Tag: Oscar 2021

  • Oscar 2022 | Academia divulga detalhes das novas mudanças na premiação

    Oscar 2022 | Academia divulga detalhes das novas mudanças na premiação

    Como de costume, o Oscar de 2022 terá algumas diferenças em relação ao ano anterior, de mudanças em pequenas categorias técnicas até alterações na categoria de Melhor Filme.
    Já se conhecem os pré-seleccionados de 9 categorias para os Óscares 2020
    As veneradas estatuetas douradas distribuídas na noite de premiação | Divulgação: Academy of Motion Picture Arts and Sciences

    Devido o conturbado ano de pandemia global, o Oscar de 2021 foi marcado por diversas restrições e regras novas, principalmente em relação a elegibilidade dos filmes. Mesmo que um certo conservadorismo em relação a obrigatoriedade de exibição dos filmes em salas de cinema para se tornarem elegíveis tenham dominado a Academia ao longo de anos, por conta da situação pandêmica exceções foram abertas para a inscrição das obras que viriam a disputar as estatuetas douradas.

    Como divulgado nessa tarde de quarta-feira, 30 de junho, pelo site americano Indiewire, as regras adaptadas para a pandemia foram mantidas para o ano de 2022: considerando a situação como um todo como ainda não devidamente controlada, a Academia permanece com o posicionamento de filmes lançados diretamente para serviços de streaming poderem ser elegíveis a premiação, desde que sejam liberados em até 60 dias para o serviço seguro de vídeos que a organização disponibiliza para seus membros assistirem as obras on-line.

    Tendo o critério de elegibilidade do ano anterior mantido, as mudanças para a 95° edição reveladas foram as seguintes:

    • A partir de agora, a categoria de Melhor Filme terá obrigatoriamente 10 filmes, algo que jamais tinha acontecido em toda a história da academia, e terminando com o ”número flutuante”, que havia desde a 83° edição.
    • Na categoria de Melhor Som, agora irá acontecer uma rodada preliminar de votação para o prêmio, com uma lista de 10 filmes. Após votação envolvendo todo o setor de som, a lista será divulgada, bem como as nomeações;
    • Na categoria de Melhor Trilha Sonora Original, para uma trilha ser indicada ela agora precisa ser parte de no mínimo 35% da música do filme, diferente da marca estabelecida anteriormente, de 65%;
    • Na categoria de Melhor Canção Original, não poderão ser inscritas mais de cinco músicas por filme;
    • Nas categorias de Curta-Metragem (Documental, Animação e Ficção), a lista pré-selecionada irá se expandir de 10 para 15 filmes.

    A cerimônia voltará a ser realizada no mês de março, diferente da última realizada no final de abril. A data especifica em que irá ocorrer está prevista para o dia 27 de março, enquanto os indicados a premiação serão anunciados no dia 8 de fevereiro.

  • Coringa 2 supostamente ainda está em desenvolvimento

    Coringa 2 supostamente ainda está em desenvolvimento

    Coringa 2 ainda está em desenvolvimento, de acordo com um novo relatório do ScreenRant.

    Dirigido e produzido por Todd Phillips, que co-escreveu o roteiro com Scott Silver, Coringa rapidamente se tornou um sucesso quando estreou em outubro de 2019.

    O filme, baseado em personagens da DC Comics, estrelou Joaquin Phoenix no papel-título e oferece uma origem alternativa do antagonista mais notório do Batman.

    O filme arrecadou mais de um bilhão de dólares de bilheteria e ganhou vários elogios, incluindo a vitória de Phoenix com o Oscar de Melhor Ator.

    Um novo relatório do THR indica que o Coringa 2 ainda está em desenvolvimento. Embora o relatório discuta principalmente o processo de WB para o filme Black Superman, há uma menção ao “Coringa e sua sequência planejada”.

    O texto sugere que o estúdio ainda está contando com a sequência do filme de enorme sucesso de 2019.

    Embora tenha sido planejado como um filme autônomo sem segundas parcelas, Coringa deixa a porta aberta para uma sequência. O primeiro filme termina com Arthur no Arkham State Hospital, aparentemente escapando de uma sessão de terapia e deixando pegadas ensanguentadas em seu rastro. Ainda mais notável, Coringa faz questão de incluir uma cena entre Arthur e um jovem Bruce Wayne. Mais tarde no filme, conforme o caos toma conta da cidade, o público é tratado com outra iteração do início de Batman, quando seus pais são baleados e mortos em um beco por um desordeiro. Há também a fixação de Arthur por Sophie (Zazie Beetz), um tópico que poderia ser expandido em um Coringa 2 em potencial. Por mais que contasse uma narrativa independente, a adaptação deixava apenas o suficiente para os próximos episódios..

    Fonte: Screenrant

    Confira: A Órfã 2 será uma prequela brutal e extremamente violenta, diz o diretor

  • Bong Joon Ho, de Parasita, comandará animação coreana

    Bong Joon Ho, de Parasita, comandará animação coreana

    Bong Joon-ho deve dirigir um de seus próximos projetos, que será um filme de animação coreano.

    O escritor e diretor três vezes vencedor do Oscar se tornou uma mercadoria quente depois de lançar seu thriller de comédia de humor negro, Parasita, que se tornou o primeiro filme não em inglês a ganhar Melhor Filme, ao mesmo tempo que ganhou Melhor Diretor, Melhor Roteiro Original e Melhor Longa-Metragem Internacional.

    Desde então, ele tem trabalhado em vários projetos, incluindo uma série limitada de seis partes da HBO baseada no vencedor de Melhor Filme, também intitulada Parasita, com Adam McKay, e dois novos recursos. Um será em inglês e outro em coreano.

    O Deadline agora informa da Agência de Notícias Yonhap, que o próximo projeto do cineasta será uma animação de aventura coreana sobre humanos e criaturas do fundo do mar.

    Foi relatado que Bong Joon-ho completou o roteiro alguns meses antes e que o filme conteria elementos de ação e terror ocorrendo em Seul. Bong trabalha no desenvolvimento do filme de animação desde 2018, quando Parasita estava em pré-produção.

    Confira: Dois importantes filmes da Marvel podem ser barrados na China, entendae: Screenrant

    Fonte: Screenrant

  • Oscar 2021 | Por que inverteram a ordem de entrega dos prêmios? Produtor fala sobre a polêmica

    Oscar 2021 | Por que inverteram a ordem de entrega dos prêmios? Produtor fala sobre a polêmica

    No dia 25 abril ocorreu a cerimônia do Oscar, evento máximo da indústria do cinema. No encerramento, aconteceu algo inusitado: deixaram a entrega do prêmio de Melhor Ator para o final. Entenda o motivo.

    Tendo que se reinventar, os produtores responsáveis pela organização do Oscar precisaram se adequar aos protocolos atuais por conta da pandemia. Mas, algo chamou a atenção naquela noite. O prêmio de Melhor Filme, sempre deixado para o final, foi entregue mais cedo. E, em seu lugar, deixaram a revelação de Melhor Ator para encerrar o evento.

    Steven Soderbergh, produtor do Oscar, quebrou o silêncio e falou sobre a mudança:

    Não é que nós presumimos que Boseman ganharia, mas se essa possibilidade existia, tínhamos que levar isso em consideração. Teria sido um momento tão extraordinário que voltar depois disso teria sido impossível”.

    A boa intenção era experimentar algo novo, mudar um pouco as tradições da Academia. Soderbergh continuou: “É nossa crença – e não é infundada – de que discursos de atores tendem a ser mais dramáticos do que de produtores. Então pensamos que seria bom mudar isso, especialmente se as pessoas não sabem o que esperar“.

    Oscar 2021 - Por que inverteram a ordem de entrega dos prêmios? Produtor fala sobre a pôlemica
    Oscar 2021

    Como todos sabem, a mudança não foi um acerto. A estatueta dourada foi para Anthony Hopkins, e não para Chadwick Boseman. Infelizmente, Hopkins não estava presente na cerimônia, o que culminou em um desfecho morno, sem discurso.

    Fonte: Omelete.

    Leia nosso artigo sobre o grande vencedor da noite do Oscar:

    Oscar 2021 | Nomadland — Cada imagem de Chloé Zhao vale mais que mil palavras.

  • A Internet está furiosa pelo Oscar “esnobar” Chadwick Boseman

    A Internet está furiosa pelo Oscar “esnobar” Chadwick Boseman

    O 93º Oscar aconteceu ontem à noite e no que foi facilmente o maior choque da cerimônia, e um dos resultados mais inesperados na memória recente, Chadwick Boseman não ganhou um Oscar póstumo por sua virada incendiária em Ma Rainey’s Black Bottom da Netflix , com Anthony Hopkins vencendo por seu papel poderoso e comovente em Meu Pai.

    A falecida estrela do Pantera Negra foi a esmagadora favorita para ir para a noite, tendo arrematado os prêmios correspondentes no Globo de Ouro, Critics ’Choice e Screen Actors Guild Awards, com os BAFTAs o único grande corpo de prêmios a ter reconhecido Hopkins.

    Saiu ainda mais do nada quando a transmissão mudou seu formato este ano para distribuir o prêmio de melhor ator por último, levando muitos a acreditar que a decisão foi tomada especificamente para que o show fosse encerrado com a coroação de Boseman.

    Naturalmente, a Internet tem muito a dizer, dizendo que ele foi desprezado em favor de Hopkins, com a lenda das telas de 83 anos conquistando sua segunda vitória de Melhor Ator três décadas depois de O Silêncio dos Inocentes.

    Fonte: We Got This Covered

    Confira: Quarteto Fantástico | Mads Mikkelsen diz que audição para filme de 2005 foi humilhante

  • Oscar 2021 | Os 7 de Chicago — O poder dos diálogos em dramas de Tribunal

    Oscar 2021 | Os 7 de Chicago — O poder dos diálogos em dramas de Tribunal

    A Sétima Arte cria associações, direta e indiretamente. Quando o palco de um filme é o Tribunal, nosso cérebro rapidamente anseia pelos diálogos afiados e monólogos marcantes. O indicado ao Oscar, Os 7 de Chicago, drama histórico escrito por Aaron Sorkin, é mais um longa que se aventura no texto para compor camada por camada de uma história regida pelas palavras.

    Você não aguenta a verdade!” essa é umas das frases mais famosas do cinema, dita pelo ator Jack Nicholson, intérprete do personagem Coronel Nathan Jessep, no longa Questão de Honra. “Orações são para os fracos, prefiro acabar com a sua raça no tribunal“, esse “ataque”, feito com palavras, saiu da boca da advogada mais famosa da TV, Annalise Keating (vivida por Viola Davis), protagonista do “show” How to Get Away with Murder, sucesso de Shonda Rhimes.

    Certo. Mas, o que essas frases têm em comum? A resposta é óbvia! Todas elas foram ditas no tribunal, usadas como instrumento de guerra, pois quando uma corte é palco para um confronto, somente os diálogos são capazes de ferir, salvar, inocentar, acusar ou condenar uma pessoa. O grande poder de um filme que retrata os dramas de um julgamento está no roteirista e na sua sagacidade ao escrever conversas, muitas vezes simbolizadas como uma batalha perante o Júri.

    Aaron Sorkin, provável vencedor do Oscar, concorrendo a Melhor Roteiro Original, sabe como envolver a audiência e transformar cada frase em uma escada rumo ao grande clímax. As letras são suas balas, o roteiro é a sua arma e a mira está apontada para as nossas emoções. É impossível escapar desse controle majestoso que ele tem sobre o texto.

    Quer outro exemplo vivo da genialidade de Sorkin? Dê “play” no filme A Rede Social e seja fisgado pelas lutas travadas com palavras.

    Os 7 de Chicago — O poder dos diálogos em em dramas de Tribunal
    Os 7 de Chicago / Netflix

    A voz das pessoas é, e sempre será necessária quando se debate questões sociais e políticas. Quando a vida de um cidadão é colocada no jogo político em prol da vitória na guerra, o medo se torna combustível para mover os donos dessas vozes. Essa é premissa que paira no começo de Os 7 de Chicago, apresentando como pano de fundo o cenário conturbado da década de 1960, período este que os Estados Unidos entrou no confronto da Guerra do Vietnã.

    Grande mérito desta obra é causada pela escrita arquitetada. Alguns diálogos (mesmo aqueles carregados de jargões) são tão densos e poderosos que roubam o protagonismo da cena. Percebe-se isso quando a raiva da audiência cresce sob os ataques desleais provocados pelo abuso de poder. É na representação do juiz Julius Hoffman (vivido pelo ator Frank Langella) que o roteiro transforma as falas em combustível para mover a narrativa para frente.

    São desses momentos que o roteiro extrai tamanha veracidade, mirando nossa atenção para as temáticas, que apesar de retratarem o passado, são extremamente atuais. É um lembrete doloroso que resgata fragmentos de narrativas similares como o longa Luta por Justiça e a minissérie Olhos que Condenam.

    Oscar 2021 | Os 7 de Chicago — O poder dos diálogos em em dramas de Tribunal
    Os 7 de Chicago / Netflix

    Aaron Sorkin pinta um retrato fidedigno de 50 anos atrás e ao mesmo tempo reflete o presente. Motivo esse que faz Os 7 de Chicago saber o momento certo de entregar cada pequena situação, para que segundos depois as transforme em algo incontrolável. Pode-se dizer que é como assistir o bater de asas de uma borboleta criando o Caos.

    Com 6 indicações, Os 7 de Chicago concorre nas seguintes categorias: Melhor Fotografia, Melhor Ator Coadjuvante, Melhor Edição, Melhor Filme, Melhor Canção Original e Melhor Roteiro Original.

    O filme está disponível na Netflix.

    Assista ao trailer:

    Confira os demais indicados ao Oscar:

    Oscar 2021 | Judas e o Messias Negro — A sina do Traidor.

    Oscar 2021 | Bela Vingança — O jeito “Emerald Fennell” de colocar o dedo na ferida!

    Oscar 2021 | Minari — Como assim uma Avó que xinga e não faz biscoitos?

    Oscar 2021 | Meu Pai — Qual é o propósito de uma Montagem “caótica”?

    Oscar 2021 | Nomadland — Cada imagem de Chloé Zhao vale mais que mil palavras.

    Oscar 2021 | Mank — Fincher e sua reverência a Metalinguagem.

    Oscar 2021 | O Som do Silêncio — Quando o “Design de Som” cria imersão.

  • Oscar 2021 | Judas e o Messias Negro — A sina do Traidor

    Oscar 2021 | Judas e o Messias Negro — A sina do Traidor

    O indicado ao Oscar, Judas e o Messias Negro, além de retratar o movimento real dos Panteras Negras, mostrou a jornada de um Traidor e suas escolhas. Sabe-se que existe uma lista enorme de personagens abaixo do título de “traidores”. A trajetória dessa figura é contada há anos no cinema, mostrando o antagonista que oscila entre a imagem de um amigo e a imagem de um inimigo. Usufruindo-se de uma comparação bíblica, o diretor Shaka King dá uma visão universal para o “Herói” e o “Vilão” de sua história.

    A ficção, muitas vezes, levou o público do amor ao ódio em poucos segundos quando a máscara do Traidor finalmente caiu. Os fãs da Terra Média custaram a crer que o Grande Mago Saruman tornara-se aliado de Sauron em O Senhor dos Anéis: A Sociedade do Anel. O mesmo aconteceu no âmbito das animações quando Scar traiu seu irmão, Mufasa, em O Rei Leão — uma releitura da peça Shakespeariana, Hamlet, que retratou a tragédia do Rei Claudius que usurpou o trono do irmão, após matá-lo.

    Logo, esse é o mote de Judas e o Messias Negro: a traição.

    A magia do cinema é poder contar histórias reais e ficcionais, nos fazendo esquecer que estamos diante de uma tela, apreciando uma grande encenação. Por causa disso, muitos ícones atemporais, que fizeram a diferença na humanidade, ganharam uma luz sob as câmeras.

    Esse é o caso do ativista Fred Hampton (Daniel Kaluuya), cuja história é explorada em Judas e o Messias Negro. No entanto, quem também ganha os holofotes é William O’Neal (vivido pelo ator LaKeith Stanfield), o informante do FBI que se infiltra no movimento dos Panteras Negras, contribuindo com o assassinato do líder.

    Judas e o Messias Negro — A sina do Traidor - Oscar 2021
    Judas e o Messias Negro / Warner Bros.

    Ainda que a realidade e a ficção unam forças para representar um corte da história, a jornada de William O’Neal mostrou que nele havia muito mais que a missão de trair sua própria causa. Usado como um fantoche pelo agente Roy Mitchell (Jesse Plemons), O’Neal deve repassar as informações do movimento, caso contrário, ele irá para a prisão. Entre a cruz e a espada, o “Judas” começa a comprar os ideais da causa, entrando em um conflito interno. Desempenhar seu papel como infiltrado? Ou vestir, de uma vez por todas, o propósito da causa?

    O notório beijo do “Judas” aqui é representado pelas palavras, pelo envolvimento na luta. E assim como o traidor do Messias, não se sabe os reais sentimentos que reinou no Traidor. Shaka King não desenvolveu sua história para crucificá-lo, muito pelo contrário, ele abriu uma porta para que víssemos que na nossa realidade, no nosso tempo, onde o racismo ainda é presente, o sistema e os homens que o fazem são capazes de fabricar traidores.

    Judas e o Messias Negro — A sina do Traidor
    Judas e o Messias Negro / Warner Bros.

    Judas e o Messias Negro recebeu 6 indicações: Melhor Filme, duas indicações na categoria de Melhor Ator Coadjuvante (Daniel Kaluuya e Lakeith Stanfield), Melhor Roteiro Original, Melhor Fotografia e Melhor Canção Original. Uma das grandes apostas da noite é ver Daniel Kaluuya discursando, após sua vitória. Ele arrematou o Globo de Ouro, o Critics Choice Awards e o SAG Awards.

    Assista ao trailer:

    Leia a crítica do filme AQUI.

    Confira tudo sobre os filmes indicados ao OSCAR na categoria de Melhor Filme:

    Oscar 2021 | Bela Vingança — O jeito “Emerald Fennell” de colocar o dedo na ferida!

    Oscar 2021 | Minari — Como assim uma Avó que xinga e não faz biscoitos?

    Oscar 2021 | Meu Pai — Qual é o propósito de uma Montagem “caótica”?

    Oscar 2021 | Nomadland — Cada imagem de Chloé Zhao vale mais que mil palavras.

    Oscar 2021 | Mank — Fincher e sua reverência a Metalinguagem.

    Oscar 2021 | O Som do Silêncio — Quando o “Design de Som” cria imersão.

  • Oscar 2021 | Mank — Fincher e sua reverência a Metalinguagem

    Oscar 2021 | Mank — Fincher e sua reverência a Metalinguagem

    Se tem algo que sempre hipnotiza os olhos dos votantes do Oscar são os filmes que retratam a rotina da própria indústria cinematográfica, como Mank — a obra mais recente do diretor David Fincher. Não é espanto para ninguém que o cinema adora falar sobre “Cinema”! Do terror ao drama, a metalinguagem perpetuou-se por diversos gêneros. Pânico 3, La La Land e o clássico Cantando na Chuva são alguns títulos que levantaram o velho debate: “a vida imita a arte ou a arte imita a vida?”.

    Eis uma confissão. Já assisti Garota Exemplar cinco vezes. Clube da Luta eu perdi as contas! Semana passada revi O Quarto do Pânico, e sempre que está passando O Curioso Caso de Benjamin Button eu paraliso na frente da TV. Prefiro nem explanar o número de vezes que meus olhos assistiram A Rede Social.

    Oscar 2021 | Mank - Fincher e sua reverência a Metalinguagem
    Mank / Netflix

    O que todos esses filmes têm em comum? É um nome, e começa com a letra “D” de David Fincher. Um dos diretores mais consagrados dos últimos anos, ele é conhecido por sempre tecer uma narrativa profunda, capaz de roubar um turbilhão de sentimentos dos espectadores. Não é à toa que as críticas positivas cercam o trabalho do cineasta. E ele é merecedor de cada elogio.

    Eu, como um grande fã, preciso engolir meu orgulho e admitir algo. Mank, infelizmente, é o filme menos “Fincher” da carreira de David Fincher (questão totalmente pessoal). No entanto, sua reverência a metalinguagem é um dos pontos altos desse filme.

    Mank - Fincher e sua reverência a Metalinguagem
    Mank / Netflix

    Mas, o que é a metalinguagem, de fato? Basicamente é quando a linguagem usa a própria linguagem para falar de si mesma. Sabe os momentos que o cartunista Mauricio de Sousa falou da criação de seus gibis dentro das tirinhas da Turma da Mônica? Ou quando Ryan Murphy retratou a produção de filmes e a corrida pelo Oscar na minissérie Hollywood? Ou o recente sucesso da Marvel, Wandavision, que usou a linguagem das séries em uma série? Bom, todos são exemplos de metalinguagem!

    Na maioria das vezes, a metalinguagem no cinema nada mais é que “um filme dentro do filme“, como Mank, de David Fincher.

    Focado no processo de criação do roteiro de Cidadão Kane, lançado de 1941, a história narra eventos que aconteceram com o roteirista Herman J. Mankiewicz (Mank para os íntimos) e sua luta contra o diretor Orson Welles, para ter seu nome nos créditos do filme. Entre verdade e ficção, o longa de Fincher se apega aos conceitos técnicos de filmagem e edição para construir sua narrativa, inclusive no uso de flashbacks, transição de cenas, diálogos, e, é claro, a fotografia em preto e branco. É o “Moderno” reverenciado o “Clássico”.

    Mank - Fincher e sua reverência a Metalinguagem
    Mank / Netflix

    Sobretudo, Mank é um “filme Legado”, visto que o script foi escrito por Jack Fincher (pai de David Fincher) na década de 90, e somente agora ganhou as telas. Ou seja, um roteirista escrevendo uma história sobre outro roteirista e sua jornada para conceber o roteiro de um filme. Metalinguagem maior que essa, não há!

    Em suma, Fincher filho homenageou O Filme que se tornou um dos pilares da história do cinema, compartilhando com o mundo a herança deixada pelo seu pai.

    Com o maior número de indicações da temporada, Mank concorre nas seguintes categorias: Melhor Filme, Melhor Ator, Melhor Atriz Coadjuvante, Melhor Direção, Melhor Figurino, Melhor Trilha Sonora, Melhor Fotografia, Melhor Maquiagem e Cabelo, Melhor Som e Melhor Design de Produção.

    O filme está disponível no catálogo da Netflix.

    Assista ao trailer:

    Veja tudo sobre a principal cerimônia do Cinema:

    Oscar 2021 | Bela Vingança — O jeito “Emerald Fennell” de colocar o dedo na ferida!

    Oscar 2021 | Minari — Como assim uma Avó que xinga e não faz biscoitos?

    Oscar 2021 | Meu Pai — Qual é o propósito de uma Montagem “caótica”?

    Oscar 2021 | Nomadland — Cada imagem de Chloé Zhao vale mais que mil palavras.

    Oscar 2021 | O Som do Silêncio — Quando o “Design de Som” cria imersão.

  • Oscar 2021 | Bela Vingança — O jeito “Emerald Fennell” de colocar o dedo na ferida!

    Oscar 2021 | Bela Vingança — O jeito “Emerald Fennell” de colocar o dedo na ferida!

    O cinema também é experimental, uma tela em branco capaz de projetar diferentes pinturas, despertando sentimentos variados como desconforto, medo e repulsa. Ainda que cheio de cores, Bela Vingança, dirigido e roteirizado por Emerald Fennell, usa desse artifício para transformar sua temática em um “soco bem forte”. Com um desfecho difícil de digerir, mas realista, a diretora cumpre seu papel: botar na dedo na ferida.

    Atriz, diretora e escritora. Emerald Fennell tem um currículo gigantesco na indústria. Recentemente, ela escreveu a 2ª temporada de Killing Eve, entregando um texto “perigoso” e “afiado”. Aliás, esses são dois atributos maximizados na criação de Bela Vingança. Aqui, ela cria uma narrativa que flerta com a imprevisibilidade, sem filtros ou meias palavras. Com uma mensagem ácida, regada a suspense, drama e muitas reviravoltas, Fennell tem uma assinatura que se apega aos pequenos detalhes, tornando-os grandes.

    Falar sobre o filme é como andar no “campo minado dos roteiros”. Tem que tomar muito cuidado para não pisar em uma bomba de “Spoilers“. Entretanto, assim como a diretora, que se apegou aos detalhes, tentarei ir pelo mesmo caminho.

    Ao digitar “Promising Young Woman” (título em inglês) na caixa de pesquisas do Google Imagens, os resultados mostraram que no filme há uma grande predominância de três cores: Rosa, Azul e Vermelho. Veja:

    Bela Vingança — O jeito "Emerald Fennell" de colocar o dedo na ferida!
    Google Imagens: Bela Vingança / Promising Young Woman

    Mas, o que cada cor tem a dizer sobre Bela Vingança e sua protagonista?

    A Psicologia das Cores é um estudo que compreende as sensações que cada cor passa para o nosso cérebro. Vermelho está associado a intensidade, revolta, agressividade e força. Palavras que estão no cerne da narrativa, refletidas na paleta de cores do filme.

    Azul está intrinsecamente ligado a “verdade”, principal elemento que move a jornada da protagonista Cassie (vivida pela excelente, e talvez ganhadora do Oscar, Carey Mulligan).

    E quanto ao Rosa? Bom, essa é uma cor que representa cortesia, amabilidade e charme. Mas, quando misturado a outros tons, pode imprimir sedução, oscilando entre a imoralidade e a paixão. E qualquer semelhança com o roteiro de Bela Vingança não é coincidência. Rosa também simboliza a doçura das sobremesas, dos confeitos em vitrines recheadas de doces. E adivinhem quem trabalha numa confeitaria, cercado por guloseimas?

    Bela Vingança — O jeito "Emerald Fennell" de colocar o dedo na ferida!
    Bela Vingança / Focus Features / Universal Pictures

    Há um significado mais preciso para o Rosa. Além de inspirador, quente e reconfortante, é uma cor calmante e não ameaçadora. Talvez, aqui tenha entrado o sarcasmo de Emerald Fennell ao subverter tais significados em seu roteiro, visando explorar as reviravoltas no terceiro ato. Falar mais sobre isso, seria o mesmo que entregar algum “Spoiler“.

    Para muitos, as tonalidades serão apenas um detalhe em segundo plano, mas na verdade elas gritam mais coisas na tela do que podemos imaginar. A temática não é apenas dissecada no texto, na fotografia e no arco de personagens. Ela também é explorada através das cores, desde o primeiro frame até o último.

    Bela Vingança — O jeito "Emerald Fennell" de colocar o dedo na ferida!
    Bela Vingança / Focus Features / Universal Pictures

    Detalhes. Esse é jeito “Emerald Fennell” de colocar o dedo na ferida. Com cinco indicações ao Oscar, Bela Vingança concorre a Melhor FilmeMelhor Atriz, Melhor Direção, Melhor Roteiro Original e Melhor Edição.

    Assista ao trailer:

    Clique AQUI e fique por dentro dos indicados ao Oscar 2021 na categoria de Melhor Filme.

  • Oscar 2021 | Minari — Como assim uma Avó que xinga e não faz biscoitos?

    Oscar 2021 | Minari — Como assim uma Avó que xinga e não faz biscoitos?

    O encontro entre duas gerações sempre rende tramas sobre aprendizado e desconstrução de ideais. Durante anos, simbolizado na figura do “Mestre” e do “Aluno”, tal relação foi explorada em diversos roteiros que abordaram o choque entre o mundo dos mais velhos e o mundo dos mais jovens. Essa é a premissa que pulsa no coração narrativo de Minari ao explorar a conexão entre “avó” e “neto”.

    Na literatura nacional há uma vovó com “cestinha de costura ao colo e óculos de ouro na ponta do nariz” que todos conhecem. Além de residir em um famoso sítio, Dona Benta tornou-se um referencial imagético para muitos, como a avó carinhosa, gentil, conselheira e que sabe fazer os quitutes mais saborosos. Mas, vez ou outra, o cinema e a TV retratam outros perfis, desconstruindo o modelo da vovó perfeita. No filme A Proposta, comédia romântica de 2009, a atriz Betty White encarnou uma senhora para lá de diferente. A avó Shige, de Meus Vizinhos, os Yamadas (obra do falecido diretor Isao Takahata), também foi na contramão dessa imagem generalizada.

    Minari — Como assim uma Avó que xinga e não faz biscoitos?
    Minari: Em Busca da Felicidade / A24

    Agora, em 2021, essa desconstrução tem nome e rosto: Soon-Ja. Conhecida como a “Vovó Desbocada” de Minari, a personagem ganhou vida nas mãos da veterana Yuh-Jung Youn. A artista sul-coreana é a grande aposta para arrematar a estatueta dourada como Melhor Atriz Coadjuvante. Inclusive, minha torcida vai para ela.

    Sem papas na língua, a vovó Soon-Ja não é apenas uma estrangeira no coração do Arkansas. Para as crianças, ela é uma desconhecida que morará sob o mesmo teto. Para a filha, a presença de sua mãe é uma ponte que a conecta com suas raízes; e para muitos espectadores, ela é o grande destaque do filme, roubando a cena toda vez que surge na tela. Ainda que fuja da representação de avó que muitos conhecem, ela traz algo em sua bagagem ao chegar na casa de sua família: carinho.

    Minari — Como assim uma Avó que xinga e não faz biscoitos?
    Minari: Em Busca da Felicidade / A24

    Se em uma ponta temos a avó desbocada, na outra está o neto com a mesma característica. O garoto, chamado David, diz “Você nem é vovó de verdade. Pois, elas fazem biscoitos. Elas não xingam!“. Para ele, a senhora que está dormindo em seu quarto e roncando todas as noites não corresponde suas expectativas. Frustrado, ele trilha um caminho para entender que sua avó tem outras peculiaridades, como fazer piadas e zombar dos netos em um jogo de cartas.

    O carisma que emana do personagem é fruto da direção cuidadosa que o cineasta Lee Isaac Chung teve com o ator mirim Alan S. Kim, explorando a inocente sinceridade do jovem. Não é à toa que o garotinho fez muitos chorarem e sorrirem quando ele foi premiado com o Critic’s Choice Awards. Veja:

    Apesar da temática acerca do “sonho americano” pela óptica de uma família coreana, Minari entrega o que tem de melhor nessa relação entre avó e neto. O choque entre a experiência e a inocência travessa gera momentos inesquecíveis. Uma hora você está sorrindo, depois gargalhando e no fim seus olhos estão borrados pelas lágrimas. É uma convivência tão sincera e pura que muitos terminarão o filme querendo adotar a “Avó Desbocada”. Vovó Soon-Ja pode não ser o modelo ideal de “mestre” e tudo bem, afinal, seu neto não é um pupilo convencional. Mas, mesmo com essa dinâmica incomum, eles encontram tempo para aprender um com o outro.

    Mães são nossas primeiras super-heroínas. Elas defendem, ensinam e motivam. Logo, a mãe da nossa mãe é tudo isso em dobro. Por mais que muita gente propague a frase “não existe nada melhor que almoço feito pela avó, em uma tarde de domingo“, nem todas elas são resumidas em tais palavras, afinal existem outras formas de demonstrar amor. Minari está aí para provar isso.

    Minari — Como assim uma Avó que xinga e não faz biscoitos?
    Minari: Em Busca da Felicidade / A24

    O filme recebeu 6 indicações ao Oscar: Melhor Filme, Melhor Atriz Coadjuvante, Melhor Ator, Melhor Direção, Melhor Roteiro Original e Melhor Trilha Sonora Original.

    Assista ao trailer:

    Fique por dentro do Oscar 2021:

    Meu Pai — Qual é o propósito de uma Montagem “caótica”?

    Nomadland — Cada imagem de Chloé Zhao vale mais que mil palavras.

    O Som do Silêncio — Quando o “Design de Som” cria imersão.

  • Oscar 2021 | Meu Pai — Qual é o propósito de uma Montagem “caótica”?

    Oscar 2021 | Meu Pai — Qual é o propósito de uma Montagem “caótica”?

    No cinema, não é somente os heróis que possuem habilidades especiais. Filmes também têm superpoderes! Alguns, por exemplo, têm o dom de continuar conosco depois que os créditos acabam. Esse é o caso de Meu Pai, estrelado por Anthony Hopkins e Olivia Colman. Indicado ao Oscar de Melhor Filme, o drama é baseado em uma peça de teatro.

    Chorar, sorrir, gritar e muitos outros verbos nascidos dos nossos sentimentos são produzidos quando estamos diante da tela, assistindo um filme. Essa semana, o indicado ao Oscar, Meu Pai, me despertou um amontoado de emoções. A maior de todas foi a “Confusão”. Isso mesmo! Você não leu errado. No entanto, isso não é um ponto negativo, muito pelo contrário, essa é a grande força do filme. Prometo que isso fará sentido antes do último ponto final desse texto.

    Meu Pai - Oscar 2021
    Meu Pai / Lions Gate / California Filmes

    Um longa-metragem, antes de tudo, é uma história com começo, meio e fim. Essa é a explicação mais simples quando falamos de estrutura narrativa. Antes de ser comercializado, ele passa por uma série de “ajustes”. É nessa parte que entra a Montagem (também conhecida como Edição), com a função de selecionar e organizar os planos filmados. Assim, a história ganha ritmo e o conjunto de cenas se transformam em um filme.

    A montagem é “quase” uma arte difícil de enxergar, mas fácil de sentir. Graças a ela somos transportados para uma cena de suspense, sufocados pela tensão. Através dela acompanhamos o caos presente em roteiros de ação (Matrix está aí como prova). E nos emocionamos com a “jornada do herói” em tramas de distopia, tal como a Katniss em Jogos Vorazes.

    Em suma, esse processo cinematográfico, quando bem feito, fisga a nossa atenção, nos fazendo mergulhar dentro da história. Titanic, Forrest Gump e Tubarão são clássicos condecorados com a estatueta de Melhor Edição, e não é para menos. Esses são exemplos vivos de que a montagem é responsável para que o público se sinta dentro do filme.

    Meu Pai - Oscar 2021
    Meu Pai / Lions Gate / California Filmes

    E o que há de tão especial na montagem de Meu Pai? Sinceramente, tudo! A trama do filme fala sobre um senhor de idade (Anthony Hopkins) que sofre de demência senil. Além da perda de memória e desorientação, um dos principais sintomas é a “confusão“. É nessa palavra que o Montador desenvolve todo o trabalho de edição, nos colocando para vivenciar a confusão mental que assola o protagonista. O que é verdade? Onde estamos? O que aconteceu? Quem é você? São tantas indagações feitas pelo personagem principal, que também sentimos essas questões dentro de nós.

    Recentemente, escrevi sobre o filme O Som do Silêncio (Leia AQUI) e falei um pouco sobre como o “Design de Som” criou imersão usando a ausência de qualidade sonora. E a obra Meu Pai tem a mesma finalidade, visto que o propósito de sua montagem “caótica” é passar para o público uma experiência sensorial através das imagens. Ficamos perdidos entre verdades e achismos. Poderia ser o meu pai, ou o seu pai, ou de algum conhecido. Isso não é um balde de pessimismo que estou jogando sobre sua cabeça. Estou apenas fazendo você se imaginar nessa situação, pois é isso que o filme do diretor Florian Zeller faz!

    Meu Pai - Oscar 2021
    Meu Pai / Lions Gate / California Filmes

    O longa recebeu 6 indicações: Melhor Design, Melhor Atriz Coadjuvante, Melhor Ator, Melhor Filme, Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Edição. Uma certa intuição me diz que se O Som do Silêncio levar o Oscar de Melhor Som, Meu Pai ganhará a estatueta de Melhor Montagem.

    Confira a crítica do filme AQUI.

    Assista ao trailer:

    Veja também: Nomadland — Cada imagem de Chloé Zhao vale mais que mil palavras.

  • Oscar 2021 | Nomadland — Cada imagem de Chloé Zhao vale mais que mil palavras

    Oscar 2021 | Nomadland — Cada imagem de Chloé Zhao vale mais que mil palavras

    O mundo é maior do que imaginamos. Dentro da bolha que residimos, nosso campo de visão não alcança todas as pessoas e suas diferentes experiências de vida. Então, um “viva ao cinema!” por oferecer esse alcance, pois sem a 7ª arte não existiriam filmes como Nomadland, que pegam na nossa mão, conduzindo-nos para uma viagem.

    Comentar sobre o Oscar nos leva a falar sobre filmes, que por sua vez nos leva a falar dos diretores. Diretores nos fazem pensar em Oscar. E tudo se repete em um ciclo vicioso, que pode variar de pessoa para pessoa. Creio que os mais velhos, exploradores da extinta rede social chamada “Orkut”, se lembrarão do seguinte bordão: “O que falar dessa pessoa que mal conheço e já considero ‘pakas’?“. Pois bem, essa é a melhor forma de apresentar Chloé Zhao! Ela é a responsável pelo vindouro Os Eternos, filme que apresentará uma nova equipe da Marvel.

    Nomadland / fox searchlight pictures
    Nomadland / Fox Searchlight Pictures

    Agora que temos o contexto, vamos ao filme. De acordo com o dicionário, a palavra “lar” significa “a casa de habitação; domicílio familiar”. Mas, a vida não é tão simples assim e tal conceito pode não se aplicar a todos. “Lar” pode ser subjetivo para alguns. É isso o que Nomadland retrata: a vida dos nômades do século 21. Pessoas cujo lar está sobre quatro rodas, viajando em busca de “bicos” (empregos esporádicos). Fern, interpretada por Frances McDormand, é uma figura que não é representada pelo significado de lar que está no dicionário. Ela é a nossa carona para uma jornada sem destino. Aqui, o propósito é o Agora e as pessoas que estão ao redor.

    Mas, o que de tão especial há em Nomadland? Será a fotografia que parece um conjunto de quadros? A montagem paciente? As atuações? Quem sabe, a temática? Muitos pontos de interrogação, eu sei. Pode ser tudo isso, sim. Talvez outros aspectos mais “pessoais”. No entanto, uma coisa é certa: Nomadland é uma grande viagem, literal e metaforicamente. Impossível não se encantar pela beleza natural das estradas. Uma montanha, uma onda, árvores e outros produtos da natureza. É aqui que entram as imagens.

    Nomadland / fox searchlight pictures
    Nomadland / Fox Searchlight Pictures

    Se tem algo que está na ponta da língua dos brasileiros são os ditados populares. A maioria cresceu cercado por ensinamentos condensados em poucas palavras. Hoje, a pessoa em questão não reside no Brasil. Mas, sua obra cinematográfica é um conjunto de imagens que valem mais que mil palavras. Chloé Zhao fala muito com pouco, expõe um contexto socioeconômico e cultural sem parecer que está “panfletando”. É a arte da sutileza.

    O Diretor de Fotografia Joshua James Richards também merece os aplausos pelo seu retrato poético. Basicamente, o que ele faz são pinturas. A única diferença é que Joshua faz isso sem usar tinta, quadro ou pincel. Sua ferramenta é a lente da câmera.

    Voltando para a pessoa que está no título desse artigo. Chloé Zhao faz tudo! E quando eu digo “tudo”, é tudo mesmo! Ela dirigiu, roteirizou, produziu e trabalhou na montagem de Nomadland. Isso sim é um trabalho autoral merecedor de cada conquista. Ouso dizer que Zhao é “gente como a gente“. Sorridente, simpática e tímida com as próprias conquistas. Basta rever suas reações ao conquistar o Globo de Ouro e o Critic’s Choice Awards. Mas, acima disso, essa característica se refletem no trabalho dela, pois Nomadland fala sobre pessoas, sem jamais estereotipá-las, longe de julgar o estilo de vida que poucos conhecem.

    Nomadland / fox searchlight pictures
    Nomadland / Fox Searchlight Pictures

    Ah! Vale ressaltar mais uma justificativa para ver esse filme. Uma razão que dispensa explicações: Frances McDormand.

    Com meia dúzia de indicações, Nomadland concorre a Melhor Direção, Melhor Atriz, Melhor Filme, Melhor Roteiro Adaptado, Edição e Fotografia (com imagens que falam tanto, é justo a vitória nessa categoria!).

    Anota aí. O Oscar acontecerá dia 25 de abril, domingo, a partir das 20h. A transmissão ficará por conta da TNT (TV a cabo) e Rede Globo.

    Assista ao trailer:

    Veja também: Oscar 2021 | O Som do Silêncio — Quando o “Design de Som” cria imersão.

  • Oscar 2021 | O Som do Silêncio — Quando o “Design de Som” cria imersão

    Oscar 2021 | O Som do Silêncio — Quando o “Design de Som” cria imersão

    No cinema, o silêncio foi de extrema importância para inúmeros gêneros, passando pelo drama, terror e ação. Um Lugar Silencioso, Moonlight: Sob a Luz do Luar e O Babadook são títulos que abraçaram a quietude como elemento fundamental para narrar o filme. Neste ano, o indicado ao Oscar, O Som do Silêncio (Sound of Metal, no inglês) entra na lista de longas que transformaram o Silêncio um dos personagens principais.

    Muitos fãs do Cinema apaixonaram-se por filmes devido ao efeito positivo causado por algum diálogo ou monólogo. Conversas são como uma janela. O público vai lá, abrindo-as para conhecer um personagem ou entrar de cabeça na ambientação. Quentin Tarantino, mestre em escrever diálogos, mostrou que as falas, quando bem arquitetadas no roteiro, são o gancho perfeito para desenvolver contexto.

    Mas, e quando acontece o contrário? E quando um filme não usa diálogos ou falas para construir uma trama? A resposta para tais perguntas podem ser conferidas nos filmes citados. Inclusive, estão no cerne de O Som do Silêncio, disponível no catálogo do Prime Video.

    O Som do Silêncio / Prime Video
    O Som do Silêncio / Prime Video

    Imagine o seguinte cenário. As baquetas são uma extensão do seu corpo, ou seja, você é um baterista e sua vida gira em torno da música. Ela é o seu sustento, seu sonho e sua válvula de escape. E da noite para o dia, sua audição começa a se deteriorar, obrigando-o a abandonar uma parte de si. Lutar contra sua nova realidade ou aceitá-la de uma vez por todas? É um maldito beco sem saída, de fato.

    Esse dilema cai no colo de Ruben, interpretado com uma sinceridade visceral no olhar, em virtude do talento de Riz Ahmed, indicado ao Oscar na categoria de Melhor Ator (vitória quase certa para o saudoso Chadwick Boseman, mas isso é assunto para outro dia!).

    Para os cinéfilos de plantão que adoram se aventurar no “Bolão do Oscar”, creio que uma grande parcela tenha apostado as fichas em O Som do Silêncio, como ganhador da estatueta de Design de Som (ou Melhor Som). Se no dia 25 de abril essa profecia não se cumprir, nunca mais apostarei em bolões. Confesso que disse a mesma coisa ano retrasado, quando Roma não venceu a principal categoria da noite. Portanto, não me leve a sério.

    O Som do Silêncio / Prime Video
    O Som do Silêncio / Prime Video

    Vale lembrar que recentemente a Academia alterou as regras, unindo Edição e Mixagem de Som em uma só; criando uma nova nomenclatura: Melhor Som.

    Mas, afinal de contas, o que é “Melhor Som”? Uma rápida pesquisa no Google me levou a uma explicação prática, feito pelo Youtuber Max Valarezo, no canal Entre Planos. Em um dos seus vídeos, ele explica: “Se a Edição de Som determina ‘o que‘ a gente vai ouvir, a Mixagem de Som determina ‘o como‘ a gente vai ouvir“. Em síntese, é isso.

    Em suma, O Som do Silêncio é uma obra que explora os ruídos, a ausência de som e a interferência na qualidade sonora, tudo dentro de um pacote, cujo objetivo é nos colocar na pele do personagem. O resultado é uma experiência inesquecível e realista. Todo o mérito ao diretor Darius Marder e os profissionais Nicolas Becker (engenheiro de som) e Abraham Marder (compositor). Graças a eles, O Silêncio ganhou o protagonismo de forma totalmente inovadora.

    O Som do Silêncio / Prime Video
    O Som do Silêncio / Prime Video

    A cerimônia do Oscar acontecerá neste domingo, 25 de abril. No Brasil será transmitido, ao vivo, na TV fechada (canal TNT) e TV aberta (Globo).

    O Som do Silêncio recebeu 6 indicações ao Oscar: Melhor Ator Coadjuvante, Melhor Ator, Melhor Filme, Melhor Montagem, Melhor Roteiro Original e Melhor Som (prêmio garantido, se não “der Zebra“).

    Assista ao trailer:

    Veja também: Love, Death e Robots | Veja o trailer da 2ª Temporada.

  • Artistas negros são ‘tratados como sobras’ em Hollywood, diz Viola Davis

    Artistas negros são ‘tratados como sobras’ em Hollywood, diz Viola Davis

    A estrela de Hollywood, Viola Davis, fala sobre ser uma atriz negra “que sobrou” em Hollywood.

    A atriz foi sincera durante sua entrevista para o Variety’s Awards Circuit Podcast. Lá ela foi citada dizendo: “É tão difícil fazer filmes que não se encaixem em uma determinada caixa de como eles nos vêem. A inclusividade não pode ser uma hashtag. ”

    “Você precisa escrever papéis para pessoas de cor que sejam culturalmente específicos – isso é tão pensado quanto os papéis de nossos colegas brancos, para chegar ao ponto de excelência, para que possamos ser considerados para prêmios. Mas muito tempo com inclusão, é um segundo pensamento. Nós somos as sobras. ”

    “A única razão pela qual estou quebrando recordes é que ninguém foi reconhecido. Essa ‘honra’ é uma espécie de honra limitada. O problema é com o próprio negócio cinematográfico, não com os prêmios. Você não pode nomear ninguém para prêmios se não houver filmes sendo feitos. ”

    Fonte: RollingStones

    Confira : Anne With An E | Série pode ganhar um filme para encerrar a história

  • Sem Bacurau no Oscar 2021, confira os indicados da 93ª edição da premiação

    Sem Bacurau no Oscar 2021, confira os indicados da 93ª edição da premiação

    Embora a pandemia possa ter atrasado um pouco o Oscar este ano, as indicações na segunda-feira ainda chegaram, como acontece em todos os outros anos.

    Foi anunciado a lista completa de indicações para o Oscar de 2021. Como sempre, houve muitas surpresas e contrariedades, junto com um conjunto de coisas muito seguras que as pessoas já esperavam há algum tempo.

    Quando se trata de coisas certas, Nomadland parece ser a favorita na categoria de Melhor Filme há meses. O filme, que agora está sendo transmitido pelo Hulu, foi indicado para Melhor Filme, além de várias outras categorias, incluindo Melhor Diretor por Chloe Zhao e Melhor Atriz em Papel Principal por Frances McDormand.

    Mank liderou nos números de indicações, com 10 no total, incluindo Melhor Filme e Melhor Ator em um Papel Principal, pelo qual Gary Oldman foi indicado.

    A categoria de Melhor Ator é histórica este ano, incluindo o primeiro ator asiático-americano (Steve Yeun) e o primeiro ator muçulmano (Riz Ahmed) a ser nomeado. Você pode dar uma olhada nos indicados abaixo:

    Melhor Filme

    • Meu Pai
    • Judas e o Messias Negro
    • Mank
    • Minari
    • Nomadland
    • Bela Vingança
    • O Som do Silêncio
    • Os 7 de Chicago

    Melhor Atriz Coadjuvante

    • Maria Bakalova (Borat: Fita de Cinema Seguinte)
    • Glenn Close (Era Uma Vez um Sonho)
    • Olivia Colman (Meu Pai)
    • Amanda Seyfried (Mank)
    • Yuh-Jung Young (Minari)

    Melhor Ator Coadjuvante

    • Sacha Baron Cohen (Os 7 de Chicago)
    • Daniel Kaluuya (Judas e o Messias Negro)
    • Leslie Odom, Jr. (Uma noite em Miami)
    • Paul Raci (O Som do Silêncio)
    • Lakeith Stanfield (Judas e o Messias Negro)

    Melhor Animação

    • Dois Irmãos (Pixar)
    • A Caminho da Lua (Netflix)
    • Shaun, o Carneiro 2 (Netflix)
    • Soul (Pixar)
    • Wolfwalkers (Apple TV Plus/GKIDS)

    Melhor Curta Animado

    • Burrow (Disney Plus/Pixar)
    • Genius Loci (Kazak Productions)
    • Se Algo Acontecer… Te Amo (Netflix)
    • Opera (Beasts and Natives Alike)
    • Yes-People (CAOZ hf. Hólamói)

    Melhor Roteiro Original

    • Judas e o Messias Negro, Will Berson, Shaka King, Keith Lucas, Kenneth Lucas
    • Minari, Lee Isaac Chung
    • Bela Vingança, Emerald Fennell
    • O Som do Silêncio, Abraham Marder, Darius Marder, Derek Cianfrance
    • Os 7 de Chicago, Aaron Sorkin

    Melhor Roteiro Adaptado

    • Borat: Fita de Cinema Seguinte, Peter Baynham, Sacha Baron Cohen, Jena Friedman, Anthony Hines, Lee Kern, Dan Mazer, Nina Pedrad, Erica Rivinoja, Dan Swimer
    • Meu Pai,  Christopher Hampton, Florian Zeller
    • Nomadland, Chloé Zhao
    • Uma noite em Miami, Kemp Powers
    • O Tigre Branco, Ramin Bahrani

    Melhor Curta em Live-Action

    • Feeling Through
    • The Letter Room
    • The Present
    • Two Distant Strangers
    • White Eye

    Melhor Design de Produção

    • Meu Pai, Peter Francis, Cathy Featherstone
    • A Voz Suprema do Blues, Mark Ricker, Karen O’Hara, Diana Stoughton
    • Mank, Donald Graham Burt, Jan Pascale
    • Relatos do Mundo, David Crank, Elizabeth Keenan
    • Tenet, Nathan Crowley, Kathy Lucas

    Melhor Figurino

    • Emma, Alexandra Byrne
    • Mank, Trish Summerville
    • A Voz Suprema do Blues, Ann Roth
    • Mulan, Bina Daigeler
    • Pinocchio, Massimo Cantini Parrini

    Melhor Documentário

    • Collective (Magnolia Pictures and Participant)
    • Crip Camp: Revolução pela Inclusão (Netflix)
    • Agente Duplo (Gravitas Ventures)
    • Professor Polvo (Netflix)
    • Time (Amazon Studios)

     Melhor Documentário em Curta-Metragem

    • Colette (Time Travel Unlimited)
    • A Concerto Is a Conversation (Breakwater Studios)
    • Do Not Split (Field of Vision)
    • Hunger Ward (MTV Documentary Films)
    • A Love Song for Latasha (Netflix)

    Melhor Edição de Som

    • Greyhound, Odin Benitez, Jason King, Christian P. Minkler, Michael Minkler, Jeff Sawyer
    • Mank, Ren Klyce, Jeremy Molod, David Parker, Nathan Nance, Drew Kunin
    • Relatos do Mundo, John Pritchett, Mike Prestwood Smith, William Miller, Oliver Tarney, Michael Fentum
    • Soul, Coya Elliott, Ren Klyce, David Parker, Vince Caro
    • O Som do Silêncio, Phillip Bladh, Nicolas Becker, Jaime Baksht, Michelle Couttolenc, Carlos Cortés, Carolina Santana

    Melhor Mixagem de Som

    • Greyhound
    • Mank
    • Relatos do Mundo
    • Soul
    • O Som do Silêncio

    Melhor Direção de Fotografia

    • Judas e o Messias Negro, Sean Bobbitt
    • Mank, Erik Messerschmidt
    • Relatos do Mundo, Dariusz Wolski
    • Nomadland, Joshua James Richards
    • Os 7 de Chicago, Phedon Papamichael

    Melhor Edição

    • Meu Pai, Yorgos Lamprinos
    • Nomadland, Chloé Zhao
    • Bela Vingança, Frédéric Thoraval
    • O Som do Silêncio, Mikkel E.G. Nielsen
    • Os 7 de Chicago, Alan Baumgarten

    Melhor Efeito Visual

    • Love and Monsters, Matt Sloan, Genevieve, Matt Everitt e Brian Cox
    • O Céu da Meia-Noite, Matt Kasmir, Chris Lawrence, Dave Watkins, Max Solomon
    • Mulan, Sean Faden, Anders Langlands, Seth Maury, Steve Ingram
    • O Grande Ivan, Nick Davis, Greg Fisher, Ben Jones, Santiago Colomo Martinez
    • Tenet, Andrew Jackson, Andrew Lockley, Scott R. Fisher, Mike Chambers

    Melhor Maquiagem

    • Emma, Marese Langan
    • Era Uma Vez um Sonho, Eryn Krueger Mekash, Patricia Dehaney, Matthew Mungle
    • A Voz Suprema do Blues, Matiki Anoff, Mia Neal, Larry M. Cherry
    • Mank, Kimberley Spiteri, Gigi Williams
    • Pinocchio, Dalia Colli, Anna Kieber, Sebastian Lochmann, Stephen Murphy

    Melhor Filme Internacional

    • Druk – Mais Uma Rodada (Dinamarca)
    • Better Days (Hong Kong)
    • Collective (Romênia)
    • The Man Who Sold His Skin (Tunísia)
    • Quo Vadis, Aida? (Bósnia e Herzegovina)

    Melhor Trilha Sonora Original

    • Destacamento Blood, Terence Blanchard
    • Mank, Trent Reznor, Atticus Ross
    • Minari, Emile Mosseri
    • Relatos do Mundo, James Newton Howard
    • Soul, Trent Reznor, Atticus Ross, Jon Batiste

    Melhor Canção Original

    • “Fight for You” (Judas e o Messias Negro)
    • “Hear My Voice” (Os 7 de Chicago)
    • “Húsavík” (Festival Eurovision da Canção: A Saga de Sigrit e Lars)
    • “Io Si (Seen)” (Rosa e Momo)
    • “Speak Now” (Uma noite em Miami)

    Melhor Direção

    • Thomas Vinterberg (Druk – Mais Uma Rodada)
    • David Fincher (Mank)
    • Lee Isaac Chung (Minari)
    • Chloé Zhao (Nomadland)
    • Emerald Fennell (Bela Vingança)

    Melhor Ator

    • Riz Ahmed (O Som do Silêncio)
    • Chadwick Boseman (A Voz Suprema do Blues)
    • Anthony Hopkins (Meu Pai)
    • Gary Oldman (Mank)
    • Steven Yeun (Minari)

    Melhor Atriz

    • Viola Davis (A Voz Suprema do Blues)
    • Andra Day (Estados Unidos vs Billie Holiday)
    • Vanessa Kirby (Pieces of a Woman)
    • Frances McDormand (Nomadland)
    • Carey Mullingan (Bela Vingança)

    Fonte: Jovem Nerd

    Confira também: Político japonês se candidata como Coringa de Joaquin Phoenix e quer transformar Let it Go no hino da prefeitura

  • Robert Downey Jr. e Adam Sandler são indicados a piores atores do ano

    Robert Downey Jr. e Adam Sandler são indicados a piores atores do ano

    O Framboesa de Ouro anunciou os seus indicados de 2021. A premiação elege as piores performances e produções de Hollywood do ano. Esse ano o Framboesa de Ouro inclui nomes de peso como Robert Downey Jr., Adam Sandler e Anne Hathaway.

    O astro de Homem de Ferro é indicado nas categorias Pior Ator e Pior dupla por seu trabalho em ‘Dolittle’.

    Hathaway aparece na lista de piores atrizes por dois filmes, ‘A Última Coisa que Ele Queria’ e ‘Convenção das Bruxas’.

    Enquanto isso, Adam Sandler, que conquistou várias indicações ao longo dos anos, retorna na categoria de pior ator por sua atuação em Hubie Halloween.

    Membros do governo Trump também recebem várias indicações, com o advogado do ex-presidente dos Estados Unidos, Rudy Giuliani, recebendo duas menções por sua notória aparição em Borat 2.

    Fonte: Rolling Stones

    Confira também: Filme sobre urso que morreu de tanto cheirar cocaína e foi chamado de “Pablo EskoBear” ganha diretora

  • No radar do Oscar, Chloé Zhao faz história no Globo de Ouro: ”Eu amo o que eu faço”

    No radar do Oscar, Chloé Zhao faz história no Globo de Ouro: ”Eu amo o que eu faço”

    A cineasta chinesa Chloé Zhao teve o merecido reconhecimento por seu trabalho na sétima arte durante o Globo de Ouro, este especificamente dado em razão de sua partipação como diretora na obra Nomadland . Ganhadora da categoria de Melhor Direção, é inegável que a diretora obteve um grande sucesso de crítica com o longa, contando com as outras indicações e o prêmio também de Melhor Filme de Drama.

    Zhao fez história no Globo de Ouro, já que é a segunda mulher a receber o prêmio de Melhor Direção em todas as edições do evento, além de ser a primeira mulher asiática a ganhar nesta categoria. Em entrevista ao THR, Zhao contou um pouco sobre a sua reação e o que mais a deixou feliz após a vitória:

    “Ás vezes,parece que o primeiro demora muito” disse Zhao após sua vitória histórica no Globo de Ouro. “Eu tenho certeza que muitas outras pessoas merecem o mesmo reconhecimento que estou tendo agora. Eu amo o que eu faço, eu simplesmente amo demais. Se isso (ganhar o prêmio) significa que mais pessoas como eu podem viver os seus sonhos e fazer o que eu faço, eu já estou feliz.” completou Zhao

    Considerada uma das mais promissoras cineastas da história recente, Zhao ainda terá pela frente grandes e diversos projetos para alçar vôos cada vez maiores, incluindo a direção do filme Os Eternos que fará parte do Universo Cinematográfico da Marvel com estreia para novembro de 2021.

    Confira a sinopse de Nomadland, longa vencedor dirigido por Chloé Zhao:

    Em Nomadland, após o colapso econômico de uma cidade na zona rural de Nevada, nos Estados Unidos, Fern (Frances McDormand), uma mulher de 60 anos, entra em sua van e parte para a estrada, vivendo uma vida fora da sociedade convencional como uma nômade moderna. 

    Favorito ao Oscar 2021, o longa Nomadland dirigido por Chloé Zhao ainda não tem data de lançamento no Brasil.

    Veja também: Globo produzirá documentário sobre Karol Conká, segundo colunista

    Fonte: The Hollywood Reporter

  • Jurado cristão e conservador do Oscar se recusa a assistir filme sobre aborto

    Jurado cristão e conservador do Oscar se recusa a assistir filme sobre aborto

    Nesta ultima semana, por meio de uma postagem de Eliza Hittman (diretora de “Nunca, Raramente, Às Vezes, Sempre“) o Oscar e um de seus jurados entraram numa complicada polêmica. Kieth Merrill, jurado e vencedor do Oscar, mandou um e-mail à diretora, se colocando como um pai de família cristão e se recusando a assistir seu filme.

    Segundo o mesmo, a obra trata do Aborto de uma maneira distorcida e por isso, não merece ser assistido, convidando à diretora a pensar no assunto. Na trama de “Nunca, Raramente, Às Vezes, Sempre“, uma adolescente de um pequeno condado rural da Pensilvânia descobre estar grávida e procura assistência médica em Nova York, com a ajuda da prima.

    Oscar
    ” Focus Features”

    Recebi o filme, mas como cristão, pai de 8 filhos e avô de 39 netos E ativista pró-vida, eu tenho ZERO interesse em assistir a uma mulher cruzando fronteiras para alguém assassinar seu filho. E continua: “75 milhões de nós enxergamos o aborto como a atrocidade que é. Não tem nada heroico sobre uma mãe se esforçando tanto para matar seu filho. Pense nisso!“, escreveu Merrill.

    Conforme a temporada de premiações se aproxima, tenho noção de que o filme ainda tem chances de ser um verdadeiro concorrente”. Recebi este e-mail ontem à noite e foi um lembrete duro de que a Academia ainda é infelizmente monopolizada por uma guarda velha, branca e puritana. Me pergunto quantos outros jurados não vão assistir ao filme...”, escreveu Hitman.

    Posteriormente, a diretora acabou deletando a postagem e seus comentários, fazendo com que a Academia de Artes Cinematográficas emitisse um comunicado oficial à Variety, afirmando que nem todos os filmes pré-selecionados devem ser vistos pelos seus membros. O nome de Hitman, contudo, não foi mencionado.

    Veja também: Uncharted | Tom Holland não gostou de sua atuação: “Foi um erro, nunca mais vou fazer isso”

    Fonte: UOL

  • Silvero Pereira, o Lunga de Bacurau festeja personagens héteros: ‘Faço tudo, não só bichinha’

    Silvero Pereira, o Lunga de Bacurau festeja personagens héteros: ‘Faço tudo, não só bichinha’

    Silvero Pereira atuou na novela A força do querer, a novela atualmente está sendo reprisada no Brasil todo e se tornou conhecido no país inteiro.

    No cinema, o ator ficou conhecido interpretando Lunga, um personagem de sexualidade dúbia, no sucesso mundial Bacurau.

    O ator de 38 anos esperava também mostrar seu talento em papéis de sexualidade variadas.

    “É importante entrar nesse mercado e dizer para as pessoas: ‘olha como eu posso fazer outras coisas’. Não adianta me colocarem só para fazer a bichinha. Posso fazer de tudo, não só a bichinha. Eu consigo dar conta dos outros recados, é só as pessoas perderem esse preconceito. Eu já sei que sou capaz de fazer. Agora quero saber se as pessoas são capazes de entender o que a gente é capaz de fazer”, disse Silvero.

    Fonte: UOL

    Confira também: WandaVision se torna a série mais assistida do mundo; confira!

  • Parasita | Roteiro da sequência foi finalizado; confira!

    Parasita | Roteiro da sequência foi finalizado; confira!

    O aclamado diretor-roteirista Bong Joon-ho começou a trabalhar em dois novos roteiros antes de seu thriller satírico Parasita ganhar o Oscar de 2020, e recentemente confirmou que terminou um deles.

    Parasita se tornou o primeiro filme em idioma diferente do inglês a ganhar o Oscar de Melhor Filme e também conquistou estátuas de Melhor Diretor, Melhor Roteiro Original e Melhor Longa-Metragem Internacional.

    Em 2019, Bong disse à Variety que estava trabalhando em duas continuações do Parasita.

    O primeiro é um projeto em coreano que acontece em Seul e combina elementos de terror e ação e o segundo é um drama em inglês ambientado parcialmente nos EUA e parcialmente no Reino Unido que narra um verdadeiro evento de 2016.

    Durante um episódio recente do podcast The Director’s Cut, Bong disse ao diretor do Knives Out, Rian Johnson, que os roteiros nos quais ele está trabalhando estão puxando seu cérebro em duas direções diferentes.

    Ele revelou que concluiu recentemente um dos dois roteiros, embora não tenha especificado qual deles. Confira a citação de Bong;

    Parece que estou dividindo meu cérebro ao meio, à esquerda e à direita, escrevendo esses dois scripts. Mas terminei um na semana passada.”

    Fonte: Jovem Nerd

    Confira também: Ratinho e Tom Cavalcante irão “dublar” Tom & Jerry: O Filme”; confira!

  • Bacurau é indicado a prêmio nos EUA votado apenas por críticos LGBTQ+

    Bacurau é indicado a prêmio nos EUA votado apenas por críticos LGBTQ+

    Após ficar de fora da lista de indicados do Oscar, o longa brasileiro Bacurau foi lembrado pelo Dorian Film Awards, dos EUA, na categoria melhor filme em língua estrangeira.

    A premiação, votada apenas por críticos de cinema LGBTQ+, indicou o filme de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles.

    Bacurau está em uma lista de indicados junto com os filmes “Another Round” (Dinamarca), “I Carry You With Me” (México), “La Llorona” (Guatemala), “Minari” (EUA, mas falado em coreano) e “Nós Duas” (França).

    O longa nacional tem feito sucesso nas premiações internacionais, sendo  indicado ao Independent Spirit Awards, e passou por eliminatória no BAFTA.

    Fonte: UOL

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  • Oscar 2021 será presencial e gravado em vários locais diferentes!

    Oscar 2021 será presencial e gravado em vários locais diferentes!

    Nesta quinta (11), a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas divulgou em um comunicado oficial que a cerimonia do Oscar 2021 será presencial, apesar do Covid-19 e gravada em locais diferentes, adaptando-se aos novos tempos.

    “Para criar o evento presencial que nosso público global deseja ver que seja adaptado às exigências da pandemia, a cerimônia será transmitida ao vivo de vários locais, incluindo o famoso Dolby Theatre. Neste ano único que tanto exigiu de todos, a Academia está determinada a apresentar um Oscar como nenhum outro, ao mesmo tempo em que prioriza a saúde pública e a segurança de todos os que irão participar.”, diz o comunicado oficial.

    Oscar
    Brad Pitt, um dos grandes vencedores do Oscar 2020.

    A exibição ainda pode sofrer alguma mudança, tendo-se em vista que grande partes dos atores e diretores de Hollywood já se pronunciaram a favor do distanciamento social, participando de inúmeras campanhas, o que poderia diminuir o número de estrelas presente na anual festa do cinema.

    No Oscar passado, marcado por nomes de peso, “Parasita“, o sucesso sul-coreano de Bong Joon-ho (“Memórias de um Assassino“) fez história e levou as estatuetas de Melhor Filme e Melhor Diretor. A edição deste ano também pode sofrer por uma queda no número de estreias dos cinemas presenciais.

    Recentemente, a Academia também revelou alguns do pré-indicados ao prêmio, confira, logo abaixo:

    Melhor Filme Internacional

    • “The Man Who Sold His Skin” – Tunísia
    • “A Sun” – Taiwan
    • “Dear Comrades!” – Rússia
    • “I’m No Longer Here” – México
    • “Collective” – Romênia
    • “Hope” – Noruega
    • “Night of the Kings” – Costa do Marfim
    • “Sun Children” – Irã
    • “Better Days” – Hong Kong
    • “La Llorona” – Guatemala
    • “Two of Us” – França
    • “Another Round -Dinamarca
    • “Charlatan” – República Tcheca
    • “The Mole Agente” – Chile
    • “Quo Vadis, Aida?” – Bósnia e Herzegovina

    Melhor Documentário (Longa-Metragem)

    • “All In: The Fight for Democracy”
    • “Boys State”
    • “Collective”
    • “Welcome to Chechnya”
    • “The Truffle Hunters”
    • “Time”
    • “76 Days”
    • “The Painter and The Thief”
    • “Notturno”
    • “My Octopus Teacher”
    • “The Mole Agent”
    • “MLK/FBI”
    • “Gunda”
    • “Dick Johnson Is Dead”
    • “Crip Camp”

    Melhor Documentário (Curta-Metragem)

    • “Abortion Helpline, This Is Lisa”
    • “Call Center Blues”
    • “Colette”
    • “What Would Sophia Loren Do?”
    • “The Speed Cubers”
    • “A Love Song for Latasha”
    • “Hysterical Girl”
    • “Hunger Ward”
    • “Do Not Split”
    • “A Concerto Is a Conversation”

    Melhor Cabelo & Maquiagem

    • “Birds of Prey”
    • “Emma”
    • “The Glorias”
    • “Hillbilly Elegy”
    • “Jingle Jangle: A Christmas Journey”
    • “The Little Things”
    • “Ma Rainey’s Black Bottom”
    • “Mank”
    • “One Night in Miami…”
    • “Pinocchio”

    Melhor Canção Original

    • “Turntables” (“All In: The Fight for Democracy”)
    • “See What You’ve Done” (“Belly of the Beast”)
    • “Wuhan Flu” (“Borat”)
    • “Husavik” (“Eurovision Song Contest: The Story of Fire Saga”)
    • “Hear My Voice” (“The Trial of the Chicago 7”)
    • “Green” (“Sound of Metal”)
    • “Speak Now” (“One Night in Miami…”)
    • “Free” (“The One and Only Ivan”)
    • “Loyal Brave True” (“Mulan”)
    • “Show Me Your Soul” (“Mr. Soul!”)
    • “Rain Song” (“Minari”)
    • “lo Sì (Seen)” (“The Life Ahead (La Vita Davanti a Se)”)
    • “Fight For You” (“Judas and the Black Messiah”)
    • “Make It Work” (“Jingle Jangle: A Christmas Journey”)
    • “Never Break” (“Giving Voice”)

    Melhor Trilha Sonora Original

    • “Ammonite”
    • “Blizzard of Souls”
    • “Mulan”
    • “Soul”
    • “The Trial of the Chicago 7”
    • “Tenet”
    • “News of the World”
    • “Minari”
    • “The Midnight Sky”
    • “Mank”
    • “The Little Things”
    • “The Life Ahead (La Vita Davanti a Se)”
    • “Jingle Jangle: A Christmas Journey”
    • “The Invisible Man”
    • “Da 5 Bloods”

    Melhor Curta-Metragem de Animação

    • “Burrow”
    • “Genius Loci”
    • “If Anything Happens I Love You”
    • “Kapaemahu”
    • “Opera”
    • “Out”
    • “The Snail and the Whale”
    • “To Gerard”
    • “Traces”
    • “Yes-People”

    Melhor Curta-Metragem

    • “Bittu”
    • “Da Yie”
    • “Feeling Through”
    • “The Human Voice”
    • “The Kicksled Choir”
    • “The Letter Room”
    • “The Present”
    • “Two Distant Strangers”
    • “The Van”
    • “White Eye”

    Melhores Efeitos Visuais

    • Birds of Prey”
    • “Bloodshot”
    • “Love and Monsters”
    • “Mank”
    • “The Midnight Sky”
    • “Mulan”
    • “The One and Only Ivan”
    • “Soul”
    • “Tenet”
    • “Welcome to Chechnya”

    Veja também: Em conversa com Bial, Woody Allen se sente injustiçado por acusações de abuso sexual

    Fonte: RollingStones

  • Bacurau se torna oficialmente elegível para o Oscar 2021!

    Bacurau se torna oficialmente elegível para o Oscar 2021!

    Nesta sexta (29), o perfil oficial da Vinitre Filmes no Twitter confirmou que “Bacurau” (2019), por conta de seu lançamento tardio nos EUA e o grande sucesso que ganhou com a crítica especializada de lá, está elegível para o próximo Oscar. O filme pode concorrer em todas as categorias de ficção, tirando Melhor Filme Internacional e com destaque para Melhor Filme, Direção, Atriz Coadjuvante, Ator Coadjuvante e Roteiro Original.

    Dirigido por Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, “Bacurau” se tornou um sucesso de crítica e público pelo mundo todo, já tendo ganho o prêmio do Júri no Festival de Cannes. O filme pode ser assistido pelo Telecine Play, assim como o making-off, que recebeu o título de “Bacurau no Mapa“.

    Sinopse: Os moradores de Bacurau, um pequeno povoado do sertão brasileiro, descobrem que a comunidade não consta mais em qualquer mapa. Aos poucos, eles percebem algo estranho na região: enquanto drones passeiam pelos céus, estrangeiros chegam à cidade. Quando carros são baleados e cadáveres começam a aparecer, Teresa, Domingas, Acácio, Plínio, Lunga e outros habitantes chegam à conclusão de que estão sendo atacados. Agora, o grupo precisa identificar o inimigo e criar coletivamente um meio de defesa.

    Veja também: Grupo cristão quer proibir filme que representa Jesus como uma “jovem lésbica”

    Fonte: Vinitre Filmes

  • Bacurau pode ser um dos indicados ao próximo Oscar

    Bacurau pode ser um dos indicados ao próximo Oscar

    Em artigo recente, o IndieWire publicou uma lista de filmes que são fortes candidatos ao Oscar 2021, sendo que “Bacurau” é um deles, tratado como uma excelente e muito original obra pelo famoso site.

    Apesar de ter estreado em 2019, o longa de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles chegou aos circuitos comerciais dos EUA no início deste ano, pouco tempo antes dos agravamentos da pandemia do novo Coronavírus. O filme já foi listado pelo site como um os melhores de 2020.

    Bacurau
    Cena do longa. “Vitrine Filmes“.

    O filme brasileiro integra uma lista de peso, ao lado de “Destacamento Blood“, novo projeto de Spike Lee e “O Homem Invisível“, terror com a atriz Elisabeth Moss (“Mad Men“). “Bacurau” foi um dos grandes sucesso de 2019, premiado em Cannes e aclamado por crítica e público.

    Fonte: UOL

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