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  • Quase 45 anos depois, Taxi Driver é um dos filmes mais poderosos já feitos

    Quase 45 anos depois, Taxi Driver é um dos filmes mais poderosos já feitos

    Escrito por Paul Schrader, dirigido por Martin Scorsese e estrelado por Robert De Niro, “Taxi Driver – Motorista de Táxi” (1976) é um dos grandes filmes da chamada Nova Hollywood (movimento cinematográfico dos EUA marcado pelas grandes mentes inventivas, em detrimento do velho sistema dos grandes estúdios e executivos). Esse filme é um dos mais poderosos do cinema estadunidense e um verdadeiro marco para a arte no geral, impactando gerações e proporcionando debates atualizadíssimos.

    Com poderosas atuações coadjuvantes de Jodie Foster (aos 12 anos!), Cybill Shepherd e Harvey Keitel, o filme passa por vários temas universais, ao mesmo tempo que constrói um mosaico muito verdadeiro acerca dos Estados Unidos pós-Vietnã. Deprimido e sombrio, esse país já não parece o mesmo lar do sonho americano, carregando sujeitos confusos e problemas que ainda não serão resolvidos nesta cruel década de 1970.

    Taxi Driver
    Sony Pictures

    O filme é precisamente um produto de seu próprio tempo, retratando a solidão e as mazelas estadunidenses como nenhum outro, mesmo que muitos tentaram e beberam na fonte de Scorsese/Schrader. Muito mais do que a tão lembrada cena do espelho (“Tá falando comigo?”), “Taxi Driver” é primoroso pela formação de todo um ambiente próprio, indo do terror até as relações humanas mais básicas, cuja dependência e toxidade dos personagens ainda levantam questões muito importantes.

    Em sua própria cabeça, cada personagem parece fazer o certo, guiados por uma determinada confusão que eles julgam como verdade absoluta. Não há fatos nesse período, somente interpretações e julgamentos rápidos, definindo toda uma geração de homens e mulheres que simplesmente não conseguem se comunicar. Travis (DeNiro) é resultado direto disto, em um exercício de Scorsese em nos fazer entender um homem abominável, um verdadeiro sociopata.

    Não é só a solidão que transforma Travis no que ele é, mas toda a carga da existência, gerando um dos protagonistas mais interessantes do cinema mundial e uma das tramas mais tensas de se acompanhar como mero espectador. A impotência de todos nós é a fraqueza que Travis carrega, cuja única solução parece ser o cruel massacre ao final dos 110 minutos de filme.

    Taxi Driver
    Scorsese e DeNiro nos bastidores. “Sony Pictures“.

    A trilha sonora de “Taxi Driver“, por sua vez, é quase um personagem à parte, dialogando com as situações e criando um verdadeiro clima de horror, ao mesmo tempo em que entrega um das músicas mais românticas do cinema. Assinada por Bernard Herrmann, o fiel músico de Alfred Hitchcock, as músicas parecem embalar os personagens em uma tensa dança pelas suas próprias vidas.

    A ambientação (fotografada por Michael Chapman, falecido no fim do ano passado) é outro ponto alto do filme, criando a sua própria visão de uma noturna Nova York em frangalhos. Cada rua de “Taxi Driver” conta uma história por si só, gerando um imenso impacto na cabeça do espectador. Com influências da Nouvelle Vague e principalmente dos filmes de Jean-Luc Godard (“Acossado“), as cores parecem explodir na tela, indo da janela do Taxi de Travis até o coração de qualquer um que assiste o filme pela primeira vez.

    Taxi Driver"
    Sony Pictures

    De todos os ângulos possíveis, em todas as décadas assistidas e passados quase 45 anos, “Taxi Driver- Motorista de Taxí” é um dos melhores filmes da filmografia de Martin Scorsese e uma das obras de arte mais influentes do últimos anos. Tirando até os diálogos primorosos, só o estilo visual do longa já vale qualquer assistida. Cinema de gente grande, para falar o mínimo.

    Sinopse: O motorista de táxi de Nova York Travis Bickle, veterano da Guerra do Vietnã, reflete constantemente sobre a corrupção da vida ao seu redor e sente-se cada vez mais perturbado com a própria solidão e alienação. Apesar de não conseguir fazer contato emocional com ninguém e viver uma vida questionável em busca de diversão, ele se torna obcecado em ajudar uma prostituta de 12 anos que entra em seu táxi para fugir de um cafetão.

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  • Michael Chapman | Diretor de fotografia do clássico Taxi driver morre aos 84 anos

    Michael Chapman | Diretor de fotografia do clássico Taxi driver morre aos 84 anos

    Neste domingo, 20 de setembro, morreu Michael Chapman, responsável pela fotografia de filmes icônicos como Taxi Driver e The Fugitive. Segundo o The Hollywood Reporter, Andrew Chapman confirmou que o pai morreu de insuficiência cardíaca em sua casa, em Los Angeles.

    A notícia oficial foi dada no Instagram da esposa de Michael, Amy H. Jones. A postagem feita pela roteirista contém diversas fotos de Chapman trabalhando em alguns de seus filmes, em quase todas as fotografias Michael está com câmeras nas mãos. A montagem é seguida pela legenda “Adeus para o amor da minha vida. Michael Chapman, 20 de setembro de 2020 ”.

    https://www.instagram.com/p/CFaJj8qpKzT/?utm_source=ig_embed

    Nascido em Nova York, Michael Chapman trabalhou em mais de 40 filmes, principalmente como diretor de fotografia, atuando com os diretores Martin Scorsese e Andrew Davis, respectivamente, em Taxi Driver e The Fugitive, os quais lhe renderam indicações ao Oscar. Como operador de câmera, realizou trabalhos em O Poderoso Chefão e Tubarão.

    Em 2004, foi homenageado pela Sociedade Americana dos Diretores de Fotografia pela sua extensa carreira. Chapman estava aposentado desde 2007, quando realizou Ponte para Terabítia, ao lado do diretor Gábor Csupó.

    Fonte: The Hollywood Reporter

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