá-las? Elas já não estão todas feitas?

    A resposta é não. E acrescento ainda, as que já estão feitas podem ser reaproveitadas e inseridas em novos contextos e linhas narrativas. A marca de Tarantino é algo singular e qualquer história que ele conte, é uma história que vale a pena ouvir. Anos e anos se passaram e ele tem muito o que falar ainda.

    Tarantino
    Cena de “Era Uma Vez Em… Hollywood” / Columbia Pictures.

    É recriando essas épocas que já se passaram e as somando com personagens caricatos, situações contemplativos e longas cenas, que Tarantino desafia nosso próprio olhar. Passando por memórias de sua infância e tempos que nem ele mesmo viveu, o diretor deixa sua marca em histórias sensíveis que dizem muito mais do que apenas o sangue escorrido em tantas cenas finais.

    Há muito escondido entre tantos cortes, passagens e diálogos. É lindo de acompanhar, seja pelas vinganças de Django e Shosanna ou pelas descobertas interiores de Rick Dalton. A transformação do banal em fundamental move essa forma de cinema “tarantinesca“, no qual, até a rotina diária dos personagens se torna interessante e muito reveladora.

    Até um dia de nevasca em uma cabana torna-se um espaço para colocar personagens, preconceitos e visões de mundo em conflito. Diferente do que muitos pensam, a principal arma de Tarantino é o diálogo: seco, cruel, irônico e em doses certas. A violência não está somente nos grandes momentos catárticos desses diversos filmes, mas em seu próprio desenvolvimento, construindo cenários que transbordam conflitos.

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    Cena de “Os Oito Odiados” / The Weinstein Company.

    Não é só contar essas histórias. É viver o que não se viveu. Ou até viveu, mas não da forma como gostaria. A História vira um largo campo de experimentação e tramas envolvendo assassinos e ladrões de banco evoluem para um sensibilidade não vista antes na carreira de Tarantino. Os elementos iniciais já estavam todos lá, mas a evolução dele como contador de histórias é algo que vale a pena acompanhar.

    Emociona, diverte e faz ferver o sangue. É épico no próprio sentido da palavra. E em tempos de quarentena e isolamento social, talvez seja o que mais precisamos. Então, assista um filme de Tarantino, pois tanto pela primeira quanto pela milésima vez, há muitas coisas lá dentro para além do que se assiste. É a beleza de contar histórias.

    Confira também: Como o Coronavírus está afetando a dublagem brasileira